quinta-feira, 9 de julho de 2015

Fanfic: "Change the world - Mudar o mundo) - (+18)


Autora: Ellen Jackson

Sinopse:

Ainda é possível mudar as pessoas, mudar o mundo. Uma jovem de 18 anos se encontra perdida no mundo do crime e Michael tem a missão de ajuda-la. Uma simples garota que esconde muitos segredos sobre suas origens e que tem talentos incríveis no mundo da música. Mesmo com tanta rebeldia o rei do pop não desiste e acredita na inocência dela, diante de um tribunal tem que responder tudo ao juiz sobre a vida pessoal de Vitória.



Capítulo 1
- Quem é mau? -



(O rei do pop conta a história claramente dita por Vitória no tribunal – Dia 04 de Janeiro de 2024- EUA)

Esta história inicia em 1994 quando uma mulher, uma bela mulher loira de olhos verdes decide se casar com um homem diferente. Negro e trabalhador, vindo de família humilde, onde os pais daquela era contra esta união. Para viver sua vida em paz com alguém que a amava teve que decidir entre continuar a morar com seus pais ou tentar uma vida nova em outro estado. Decidida embarcou no aeroporto de Brasília rumo a Rio de janeiro, lá teria uma vida nova, uma vida de liberdade. No terceiro mês deste mesmo ano uma notícia muda sua vida. Uma filha está a caminho, alegrou-se, estavam muito felizes, um nome logo veio em mente, Vitória, ela se chamaria Vitória.
Finalmente ela estava prestes a nascer, mas ouve muitas complicações, mesmo assim o pai não soltou as mãos de sua mãe, finalmente ela nasceu, chorando e saudável, abriu os olhos para o mundo, olhos diferentes.

***

(Narrador – O rei do Pop)

Aos 18 anos, andava distraída pela escola, seus pensamentos iam longe. Com a distração esbarrou em outro garoto, ele era lindo, parecia um anjo, seus olhos também eram verdes.
"Desculpa"
Pediu ela.
"Não tem problema"

Ela corria, descendo as escadas apressada. Policiais a seguia, com uma arma em mãos disparava alguns tiros contra eles, um precipício ela avistou, não temeu, em segundos estava no chão, correu cortando vários becos, aquela favela parecia mais um labirinto. Finalmente não via mais eles, estava livre.

Chegou em casa e deparou-se com seu pai bebo e nervoso.
"Onde você estava?"
"Fugindo"
"Vou perguntar de novo"
Ele tirou o cinto.
"Onde você estava?"
"Com Breno, eu não quero mais fazer isso."
Uma citada ela recebeu, colocou os braços na frente para se defender.

Acordou presa em uma cadeira.
"Eu não sou como você, eu não vou fazer isto. Me solta"
Ela gritava. Ele aproximou-se dela e pegou seus cabelos longos pretos e puxou. Ela gritou.
"Você vai assinar este contrato, ou eu terei que matar seu amiguinho, o que me diz?"
"Deixa ele em paz"
"Leia"
Presa em uma cadeira, ele jogou o papel em cima da mesa e leu o contrato que dizia que teria que trabalhar na máfia. Não sabia bem ao certo, apenas sabia que seu pai insistia com a história para não passarem fome, ela não estudava apenas trabalhava em crimes, tráfico, roubo e até morte. Estava farta de tudo aquilo, não queria mais praticar o
Mal. Não sabia como sair daquilo, seu pai tinha razão, era única maneira de sobreviver ali naquela pobreza. Sem educação não era possível ser uma pessoa melhor. Mas ela ainda preferia passar fome do que machucar mais uma pessoa.

Ainda presa.
"Aqui está"
Ele trouxe uma caneta a ela.
"Preciso das mãos livres para assinar"
"Está bem"
Ele a soltou. No mesmo momento ela lutou para sair dali, pegou um jarro que se encontrará ali e quebrou na cabeça de seu pai.
"Volta aqui"
Ele gritou ao vê-la correr.
Mesmo com todo aquele sangue ele correu atrás dela. Ao meio do caminho ela esbarrou novamente em Breno.
"Eu tenho que sair daqui. Me tira daqui"
"Vem comigo"
Eles correram, Breno finalmente a tirou da cidade com um táxi que havia pagado, ele tinha muito dinheiro então não foi problema.
Passaram alguns dias na cidade vizinha, Vitória conseguiu um emprego como estagiária na delegacia de polícia por indicação de seu amigo Jonas. Agora tudo parecia estar bem. Ela pousava a cabeça em seu travesseiro e lembrava da sua mãe, do seu pai, de tudo que teve de passar, o tráfico, coisas ruins que já tinha feito por ordem de seu pai. Seu telefone tocou, era um outro amigo chamado Marcos, este era parceiro de trabalho dela, Vitória conseguiu sair do mundo do crime, mas ela ainda estava ali, alimentando sua fome não só de comida, mas de drogas também.
"Oi, como você esta? Deixa eu te ajudar?"
"Eu não quero sua ajuda. Estou ligando para te dar uma notícia."
"Aconteceu algo?"
"Seu pai está revoltado por que você foi embora, ele está trabalhando para a máfia de novo, sequestrou o Breno"
Ela logo levantou-se espantada.
"Ele vai ter de ligar e fazer um acordo, seremos parceiros"
Ele desligou, no mesmo instante um homem ligou, ele era velho e experiente. Seu nome era John.
"Se quer seu namorado de volta vai até os Estados Unidos neste endereço que vou te passar aí, se encontra com Marcos para fazemos o acordo.

Chegou finalmente no local que John havia dito, ele estava lá junto com Marcos, dentro de um carro em frente a dois orfanatos.
"Está vendo isto"
Ele apontou para os orfanatos.
"Ha bombas ali dentro, meu parceiro está a escuta da nossa conversa, a qualquer instante eu coloco aquilo para baixo e mato seu amiguinho."
"O que você quer?"
"Meu filho"
Ela assustou-se com aquilo, não sabia que um homem como e poderia ter um filho.
"Onde ele está?"
Perguntou ela.
"Com o rei"
"Que rei?"
"O rei do pop"
Ela ficou assustada,
"Traga meu filho de volta."
Ela já sabia o que fazer. Mas antes tinha que conhece-lo ter provas.
Ele chamava-se Johnny e estudava em uma boa, repito, boa escola. Ela conseguiu entrar na escola, tinha o ensino fundamental concluído e tinha ótimas notas, a diretora se impressionou com aquilo e quis dar uma chance a garota.
Agora que ela estava na escola era mais fácil, tinha que o conhecer. Não sabia muito dele, a única coisa que podia te ajudar era uma foto que o pai dele havia entregue. O sinal tocou e todos já estavam na sala, agora ela passava de porta em porta e olhava pela janela para ver se via alguém parecido, depois de tentar umas oito ela finalmente o encontrou. O sinal novamente tocou e ele saiu da sala junto com outro garoto, tinha o cabelo castanho, parecia com Michael e Vitoria sabia quem era, ela os viu passar e os seguiu. Finalmente Johnny foi deixado para trás e outro garoto sumiu, em frente a um armário Vitoria se perguntava onde este estava. Ele apareceu atrás dela e assustou. Ela logo se virou e viu Prince.
"A novata, estava te procurando"
Ele carregava uma câmera na mão.
"Diga oi para o jornal da escola"
Ele bateu algumas fotos dela que deve ter saído meio engraçado já que ela não via muito com todo aquele flash em seus olhos.
"Chega, vamos ver o que a escola acha do filhinho do rei do pop preso ao armário"
Ela o empurrou para seu armário e o trancou ali. Foi até Johnny.
"Oi"
"Olá. Você é a novata?"
"Sim por que?"
"Meu irmão estava te procurando"
"Então eu já me encontrei com ele."
"Ainda bem não aguenta mais o papo da novata. Mas é aí já sofreu Bullying?"
"Como assim?"
Ela foi jogada ao chão por uma garota alta, cabelo negros, eram parecidas, mas Vitória era estilo rockeira.
"Está atrasada"
Disse Johnny.
"Tchau Johnny "
Ele saiu.
"A novata da escola"
Ela disse com um largo sorriso no rosto.
"Susan para"
Disse outra garota, também branca com os olhos azuis.
"Depois a gente resolve Anne"
Disse Susan saindo.
"Este uniforme não é adequado na escola"
Anne era uma espécie de inspetor que vigiava os alunos para garantir que tudo estava no controle. Ela anotou um bilhete e entregou a Vitória.
"Mas a sua blusa também não e adequada"
"Eu sou uma exceção"
"Vitória"
Vitória estendeu a mão.
"Anne"

***

(Narrador – Melhor amigo de Michael, “Pedro com 21 anos na época”)

No dia seguinte Vitoria estava sendo advogada de John. Anne deu algumas dicas a ela. No tribunal todo estavam muito confusos. Prince não sabia que Vitória era tão mal assim, quer dizer estava tirando o irmão dele.
"Senhores estou aqui esclarecendo um pouco mais esta justiça que tem apresentado falhas, afinal um pai tem o direito de ficar com o seu filho."
Ela sabia que John não aparentava ser um bom pai, mas ela não havia escolha.
"Não podem deixar que ele more na casa de um homem doente"
Ela olhou fixo nos olhos de Michael que parecia muito abatido com tudo.
"Eu protesto, não há provas que comprove o que ela diz"
Disse o advogado de Michael.
"Advogada de acusação, alguma prova?"
Perguntou o juiz.
"Não"
John olhou para ela.
"Quer dizer, eu quero ter uma conversa particular com Johnny, para ter certeza da escolha dele.

Quando eles voltaram todos estavam ainda mais nervosos.
"Eu Johnny"
"Ela precisa de ajuda"
Cochichou Michael a seu advogado.
"Escolho meu pai biológico"
Completou Johnny e todos pareciam ainda mais confusos.
Michael olhou bem nos olhos de Vitória e sabia que ela não era mal. Ele conhecia o John e sabia do que ele era capaz. Ele também sabia que Vitoria estava mentindo.
"Esperem"
"Johnny não pode ficar com John, por que não e está a escolha dele. Ele está mentindo"
"O que você está fazendo"
Disse Johnny e seus pais estavam aflito.
"Juiz encerra o caso"
Pediu ela em lágrimas.
Todos olharam para o juiz.
Michael olhou para os olhos tristes de Vitória e sentiu-se triste. Aquela sabia dos riscos que está correndo, mas ela não queria separar um filho de um pai. O juiz esperou qualquer reação dos advogados ou dos jurados e viu que era hora de terminar aquilo.
"Caso encerrado"


Capítulo 02
- Suave crime -



 (Narrador - Michael- janeiro de 2024 no Tribunal)

(Dois anos atrás)

Era noite quando bati na porta da casa de Vitória, ela abriu e espantou-se ao me ver. Não imaginava o que eu estava fazendo ali. Na verdade, nem eu sabia ao certo disso.
"Você aqui, veio jogar na minha cara que tinha razão, você já ganhou, você conseguiu, agora me de licença "
" Deixa eu te ajudar"
"Me ajudar? E você quem precisa de ajuda aqui e não eu"
"Está blefando "
" Por que eu faria isso? "
" Para me colocar pra baixo. Mas eu sei quando uma criança está mentindo, e eu digo que está "
" Eu não sou mais uma criança, tenho 18 anos, na verdade nunca fui criança, mas diferente de você eu não importo"
"Será que você não vê que não consegue mentir para min? "
" O que você quer? "
" Eu já disse, eu quero te ajudar "
Ela cruzou os braços, e eu por um momento pensei que ela fecharia a porta na minha cara.
" Entra"
A casa era simples, um quarto a minha esquerda, uma cozinha a direita, e ainda ao lado um banheiro. O que mais me intrigou foi a sala. Não havia uma televisão ali. Apenas uma mesinha com um computador em cima, no sofá pude avistar dois instrumentos musicais, um violão e uma guitarra.
"Você toca? "
" Não viemos aqui para falar de música "
Ela de algum modo sabia como me atingir, sabia dos meus pontos fracos, parecia que me conhecia." Bem, já que está aqui pode pedir para o seu filho mais velho parar de me seguir com aquela câmera na escola? "
" Você se conhece? "
" Infelizmente ”
Blefou ela.
" O que você sabe sobre o John? "
Perguntou ela pegando um caderninho e uma caneta.
" Não muito "
" Você disse que quer me ajudar, então responda as questões e eu digo a verdade a você, temos um trato? "
" Tudo o que eu sei sobre ele, bem. "
Eu fiz uma pausa com medo de responder, ela era muito jovem para saber de coisas terríveis.
" Então? "
" Bem, ele é da máfia "
" Me conte uma novidade por favor. "
Ela já sabia disso.
" Bom, antes de termos certos problemas, ele era "
" Pobre, muito pobre, passou fome e bla bla bla. Eu quero uma novidade "
Ela queria arrancar de qualquer jeito, uma informação valiosa dele, e eu me perguntava por que?
"Soube do filho dele?"
"Não sabia que ele tinha filho, apenas soube que ele tirou muito dinheiro de você, pensei que fosse um golpe, não é difícil te convencer. "
" Encontrei o filho em uma das instituições que criei. Adotei e depois disso ele não me deixou em paz, não podia deixar o Johnny sozinho, ele tem medo, ele não é feliz. Por isso estava disposto a correr estes riscos"
"Há uma coisa sobre o John que você não sabe direito. Ele já foi preso, só no Brasil 12 vezes. Todas ele saiu. Ou seja, você coloca em risco a vida de seus filhos e sua família. Não importa quantos seguranças você tenha, pode colocar um exército em frente a seu rancho, acredite o John vai conseguir machucar alguém próximo a você, não duvide disso, eu quero que você tenha medo, eu quero que você abra os olhos, e se pergunte se vale mesmo a pena cuidar do Johnny. "
" Eu não vou desistir"
"Quer saber por que eu tentei tirar o Johnny de você? O John ateou fogo em dois orfanatos recentemente "
" Eu soube, não imaginava que fosse obra dele"
"E disse que se eu não trouxesse seu filhinho de volta faria de novo. Ou seja, a vida de muitas crianças inocentes em troca do seu amor ridículo paterno. Agora eu quero que saia da minha casa. "
Ela abriu a porta e eu me encontrava perdido, sem saber o que fazer, simplesmente sai de cabeça baixa. Pedi para alguns dos meus seguranças vigiar constantemente os orfanatos daquela área, mas Vitória tinha razão, alguma hora John conseguiria me atacar. Não importava o que eu fizesse, depois das palavras dela eu via perigo em tudo, tinha medo e não me sentia seguro, olha a para meus filhos inclusive Johnny, e ficava com medo de algo acontecer a eles, eu nunca me perdoaria.

***

(Narrador - Vitoria - janeiro de 2024 no tribunal)

Novamente alguém bateu na minha porta, eu queria que fosse Michael, mas não foi, é só o que me lembro.

***

(Narrador - Michael - No mesmo dia no tribunal)

Recebo uma ligação em janeiro de 2022 as 08 horas da manhã, uma voz de um senhor escutei, logo soube que era John. Ele disse a seguinte frase:
"Vocês se acham esperto não é mesmo, não devia ter procurado pela Vitória, ela te contou que trabalha para min? Ela te falou das pessoas que matou? Dos tráficos, assaltos, sequestros? Ela machucou mulheres e crianças"
"A seu mandato "
" Isto mesmo, eu mandei e ela obedeceu"
"Por medo ”
" Por medo ou por vontade própria nada justifica o que ela fez, tome cuidado, ela vai se aproximando assim de você, se fazendo de vítima, lembre - se você já confiou em outras crianças, quem garante que ela seja tão inocente? "
" Por que está me ligando? "
" Percebi que você quer ajudar lá. E ela vai precisar disso"
"O que? "
" Ajuda, eu a sequestrei, fique tranquilo não sou como o pai dela, sou pior, abra os olhos"
" Me diz logo o que você quer? "
" Eu devolvo a garota que você chama de inocente, e resolvemos o resto no dinheiro, mas em troca"
Ele riu, riu alto da minha dor.
"Traga o Johnny ao lado daquela instituição, e se você envolver a polícia eu vou machucar muito, repito muito, ela. Capita? "
Ele desligou e é só o que me lembro.
Acordei com Johnny na minha frente gritando preocupado.
" Você desmaiou “
Disse ele, foi só o que ouvi naquela noite, estava preocupado sem saber o que faria.

***

(Narrador- Vitória - No mesmo dia no tribunal ela olhava fixo para John, seus olhos vermelhos e inchados por conta do choro)

Acordei presa a uma jaula, minhas mãos estavam algemadas e eu me encontrava jogada ao chão com os braços para trás. Me lembro apenas da dor, meus olhos estavam tampados, alguém aproximou - se é passou a mão em meu rosto, logo tentei me afastar.
"Vamos deixa-la assim? Intacta. "
Ouvi alguém, um homem jovem dizer.
"Diverte se com ela, vou fazer uma ligação"
Disse John.
Eu tentei gritar, mas algo também tampava minha boca, uma espécie de lenço. Antes mesmo do jovem começar, John soltou um grito. Ouvi o garoto correr, logo fiquei satisfeita em saber que aquele pesadelo estava prestes a acabar. Tiraram o tampão dos meus olhos e eu visualizei meu amigo Marcos, junto com seu irmão que o odiava muito e sua namorada a qual Marcos era apaixonado, não sabia se era algo bom ou não, não sabia ao certo se estava satisfeita.
"Viemos para te ajudar "

***

(Narrador - Marcos)

Eu fui um grande parceiro de Vitória, não só nos crimes, tivemos uma relação de poucos meses. Me apaixonei por outra garota, loira com os olhos claros, mas ela já namorava outro cara, e este era meu irmão. Foi sem querer mas admito, eu machuquei Vitoria ao tentar ficar com Gabriela, a garota na qual eu era louco. Fiquei com medo de dar fim só relacionamento por que ela estava muito doente na época. Meio que foi por pena, me arrependo muito por isso. Fiz um trato com Johnny e Vitoria ao chegar aos Estados Unidos, na época me lembro, era muito viciado em drogas e era este o jeito que eu dava para arcar com tudo. O trato era simples, Vitória tinha que trazer Johnny de volta, mas ela estragou tudo, o plano B era onde eu me envolvia, antes mesmo que o rei do pop entrasse com Johnny ao carro eu tinha que atirar neste. Mas Vitória insistiu muito para min desistir, acabei desistindo. No dia seguinte o parceiro de John apareceu e me sequestrou.

***

(Narrador - Dodge - irmão de Marcos)

Encontrei meu irmão preso igual a Vitória, tive que atirar em dois caras que trabalhava para o John. Não apenas atirar mas machuca-los a ponto de não me atrapalhar

***

(Narrador - Michael)

Era dia 05 as 4horas da manhã quando Vitória bateu a minha porta. Fiquei surpreso e feliz por ver que ela estava bem.
"Ainda está disposto a me ajudar? "
Perguntou ela, eu logo corri e a abracei, ela precisava disso, percebi quando dei brechas para me soltar, mas ela não fez.
" Vamos entrar"
Ela por fim me soltou e eu pude ver lágrimas em seus olhos, junto com ela havia dois garotos e uma garota.
"Com licença "
Disse os três em sincronia.
"Como conseguiu entrar?"
Perguntei a ela, estava curioso, ela tirou um crachá de seu bolso onde dizia estagiária polícia federal.
"O motivo de eu estar aqui, bem "
Ela fez uma pausa e procurou por palavras.
“ Na verdade, acho melhor chamar o Johnny "
" Ok, podem ficar à vontade "
Subi as escadas e minutos depois desci com Johnny. Logo vi que Vitória era fã de arte, ela observava alguns quadros ali.
" São lindos. Quem diria que você tem bom gosto "
Ela sempre tentava me colocar pra baixo ou algo assim, ela não gostava muito de min, não sabia ao certo se fazia isto por sua própria proteção ou se realmente me odiava.
" Então qual seu plano? "
Perguntou Marcos.
" Vejamos "
Ela olhou para Johnny e em seguida para min.
" Vamos matar o Johnny"


Capítulo 03
- Eles não se importam -







 (Narrador - Michael)

Simplesmente não acreditei nas palavras dela, explícito que estava mentindo.
"Quem aí gosta de ficção? "
Ela levantou a mão direita e então eu pude entender tudo. Era um grande risco, mas preferi aceitar a proposta.

***

(Narrador - John)

Eu apenas queria meu filho, roubaram ele de min, é totalmente injusto, um pai não pode errar?
No dia 05 de janeiro de 2022 o dia nasceu triste, chovia forte. A noite recebi uma ligação da Vitória fazendo um acordo, é claro achei tudo muito estranho. Dentro do carro eu esperava ansiosa pela chegada do meu filho. Como eu me achava perdido naquela situação levei alguns amigos para me certificar de que estaria seguro, sim eles estavam armados. Ela chegou de carro, não sabia que dirigia, não avistei Johnny e logo fiquei preocupado. Ela saiu do carro armada e logo pediu para que eu assinasse um termo, no momento em que peguei o papel agentes de todos os lados apareceu pedindo para min jogar todas as armas ao chão. Eu já esperava por isso então logo meus parceiros apareceu, Vitória entrou ligeiramente ao carro e eu logo soube que Johnny estava ali. Enquanto agentes e bandidos lutavam, entrei distraidamente no meu carro e a segui. Finalmente ao meio do nada ela parou o carro e desceu.
"O que está fazendo? "
Perguntei com uma arma em mãos, ela também estava armada, não demorou muito e ouvi sirenes da polícia aproximando.
" Eu vou logo acabar com isso, venha aqui"
Eu aproximei o mais ligeiro que pude, o agente já se aproxima, eu apontava a arma para ela e vice-versa. Eu avistei meu filho preso.
"Diga tchau para o seu filho "
Ela atirou e é só o que me lembro. Agentes disseram que eu caí ao chão soltando a arma e Vitoria me apunhalou com a sua. Dentro da delegacia vi ela algemada, não estava feliz por isso, eu não queria ela presa, eu queria ela morta.

***

(Narrador - Vitória)

Eu estava presa, algemada, os agentes ainda não acreditavam nas coisas que eu tinha feito, eu ne entreguei, confessei tudo é ainda assim não me levaram para uma sela.
"Você não quer mesmo ligar? "
" Não "
Eu insisti, estava realmente disposta a enfrentar aquilo, eu tinha que pagar pelos meus crimes, simplesmente não dava para pousar a cabeça na cama e esquecer de tudo. Estava tudo muito difícil para min, ir para alguma da qual selas não seria um problema, afinal eu não tinha mais para onde ir, quando cheguei ao país um dos meus amigos agentes arrumou a casa para min, eu pagava o aluguel mensalmente sem atrasos, quer dizer não havia nem uma semana que estava ali, mas agora que ele soube toda a verdade tirou a casa de min, chegou até min e disse:
"Você não tem mais uma casa"
Alguns dos policiais acreditavam em tudo o que eu dizia, mas outros não, é eu fiquei ali presa naquela cadeira algemada até que eles entraram num acordo, lembro do agente dizer a min:
"Já que você não vai ligar, eu ligo "
Ele ligou, dentro da sala não conseguia escutar. Minutos depois alguém bateu a porta e um homem alto e branco de cabelos e olhos escuros entrou ali.
" Michael"
Fiquei surpresa e infeliz.

***

(Narrador - Michael)

Vê lá presa naquela situação me deixou angustiado.
"O que está fazendo aqui? "
Perguntou ela.
" Eu vim te ajudar"
"Você já me ajudou, acabou, agora você vai ficar em paz com seus filhos, agradeço muito pela sua ajuda, mas já deu, não precisa mais fazer isto "
" Sim, eu preciso, não posso deixar você nesta situação, você não merece isto, você é uma pessoa do bem"
"Não, eu não quero mais que você me ajuda"
"Eu vou arrumar um advogado para você, não merece isso, você me ajudou, salvou crianças "
" Não, você não entende, não importa o que eu faça nada vai corrigir meus erros"
"Quem te denunciou? Vamos deixa eu te ajudar? Quem dez isto com você? Não foi o John, por que eu o vi desmaiar depois de toda a cena, por favor me diz quem foi. "
" Fui eu, eu me entreguei, entendeu agora? Eu quero pagar pelo que fiz, eu mereço isto, por favor vai embora"
"Eu vou, mas eu volto com seu advogado "
" Michael "
" Você merece ser julgada"
Eu saí da sala com um aperto no coração, sabia que aquela era uma péssima ideia, então eu tive que arrumar logo um advogado.

***

(Narrador - Vitoria)

Me levaram finalmente até a minha sela, por ser um agente não tive que dividir com ninguém, fiquei satisfeita com isto, assim não teria problemas. Eles retiraram minhas algemas e trancou a sela. Fiquei finalmente sozinha pensando em meus erros. No dia seguinte, bem cedo, pela janela da minha sela diria que era umas 6 horas, o agente teve o dever de acordar todos para o café da manhã. No meu corredor logo uma fila foi formada, atrás de min havia muitos prisioneiros, senti medo naquele momento, andaram em sincronia e eu apenas segui até local de refeições, todos usavam roupas
iguais, uma espécie de moletom azul. Havia mesas enormes ali, segui com os outros para a fila, a comida que puseram em meu prato dava nojo, mas eu provavelmente teria que ficar ali por mais um tempo, sentei e fiz um grande esforço para comer, já os outros já haviam acostumado, deixaram os pratos limpo. Derrapante uma confusão começou, eu não entendi muito bem o motivo, apenas vi policiais atacarem prisioneiros, um deles levou vários socos e choques, ouvi alguns dizer que ele não havia feito nada, fiquei confusa. Voltei a minha sela e dessa vez tive uma surpresa, teria que dividir com outra pessoa. Uma garota loira que usava rastafári.
"Meu nome é liso e o seu? "
" Vitória "
" Você e nova aqui, aprontou o que? "
" Prefiro não comentar"
"Está bem "
" Você entendeu a confusão na hora do café da Manhã"
"Sim, os policiais estão no poder, então eles fazem isso. "
" Então é verdade o homem não havia feito nada. "
"Sim, esta coisa acontece diariamente aqui, acostume-se"
"Mas não é justo, eles não podem fazer isto sem motivos "
" Deixa eu adivinhar, você não é americana "
Apenas fiquei calada. Na hora do almoço fiquei reparando no comportamento deles, novamente outro foi atacado, eu não podia ficar parada, sim eu fui tirar satisfação com o policial.
" Falta de ética no seu serviço “
O policial soltou o prisioneiro e andou em minha direção, todo observava espantados.
" O que disse? "
" Aposto que os americanos não são eficientes neste aspecto "
Ouvi ruídos ali.
" Você não faz mais parte disso, você é como eles"
"Ainda sou melhor que você “
Ele me empurrou, cai próximo a uma parede. Outro agente chegou.
" Vitória? "
Ele perguntou enquanto eu me levantava.
" Está liberada, alguém pagou sua fiança "
" Voltei para o cargo? "
" Sim"
O agente me deu o crachá e eu dei a seguinte ordem.
"Prendam ele"
Apontei para o agente que havia batido no prisioneiro. Todos ali bateram palmas e gritaram.

Capítulo 04
Você estará lá



 (Narrador - Vitória)

Assim que fui liberada encontrei com Michael.
"Feliz agora? "
Perguntei.
" Bem. Quase"
"O que mais você quer de min? "
" Você não tem para onde ir "
" Eu tenho dinheiro"
"Isto não é o suficiente "
"Estou procurando uma pessoa, e não quero tirar meu foco disso, sem dizer é claro que matei um de seus filhos e o outro prendi no armário da escola, tenho passagem na polícia e o John vai vim até min se vingar pelo precioso filho dele, então a resposta é não. "
" Vamos Vitória me dê uma chance"
Alguém bateu a porta eu a abri.
"Diz que sim"
Disse o garoto pardo magrelo de cabelos espetados preto, Marcos.
"Você fez isto? Eu não vou te perdoar, vou te zoar até sair de lá "
" Não vai demorar muito, consegui o número do seu amigo, namorado, sei lá o que vocês são. Você já sabe"
"Me dê o número"
"Você e rápida"
"Diz"
Peguei um bloco e uma caneta que estava jogado em cima de uma mesa.
"6198888889"
Disse ele e eu anotei.
"Obrigado "
" Então para onde vamos? "
" Você não pode ir para o Brasil, seu pai está lá. "
Eu disse a ele.
" Eu sei, mas não vou ficar aqui sozinho"
"Sim você vai, eu vou buscar o Breno e volto para cá para te buscar "
" Vitória isto é perigoso"
Disse agora Michael.
"Eu preciso ajudando, tudo isto é culpa minha"
"Então me deixe te ajudar "
" Não, eu não quero sua ajuda, eu preciso fazer isso sozinha, você já ajudou muito"
"Deixa eu pelo menos anotar meu número "
Entreguei o papel que segurava para ele, logo fez a anotação.
" Bem eu tenho que ir"
Então saí da sala e logo entrei em um carro.

*

(Narrador - Marcos)

A casa de Michael era incrível, obras de artes espalhadas pela casa inteira, retratos da sua família e objetos preciosos.
Ele me mostrou um quarto na qual iria ficar, era simples apenas uma cama e um pequeno armário. Meu irmão logo chegou para se despedir.
"Você tem mesmo que ir? "
Perguntou Michael.
" Sim, é meu pai “
" Você pode mudar, pode sair disso "
Eu insisti.
" Não, obrigado. "
Eles saíram e por um momento me senti sozinho.

*

(Narrador - Vitória)

Cheguei ao Brasil e logo me encontrei com Breno. Fiz um interrogatório com ele.
" O que houve? "
" Não há nada com seu pai, e o meu, você não entende, temos que ficar separados, longe um do outro "
" Por que está dizendo isso? "
" Para seu próprio bem, afaste-se de min. "
" Não, eu sou a pessoa errada aqui e não você "
" A verdade é que não estou preparado para enfrentar sua doença, não dá, você não entende. "
" A minha doença "
" É, não dá "
Ele saiu e eu não havia me tocado que eu havia perdido, corri, mas já era tarde ele sumiu.

*

(Narrador - Breno)

Cheguei em casa aos prantos, meu pai logo entrou.
" Vamos embora"
Disse ele.

*

(Narrador - Vitória)

No dia seguinte rastreei novamente o número de Breno e dessa vez estava distante em outro país, Estados Unidos. Segui todas as pistas e encontrei o celular dele num quarto de hotel. Ao lado do celular havia um bilhete.
"Eu não quero ser encontrado, eu não quero mais você na minha vida"
Cai só chão chorando muito, lembro-me de acordar um pouco mais tarde, deitada ao chão olhava para o teto e me perguntava para onde iria e o que eu faria, estava ali sozinha olhando para o nada, meus olhos estavam cansados e provavelmente
vermelho. Virei a cabeça de lado esquecendo o teto, abri os olhos e vi um pequeno papel jogado no chão. Levantei-me com alguma dificuldade e peguei o papel, lá estava escrito dois números, o primeiro que pertencia a Breno e o segundo que pertencia a Michael. Finalmente sabia o que fazer e para onde ir, peguei o celular de Breno e sai correndo do hotel às pressas.

*

(Narrador - Michael)

Novamente as 5 da manhã alguém bate à porta da minha casa, desci as escadas e me lembrei de Vitória, por um momento fiquei entusiasmado, abri a porta e a vi.
"Eu preciso de um abraço seu"
Eu a segurei em meus braços e por um momento vi que ela se sentia segura.

*

Capítulo 05
Simples humano



 (Narrador - Vitória)

Eu tinha uma casa, uma escola e um ótimo amigo.
Entrei na escola e logo me deparei com Prince, estava frio naquele dia eu usava casacos, mas ele não.
"Não está com frio? "
" Não, já me acostumei"
Bem, como eu era brasileira e havia me acostumado com o sol, era diferente para min. Na verdade tudo era diferente para min, logo encontrei com Marcos, tanto eu quanto ele é até mesmo Prince junto com sua irmã estávamos na mesma classe, primeiro ano do ensino médio. A primeira aula era a minha preferida, matemática. A professora entrou e escreveu ao quadro a matéria que veríamos naquele dia. Notei que a garota que havia me empurrado outro dia também fazia parte da turma. Observei a garota, ela escreveu um bilhete e passou ao Prince, provavelmente não estava Gostando da minha presença ali. Na hora do intervalo Prince me chamou para o refeitório.
"O que havia escrito no bilhete? "
Ele me entregou.
" Sinto falta de você “
Assenti com a cabeça e tentei entender.
" Vocês já? "
" Não"
Respondeu ele.
Uma garota aproximou.
"Anne"
Eu disse entusiasmada.
"Oi está gostando da escola? "
" Tentando "
" Encontrou o Breno? "
Perguntou Anne sentando
" Quem é este? "
Perguntou Prince.
" O namorado dela"
Respondeu Anne.
"Você tem namorado, nossa"
Ele parecia aflito.
"Não, eu não tenho, ele me deixou "
" Você não precisa dele, homem nenhum presta. "
Prince ignorou. A garota que me odiava aproximou - se.
" A novata, vejamos "
Ela carregava uma bandeja com lanche.
" Virou um Jackson agora? "
" O que você quer? "
" Você no Brasil "
Ela jogou todo seu lanche em cima de mim. Todos ali gritaram. Me levantei e corri, Prince correu atrás de min.
Em frente ao banheiro ele me puxou.
" Você está bem, não liga para o que ela faz ou diz "
" Ela está se metendo com a pessoa errada. "
Meu telefone tocou, era o número de Breno, ele me ignorou então eu fiz o mesmo.
" Não vai atender? "
" Não"
Mordi os lábios e abaixei a cabeça, me arrependi de não ter atendido.
"Eu devia "
Peguei o celular e disquei o número dele que já havia decorado.
Ele não me atendeu.
" Por que está fazendo isto? "
" Por que estou sozinha"
Ele aproximou - se de min e me abraçou.
"Está com a gente agora, e não vamos te abandonar. "
" É o que todos dizem "
Ele me soltou e me beijou. Não sabia o que estava acontecendo.
" Desculpa "
" Pelo o que? "
" Por isso. "
Dei um soco em seu estômago e corri.

*

(Narrador - Prince)

Estava sem ar, o soco foi forte, minha irmã me viu naquele estado e me ajudou.

*

(Narrador - Anne)

Ela corria pela escola, a vi e a puxei.
" O que houve? A Susan vai para a detenção "
" Anne, eu fiz uma besteira "
" O que houve? "
Ela correu me deixando sem explicações.

*

(Narrador - Michael)

Minha filha Paris me disse sobre o que aconteceu com Prince, antes do jantar eu conversei com ele e tentei descobrir a verdade. Mas ele não quis me contar, agora que todos estavam na mesa eu encerrei o assunto. Observei os olhos de Vitória, estavam vermelhos, ela parecia triste.
"Você está bem? "
Ela perguntou ao Prince.
" Sim"
"Desculpa "
"Pelo o que?"
Perguntei.
" Eu machuquei ele. "
Todos olharam espantados para mim.
" Eu a beijei"
De algum modo Johnny achou tudo uma piada, ele riu da situação.
"Ele está bem"
Vitória me perguntou.
"E que, finalmente ele não é mais bv"
Disse Johnny
"Isso não tem graça "
Disse Prince rindo junto com Vitória.
" Gostei dele, ele entende da zoera"
Disse Vitória rindo. Logo todos na mesa davam gargalhadas do acontecimento, Vitória soltava piadas, não conseguimos nem comer com tudo aquilo. Foi lindo.

*

Capítulo 06
Cai fora





 (Narrador - Vitória)


Desci as escadas e me encontrei com Michael, ele queria dizer algo para min.
"Eu fiz algo? "
Ele riu, era muito lindo seu sorriso.
" Eu trouxe isso para você. "
Era um lenço, um pequeno lenço branco, no momento que olhei achei simples e sem significado algum.
" Obrigado "
" Boa sorte na escola"
"Obrigado vou precisar. "
Coloquei o lenço no bolso do casaco e sai.
Cheguei a escola e passei rapidinho no banheiro, as garotas se vestiam muito bem, eu estava simples, roupas pretas e grandes, usava um All star. Meu cabelo estava rebelde, peguei o lenço que Michael havia me entregue e improvisei colocando meu cabelo para traz.
Entrei no colégio sem o uniforme, eu e Anne já éramos muito amigas então ela me liberou de detenções. Antes de entrar a sala Anne tinha que vestir outro uniforme. Assim tive que ir procurar minha sala sozinha. Susan continuava a me odiar e depois que descobriu que Prince havia me beijado a situação ficaria mais difícil ali, bem ela dizia que eu roubei a melhor amiga dela e o seu namorado, no corredor da escola todos olhavam ela dizer. Tentei amenizar a situação dizendo que não roubei nada dela e que Prince já havia deixado claro para todos que nunca namorou.
"Tabloides "
Disse ela.
" Não, é verdade, ele disse isso para min. "
" Ah ele disse? "
" Sim "
" Você se acha tão esperta, por que não faz o seguinte vamos resolver isto lá fora"
"Eu não quero brigas "
" Olha alguém está com medo aqui "
Todos ali riram.
" Não é medo, só não quero confusão"
"Por que? Está com medo de desapontar a família Jackson, não percebe que você nunca será como eles, não importa o que faca, agora para de ceninha e aceita logo a proposta. "
" Eu já disse garota, não vou brigar com você. "
" Ouviram isto galera. Arregoou"
"Tanto faz "
Me virei a ponto de voltar para a sala de aula.
" Volta aqui"
Ela me empurrou ao chão e todos gritavam, as pessoas gostam disso, gostam de ver brigas, confusão e violência, nem sempre gostam de coisas boas.
"Susan para! "
Gritou Anne.
" Resolvemos lá fora"
Disse Susan.
" Vamos acabou o show todos para a sala agora"
Anne ordenou.
"Você está bem? "
Ela me perguntou estendendo a mão. Levantei e agradeci.
" Obrigado"


*


(Narrador – Vitória)


Finalmente as aulas foram finalizadas, assim que sai vi Susan com suas amigas, pronta para me detonar. Larguei a mochila ao chão e corri, elas vieram logo atrás de min, desviava das pessoas e elas faziam o mesmo. Eu nunca tinha medo de lutar ou apanhar, mas eu não queria arrumar confusão, Michael estava sendo um ótimo amigo para min, não queria estragar tudo. Corria muito rápido, o lenço havia se desprendido do meu cabelo, segurei firme em minhas mãos. Fim da linha, não tinha mais para onde ir. Eram 3 garotas e eu era apenas uma, eu não queria mesmo fazer aquilo, mas.
"Você é uma grande perdedora, com 18 anos não terminou os estudos, o que estava fazendo? Namorando ou fugindo do papai? Foi o que eu soube, por acaso e órfã?"
Ela puxou o lenço de minhas mãos, eu gritei, gritei forte, naquele momento nada mais importava eu queria o lenço de volta, eu ataquei dando socos, mas logo suas amigas vieram para cima de min, não foi difícil derruba - lá, já Susan foi mais difícil, assim que a joguei no chão bati nela até pedir para parar.
"Chega, chega, pare, eu não aguento mais"
"Sai fora"
Então eu parei. Alguém chegou, olhei para o chão e uma câmera caiu, vi Prince que estava atordoado com o que ela acabará de fazer, ele correu e eu fiquei ali chorando, logo outros alunos chegaram, como eu disse as pessoas procuram ver isto, chegaram tarde. Eu saí dali e não tinha mais para onde ir, não podia voltar ao rancho, Michael nunca me perdoaria por isso. Eu tinha que sair dali, mesmo sem rumo tinha que cair fora.


*



Capítulo 07
Estar aqui





 (Narrador - Michael)

Meu filho chegou diferente em casa, logo soube que algo estava errado. Ele me explicou toda a situação, fiquei sim triste por que Vitória preferiu usar a violência, mas depois que ela não voltou eu me sentia preocupado, eu queria perdoa-la, ainda acreditava nela. Eu sabia que ela não era mal, sabia que tinha um bom coração.

*

(Narrador - Prince)

As notícias chegaram rápido na escola e os tabloides estavam lucrando muito, histórias terríveis a respeito de Vitória, no jornal da escola uma reportagem que dizia:
'Ex presidiária dentro da escola, um perigo aos alunos'
Todo na escola comentava, no corredor ouvi garotos.
"Fiquei sabendo que Vitória ganhou a luta por que é faixa preta"
Dentro da sala.
"Ai a Vitória jogou uma espécie de bomba perto das garotas, o resto é história "
No refeitório.
" A Vitória acabou com a Sandra, está até pediu arrego"
"Mentira"
"E verdade é depois a Vitor ia ainda ameaçou dizendo que iria atrás dos pais de Susan"

*

(Narrador - Vitória)

Eu tinha dinheiro então fui até o hotel no mesmo quarto onde Breno frequentou, ao abrir a porta me deparei com ele.
"Breno "
Me assustei ao vê-lo.
" Por que você não veio? "
Entreguei o bilhete a ele, onde dizia que ele não queria ser encontrado.
" Eu não escrevi isso"
"Eu não sabia"
"Não tem problema, o importante é que você está aqui. "
" Onde você estava e por que me abandonou?"
"E meu pai. Ele não quer que a gente namore. Se quisermos ficar juntos não poderemos voltar ao Brasil "
Meu celular tocou, era Michael pronto para me dar um sermão, então na atendi.
" Não vai atender? "
" Não. "
Desliguei.
"Como eu sou maior posso ser responsável por você"
O celular tocou de novo, era uma mensagem de voz.
"Acho melhor você ouvir, pode ser importante "
Então eu ouvi.
"Vitória sou eu, precisamos conversar, por favor me atende, estou preocupado, eu não vou te julgar, não vou fazer nada disso, só quero conversar entendeu? Eu te perdoo. Me liga por favor."
Logo eu liguei.
"Quer me encontrar onde? "

*

(Narrador - Breno)

Não sabia que Vitória e Michael tinham virado amigos. Me arrependi de ter a deixado pois logo que cheguei percebi que um de seus filhos era muito ligado a Vitória.
" Oi "
Estendi as mãos.
" Olá"
"Michael este é Breno, aquele amigo que eu procurava."
"Olá Breno "
Ele estendeu a mão e eu apertei.
" Você quer conversar comigo em particular? "
Perguntou Vitória.
" Não é necessário, eu apenas estava muito preocupado com você. "
" E o Marcos? "
" Marcos está aqui? "
" Sim, e uma longa história, depois eu te explico. "
" Ele está bem, mas disse que não quer ficar aqui sozinho "
" Mas ele precisa, é o único lugar seguro. "
" Você ficaria no lugar dele? "
Perguntei.
" Não"
"Vitória não vai embora, por favor"
Disse o filho de Michael.
"Eu não posso. "
Respondeu Vitória.
" Tem lugar para dois "
Disse Michael.

*

(Narrador - Diretora)

VI minha filha entrar na minha sala, ela era linda, cabelos negros e longos, olhos claros, seus lábios rosados, usava roupas pretas, ela cresceu e precisava de min, eu admirava muito seu cabelo grande.
" Oi"
Disse ela enquanto eu ainda admirava.
"Você e a diretora? "
" Sim, sou eu"
Meus olhos encheram - se de lagrimas. Ela não podia me reconhecer pois eu era loira e agora usava uma peruca com cabelos negros, mas eu pude reconhecer, no momento que olhei a seus olhos, eu vi que era minha filha.
"Está tudo bem? E melhor voltar outra hora. "
" Não, não, posso te ajudar? "

*

(Narrador - Vitória)

Agora entrei um pouco mais feliz na escola pois estava acompanhada de Breno, meus amigos Prince, Anne e Marcos, finalmente tudo parecia estar bem, não vi Susan depois da confusão, aquele dia estava muito bom, até que.

*

(Narrador - Diretora)

Tirei a peruca por um momento, tive um dia cansativo, sem ela na cabeça tinha uma sensação de leveza, me sentia mais à vontade, me sentia eu mesma. Fui até a porta com chaves em mãos para trancada no instante quem mais eu temia entrou.
"Vitória "
Eu me assustei. Enquanto ela ficava intacta.

*

(Narrador -Vitória)

Quando a vi fiquei surpresa, triste e apavorada, eu não sabia o que fazer, eu só queira sumir, corri dali fugindo de tudo e de todos, eu não sabia o que estava acontecendo, entrei no quarto de Michael sem pedir licença ou permissão, simplesmente invadi e cai nos braços dele, estava acontecendo de novo, eu estava mal, não enxergava nada, tudo estava ficando escuro, como se alguém tivesse apagado a luz. Não eu não estava desmaiada, não sustentei meu corpo, não conseguia, doía tanto que não tinha forças nas pernas, eu não estava fraca, não estava suando frio, não estava desmaiada, mas realmente não consigo conseguia sustentar meu corpo, não conseguia enxergar, com certeza Michael dizia algo, ele podia estar bravo por ter invadido seu quarto ou
desesperado por aquilo, eu havia perdido meus sentidos naquele momento, não me recordo de nada, apenas a dor.

*

(Narrador - Michael)

Quando Vitória invadiu o meu quarto logo soube que ela não estava bem, ela caiu frágil aos meus braços, parecia não me ver nem me ouvir, não fiquei desesperado a ponto de chamar a ambulância pois eu sabia o que ela tinha, já passei por isso, sabia que se eu estivesse ali ela estaria bem e foi isso que fiz, apenas cuidei dela e não a soltei de meus braços.

*


Capítulo 08
Não pare até ter o bastante








 (Narrador - Vitória)

Acordei deitada na cama de Michael, ele estava ao chão com uma simples coberta, era 07:30 da manhã, hora de ir à escola, estava atordoada com o que havia acontecido e não sabia que escolha fazer, continuar ali dormindo ou ir para a escola e encarar a realidade. Passei as mãos em meus cabelos grandes e pretos e observei ele uma última vez, estava bem quieto, sua respiração estava estável, concerteza estava dormindo então bem devagarinho levantei-me e coloquei minha coberta em cima dele, caminhei lentamente até a porta prendendo a respiração, abri cuidadosamente e fechei sem que batesse.
Entrei na escola com uma pontada no coração, eu não queria vê-la de novo, mas em todo lugar em que eu estava ela aparecia e eu tinha que sair sem dar satisfação para meus amigos.

*

(Narrador - Prince)

Na escola hoje, Vitoria estava muito diferente, ela chegou e me comprimento em frente ao armário, por um momento pensei que ficaria preso ali de novo, mas nada aconteceu, ela mal disse oi e deu tchau.
"Já vai?"
"Tenho que estudar para a prova de matemática"
Ela saiu e eu fiquei ali confuso, ela era muito boa em matemática, não precisava de estudar. Ela mentiu para min.

*

(Narrador - Anne)

Vitória sentou-se comigo na hora da refeição, comíamos e conversávamos sobre alguns livros que já tínhamos lidos, ela mal havia tocado na comida e disse que tinha que ir.
"Mas você nem comeu?"
"Estou sem fome"
Ela saiu e eu sabia que algo estava errado, ela gostava muito de comida, dispensar assim foi estranho.

*

(Narrador - Marcos)

Estávamos jogando futebol na quadra, Vitória e eu no ataque, passei a bola para ela, estava de frente com o goleiro, era só chutar, mas ela se distraiu com algo e devolveu a bola para min, acabei perdendo o lance.
"Era para você fazer"
"Foi mal, eu tenho que ir"
"O time vai ficar incompleto"
Mesmo assim ela saiu.

*

(Narrador - Diretora)

Segui Vitória o tempo todo, queria apenas ter uma conversa séria com ela, queria tentar me explicar mas parecia que eu nunca teria esta chance, ela estava sempre rodeada de amigos, nunca estava sozinha, e eu não queria que mais ninguém soubesse da nossa relação, podia ser perigoso.

*

(Narrador - Vitória)

Finalmente chegou o ultimo o horário, esperei muito por aquele momento, tive que fugir da diretora o dia todo e alguém ali percebeu isto.
"Aprontou Jackson? Está fugindo da diretora por que?"
Disse uma das amigas de Susan, está me odiava muito.
"Não sou vocês"
"Deveria, você leva uma vida muito ruim"
Disse a mesma garota, ela tinha o cabelo grande e loiro, seus olhos negros, seu estilo era legal, usava roupas descoladas, tênis de marca, blusas grandes, acessórios como bonés, toucas e correntes.
"Deixa eu apresentar"
Disse Susan.
"Esta é a garota mais zuera da escola, São esta é Vitória, minha inimiga"
"Eu entendo de zuera mais não vou dar este gostinho a vocês."
Respondi saindo.
Elas conseguiram me estressar e me deixar mais nervosa. Esbarrei em alguém, livros e cadernos ao chão, ajoelhei ligeiramente e catei tudo, era Bruna.
"Podemos conversar?"
Entreguei as coisas nas mãos dela e sai dali, quase correndo. Estava tão atordoada que esbarrei também em Paris, a irmã de Prince.
"Desculpa, eu "
Ajoelhei novamente.
"Tudo bem, pode deixar"
"Que sonsa"
Disse uma de suas amigas, eu não pude ver direito por conta das lagrimas, era uma garota ruiva linda. Eu a conhecia, e ela também se lembrara de min mas fingiu não me conhecer, esta era a irmã de Breno. O que ela fazia ali? Não sabia, estava confusa demais para pensar nisso agora, corri até o banheiro e tranquei a porta. Algo estava acontecendo comigo, eu não conseguia tirar aquela cena da minha cabeça, minha mãe indo embora e eu segurando as pernas dela como se fosse impedir, aos gritos meu pai me puxava e ela continuava indo, eu continuava segurando suas pernas, mas não fui forte o bastante, meu pai me puxou ainda mais forte e eu soltei, foi culpa minha, não fui forte o bastante, não segurei direito, ela foi embora por que eu fui fraca, eu a soltei.
"Culpa sua"
Eu falava várias vezes, meu pai dizia diariamente isto a min quando chegava bebo em casa.
"Ela foi embora por culpa sua"
Eu não conseguia mais me controlar, estava acontecendo de novo e agora Michael não estava ali para me ajudar, tudo ficava escuro, eu não sentia e não ouvia nada, eu tocava na porta do banheiro mas não sentia, foi como se não tivesse tato, um pouco mais forte agora, já estava socando tudo ali e mesmo assim não conseguia sentir nada, me descontrolei com aquilo, eu queria enxergar e sentir, eu quebrei tudo ali dentro, as portas, vários potes de sabonete , rolos de papel higiênico ao chão, tudo que estava ao meu alcance era destruído, dei um soco no espelho e me cortei , finalmente consegui sentir algo, sentir meu sangue quente escorrer pelas minhas mãos, ainda não enxergava, ajoelhei e deitei no chão, chorei muito, minha cabeça doía e eu ainda não enxergava, minha mão estava sangrando mas eu nem ligava, deitei no chão frio e esperei tudo passar.

*

(Narrador - Paris)

Depois que Vitória esbarrou em min ficou mais claro que ela não estava bem, Jeniffer minha amiga ruiva falou algo que eu não gostei a ela.
"Por que você disse isso?"
"Por que eu quis"
Tu sais e corri até o banheiro onde ela estava. A porta estava trancada, eu gritei pedindo para que ela abrisse, mas acho que ela não me ouviu, tentei arrombar a porta e não consegui, ouvi Vitória gritar e quebrar tudo ali dentro, fiquei preocupada e chamei a diretora, pedi para que ela ligasse a meu pai, e ela fez. Conseguimos abrir a porta com a chave reserva, Vitória estava ao chão desmaiada, meu pai com alguma dificuldade pegou ela ao colo e correu a diretora também, eu estava confusa, meu pai pediu que eu fosse para casa e eu apenas obedeci.

*

(Narrador - Michael)

Cheguei ao hospital com Vitória nos braços e ainda tive que enfrentar uma multidão de fãs e jornalistas me fazendo perguntas querendo saber tudo. Eu estava perdido, sem saber o que fazer, chorei com aquilo. Finalmente um médico trouxe uma cama e pediu que eu a deixasse, mas eu não fiz, eu não queria deixa-la sozinha, eles finalmente disseram que eu poderia ir, mas a diretora ficou ao lado de fora aguardando qualquer notícia, ela parecia aflita, me perguntei se de algum modo ela tivesse uma boa relação com Vitória. Os médicos cuidaram das feridas de Vitória, ela estava sempre usando blusas de frio, eles tiveram que tirar para fazer o curativo e foi então que eu vi marcas em seu corpo, eu sabia do que se tratava, eu não aguentei ver aquilo, sai da sala ao choro. Minutos depois um médico me chamou e me explicou toda a situação. Ele disse que ela apenas teve uma espécie de convulsão, um descontrole emocional, eu entendi e perguntei se podia leva-la para casa, ele deixou. Levei ela em meus braços até seu quarto onde Breno esperava ansioso.
"Como ela está?"
"Vai ficar bem"
Respondi.
"Ela vai dormir até que horas?"
"Não sei "
Ele parecia triste e comovido com as feridas dela.
"Ela me escondeu isto."
Ele olhou para as marcas no braço dela, tu sais e fui tentar descobrir o envolvimento de Vitória com a diretora.
"Ela vai ficar bem."
Eu disse, e ela ficou em silencio.
"Você está bem?"
"Sim, eu só fiquei preocupada, esta coisa nunca aconteceu dentro da escola, só estava preocupada."
"Qual o seu envolvimento com ela?"
"Bem. Digamos que ela me dá muito trabalho."
Eu sorri, sabia que Vitória estava dando seu melhor para não me deixar triste por ser diferente, ela era uma pessoa difícil, não gostava de regras, quando a vi uniformizada e supostamente pronta para ir à escola, expliquei que ela não precisava
fazer aquilo, mas ela insistia dizendo que meus filhos eram certos e queria ser como eles.
"Bem, acho que já vou indo"
Ela disse, levei-a até a porta e abri.
"Obrigado"
Agradeci e ela saiu.

*

(Narrador - Vitória)

Acordei novamente as 7 e 30 da manhã, hora de ir à escola, eu estava farta de ver Michael sofrer daquele jeito, dava para ver nos olhos dele que estava preocupado, desci as escadas e ele estava lá embaixo.
"Está bem?"
Ele me perguntou e eu queria ser sincera como os filhos dele e dizer que não estava bem, dizer a verdade, eu tentava ser como eles, um pouco mais certa, mas não estava conseguindo, eu tinha que ser eu mesma e eles tinham que aceitar.
"Vitória"
Ele disse.
"Não, mas, eu vou para a escola tirar 10 em matemática"
Acho que a tentativa não deu certo, e ele sabia que eu estava tentado ser como seus filhos, mas eu não era e nunca ia ser, era uma ideia absurda, mas a verdade era que eu precisava de um pai e eu via Michael como uma possibilidade então tentei ser o melhor, sim não fui eu mesma, não gosto de regras e ser certa, mas eu tinha que tentar afinal eu estava sozinha.
"Você não precisa fazer isto, não é assim que vai conseguir."
Ele disse para min, eu percebi que ele estava certo e era tudo uma grande besteira o que eu estava fazendo, afinal eu não precisava mesmo de um pai, nunca tive então por que isto? Também não precisava ser como eles, era inútil.
"Ativar função Vitória"
Eu brinquei.
"Agora sim"
"Eu estou bem e vou para escola dificultar a vida da diretora."
Ele riu. Acho que estava conseguindo.
"Falando nisso, ela estava preocupada com você ontem."
"Sério. Sinto muito, mas não vou aliviar."
Ele riu.

*

(Narrador - Anne)

Demovo Vitória chegou diferente a escola, mas era um diferente legal, ela estava com um plano em mente. "Tirar a diretora da escola". Perguntei o motivo e ela me explicou tudo, topei o plano por que a diretora me tirou do cargo de inspetor e colocou outro garoto no meu lugar, um no qual eu odiava, chamava-se Charles, loiro com os olhos claros tinha fama de Neri.
O plano era fazer tudo errado , não importava o que a gente fizesse ,não fomos para a detenção não recebemos nenhum castigo por jogas tinta pelo pátio da escola todo, furar fila no refeitório, pinchar os muros da escola, andar de skate e patins pela escola, esconder os canetões dos professores da sala, colocar as mesas e cadeiras para fora da sala, jogar bola no corredor da escola, lanchar dentro da sala, matar aula, não ir uniformizado, espalhar doces e balas em todas as salas, jogar balões de agua em professores, rabiscar todo o quadro com tinta permanente, trocar a senha dos armários dos professores, fazer aviõezinhos e bolinhas de papeis e esparramar pela escola toda, trocar o uniforme das garotas da torcida, furar as bolas que eram para jogos, fazer guerra de comida com as tias do refeitório e outras coisas.

*

(Narrador - Diretora)

Não aguentava mais a Vitória, ela estava pior que a São. Observei ela sair da sala para ter uma seria conversa com ela, mas logo vi São a cumprimentar, isto mesmo, as duas agora eram amigas, não havia mais nada que eu pudesse fazer, eu amava minha profissão e amava aquela escola, eu tinha que fazer algo para não perder tudo o que
levei muito tempo para conseguir. Liguei para Michael e pedi ajuda, ele logo apareceu na escola, conversamos por alguns minutos e ele disse que faria algo.

*

(Narrador - Vitória)

Eu andava com São quando encontrei Michael no corredor da escola.
"Evita, Vitória aprontou muito"
Disse São brincando.
"Não se preocupe"
Eu disse.
"Olá"
Disse ele a nos.
"Michael vem aqui, eu posso explicar"
Eu disse e pisquei pra São, levei ele até o corredor principal, peguei uma espécie de megafone no meu armário e gritei.
"O rei do pop está aqui neste corredor"
Alunos de todas as salas vieram para cima de nós, Michael correu e eu São comemoramos batendo as mãos.

*

(Narrador - Diretora)

Havia uma grande confusão na escola, alunos que deveriam estar em salas de aula estavam espalhados por toda a escola procurando por Michael. Aquilo havia passado dos limites, Michael foi muito legal comigo e não merecia passar por isto, fui procurar pela Vitória.
"Pia lá, lá vem a diretora"
Disse São como sempre brincando.
"Eu não fiz nada, só ajudei os fãs dele, eles merecem"
"Vitória, Detenção"
"Esta"
Ela concordou muito rápido, provavelmente estava jogando comigo. No último horário os alunos estavam mais calmos e eu fui até a detenção verificar se Vitória estava dando algum trabalho, cheguei lá e estava uma grande bagunça, uma música alta do rei do pop, "Doente..." em estilo remi, alunos e até os professores pulando no chão e em cima das mesas, pessoas comendo e gritando, era uma festa ali dentro, finalmente me cansei.
"Desiiiiiiiiiiiiiiiiiisto"
Gritei e Vitória comemorou, sai dali correndo para a diretoria.

*

(Narrador - Vitória)

Eu consegui, finalmente consegui, Bruna não era mais a diretora da escola, ou seja, ela não teria mais nenhum tipo de contato comigo do jeito que ela sempre quis, era este meu plano, fazer com que ela fosse embora, dessa vez para sempre. Mas esta não era a parte difícil, a parte complicada era falar com Michael. Entrei e logo encontrei ele.
"Podemos conversar?"
Perguntou ele.
"Não"
Respondi subindo as escadas.

*



Capítulo 09
Branco ou preto



(Narrador - Vitoria)

Entrei na escola animada, abri o armário e um jornal caiu dali. Olhei o jornal onde falava sobre a nova diretora, estava escrito no jornal:
"A nova diretora cita hoje as novas regras "
Parecia estar tudo bem.  Até que uma garota esbarrou em min.
" Desculpa "
" Não tem problema, você é nova aqui? "
" Sim "
" Eu sou Vitória "
" Júlia "
" Júlia? "
" Sim, Vitória? "
" Eu tenho que ir"
Sai dali correndo confusa, este nome não era estranho para min, Julia o nome da minha irmã mais nova. Mas o que ela estava fazendo ali?

*

(Narrador - Julia)

Hoje foi estranho na escola, encontrei uma pessoa e acho que era minha irmã. Agora que minha mãe não era mais a diretora tudo ficou claro para min, este seria o motivo para ela desistir da profissão, mas o que me comove e o fato dela ter me colocado na escola. No intervalo avistei Vitória com um violão em mãos, ao lado dela estava um garoto loiro, provavelmente o namorado dela, ao outro lado duas garotas, São e Anne, ela estava sempre rodeada de amigos, era popular ali, tive um pouco de inveja, ela tocava violão muito bem, mas eu ainda me achava melhor.
"Posso tentar? "
Cheguei perguntando, queria me aproximar, afinal ela era minha irmã.
" Pegue"
Ela entregou a min, pensei que diria não, fiquei surpresa, peguei o violão e soltei algumas notas da música Monster da banda Imagine dragonas. Toquei muito bem, melhor que Vitória, alguns aplaudiram ali, já Vitória se sentiu incomodada.

*

(Narrador - Vitória)

Minha suposta irmã estava tocando violão no intervalo, me senti incomodada e quis duelar com ela, peguei o violão de volta e soltei algumas notas da música radio tive da banda Imagine dragons. Todos ali aplaudiram, me senti melhor que ela, eu nunca fui de pensar assim, mas minha mãe escolheu ela ao invés de min, dessa vez tudo seria diferente, eu não ia deixar ela fazer isso de novo, eu tinha que ser melhor. Consegui meu objetivo, Julia ficou incomodada e saiu.

*

(Narrador - Julia)

Me senti sim incomodada e sai dali, mas alguém me seguiu, um garoto branco com cabelos castanhos.
"Está tudo bem? "
Ele perguntou a min.
" Sim "
" Tem certeza? "
" Eu não ligo para isso, estou aqui para estudar e não bancar a garota popular. "
" Prince "
Ele estendeu a mão e eu apertei.
" Júlia "
Ele sorriu para min, era lindo seu sorriso. Ficamos ali conversando por horas nem assistimos as aulas, falamos de música, cantores e atores, filmes, diretores de cinema, falamos sobre os professores, a diretora e outras coisas. O último horário chegou e o monitor pediu que nos dirigíssemos ao auditório para uma reunião.

*

(Narrador - Vitória)

Finalmente todo veriam a nova diretora da escola, muitos estavam ansiosos e outros como eu achava tudo perda de tempo.  Eu estava ao lado de Sam, ela era muito divertida, sempre fazendo brincadeiras, eu gostava dela por isso, me sentia mais eu, éramos quase irmãs, pensávamos iguais, nos odiava regras e levava tudo na brincadeira para esconder nossos verdadeiros sentimentos. A nova diretora da escola entrou no palco e logo foi aplaudida. Ela era alta ruiva, eu a conhecia, também se chamava Jennifer, era mãe de Jennifer amiga de Paris, me perguntei o que elas estavam fazendo ali. De cara todo sabia que ela era rígida.
"A ordem, silêncio "
Ordenou ela com estilo em cima de saltos altos, era uma mulher elegante, bem vestida e bem maquiada que podia conseguir o que quisesse ali.
" Bem, vou citar as novas regras da escola.  Primeira regra, vocês devem obediência primeiramente a diretoria e aos professores, em seguida aos inspetores e monitores."
Todos aplaudiram e gritaram.
"A próxima regra é ordem na escola, que vai desde o uniforme a pontualidade e organização. "
Mais aplausos.
" Todas estas regras vão estar neste livrinho que vão ser entregue a vocês "
Logo todos os inspetores se dividiram e entregaram. Peguei o livrinho e achei inútil.
" Mataram árvores para isso "
Eu disse.
" Este papel vai ser útil "
Disse Sam enquanto a diretora continuava com as regras.
" Como? "
Perguntei e ela logo rasgou algumas folhas e fez bolinhas de papel, fiz o mesmo, em seguida jogamos em alguns alunos, logo iniciou uma guerra de bolinhas ali, uma grande confusão.
" Ordem! "
Gritava a diretora pelo microfone, mas ninguém obedecia.
" Eu quero ordem! "
Ela gritou um pouco mais alto e todos ficaram quietos.
" Quem são os responsáveis por isso? "
Perguntou ela rígida e ninguém respondeu.
" Muito bem, se não responderem, todos vão pagar "
Ninguém queria fazer fofoca.
" O intervalo será reduzido para 7 minutos. "
Houve ruídos.
" Eu sei quem fez isto "
Disse Júlia que estava ao lado de Susan, logo soube que as coisas iam piorar.
" Vitória fez isto "
Disse Júlia, novamente mais ruídos onde alguns chamava ela de acaguete.
" O intervalo ainda vai ser reduzido "
Todos comentavam.
" E se não calarem vai ser reduzido para 3"
Todos calaram.
"Você e você fiquem aqui"
Ela apontou para mim e Julia.
"O resto corre sem ordem! "
Gritou ela é todos ali correram, uma grande confusão.
" Tinham que ser as filhas da diretora Bruna não é mesmo. "
Eu olhei para Júlia surpresa e ela fez o mesmo.
" Você duas vão ficar na detenção após as aulas. Eu quero ordem aqui "
Ela saiu e nós ficamos ali confusas.

*

(Narrador - Julia)

Quando sai do auditório me encontrei com Prince, ele me chamou para a casa dele, e eu topei. Ele morava no rancho, um lugar que eu sempre quis visitar, tudo estava bem até eu avistar Vitória junto com Sam.
"O que está fazendo aqui? "
Perguntei.
" Eu moro aqui "
Vitória respondeu rindo e eu fiquei ainda com mais raiva dela, pois tinha amigos legais na escola e ainda morava em um lugar como este.
" Vamos? "
Chamou Prince me distraindo dos meus pensamentos.
Ele me levou até o cinema, havia um palco ali.
" E aí o que sabe fazer? "
Ele perguntou. Subi no palco e fiz alguns passos de uma música que eu amava da Beyonce, dancei e cantei e ele ficou impressionado com aquilo.

*

(Narrador - Prince)

Ela era uma garota incrível e linda, sua pele morena e seus cabelos e olhos escuros, tinha um belo corpo, ela dançava e cantava muito bem, eu gostava de ficar com Júlia por que ficava distraído e não tinha tempo para pensar na Vitória.

*

(Narrador - Júlia)

Na escola vi Vitória rodeada de amigos soltando piadas, era o centro das atenções apenas por que era engraçada, todos se divertiam ao lado dela, eu ainda sentia inveja, Prince aproximou-se e eu senti um pouco de ciúmes quando vi ele rir da palhaçada dela, eu queria ser ela. Sai dali sem ninguém perceber, após a detenção encontrei Prince novamente em frente à sala.
"Oi, vice está aqui "
Comprimente ele.
" Vou levar a Vitória "
Senti uma pontada no coração, de novo ela saiu como a melhor, me perguntei por que ele tinha que a levas, por que o namorado dela não podia fazer isso.
" Entendo "
Respondi magoada.
" O que houve? "
" Nada"
"Como nada, você está triste, conversa comigo "
" Eu odeio este lugar e as pessoas daqui "
" Por que? "
" Por que sou negra.  "
" Alguém te machucou? "
" Sim, ele prefere minha irmã por que ela é popular e tem a pele mais branca que a minha"
"Que idiota, não liga para este cara não. Você é linda do jeito que é, e um segredo, eu me amarro em morenas"
Vitória finalmente saiu da sala. "Oi maninha, vamos marinho?"
Disse ela brincando. Ela saiu.
"Como assim maninha? "
Perguntou Prince confuso.
" É uma longa história “
Disse ela saindo. E ele pode entender tudo.
" Espera "
Ele segurou minha mão antes que eu saísse.
" Eu não sou deste jeito, não foi isso que meu pai me ensinou "
" O que seu pai te ensinou foi, garota não importa se você é negra ou branca "
Ele me calou com um beijo.

*

(Narrador - Vitória)

Cheguei acompanhada com Prince e Michael falou comigo.
" Temos que conversa"
"O que houve? "
" A diretora, ela me parecia uma pessoa agradável, por que você fez aquilo? "
" Acredite, ela não é uma pessoa do bem"
"Ela é mãe da Julia, conversamos ontem à noite e ela me explicou a situação.
"Por que conversou com ela? "
" Vitória ninguém dorme no rancho sem a permissão dos pais "
" Obrigado Júlia"
"Qual é o problema? Por que você fez isto? Por que você a odeia tanto? "
Eu pensei bem nas palavras, olhei nos olhos de Michael e sabia que ele podia me ajudar, então eu disse a verdade.
" Por que? "
Perguntou ele de novo.
" Por que ela é minha mãe "

*


Capítulo 10
Começando algo




(Narrador - Michael)

Eu estava paralisado com o que Vitória acabou de me dizer, eu não sabia o que fazer nem falar, agora eu entendi tudo, ela não havia culpa de nada apenas queria fugir disso.
"Eu sinto muito "
Ela ficou calada e olhando para o nada, fiquei preocupado.
" Bem"
Procurou a frase certa.
"Você faz um bolo para o café da manhã e está resolvido, boa noite"
Ela saiu rindo e eu fiquei ainda mais preocupado, sabia que estava brigando, sabia que mais tarde ela choraria e soltou uma piada para esconder o que sentia, mesmo assim coloquei a mão na massa e fiz o bolo. No outro dia de manhã ela apareceu acompanhada de sua amiga Sam.
"Vamos ver se está aprovado. "
Disse Sam espreitando um pedaço do bolo.
" Huuuuuun"
As duas disseram ao mesmo tempo.
"Está perfeito "
Disse Vitória sorrindo.
" O melhor que já comi "
Disse Sam.
" Bolo"
Disse Prince chegando de mãos dadas com Júlia, logo Vitória catou seus materiais e saiu, não entendi a reação.
"Viu, culpa minha"
Disse Júlia e no mesmo instante, Breno o namorado de Vitória também saiu.

*

(Narrador - Vitoria)

Cheguei a escola e fui assistir a primeira aula, português. Após as primeiras aulas vi minha irmã dançando no refeitório junto com Susan e outras garotas, elas dançavam muito bem. Todos ali aplaudiram. Peguei o jornal para me distrair e li.
"Nova diretora impõe novas regras e todos perguntam por que Bruna desistiu da vocação.
"Que regras são estas? "
Perguntei a Sam que estava atacando um pedaço de bola.
" Onde você comprou bolo? "
Perguntei surpresa.
“ Michael "
" Eu devia ter pensado nisso"
"É devia estar muito bom"
"Sam"
"Nem vem, é só meu"
"Olá "
Disse Prince sentando se com a gente.
" Podemos conversar? "
" Sim"
Respondi.
"Tchau Sam"
Disse Prince e ela saiu.
"Você leu isto? "
" Ah as novas regras, nova média 8"
"8?"
Perguntei surpresa.
"Sim"
"Português "
" Então, eu queria saber uma coisa sobre você, se Júlia e sua irmã quem é sua mãe? "
Eu fiquei calada e olhei para ele com tédio.
" Você não quer falar sobre isso né? "
" Prefiro falar sobre rock, matemática, livros e comida "
Ele riu.
" Tudo bem. O que você mais gosta de fazer? "
" Escrever, tocar, comer e zoar"
"Você colocou na ordem certa? Acho que há algo errado aí. "
Eu ri.
"A ordem certa"
"Porque não escreve em blogs"
"Já faço isso"
"Ah. Por que você não monta uma banda? "
" O que você quer afinal? "
" Quero que meu pai volta para o palco, ele é feliz assim "
" Ele não está feliz agora? "
" Não "
" Eu posso tentar"
Ele olhou para min.
"Eu posso ajudar "

*

(Narrador - Michael)

Meus filhos chegaram da escola e eu me senti feliz, era assim todos os dias. Paris correu para me abraçar e Vitória chegou primeiro.
" Flash"
Brincou está.
"Tanto faz "
" Michael tenho uma proposta para você "
Disse Vitória.
" Que proposta? "
Perguntou Paris.
"Um duelo"
Vitória piscou para Prince e eu fiquei sem entender.
"Palmas para, Julia "
Está entrou fazendo alguns passes de dança, que parecia da cantora Beyonce. Algo imprevisto aconteceu, Samuel entrou dançando também fazendo alguns passes que me chamou mais atenção, ela dançava num estilo de Boys, com facilidade de deslizar pelo chão da sala ela fazia vários movimentos com os pés, me impressionei com aquilo, era um duelo então eu me soltei e fiz alguns passes, terminei e todos aplaudiram.
"É disso que estou falando, algo novo, você pode voltar aos palcos, é incrível "
Disse Vitória.
" Espera, você disse que não curte pop"
Disse Paris.
"Eu mudei de ideia "
" Sinto muito"
"Não, você tem que voltar, você faz isto muito bem"
"E pai, você pode, por favor "
Disse Prince.
" Não, eu não posso"
Eu tentei segurar as lágrimas, mas não consegui. Sai dali.
"Não é assim que a banda toca "
Ouvi Paris dizer.



*


Capítulo 12
Gritos




(Narrador - Vitória)

Alguém bateu na porta um pouco antes de eu ir à escola, abri a porta, era uma mulher elegante, alta, morena e muito bonita, tinha um belo corpo.

*

(Narrador - Janet Jackson)

Havia uma garota linda na porta da casa do irmão, era branca com os cabelos curtos negros, usava uma franja, fofa e delicada, usava calças com estilo rasgado, botas e uma blusa de frio estilo moderno, ela era muito linda e dócil, parecia um anjo, seu rosto sem nenhum defeito, seus lábios bem alinhados e seus olhos negros como os de Michael, parecia mesmo que era filha dele.
"Olá "
Disse ela.
" Oi, eu sou Janet a irmã de Michael "
" Tia"
Vi meus sobrinhos gritarem. Eles todos me comprimento e eu logo pude ver Michael se aproximar. No mesmo instante meu pai chegou e comprimento as crianças, logo vi Vitória se esconder atrás de Michael, não entendi se era por timidez ou medo. Logo Michael foi me cumprimentar.
"Ela é tão fofa, tão linda, estou apaixonada"
Disse eu tentando parecer casual.
"Está é Vitória "
Disse Michael e ela me estendeu a mão dizendo olá.
" Então está e a popular Vitória, vem cá garota eu não mordo não "
Disse meu pai, mas ela preferiu segurar a mão de Michael. Ela estava mesmo com medo.

*

(Narrador - Michael)

Todos ali estavam com olhar direcionado a Vitória e está estava confusa e com medo, eu não sabia como reagir.
" Vamos entrando"
"Vocês vão jantar com a gente? "
Perguntou Prince.
" Sim"
Respondeu meu pai indo em direção a cozinha e Janet continuou ali mesmo, ela queria muito saber um pouco mais de Vitória.
"Fiquei sabendo que você é bem engraçada, é verdade? "
Ela apenas balançou a cabeça.
"Michael podemos conversar em particular? "
"Vitória vai jantar"
Disse eu.
"Estou sem fome"
Pela primeira vez Janet ouviu a voz dela.
"Vou para o quarto pode ser? "
" Depois quero conversar com você"

*

(Narrador - Janet)

Eu não sabia ao certo sobre o comportamento de Vitória naquela noite, admito que fiquei preocupada.
"Ela vai ficar bem? "
" Vai sim"
Respondeu Michael.
"Então, o palco, quando você volta?  "

*

(Narrador - Vitória)

Gostaria de saber o que eles estavam conversando, gostaria de ser um pouco mais da família e jantar com os Jackson, mas estava tudo errado, ali não era meu lugar.

*

(Narrador - Michael)

Quando todos terminaram o jantar meu pai logo despediu-se e Janet já havia planejado passar a noite conosco. Subi as escadas a procura de um novo quarto para Janet já que Vitória havia ocupado o disponível. Ouvi uma linda música, uma bela melodia saindo das cordas de um violão, o som vinha do quarto de Vitória, ela estava tocando uma música que eu amava muito, Beatles - yesterday, foi a primeira vez que eu vi ela tocar, ela fazia aquilo muito bem, estava muito, muito lindo, Janet e eu olhávamos com os olhos cheios de emoção, me arrepiei quando ela tocou o refrão, ela tocava e cantava tinha uma voz linda e delicada. Quando a música acabou, nos aplaudimos limpando as lágrimas.
"Me diz que vocês chegaram agora"
Disse Vitória tímida.
"Não, foi lindo"
Eu disse.
"Michael eu vou te zoar o resto da vida"
Eu e Janet rimos.
"Você faz isto muito bem"
Disse Janet.
"Obrigado. "
" Com certeza você tem muito orgulho "
Disse Janet a min
" Sim muito"
Olhei diretamente a Vitória.
"Vocês querem mais uma? "
Perguntou Vitória.
" Sim "
Respondemos juntos.
" Apenas se Michael cantar comigo"
Eu não queria cantar, mas.
"Vai Michael por favor, você faz isto tão bem"
"Está bem"
Respondi e Vitória logo soltou as notas da música Man in the mirror no violão.
Eu cantei e por um momento fiquei muito feliz, as crianças correram para me observar, deixei a timidez de lado e soltei a voz, no refrão, Vitória me acompanhou cantando, todos ali olhavam e sorriam, terminei o refrão e parei. Todos aplaudiram, Vitória soltou o violão e me abraçou.

*

(Narrador - Janet)

Estava dormindo tranquila em um novo quarto, quando ouvi gritos.

*

Capítulo 13
Você não esta sozinha 


(Narrador - Michael)

Era domingo e Janet já havia indo embora, quando a campainha tocou. Fui até a porta e abri.
"Lisa"
Eu fiquei surpreso e abri a porta, cumprimentando-a.
"Como você está? "
" Bem, quer dizer, estou com um problema "
" Entra "
" E a sua nova filha? Achei uma gracinha. Posso ver lá?"
"Não"
Ela fez uma expressão diferente para mim.
"Quer dizer, não agora é que ela não está aqui e "
" O que houve? "
Eu me virei para que ela não pudesse me ver chorar, tampe o rosto e desabei.
" Está tudo bem, você não está sozinho lembra? "
Ela me abraçou.
" Obrigado "
" Onde ela está? "
Ela me perguntou sentando se.
" No hospital. Está em coma no momento. "
" Eu sinto muito"
"É, triste"
"Ei podemos visita-la? "
" Claro. Mas é você o que houve? "
" As pessoas são ruins, tu se aproximas procurando algo e digamos que foi isto que aconteceu"
"Vocês não casaram? "
" Não, e o pior, estou sem teto"
"Você pode ficar aqui o quanto tempo for necessário "
" Obrigado "
Eu a abracei, ela me abraçou e tudo parecia melhorar.

*

(Narrador-Lisa)

Michael sempre foi um ótimo amigo para mim, até deixou eu visitar Vitória no hospital. Entrei no quarto sozinha e vi aquela frágil garotinha ali meio que sozinha, sofrendo para salvar sua vida. Estava ligada a máquinas para respirar, me aproximei e vi que aquela garota de cabelos negros precisava apenas de amor, eu queria pegar lá no colo e chamar de filha. Era tão linda, sempre quis ser mãe, mas nunca tive a oportunidade, aquela me parecia uma boa, afinal eu não sabia quanto tempo ficaria no rancho, querendo ou não seríamos uma família. Toquei com minha mão em seu cabelo, fui a mais delicada possível, era linda, mexia em seu cabelo e me perguntava por que? Por que ela tinha que sofrer assim? Eu não achava justo. Nem notei as lágrimas caírem do meu rosto. Tirei minhas mãos do seu cabelo e toquei em sua mão para se despedir. No momento ela abriu os olhos e eu corri procurando por um médico.
"Ela acordou "
Eu dizia alegremente. Os médicos foram até a sala e ela ainda estava dormindo.
" Eu juro, eu juro que vi ela abrir os olhos"
"Estamos perdendo tempo, ela não abriu os olhos, as máquinas não erram. "
Disse um médico, eu queria tanto que ela acordasse que acabei imaginando e confundindo.
" Lisa. Tudo bem. "
Michael me deu um beijo em minha testa.
" Eu acredito em você, acredito em você "
Ele me abraçou.

*

(Narrador -Michael)

Recebo uma ligação as 03 horas da manhã, era do hospital.
" Meu Deus. Está bem"
"Michael está tudo bem? "
Perguntou Lisa descendo a suas escadas.
" Está. Eu vou buscar a Vitória "
" Posso ir com você? "

*

(Narrador - Vitória)

VI meu pai entrar na sala acompanhada de uma mulher que eu não sabia ao certo quem era. Ele me abraçou e ela também.
" Está pronta para voltar? "
Perguntou Michael.
" Sim"
Mais tarde quando já estava em casa, recebi uma ligação dela.
"Vitória, sou eu Bruna. Preciso de ajuda"
"Você a ouviu? Eu quero uma troca. "
Disse também John ao telefone.
Procurei Michael pela casa, encontrei ele na cozinha aos beijos com Lisa.
" Ah, desculpa "
Eu disse sem jeito.
" Vitória, o que houve? "
Perguntou Michael.
" Tenho que ir à delegacia reconhecer um corpo"
"Eu sinto muito"
"Algum problema para você? "
" Não, não, pode ir. Me ligue se precisar de algo"

*

Capítulo 14
 Lembranças de um tempo



(Narrador - Michael)

Já havia tempo que Vitória havia saído. Estava preocupado, liguei para ela.
"Abre a porta "
Disse ela ao telefone.
Eu desci e abri. Era 6 horas da manhã. Seus olhos estavam vermelhos e cansado.
" Estou com um problema "
" O que houve? "
Peguei sua mão e a levei até o sofá. Estava cansada.
" É a Bruna. Ela está no Egito "
" Egito? "
" Sim. Ela disse que ia embora por que estava sofrendo. Sabe eu não a quero por perto, mas, admito que estou preocupada. Tentei sair do país ontem, mas ela deixou uma carta a polícia federal "
" Proibindo a sua saída do país? "
" Não exatamente. O fato é que ela me colocou como incapaz até os 21 anos. Isto significa que preciso de alguém responsável "
" Fica tranquila vou te ajudar "
" Obrigado "

*

(Narrador - Vitória)

Ele estava sendo muito legal comigo, e eu. Estava mentindo. Isto ia estragar tudo, alguma hora ele descobriria. Chegamos ao Egito e enquanto Michael fazia o cadastro na casa onde iríamos dormir eu fui fazer uma ligação.
" Oi. Já estou aqui. Onde você está? "
Perguntei a um agente.
" Estou aqui também. Qual é o plano? "
" Vitória "
Michael me chamou e eu desliguei. Na hora do jantar eu agi, coloquei bastante sonífero em sua bebida. Durante a noite me encontrei com o agente e conseguimos finalmente descobrir a localização de Bruna. Mas não havia tempo para irmos então fui para casa. Entrei no quarto devagarinho, ouvi um barulho e liguei a luz, me deparei com Michael sentado à minha cama gritei com o susto.
"Onde você estava? "
" Eu.  Eu estava tomando um ar"
"Um ar. "
" É. A quanto tempo você está acordado? "
" Desde a hora que você saiu"
"Você me seguiu? "
" Sim. Ainda trabalhando a noite? "
" Sim"
"Está bem Vitória. Já vi que você vai continuar mentindo para mim. Vê se dorme"
Ele saiu. No outro dia.
"Terei que ir sozinha "
" Por que? "
Perguntou ele.
" É um problema de mãe e filha "
" Está bem "
" Está bem vou te seguir ou vai me deixar trabalhar? "
" Você sabe o que faz"
Sai da mesa e fui até a delegacia, me encontrei com a agente e fomos até a localização. Encontrei lá alguém que não queria encontrar. Michael junto com seu amigo Pedro.
"Está atrasada"
Disse Michael.
"Muito engraçado "
Entramos em uma pirâmide, lá era muito escuro e já sabíamos disso, ligamos nossas lanternas e andamos. Ouvi um barulho ao lado direito, andei e me deparei com Breno, gritei com o susto.
" O que está fazendo aqui? "
" Te salvando "
Disse ele.
" Não pode piorar"
Eu disse e continuei andando. Quase caí do precipício, mas Breno o avistou e me puxou.
"Viu, estou sendo útil"
"Você e o único intrometido útil "
Eu disse olhando para Michael. Não queria que ele fosse pois sabia que estava em risco.
Andamos por horas, todos estavam exaustos então o agente deu a ideia de um intervalo.
" Vitória há algo que não queira me contar?  "
Perguntou Michael.
" Não "
Tomei um gole de água.
" Muito bem vamos voltar, já está ficando noite. "
Disse o agente.
" Não, não vamos voltar até encontrarmos ela. "
" Será que você não vê, não podemos passar a noite aqui"
"Vitória ele tem razão"
Disse Michael
"Não, eu não vou voltar agora"
Caminhei para outro lado e Michael junto com seu amigo me seguiu. Logo os outros dois vieram atrás.
"Estamos perto"
Eu disse.
"Estamos perdidos"
Disse Breno.
Eu verifiquei o GPS e vi que estava bem próximo, mas algo atrapalhava, uma parede, havia uma parede ali.
"Ela está do outro lado"
Eu disse.
"Ótimo, vamos dar a volta"
Disse o agente.
"Nada disso, provavelmente há uma passagem aqui. "
Toquei nas pedras daquela parede, uma se moveu e logo a parede movesse também. Mas não esperávamos por algo. Uma parede caiu do teto separando todo mundo de Michael.
" Michael! "
Eu gritei com o susto.
" Droga"
"Viu o que você fez"
Disse Pedro.
"Não foi culpa dela"
Gritou Breno empurrando Pedro a parede.
"Eu avisei para irmos embora"
Disse o agente.
"Pai"
Eu o chamei.
"Vitória está tudo bem, vou encontrar a saída, procurem fazer o mesmo"
"Desculpa"
Pedi chorando.
"Não e culpa sua. Encontre a saída está bem? "
" OK. "

*

(Narrador-Michael)

Eu estava preocupado com Vitória. Ela se sentia culpada e agora eu estava preso. Caminhei procurando a saída. Ouvi gritos, devagarinho né aproximei para espionar. Bruna estava presa, amarrada em uma cadeira, e John estava ali com ela. Ele estava sozinho, segurava a bengala, ao lado da cadeira havia uma mesinha com água e frutas. Havia também uma arma, enquanto John caminhava e conversava com ela, eu cuidadosamente peguei a arma na mesa e quando ele se virou.
"Advinha quem veio para o jantar"
Disse ele. Dois homens apareceram atrás de min com armas e pediu para que ei jogasse a minha no chão. Coloquei a arma no chão e uma pedra caiu de cima do teto esmagando os dois homens.  Vitória pulou e pegou a arma, John tentou correr, mas Vitoria deu dois tiros em sua perna fazendo o cair. Logo os outros também desceram.
"O que estão esperando, vamos, tire ela da cadeira. "
Ordenou ela sós outros.
" Vitória, você não precisa fazer isso. "
Eu disse tentando impedi - lá de matar John. Ela se aproximou, mirou na cabeça dele.
" Vitória por favor "
Ela virou um pouco a arma e atirou no braço dele.
" Só por que ele pediu"

*

Capítulo 15
Estarei la


(Narrador - Michael)

Encontrei Bruna na cozinha aos prantos. Decide tentar ajuda-la.
" Você está bem?"
Perguntei.
"Vou ficar "
Respondeu ela. Me aproximei e a abracei, depois lhe dei um beijo e Vitória entrou e pegou a gente no pulo.
"Não. Michael não pode ficar com ela"
Disse Vitória.
"É melhor eu ir embora"
"Não, por favor quero que fique"
"Não quer não"
Insistiu Vitória.
"Não pode sair daqui agora, e perigoso lá fora, quem garante que isso não vai acontecer novamente?"
"Eu prefiro ir não quero incomodar"
"Tem mesmo, além disse e diretora, querendo ou não uma hora terá que sair daqui"
Disse Vitória sentando-se na mesa colocando os pés sobre mesa.
"Eu quero que fique, eu ajudei Vitória e quero te ajudar"
"Nós somos diferentes"
Elas disseram juntas.

*

(Narrador-Bruna)

Michael não parava de insistir para min ficar um tempo na casa dele. Ele insistiu tanto que resolvi ficar mesmo sabendo que Vitória não estava gostando da minha presença ali.
"Ah então e assim? Você traz qualquer estranho para sua casa?"
Disse ela.
"Ela não é uma estranha ela e sua"
Vitória de repente levantou-se furiosa.
"Não. Ela não é minha mãe. Nunca vai ser "
Ela saiu furiosa da cozinha.
"É melhor eu ir"
Insisti.
"Não."
Disse Michael mais uma vez me dando um beijo.
"Eu quero que fique. Eu quero que tente."
"Eu não posso. Você não entende"
Eu saí de lá correndo.

*

(Narrador- Michael)

Eu não compreendi muito bem o que estava acontecendo ali. Eu queria mesmo que Vitória a perdoasse. Eu tinha que tirar está história a limpo. Subi até o quarto dela e a chamei para conversar. Abri a porta e me deparei com Breno e ela aos beijos. No mesmo instante eles se assustaram e pararam.
"Vou deixá-los a sós."
Disse ele.
"O que você quer?"
Perguntou ela diretamente.
"Quero que a perdoe"
"Não"
Disse ela sentando-se
"Não quer conversar comigo?"
"Não"
"Isso me deixa mal "
Ela passou a mão em seus cabelos suspirando.
"Quer saber mesmo o problema?"
Ela levantou-se aflita.
"O problema e que não dá para esquecer"
Ela andava de um lado para o outro.
"Este e o problema, você não sabe o que ela e. Ela é interesseira, é por isso que ela está tentando ficar com você. E pelo jeito você está caindo no joguinho dela. Ela não gosta de você e nem de min. Ela só quer se aproveitar."
"Talvez ela queira se reconciliar com você"
"Não seja ingênuo. Não vê que ela está te enganando? Ela não quer saber de min, nunca quis"
"Como pode falar isso de sua própria mãe."
"Ela não é minha mãe"
Ela gritou.
"Que mãe abandona um filho?"
Ela gritou de novo.
"Que mãe troca um filho morrendo de câncer por um cara rico?"
Ela gritou de novo chorando.
"Ela é uma golpista. Ela quer se aproveitar de você"
"Estou farto"
"Eu sei. "
"As pessoas veem até min por causa disso."
"Estou te alertando. Ela vai fazer com você o mesmo que fez com meu pai. Ela não quer saber de min. Nunca quis. E eu nunca, nunca vou perdoa-la."
"Não diz isso"
Levantei-me.
"Só por que você perdoou seu pai? Acha que é simples assim? Você acha que eu preferia ficar com ela ou com meu pai biológico? Ele merece mais meu respeito do que ela. Ela me deixou sozinha com essa droga de doença."
Eu a abracei.

*


Capítulo 16
Paz?



Hoje 01 de abril de 2024 no tribunal:

"Toda a história relatada aqui por vocês será usada como provas de um crime realizado por Vitória Jackson no dia 02 de janeiro deste ano."
Advogado de defesa de Bruna levanta e diz:
" Vitória Jackson. Você relatou detalhadamente uma parte da história que vivenciou entre 2022 e 2024. Quero lhe fazer algumas perguntas e quero saber se está disposta a responder apenas e somente a verdade?"
Vitória sentada a cadeira do réu levanta-se e diz:
"Não. Hoje é o dia da mentira"
Brinca está e todos no tribunal rir. O juiz com o malhete pede ordem e silêncio.
"Vitória, por que você disse a Michael que nunca a perdoaria? Este seria motivo do seu crime brutal cometido no início deste ano?"
Vitória não levando a sério o julgamento disse a seguinte frase:
"Meu lema é paz e amor. Não responderei até que eu relate toda a história detalhadamente como um verdadeiro profissional da escrita. Simplificando, escritor ou blogueiro "
"Se o seu lema e paz, por que tanta guerra com está mulher?"
O advogado de Bruna apontou para estar. E Vitória preferiu não responder, apenas acenou com dois dedos fazendo o sinal da paz e amor.
"Pode ser um V de Vitória também"
Brincou ela olhando para sua suposta mãe.
"Continue o relato. O que houve no dia seguinte?"

*


Capítulo 17
Dia da terra




(Narrador- Vitória)

No dia seguinte, era o dia da terra. Tinha um trabalho para apresentar na escola.
"Hoje no dia da terra quero que fazem algo que possa salvar o planeta?"
Disse a professora de português. Eu odiava está matéria sendo assim odiava ela também.
O sinal tocou e era hora de mudar de sala. Esbarrei nela.
"Ah, eu queria te agradecer por ter"
"Não precisa"
Respondi saindo. Nem sei por que a salvei, ela não merecia.
"Olá"
Disse Sam.
"Oi"
"O que vai fazer no trabalho chato de português sobre p dia da árvore?"
"Uma apresentação. Meu forte e a música, então."
"Uma apresentação. Quando vai ser?"
"Amanhã no auditório"
No outro dia eu e Michael fizemos uma bela apresentação na auditoria com a música Earth Song. Foi mágico aquele momento. Cantar com ele foi uma grande realização para min tanto como filha como artista e aluna. Pela primeira vez fiquei muito feliz. A peça falava sobre as árvores que eram derrubadas pelos homens e o mal que fazia aos seres. Consegui tirar uma nota perfeita (A). Eu nunca havia tirado A em português, então fiquei muito feliz. No final da apresentação tudo estava bem até que ela apareceu.
"Podemos conversar com Michael?"
"Não."
Eu respondi antes dele.
"Por favor, e muito importante"
"Está bem "
Respondeu Michael saindo. Ela conseguiu estragar meu dia.

*

Capítulo 18
Se você quer mudar o mundo, mude você primeiro



(Narrador-Michael)

Bruna me levou até a diretoria e lá avistei algumas fotos de um bebê, da Júlia e outra garota loira com os mesmos olhos de Bruna.
"Quantos filhos?"
Perguntei
"Três. Eu sei que a Vitória deve ter dito muitos coisas ruins para você, então estou aqui para te esclarecer tudo por que, ela precisa de sua ajuda, e eu sei que você pode ajudá-la. A verdade e que eu realmente tive que a abandonas. Eu não tinha muitas escolhas a fazer, mas tentei"
"O que realmente aconteceu? Como posso te ajudar?"
"Bom o que aconteceu é que eu também tenho câncer. Minha filha mais nova também, a Júlia. Ela não sabe por que era muita nova. "
"Ela está curada?"
"Sim. Mas não foi fácil. Michael eu nunca me senti tão aflita por tanto tempo em minha vida. O que aconteceu e que eu tive que escolher. Como a Vitória era mais velha, eu preferi levar a Júlia."
"Por que não pode levar as duas?"
"Foi um trato que consegui com um médico. Ele me disse que tinha a cura da doença, mas salvaria apenas a mais nova e eu teria que ir junto e abandonar Vitória e o pai."
"Por que ele fez isto?"
"Por que ele foi casado com minha Irma, e ela morreu com isto deixando uma filha"
Ela mostrou-me a foto da garota loira.
"Eu cuidei dela por muito tempo, ela me chama até de mãe. Mas eu tinha que encontrar a Vitória. Então o médico tirou ela de min e eu trouxe a Júlia. Agora ele está trabalhando com o John e quer se vingar por ter desfeito o contrato."
"Por que não tenta explicar a Vitória?"
"Eu queria que ela me desse está oportunidade"
"Não precisa "
Disse Vitória entrando.
"Continua o conto"
Disse Vitória.
"Eu voltei para tentar te ajudar"
"Como salvou a Júlia. Ela realmente esteve doente?"
"Meu sangue foi compatível com o dela, o que significa que posso te ajudar"
"Eu não quero sua ajuda"
"Eu só quero que me perdoa."
"Você está perdoada"
Olhei diretamente nos olhos de Vitória.
"Mas eu nunca vou te chamar de mãe"
"Eu sei. Sei que errei e você tem o direito de me odiar, mas a única coisa que te peço e que me deixe te ajudar por favor. "
"Eu não quero sua ajuda. Eu não quero viver, não entende?"
"Vitória, não faz isso"
Eu disse por fim.
"Está acreditando nela?"
"Eu apenas quero que você fique bem"
"E está saindo a qual preço está ceninha de vocês?"
"Filha, apenas queremos te ajudar "
Insisti.
"Michael, não adianta insistir."
"É, não adianta. O que ela vai fazer? Me salvar e depois me deixar sozinha de novo?"
"Eu me arrependi. Me dá uma chance por favor?"
"Vitória. Você está se machucando com isto."
Eu disse.
"Michael você também se machuca com muitas coisas, que tal eu te ajudar também?"
"
"Me ajudar em que? Não preciso de ajuda, eu estou bem"
"É mesmo, então por que não abre o jogo para sua nova amiguinha aqui. Diz para ela que você está com medo do seu pai."
"Não e isso. Eu só prefiro cuidar de você"
Insisti
"Eu só prefiro cuidar de você. Ou seja, quanto mais longe ela estiver, melhor para nos."
"Estou disposta a te provar que mudei."
"Então vamos fazer um trato. Eu aceito a sua tentativa, mas, ele terá que subir no palco comigo, e o meu suposto " avô " vai nos criticar"
"Michael"
Bruna chamou minha atenção.
"Está bem

*

Capítulo 19
Uma grande noite



05 de março de 2024 no tribunal.
" O que aconteceu?"
Perguntou o juiz.
(Narrador-Vitoria)

Tive que entregar meu quarto a Bruna e Michael me deu a ideia de ficar no quarto de baixo ou no soton. Preferi o soton. Lá cima eu tinha paz, era espaçoso e bonito, dava para ver todo o rancho. Arrumei minhas coisas ali em cima e fui até a janela. Era simplesmente lindo. Foi uma boa escolha. Como o quarto era grande eu pude ensaiar. Na hora do show meu pai (Michael) parecia nervoso.
"Fique tranquilo, ele não vai te bater, posso processa-lo por isto"
Disse a ela tomando água em uma garrafinha.
"Não estou ansioso por causa dele"
"E então?"
"O que acontece depois? Meus fãs vão ficar louco com isto"
"O que acontece e simples. Você continua sendo um pai de família e eu entro para uma banda de rock, nada contra, mas não curto muito pop"
Ele riu.
"Vamos brilhar"
Disse eu.
Eu e Michael nos apresentamos, dançamos r cantamos uma música dele mesmo, Hollywood Tonight, fizemos todos os passos em sincronia, e finalizamos juntos. O pai de Michael levantou-se.
"Vitória, algo a dizer?"
"Sim, odeio você"
Ele riu e eu deixei Michael ainda mais nervoso.
"Michael?"
Chamou seu pai.
"Não tenho nada a dizer"
Ele aplaudiu.
"Isto e ironia?"
Perguntei.
"Não, vocês fizeram uma excelente dupla. Nunca vi seu pai tão disposto um palco. Ele devia voltar as turnês o que você acha?"
Bruna entrou no salão onde estávamos apresentando.
"Ele e um bom cantor"
Continuou o pai de Michael.
"Ele devia voltar ao palco"
"E podia sim, mas não e isto que ele quer e além disso eu amo o bolo de chocolate dele."
Eles riram.
"Também amo o suco de melancia, e quando me abraça sem mesmo eu pedir."
Michael olhou para min.
"Na verdade, eu o amo"
Nos abraçamos, está foi a mais bela apresentação.

*



Capítulo 20
È isso 




No tribunal, hoje dia 10 de março de 2024.
O juiz está olhando diretamente ao réu (Vitória Jackson). Ele diz:
"Quero ouvir mais uma história"

(Fim do primeiro livro)

*

(No próximo livro: Diante de um tribunal Vitória tem que responder a um crime brutal cometido no início de 2024. Agora ela tenta salvar sua vida e aceitar a nova união de seu novo Pai 'Michael' com sua maior inimiga, sua própria mãe. Neste livro o rei do pop tem a missão de reconciliar as duas. Agora maior de idade, Vitória brinca com seus sentimentos, o que será que vai acontecer quando Michael descobrir toda a verdade? "Sem data de previsão" - "Por Ellen Jackson")

*



[Fim]



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