quarta-feira, 27 de agosto de 2014

FanFic: "Perdoe-me se eu errar" (+18)


Autora: Tay Jackson e Paulinha Jackson


E quando tudo parecia lindo, completo, perfeito, sou acordada de um terrível pesadelo ao qual o homem que eu amo se torna o monstro e eu a mocinha em apuros. Tudo se torna terrivelmente assustador e eu não posso fazer absolutamente nada.
Michael sempre fora o homem dos meus sonhos, o cara perfeito para mim, mas de uma hora pra outra tudo se transformou em um desastre. E ciúme e possessão nos levou a um abismo profundo e sombrio e tudo que me restava agora era partir. Mas eu amava tanto que seria capaz de tudo pra salvar nosso casamento, até passar por cima dos meus próprios limites.





Capítulo 1


Por Troian


Às vezes quando eu lembro da minha vida parece que nada fazia sentido, mas tudo valeu a pena. Às vezes passamos por certas coisas para nos da o direito de escolha ou até mesmo para nos conhecermos melhor.

Cada momento é único e cada decisão é crucial. Talvez quando eu pensava que tudo desmoronaria em cima de mim foi mais uma chance de erguer mais um muro da minha vida. Algo concreto e duradouro. Não me arrependo de nada do que eu fiz, mas talvez um outro alguém tivesse vários motivos para se arrepender, e eu estava lá ao seu lado em todos os momentos necessários e desnecessários também.

Eu era uma recém casada, uma recém Jackson. A mais sortuda, mas também a mais infortunada. Acontece que Michael era cimento, alias. Muito ciumento.

Na maioria das vezes eu me convencia de que aquilo tudo era normal. Um pouco de ciúmes sempre apimenta a relação, além de nos provar o amor que sentimos um pelo outro. Até porque quando Michael não era ciumento ele era extremamente romântico e carinhoso. E isso me sucumbia de uma maneira indescritível. Eu vivia entre o amor e a possessão diariamente. Mas eu nunca tinha me dado conta até aquele momento.

(...)

Era inverno a neve cobria a vasta vista em frente a nossa casa, a nossa nova casa. E eu não poderia está menos que feliz naquele momento contemplando a vista sendo abraçado por trás pelo meu mais novo marido. O amor da minha vida.

-Eu adoro o inverno, me faz lembrar de coisas tão... felizes. _Disse sem tirar os meus olhos daquela vista e senti Michael fungar meu pescoço e beijar após.
-Me lembra quando eu era criança, queria ficar o dia inteiro rolando na neve enquanto Dona Kathe gritava o tempo todo que iriamos pegar um resfriado. _Sorrimos.
-Você era um menino levado. _Me virei para ele envolvendo meus braços em seu pescoço nos abraçando.
-Ainda sou. _Disse malicioso e eu ri.
-Sabe o que cairia bem nesse frio?
-Hum? _Levantou a sobrancelha e mordeu os lábios sorrindo um pouco.
-Um banho quentinho de banheira, um chá quente e um filminho enrolado aos lençóis. Humm que delicia!
-Hum eu tenho outra ideia.
-E qual é?
-Um banho bem quentinho está valando só faltava acrescentar fazermos amor loucamente para suarmos e nos aquecer. _Gargalhei.
-Michael! _Rimos e ele grudou seus lábios em meu pescoço arrepiei-me. –Seu nariz e sua boca estão bem vermelhinhas pelo frio que se faz. E eu. _Encostei meus lábios no dele. –Adoro. –Mais um beijo rápido de língua. –Beija-la. –Mais um beijo rápido de língua. _Dessa forma. _Mais beijos. –Tão quentinha. –Mais outro. –E fria ao mesmo tempo.
-Nossa Troian. _Disse ainda em meus lábios. –Você disse tudo que eu estava pensando aqui em relação a você. _Sorri e tomamos os lábios um do outro dando o beijo mais intenso que conseguimos com direito a mordidas ao final.

(...)

E então nossa banheira com água quente na medida certa estava pronta  e entramos nus para aproveitar.
Eu molhava seu peito acarinhando enquanto conversávamos amenidades, enquanto namorávamos.

Suas mãos ágeis acarinhava minha pele e eu me excitava a cada toque. Sua boca sugou um de meus pequenos seios e eu senti minha intimidade contrair. Seu pênis já estava apontando para cima quando em um mínimo movimento ele me pôs sentada precisamente nele.

Apoiei minhas mãos em seus ombros e se deu os primeiros movimentos. Eu olhava em seus olhos enquanto fazíamos a amor. Aquele olhar dele completamente entorpecido, o jeito como beijava meus braços apoiados em seu ombro, sem tirar os olhos de mim. O modo como seu pênis ia fundo. Eu estava em puro êxtase.

Os movimentos ficaram mais rápidos e com minha boca entre aberta minha respiração saia com dificuldade. Apertei seus ombros com força observando Michael morder os lábios em resposta. Eu estava perdida em sensações e quando aquilo ficou mais rápido eu não aguentava mais ficar sem gemer, comecei a gemer alto em agonia o apertando cada vez mais. Michael impulsionava seu corpo pra frente e pra trás e aquelas feições de torpor dele me matavam.

Comecei a rebolar e então senti o orgasmo bem próximo, me apertei e senti seu gozo me preencher, logo gozando também.

Descansei minha cabeça em seu peito enquanto ele beijava minha testa.

O frio ainda estava intenso quando deitamos para dormirmos nos agasalhamos bem na nossa cama bem abraçados para um aquecer o outro. Beijamo-nos em namoricos  até o sono nos vencer.




Capítulo 2


Quando acordei a cama estava vazia, me vesti e fui até a cozinha onde Michael preparava o café.

-Bom dia amor. _Disse me entregando uma caneca de café quente fervilhante.

-Bom dia querido. _O abracei e depositei um selinho em sua boca.

-Nossa ainda faz muito frio! _Disse encolhendo os meus braços tremendo um pouco.

-Sim e vai fazer muito mais.

-Não sei como vou trabalhar hoje. _Dei um gole em meu café.

-Você não vai trabalhar hoje. _Olhei para Michael procurando um resquício de brincadeira e consegui encontrar.

-É claro que eu vou. –Sorri. – E em falar nisso vou subir para me arrumar.

Deixei a caneca em cima no balcão e fui para o quarto.

Depois de um banho rápido vesti meu costumeiro terninho e sobretudo por conta do frio, amarrei meu cabelo em um coque e para finalizar um cachecol. Desci.

-Bom amor, está quase tudo pronto para o almoço. Chego cedo, qualquer coisa me liga.

-Troian você não vai trabalhar! _Disse firme e eu estranhei.

-Michael eu preciso ir.

-Precisa? Não você não precisa, temos tudo. Eu já trabalho o suficiente para te dar tudo, não precisa. _Sorri um pouco tentando me convencer que o que ele falava era mera brincadeira.

-Eu sempre trabalhei e você sabe muito bem disso.

-Mas agora é diferente, você é uma mulher casada que tem um marido que te sustenta, não precisa trabalhar. _Sorri mais uma vez, querendo falar algo mais desisti.

-Bom eu vou indo antes que comece a nevar de novo. _Ignorei completamente suas palavras e dei a meia volta.

Foi quando senti sua mão segurar com força em meu braço. Parei na exta hora olhando para sua mão e depois olhei para ele sentindo aquela situação estranha demais.

-Você não vai Troian. _Disse firme de novo e eu percebi que não era brincadeira. –Você vai subir e trocar de roupa iremos sair a noite juntos.

-Me solta você está me machucando. _Foi quando ele se deu conta e me soltou.

-Só quero te poupar desse frio, eu ligo para o seu chefe, só quero aproveitar o dia apenas nós dois. Pode ser? _Disse mais maleável e eu me aliviei um pouco acreditando em sua desculpa.

-Ok, tudo bem. Faremos como você quer. _Ele riu.

E então me abraçou, respirei fundo tentando tirar aquela coisa da minha cabeça, algo ruim que se instalou no momento em que ele segurou meu braço daquela forma. Ele beijou minha boca e eu estava totalmente aliviada agora.





Capítulo 3





Pus meu primeiro  pé na escada e logo ouvi Michael ao telefone, desci alguns degraus para saber do que falava, ou com quem falava.

-Sim Richards, Troian não irá mais...Não, quando digo que não irá mais é porque não trabalhará mais nessa empresa... Troian não precisa disso... Bom é só isso até mais. _Desligou.

É parece que meu marido estava pedindo demissão por mim ao telefone. Terminei de descer as escadas um tanto pensativa.

-Oi meu amor. _Disse ele ao me perceber. –Vamos sair?
-Só me responda uma coisa? _Ele assentiu. –Por que pediu demissão por mim, e por que tudo isso agora? _Ele revirou os olhos e respirou fundo.
-Troian escuta, você quer mesmo passar sua vida inteira nesse lugar? Quer mesmo continuar ralando sem ter um salario digno? Eu quero que minha mulher tenha uma vida menos cansativa. Apenas acordando comigo no dia seguinte, e no final da noite esperando o seu homem chegar. É isso que quero, essa é a ideia de vida que quero para nós. _As palavras dele pareciam tão honestas agora. –Pensa bem, não precisa trabalhar eu posso te dar tudo.
-Ok Michael está bem. Mas o que eu vou fazer o dia inteiro todos os dias?
-Bom você pode sair um pouco, visitar uma amiga, ir na casa da mamãe vocês se dão tão bem. –Dei de ombros.

Michael segurou minha cintura e me imprensou na parede encostando seu rosto ao meu.

-Oh baby estou fazendo o melhor pra você está bem? Não quer ficar que nem louca do trabalho pra casa quando nossas crianças chegarem, quer?

Bom claro que eu não queria, ele estava certo, meu plano era me dedicar plenamente aos meus filhos enquanto Michael se encarregasse de trazer o nosso sustento. Até que essa ideia de “não trabalhar” estava indo bem, a final eu precisava estar sem por cento descansada pra cria-los bem.

-Tudo bem tá? Não vou trabalhar, mas da próxima vez que quiser que eu faça algo, vamos conversar antes e decidirmos juntos.
-Desculpa amor, eu sei que fui um grosso, mas eu estava pensando na nossa família daqui pra frente. E claro prometo que iremos conversar de agora em diante está bem? _Assenti.
-Obrigada. _Sorri pra ele. –Bom então, pra onde vamos?
-Hum. _Pensou. –A gente podia sair pra almoçar mais tarde e depois ficarmos aqui em casa e nos amarmos. –Encostou mais seu rosto no meu.
-Acho uma ótima ideia.

E foi o que fizemos na hora do almoço entramos em um dos restaurantes mais aconchegantes dali, onde Michael sabia que eu amava estar. Era um lugar romântico e a comida era ótima.

Mas foi depois dali que tudo começou, a nossa vida foi escapando pelos dedos.




Capítulo 4


Michael estava um repleto cavaleiro, beijávamos, riamos. Eu estava tão feliz pelo modo como ele estava que até me esqueci do episodio do trabalho logo cedo.

-Eu te amo sabia? _Disse ele ao pé do ouvido, mordendo o lóbulo da minha orelha, eu me arrepiava.

-Também te amo meu amor. _Ele pegou meu lábio inferior com o dente e trouxe para si, depois tomou minha boca inteira e enfiou sua língua toda dentro, a chupei em seguida. E assim começamos um beijo de pra lá e pra cá, o terminamos com selinho e chupões rápidos.

-Sabe eu estava lembrando sobre o que você disse em “quando tivermos nossos filhos” já está pensando em me engravidar Sr Jackson? _Ele riu sapeca.

-E você acha mesmo que vai demorar depois das nossas práticas? _Ri.

-Pelo visto não né? _Ele balançou a cabeça negativo rindo maliciosamente fazendo aquela carinha linda que ele faz.

Senti minha cintura sendo puxada e ele beijar o meu colo e cheirando após.

Foi quando o garçom pigarreou para chamar a nossa atenção, pois o almoço já estava sendo servido.

Paramos o que fazíamos e esperamos ele por a mesa para nós, sorri simpática para ele, acho que esse foi o meu maior erro.

-Vem cá, por um acaso eu estou invisível e não me ver? _Michael perguntou e eu estranhei, o garçom também.

-Desculpa senhor? _Queria entender melhor o que Michael queria dizer.

-Não está vendo que ela é casada e mesmo assim não para de olhar o decote da MINHA mulher. _Arregalei os meus olhos.

-Michael! _O repreendi.

-Não Troian eu preciso falar. Ele tem que saber que com a minha mulher não se mexe. _Foi quando ele se levantou e eu fiquei completamente sem ter o que fazer e sem saber o que ele faria agora. –Da próxima vez que quiser ver peitos, sugiro uma playboy ou algo do tipo. Os peitos da minha mulher você não olha.

-Você está maluco cara eu também sou casado e não faço ideia do que está falando. _Tentava se justificar.

-Ah então quer dizer que não estava olhando para a minha mulher?

-Claro que não. _Michael riu sarcástico ponto a mão a cintura e depois de uma vez só transferiu um soco na cara do garçom que caiu ao chão.

-Michael!! Ai meu Deus. _Me levantei de pressa tentando faze-lo parar.

-Isso é pra aprender a respeitar a mulher dos outros.

Essa hora o restaurante inteiro estava tumultuado, as pessoas se chocavam com a atitude de Michael, nem posso julga-los eu também estava da mesma forma. Chocada, paralisada, sem conhecer aquele homem na minha frente.

-Vamos embora Troian perdi o apetite. _Ele me puxou pelo braço e saímos.

(...)

-Mas o que diabo foi aquilo no restaurante?! _Gritei assim que chegamos em casa, eu estava transtornada e muito brava com ele.

-Só dei uma lição Troy, nada demais. _Falou calmamente, como se não fosse nada.

Eu não conseguia processar aquilo, não estava acreditando que era real. O Michael que eu conheço não era assim.

-Você inventou uma bobagem pra bater nele no meio de todo mundo. Primeiro o trabalho agora isso?

-Uma bobagem? Você acha que ele olhando para o seu decote daquela forma é uma bobagem? _Gritou e eu arregalei os meus olhos. –Então agora ele poderia arrancar sua roupa que era só uma bobagem não é Troian?

-Eu não estou ouvindo isso. _Ri sem acreditar. –É sério, isso está uma loucura, uma completa loucura.

-Não vou deixar um idiota qualquer se meter com a minha mulher de jeito nenhum.

-E o que você vai fazer? Bater em todo mundo?

-Se for preciso... _Me olhou firme.

Aquela situação estava fora de controle, e eu estava muito furiosa com o Michael. Subi as escadas correndo e fui até o nosso quarto. Encostei na janela e comecei a chorar. Michael estava virando uma outra pessoa muito diferente do que era.
Nunca ele demonstrou tamanha agressividade com ninguém que me olhasse, então porque isso agora? O trabalho e agora isso.

Eu definitivamente não sabia onde isso iria parar.




Capítulo 5

Michael


Eu estava louco! Louco de ciúmes!

Ver aquele homem olhando minha mulher havia me descontrolado de uma forma que eu pensei que não fosse capaz de acontecer. Troian era a minha mulher, a mulher que eu amava, que me casei, que quero ter filhos, com quem quero passar o resto dos meus dias... Eu não posso nem sequer imaginar que quando ela sai de casa os homens ficam a cobiçando, pensando em fazer algo com ela que somente eu posso fazer, por que ela é minha, por que eu a amo e o amor é um sentimento possessivo.

Eu nunca fui assim antes, mas agora era! Não queria Troian trabalhando de jeito nenhum, eu sou homem suficiente para trabalhar e dar a ela uma vida de rainha, por que é isso que ela é pra mim.

Sei que fiz uma merda batendo naquele homem, por que isso a assustou e ver aquele seu olhar pra mim me matava, mas foi mais forte do que eu.

O que preciso agora é de controle e muita paciência pra me desculpar com ela.

Querendo espairecer peguei as chaves do carro e saí. Trafeguei um pouco pelo bairro e resolvi ir até o centro, ainda encontrei uma floricultura aberta e consegui um lindo buquê de rosas, em um mercado comprei uma caixa de chocolate e buscando a caneta e um pedaço de papel no porta-luvas do carro escrevi-lhe um pequeno bilhete.

“Perdão, Abelhinha, sabe que sou um idiota as vezes, mas esse idiota aqui te ama
Do seu, M”


Ao chegar em casa encontrei-a na sala, sentada na poltrona verde que ela amava, estava toda encolhida, um livro pendendo em seu colo enquanto ela cochilava. Sorri com a cena, se eu pudesse eu a eternizado com uma pintura.

Aproximei-me dela e soprei levemente contra seu rosto, ela abriu os olhos e me encarou séria.

- Não deve estar confortável aí meu amor, quer que eu a leve pra cama?

- Não – Disse apenas.

- Trouxe para você – Lhe entreguei as rosas - E isso também – Coloquei o chocolate na mesinha ao seu lado. Ela segurou o buquê e inalou seu perfume. Só eu sei o quanto ela ama rosas.

- Obrigado – Disse, ainda séria.

- Há um bilhete em meio as flores, leia – Ela pegou o pedaço de papel e pôs-se a ler.

Ela deu um quase imperceptível sorriso e eu soube que ela o tinha feito por causa do apelido que coloquei lá. Ela sempre ria quando a chamava de Abelhinha.

Me sentei em frente a ela.

- Sei que o que fiz foi errado, que não tenho agido como devo, mas quero dizer que tudo que faço é por amor, que não quero vê-la trabalhando para não se cansar, que bati naquele homem por que achei que ele estava te desrespeitando. Sei que pode não ter visto assim, mas acredite Troian, sei como os homens agem, as vezes vocês mulheres nem percebem. Me perdoe amor, eu odeio ficar brigado com você.

- Eu também – Ela disse finalmente.

- Então venha aqui, princesa – Me ergui, pegando-a no colo.

Antes mesmo de chegarmos ao quarto já estávamos nos beijando, nossas línguas se acariciando em uma dança sincronizada a qual eu só sabia fazer com Troian. Ao chegarmos em nosso quarto deitei-a sobre a cama e rapidamente despi-a, Troian ajudou-me a me livrar de minhas roupas.
Beijos foram trocados, acariciamos o corpo um do outro por longos minutos até ambos estarem excitados o suficiente.

Nesse momento Troian estava nua, comigo ajoelhado entre suas pernas, pronto para penetrá-la... E Deus, não há cena mais linda que essa. Seus seios subindo e descendo pela sua respiração acelerada, seus cabelos em desalinho, os flashes da lua iluminando seu corpo...
Perfeita!

Inclinei-me sobre ela e tomei seus lábios em um beijo sôfrego, logo penetrando-a. Troian circundou minha cintura com suas pernas e trouxe-me o mais fundo que conseguiu. Soamos, gememos, nos arranhamos, dissemos palavras de amor enquanto nos amávamos intensamente, até eu ambos explodimos em um orgasmo delirante. Deitamos abraçados, o silêncio reinando no quarto.

- Troy?

- Hum? – Respondeu preguiçosa – Amo você.

- Também o amo – Ela beijou meu peito e logo dormíamos.
 





Capítulo 6


Acordei cedo para preparar o café da manhã, Michael logo se levantou para se arrumar para o trabalho e eu ficaria em casa. Era isso que ele queria então era isso que eu faria.

Senti seus braços envolverem meu corpo por trás e eu ri pelo modo que beijou o meu pescoço. Tão carinhoso, tão amoroso. Era esse o Michael que eu conhecia, era esse com quem eu me casei.

-Bom dia abelhinha! _O olhei com ternura.
-Adoro quando me chama assim sabia? Adorei aquele bilhete também_ Dei uma pausa fazendo rodeios. - Com as rosas. _Rimos.
-Você merece. _Recebi um abraço com um beijo molhado no meu pescoço.

Nos soltamos e eu lhe estendi uma xícara de café bem quente. Ainda fazia muito frio lá fora e eu cuidei que meu marido estivesse o mais aquecido possível. Alias ele já estava sim.

Um sobretudo negro, calças jeans preto, botas de couro da mesma cor e cabelos soltos... Lindo!

-E o que eu vou fazer o dia todo sozinha aqui? _Abri os braços esperando que me desse opções. Não dava pra ficar sem fazer nada o dia inteiro.
-Hum. _Pensou. –Você pode dar uma volta, ir ao cabeleireiro, ou ir a casa da mamãe vocês sempre se deram tão bem. _Balancei a cabeça sorrindo.
-Um cabeleireiro? Acho que esse sempre foi o seu desejo não é Sr Jackson? Trabalhar enquanto sua mulher pousa de madame?  _Ele riu batendo com sua mão na perna para que eu sentasse ali.
-Não é pousando de madame, você é uma madame. A minha madame. _Senti seus dentes prendendo em meus lábios o puxando após, trazendo minha boca para a sua e logo me beijando com direito a línguas.
-Então tá, sua madame aqui vai achar o que fazer. _Ele assentiu.

No inicio as intenções dele eram boas, eu não percebia nada. Michael só queria uma mulher que não se esforçasse tanto como um homem no trabalho e que me daria tudo que eu precisasse. No final das contas eu me dava conta de que Michael era sim esse tipo de homem que gosta de cuidar da mulher de faze-la sentir tranquila e não fadigada com um dia estressante. Não tinha como saber.

Logo no meio do dia assim que Michael saiu para o trabalho resolvi ir à casa da minha sogra. Eu adorava conversar com ela e visita-la assim que eu podia. Kath era como uma mãe para mim e eu uma filha dedicada.

-Oh meu Deus Troian! Que bom que está aqui! _Ela era uma graça e sempre me tratava com carinho sempre que nos víamos. –Anda Mirtes sirva a minha nora um chá.
-Sim senhora. _Mirtes logo saiu de nossa presença e foi até a cozinha. Kath e eu aproveitamos para sentar-se naquela varanda incrível de sua casa.
-Vim visitar a minha sogra querida. Estava com saudades.
-Ora que saudades o que. Você está praticamente em lua-de-mel Troy. Quer estar com o seu marido, namoros, beijos e outras coisas mais. _Rimos pelo comentário com segundas intensões de Kath.
-Michael estar no trabalho e sim eu senti saudades sim, não seja boba.
-Oh você é um amor... Mas não era para estar trabalhando também? Como está indo o trabalho naquela empresa chique? É uma mulher de negócios não é? _Abaixei minha cabeça.
-Na verdade eu não trabalho mais.
-Como assim não mais? Aconteceu alguma coisa? _Kath estava confusa e preocupada era de se notar pelo seu olhar. E sinceramente eu estava com receio de lhe dizer, mas preferi dizer. A final eu precisava de conversar com ela.
-Michael prefere que eu fique em casa enquanto ele faz esse papel. Sabe como  são os homens, sempre protetores. _Falei divertida para descontrair.
-Mas vejo que não é isso que quer. _kath se manteve séria. –Está acontecendo algo que eu não saiba querida?
-Não. _Ri nervosamente. –Claro que não. Sabe até que eu estou adorando ficar em casa. Assim cuido das minhas coisas e do meu marido. _Agora sim Kath riu.
-Sei o quanto se amam. Sempre foi assim, desde o dia em que se conheceram. E entendo essa sede em cuidar das coisas dele. _Respirei fundo sorrindo para tentar espantar o nervoso.
Kath e eu conversamos por quase a tarde toda, almoçamos juntas e falamos mais. Era sempre bom sua companhia eu adorava tudo que vinha dela assim como eu adorava tudo que vinha de Michael.

E então no fim do dia estava eu em casa e por minha surpresa Michael já havia chegado.

-Já chegou amor? _Fui tirando o cachecol de volta do meu pescoço pendurando no cabideiro.
-Onde você estava? _Me olhava firme com uma expressão desconhecida por mim.
-Estava na casa de sua mãe, passei o dia inteiro lá.
-Mentira! _Eu que estava tirando o meu casaco parei na exata hora para olha-lo completamente confusa e extremamente surpresa com seu duro questionamento.
-O que?




Capítulo 7


Eu já estava começando a tremer de nervoso. Como assim não acreditada em mim? Mais uma briga em tão pouco tempo, eu não aguentaria.

Vi ele comprimir os lábios e logo estava sorrindo, depois rindo as gargalhadas da minha cara.

- Era uma brincadeira, querida – Ele se aproximou e roçou os lábios nos meus – Tinha que ver sua carinha.

- Não teve graça, Michael – Lhe empurrei e sai andando.

- Hey, abelhinha – Ele me alcançou, abraçando-me por trás – Estou com saudades, sabia?

- Com a recepção que me fez, não parecia.

- Não sabia que levaria tão á sério, baby, me desculpe – Sussurrou em meu ouvido, beijando-o sorrateiramente depois.

Ele sabia como me ganhar.

- Proposta irrecusável – Continuou sussurrando.

- Ah é? Posso saber qual é?

- Sexo na escada.

- Seu safado – Ri, mas meu sorriso se desfez quando ele virou-me de frente para ele e eu vi seu semblante tomado pelo desejo.

- Você me deixa louco, Troy – Enquanto falava suas mãos voaram até a barra do meu vestido e subiram-no até o tecido formar um amontoado em minha cintura, ele rapidamente se desfez da minha calcinha e tomou meus lábios em um beijo intenso.
Enquanto nossas bocas se devoravam, nossas mãos ávidas passeavam pelos corpos um do outro. Michael brincada com meus seios, ainda cobertos e eu dava leve apertões em seu membro já rijo.

- Preciso de você – Disse-lhe, mordendo seu queixo.

- Deixe-me ver – Ele deslizou uma mão sobre minha barriga e parou-a no meio das minhas pernas, acariciando minha intimidade, que já pulsava por ele, faminta. – Está molhadinha, amor.

- É assim que você sempre me deixa – Provoquei, apertando seu membro com mais pressão. Michael rugiu.

Segundos após Michael estava sentado em um dos degraus de nossa casa e eu estava montada sobre ele, cavalgando ao ritmo do nosso desejo, forte... Tão forte que os golpes me eram doloridos, mas sem dúvida, a melhor dor que possa se sentir.
Michael perdia-se em meus seios, sugando-os, apertando minhas nádegas e coxas. Murmurávamos um para o outro palavras carinhosas, palavras safadas... Gemíamos, suávamos, e juntos explodimos em um orgasmo maravilhoso.

(...)

3 Meses depois.

Estava sentada na varanda de casa, observando o nada, para ser mais exata. Ultimamente isso é tudo que tenho para fazer. Sem trabalhar não me restava muito a fazer. Tínhamos uma diarista que cuidava da casa e da roupa e uma cozinheira, então tudo que eu fazia era dar ordens e me meter no trabalho delas. Visitar minha sogra estava fora de cogitação, já que está em viagem. Tentei entrar em um curso de costura, mas o Michael me disse que era perda de tempo e me convenceu a sair... Então basicamente mimo ele de manhã, na hora do almoço e espero ele voltar para mimá-lo mais um pouco. Não é que não goste de fazer isso, eu amo meu marido e amo mais ainda paparicá-lo, mas sinto que cada dia mais estou vivendo limitada a essas paredes e não foi assim que idealizei meu casamento. Eu gosto de trabalhar, me senti último em algo e não fazer nada está me matando.



Capítulo 8


Eu já tinha decidida. Ficar em casa o dia inteiro sem fazer nada já estava fora de questão para mim, eu iria voltar ao meu trabalho, iria voltar a o que eu mais gostava de fazer e Michael precisava aceitar isso.

Peguei o telefone para ligar para o meu antigo emprego, na empresa do Sr Matarazo o qual eu era uma executiva. Eu pediria meu emprego de volta.

-Sim Sr Matarazo se o senhor aceitar eu quero meu emprego de volta, se não for como executiva eu aceitarei como secretária não se preocupe.

-Mas com o seu currículo seria uma injustiça grande coloca-la como uma simples secretária Sra Jackson. _Ele era um homem muito bom e se preocupava comigo. -Faça o seguinte, o cargo de executiva já está ocupado, mas pode ocupar o cargo de assessoria geral da empresa. Bom é muito trabalho, mas irá servir. _Eu estava completamente emocionada com essa proposta.

-Oh meu Deus está ótimo Sr Matarazo é o melhor presente que eu poderia receber. Muito obrigada pela confiança e por entender.

-Que isso! A senhora sempre foi uma das melhores aqui, confesso que fiquei um pouco desapontado quando pediu conta.

-Isso é passado Sr, eu voltarei com certeza.

Agradeci Sr Matarazo mais uma vez e me senti bem por pensar na possibilidade de voltar a fazer algo de bom. Eu sabia que Michael não iria gostar, mas se eu o convencesse eu tenho certeza que logo ele amoleceria.

(...)


-Que sorriso mais lindo é esse nos seus lábios meu bem? _Perguntou ele caminhando sensualmente até mim, abraçando minha cintura.

-Só estou feliz só isso. _Mordi seu queixo de leve.

-E eu posso saber o porquê dessa felicidade toda? _Me soltei dele fazendo charme e me virei de costas.

Michael estava tranquilo, talvez ele não se estressaria se eu lhe falasse, talvez até poderia aceitar, talvez.

-Não é óbvio? Estou casada com um homem mais lindo do mundo, que me ama, que eu amo. _Permaneci de costas para ele brincando com o meu cabelo. -Que é maravilhoso na cama, que faz a pior comida do mundo, mas mesmo assim eu adoro. _Dei uma olhada de lado para ele e sorrimos. -E... _Agora sim me virei totalmente olhando em seus olhos. -Consegui o meu emprego de volta.

A feição de Michael que estava serena e risonha mudou totalmente, e eu sabia que não iria receber tão bem assim a notícia como eu imaginei.

-O que?

-Michael olha, o que eu faria aqui o dia todo? Não estava fazendo bem para mim.

-Eu disse pra você Troian, eu falei que eu não quero que você volte a trabalhar. Será que você não consegue entender isso? _A voz dele alterou exponencialmente e eu tremi.

-Mas Michael eu não entendo. Eu sempre trabalhei e você nunca, nunca se importou com isso.

-Mas é claro que eu me importava, eu sempre pensei em um jeito melhor de vivermos. E quando nos casássemos....

-Pera ai. _Eu não conseguia acreditar no que ouvia. -Então foi tudo planejado? Você agia como se nada tivesse acontecendo pra quando a gente se casar você mudar totalmente, é isso?

-Não é isso Troian. Eu só não quero que você trabalhe mais e é isso acabou. Você não irá voltar àquela empresa idiota de novo e trabalhar com aquele velho babão você está me ouvindo?

-Desculpa Michael, mas isso está fora de questão. _Tentei sair de sua presença, mas fui impedida quando ele segurou pelo meu braço e apertou tão forte que eu sinceramente não via mais o meu Michael e sim uma pessoa completamente diferente.

-Eu sou seu marido Troian o único que você deve obediência aqui. Se estou mandando que fique em casa você irá ficar. Sem objeção e nem reclamações. _Ele estava transtornado, olhar firme, maxilar cerrado. Parecia um, um louco.

-Me solta você está me machucando. _Estava doendo tanto, emocional como física que algumas lágrimas saíram de meus olhos.

Foi quando ele me soltou e eu agarrei o local dolorido esfregando minha mão para passar a dor. E eu vi que estava vermelho, ele havia me machucado. E eu não conseguia ficar menos que apavorada depois de tudo isso.




Capítulo 9
- Você não vê o que está fazendo? – Perguntei, me recuperando minimamente da torrente de lágrimas.
- Estou tentando te preservar, é isso que estou fazendo. – Respondeu sem me olhar.
- Me preservar de que, Michael? O que anda fantasiando na cabeça para achar que preciso ser preservada de algo. Preciso de uma vida normal, trabalhar, cuidar de você e de nossa casa... é isso.

Estava começando a me desesperar com aquela situação. Eu já me via sem argumentos para discutir.

- Você não terá tempo... E os nossos filhos?
- Nós não temos filhos – Falei pausadamente – E quando tivermos irei cuidar muito bem deles.
- Parece que tudo que faço pra você não é suficiente! – Se aproximou – Faço tudo para te ver feliz e é assim que me agradece?
– Me manter aqui como sua prisioneira não é a melhor maneira de me fazer feliz.

Parecia cada vez mais transtornado. E eu estava completamente em pânico, tentava olhá-lo nos olhos e enxergar aquele Michael risonho, carinhoso, gentil, com quem namorei 3 anos, com quem noivei e com quem casei, por que ele definitivamente não era aquele.

- E como você se intitularia feliz? Hã? Saindo por ai em roupas curtas, bebendo, dançando, sendo desejada pelos homens e não apenas por mim? É isso que te faria feliz? – Gritou tão alto que fechei os olhos assustada.

Estava cansada daquele ciúmes doentio, daquela palhaçada, daquelas brigas sem sentido. Eu amava-o perdidamente e nem remotamente me passava pela cabeça olhar e direção a outro homem.
Cansada! Absolutamente cansada de ser dócil e omissa.

- Talvez eu fosse mesmo feliz assim – Disse encarando-o firmemente.

O que veio a seguir eu jamais me imaginei vivendo. Um tapa, no lado esquerdo do meu rosto, tão forte que eu cambaleei e cai no chão.

A princípio fiquei tão chocada que me resumia em nada. Eu não sentia dor, nem raiva, nem medo... nada, eu só cai e fiquei lá no chão, com Michael me encarando, parecendo tão assustado quanto eu.

- Meu Deus, Troian, me perdoe... o que foi que eu fiz? – Ele levou as mãos à cabeça e andou de um lado a outro do quarto.

Quando comecei a sair do torpor passei a sentir meu rosto queimando, pude sentir lágrimas molhando meu rosto e eu soluçar fracamente.

- Troian, amor, por favor reaja – Eu senti braços me pegando, me levantando e senti o colchão afundando com meu peso. Mãos me acariciaram e lábios beijaram a parte dolorida do meu rosto, mas eu simplesmente não me movi.

Estava em choque... Mergulhada em pensamentos e lembranças boas... Quando foi que deixei que chegasse a esse ponto? Quando foi que o imenso amor que sentimos um pelo outro nos levou a isso?
Senti seus lábios beijando-me mais uma vez e finalmente sai dos meus devaneios a tempo de ouvir suas palavras.

- Eu amo você, Troy... Doeu em mim fazer isso, mas você não escuta, me desafia...
- SAIA DAQUI! – Gritei, empurrando-o. Ele me encarou de olhos arregalado – Você é um monstro, me deixe sozinha – Ele se encolheu diante de minhas palavras, demostrando o quando elas lhe atingiram.
- Por favor, Troy, me perdoe... por favor... eu te imploro.
- SAIA! – Continuei gritando – Me deixe em paz.
- Por favor, meu amor.
- Se não sair, eu juro que saio e você nunca mais volta a me ver – Ele engoliu em seco e assentiu.
- Eu... eu... estarei na sala – Ele saiu batendo a porta e eu finalmente me vi sozinha.

Me encolhi em uma bola e chorei, chorei feito uma criança, até o sono turvar minha mente e eu cair em um sono intranquilo, dolorido, mas pelo menos eu esqueceria por algumas horas.



Capítulo 10



Os raios de sol me despertaram naquela manhã, foi quando lembrei de tudo que havia acontecido ontem. Me dei conta que não dormi com Michael, me dei conta de que minha vida estava ao avesso. Aquele tapa que Michael me deu não doeu apenas fisicamente, mas me destruiu por dentro de uma forma horrível.

Consegui chorar mais um pouco ao lembrar de tudo aquilo. Mas eu precisava ir, daqui a pouco eu teria que estar no trabalho e eu não ia deixar de ir só por causa do que aconteceu.

Tratei de secar aquelas lágrimas e ir direto para o banheiro tomar um banho. Me entreguei a aquela água com o intuito de descer pelo ralo toda aquela amargura, mas pelo visto isso não seria o suficiente.

Me arrumei imediatamente com um roupa social e um terno azul marinho, prendi meu cabelo no alto. Depois usei uma maquiagem para esconder aquele roxo do meu olho que não deu muito certo.

Assim que estava pronta desci as escadas de vagar, percebi Michael jogado no sofá ainda dormia e eu dei graças a Deus por isso.

Em menos de vinte minutos já estava na empresa, todos ali foram extremamente simpáticos comigo, me desejando sorte e um bem vindo. Tive uma maravilhosa recepção confesso.

Subi até a sala do Senhor Matarazo, ele estava ali com aquele sorriso enorme nos lábios empolgado por eu ter ido. Ele sempre foi muito legal comigo e eu retribuía esse carinho.

-Seja bem vinda minha linda. _Abriu os braços para que eu o abraçasse e eu me alinhei ali como se estivesse recebendo a proteção do meu próprio pai.

A verdade é que depois de tudo que aconteceu eu me sentia vulnerável demais qualquer demonstração de carinho para mim naquele momento era um escape.

-Muito obrigada Senhor Matarazo.
-Seu trabalho não será muito difícil, tendo os mesmos direitos só que recebendo mais.
-Só de ter tido essa nova chance está  bom pra mim, não se preocupe.

Senhor Matarazo quis me mostrar minha nova sala e algumas novas instalações do lugar.

Eu conversava com ele meio que tentando esconder o meu rosto, pois eu sabia que dava pra notar e aquilo me deixava apreensiva demais. Mas todas minhas tentativas foram frustradas quando Senhor Matarazo notou.

-O que foi isso em seu rosto Senhora Jackson?
-Ah... Isso? _Fiquei completamente sem jeito tentando esconder, mas já era tarde demais. -Eu bati... Bati meu rosto no armário de casa eu não vi que a porta estava aberta e...e acabei batendo.
-Tem certeza? _Perguntou desconfiado.
-Si... sim eu tenho, tenho sim. _Sorri nervosamente.

Ele se confirmou com a minha resposta e continuou me explicando tudo.
Pelo resto do dia trabalhei em minha sala, imprimindo documentos e resolvendo certos problemas. Aquilo estava me distraindo, mas sempre que meus pensamentos voltavam em Michael eu sentia meu coração tremer.

(...)

Entrei em casa já fechando a porta quando encontro Michael parado com um buquê de flores em mãos, com um olhar assustado.

-Buquê de flores não irão resolver. _Falei deixando minha bolsa por cima do sofá e já me preparando para subir quando ele segurou em meu braço.
-Troy me desculpe por ontem amor. Eu sei que fui um idiota,  mas...
-Não Michael você não foi um idiota, você foi muito mais que isso. Você me bateu, tem um roxo aqui no meu olho feito por você. Consegue imaginar o quanto foi complicado pra mim ter que mentir quando me perguntavam o que foi isso no meu rosto. O quanto foi dolorido saber que foi o homem que eu amo que fez isso?
-Me desculpe Troy por favor? Eu não sei o que da em mim e..eu. Me ajuda Troy? _Aquele olhar assustado, medroso olhando para mim. -Eu estou perdido por favor me ajuda?

Ele começou a chorar feito um bebê e eu realmente não sabia o que fazer, ou que pensar. Tudo estava tão estranho pra mim, de um modo assustador.

Eu queria perdoá-lo, mas simplesmente não podia. Então contornei-o e subi para o quarto.



Capítulo 11

Michael


Eu estava ficando louco. Não aguentava mais Troy me ignorando. Certo, eu merecia” O que fiz com ela foi algo horrível, mas foi apenas ontem, em um acesso de raiva. Não voltaria a acontecer jamais.

Eu a amo, por Deus, a amo mais do que a mim mesmo e o que fiz a ela doeu em mim também. É que ouvi-la falando daquele jeito... Só de imaginar que algum dia ela pudesse cumprir suas ameaças, eu ficava louco.

Troy é minha mulher, eu a amo e é isso! Ninguém nunca vai ter dela o que eu tenho... Seu coração, seu corpo.
Eu precisava fazer algo para que ela me perdoasse e logo, pois estava desesperado vendo-a assim com raiva de mim.

(...)

- Troy – Chamei, antes de entrar no quarto. O lugar estava iluminado apenas pela luz do abajur.

Ela não me respondeu, apenas me olhou por cima de seus óculos de leitura, e voltou a dar atenção ao livro.

- Vim... é... para te pedir que não desista de ir comigo ao jantar em comemoração do aniversário de mamãe... Você irá, não é?
- Não deveria, por que de você quero distância, mas em consideração a sua mãe, eu irei – Ficamos em silêncio um instante.
- Como foi sua volta ao trabalho? – Perguntei hesitante.

Eu ainda faria ela deixar aquela empresa. Não suportava o chefe dela.

- Não seja cínico, Michael, você não se importa, por você estaria bem longe de lá. – Respondeu ríspida.
- Admito que não gosto, mas acima de tudo preso seu bem estar, Troy. Só queria saber se havia corrido tudo bem.
- Não quero falar com você, pode me deixar sozinha, por favor?
- Claro – Suspirei – Boa noite, abelhinha, amo você – Dei as costas e sai.

Passei a noite inteira resolvendo os empecilhos para que meu plano no dia seguinte desse certo. E eu sei que daria.

(...)

Troian

Segui o ritual matutino de sempre. Depois de um banho e me arrumar, tomei um café rápido e sai para o trabalho.
Achei estranho que o Michael não estivesse em casa, mas ignorei, sua presença não era mesmo bem-vinda.

O transito estava tranquilo então segui razoavelmente depressa pelas ruas. O semáforo fechou e um grupo de três circenses pararam na faixa e fizeram um número gracioso, que terminava com dois palhaços se beijando. Eu ri, de repente menos triste por ver algo tão fofo. Antes do sinal abrir o palhaço veio até meu carro e me entregou uma rosa, na qual havia presa um bilhete.

- Oh, obrigado – Ele assentiu e se afastou.

“Perdoe-me se eu errar” – Franzi o cenho. Michael?

Procurei o palhaço para lhe perguntar quem me enviou aquilo, mas ele havia sumido. Os carros atrás de mim começaram a buzinar, então segui meu caminho. Quase bati o carro quando vi a gigantesca faixa, presa na principal ponte da cidade. Nela estava escrito: “Perdoe-me se eu errar, eu te amo!”
Sorri abobalhada... Será que estava vendo coisas?

Sem poder parar, ou me atrasaria, continuei meu trajeto. Assim que estacionei meu carro um garotinho veio correndo em minha direção e sem mais nem menos me entregou outra rosa vermelha e mais um bilhete.

“Perdoe-me se eu errar, eu amo, Abelhinha!”

Agora eu tinha certeza. Tudo aquilo tinha sido obra do Michael. Ele foi tão lindo... romântico e minucioso.
Senhor, como ele conseguiu colocar aquela faixa na ponte? – Ri tentando imaginar.

Abri as portas da empresa... Surpresa! Foi isso que tive. Michael estava parado no meio do saguão, com um buquê de rosas na mão, vestido em um terno cinza e o sorriso mais deslumbrante do mundo o iluminava seu rosto. Não havia menos que meia dúzia de mulheres o cobiçando.

Caminhei em sua direção com as pernas bambas.

- Abelhinha? – Chamou com a voz embargada – Essa é uma medida de um homem desesperado. De um homem que ama absurdamente. De um homem que fez uma burrada, uma coisa horrível, mas que não tem medo de assumir isso e de pedir perdão. Eu não posso viver sem você e só de pensar isso, me aterroriza... Amo você, Abelhinha, me dê mais uma chance? – Ele me olhou e vi em seus olhos marejados, o arrependimento.

Eu o amo! Tanto que dói e vê-lo sofrer me faz mal. Tenho plena convicção de que ele está sofrendo as consequências de algo que fez, mas eu não sou rancorosa nem vingativa, não queria vê-lo daquele jeito. Apesar de tudo.

Ele me entregou as rosas e eu peguei-as. Não impedi quando ele se aproximou, enxugou minhas lágrimas e finalmente me beijou.

- Obrigado por isso, por essa chance... Amo você, princesa. – Ele me olhou e sorriu, sorri de volta.
- Michael? – Segurei seu rosto entre as mãos – Não vai mais acontecer, não é?
- Nunca mais, amor – Ele me beijou mais uma vez.  – Você me perdoa?
- Vou te dar essa chance, mas saiba que está pisando em ovos comigo – O repreendi, séria.
- Obrigado – Ele me abraçou e escutamos uma pequena salva de palmas. Só assim me lembrei que não estávamos sozinhos.

 


Capítulo 12

As coisas pareciam que estava tudo bem, Michael estava cada vez mais romântico assim como ele sempre foi quando namorávamos e parecia sim que ele ia mudar. O que me deixou tranquila, eu não sabia se iria suportar por muito tempo o seu estado de antes, eu não iria mesmo.

Nos encontrávamos despidos na nossa cama fazendo amor como sempre gostávamos de fazer. Nossas pernas entrelaçadas uma a outra, os beijos não sessavam e as palavras de amor muito menos.

Entrei em um intenso orgasmo seguido por ele. Eu observava seu rosto franzir enquanto eu beijava seu peito.

(...)

O jantar na casa de minha sogra estava ai e eu estava ansiosa em prestigia-la. Me arrumei de uma roupa mais despojada. Estava um clima mais ameno que combinava perfeitamente com a minha roupa.

E Michael vestia uma bermuda bege com uma camiseta branca, ele estava lindo da mesma forma.

-Uau Troy como está perfeita! _Ele enlaçou-me em seu corpo e nos beijamos brincando com a boca um do outro. -Eu te amo meu amor.

-Eu também te amo Michael. _Senti meu coração tremer proferindo essas palavras. O amor que eu sentia pelo Michael doía de tão forte que era.

(...)

A mansão da família Jackson estava cheia, lá tinha de irmãos do Michael a primos e sobrinhos. Eu sempre me impressionaria a quantidade de gente que compunha aquela família. Mas era isso que deixava Kath feliz. Ela amava aquela casa lotada e ainda mais em comemoração pelo seu aniversário. Acho que se sentia amada, mesmo que não fosse necessário a casa está cheia pra saber que todos nós a amávamos muito.

Cumprimentei Kath com um abraço e lhe entregando o presente que escolhi com muito carinho.

-Oh não precisava minha linda.

-Claro que precisava, eu sei o quanto a senhora gosta de colares de pérolas. _Ela riu.

-Troy não saiu do shopping até encontrar, estava determinada trazer para a Senhora mamãe. _Comentou Michael e ela riu toda iluminada.

-Vê porque eu amo tanto a minha nora? _Rimos e eu a abracei com força.

Depois cumprimentamos o resto da família, Michael logo pegou uma bebida me ofereceu, mas eu não quis.

-Oi Troian como vai? _Eu que estava de costas me virei pra saber quem me chamava.

-Oi Jared. _Era um primo distante de Michael um cara que quase não estava presente a reunião de família, mas que acabou comparecendo a essa.

-Continua linda não é mesmo? _Sorri educadamente e agradeci.

Foi quando senti uma mão em meu ombro.

-Não cansa de elogiar a minha mulher não é Jared? _Michael falou em um tom calmo por isso não me preocupei.

-Você tem um bom gosto Michael sempre teve.

-Você também tem Jared a diferença é que os seus gostos são os mesmos que os meus. _Isso foi um tanto irônico e eu tratei de fazer alguma coisa.

-Anda Michael vamos até o jardim preciso lhe mostrar algo. _Puxei o seu braço, mas ele desviou.

-Então concordamos com alguma coisa. _Ele soltou uma risada e Michael ficou sério.

-Olha pra minha mulher mais uma vez que ai você vai saber o que temos em comum. _Sua frase saiu entre dentes e eu me assustei. Agora sim eu me preocupei e muito.

-Michael por favor, vamos sair daqui? _Tentei puxa-lo mais uma vez e para o meu alivio ele veio.
-Michael pelo amor de Deus pra que tudo isso?

-Você ainda me pergunta pra que tudo isso Troian? Aquele filho da puta te cobiçando e você ainda me perguntando pra que tudo isso?

-Eu não vi nada demais o que ele falou. Foi apenas um elogio simpático, mas como sempre você quer fazer de tudo uma grande coisa. _Ele gargalhou.

-Um elogio? Sei... a distância desse elogio e a cama é aquele sorriso idiota que você deu. _Fiquei chocada, eu não conseguia acreditar no que ele foi capaz de falar.

-Você está se ouvindo? Você está sugerindo que eu seria capaz de...

-Quem sabe? _Deu de ombros. -Olha Troian eu não quero brigar ok? Chega desse assunto.

Ele deu as costas para mim e eu fiquei ali de cara com tudo que ouvi nesse curto espaço de tempo. Michael mudava de atitude tão rápido que nem dava tempo pra nada.

Eu tentei esquecer aquilo por hora, ele estava nervoso e eu resolvi ignorar. E nesse tempo Michael foi conversar com seus irmãos e eu com suas irmãs até voltar a ficar sozinha de novo.
Caminhei até a ala das bebidas e me servir de um coquetel de frutas. Foi quando Jared se aproximou mais uma vez de mim.

-Ciumento o seu maridinho não é?

-Ele só achou ofensivo o jeito que você me elogiou. _Eu tentava justificar Michael, mesmo sabendo que não havia justificativa.

-Cuidado Troian, homens ciumentos ao nível de Michael é destrutivo. _Senti o medo em suas palavras e me puni por isso.

Eu não deveria sentir medo do Michael. Eu não deveria, não era?

-Não exagera Jared.

-Só estou avisando. _Passou por mim e pegando em meus cabelos e caminhou até o fundo do corredor.

Michael mal olhava para minha cara, era como se eu fosse culpada de algo, ele ficava lá de cara fechada, eu estava repudiando essa atitude dele. Primeiro me pede desculpas feito um homem injustiçado depois age com frieza. Eu não estava sabendo lidar com o meu marido.

Foi quando Jared piscou para mim do outro lado da sala e para a minha infelicidade Michael viu. Ele caminhou rapidamente até mim já puxado o meu braço para fora.

-Anda Troian venha!

-Você está me machucando, para com isso.

-Vamos embora daqui agora!

-Ficou maluco? É o aniversário da sua mãe nem ao menos jantamos.

-E você acho que vou ter apetite para jantar vendo aquele desgraçado piscando pra você? No mínimo eu acabaria com ele.

Tentei protestar, mas ele me jogou dentro do carro e já estávamos a caminho de casa.

-É aniversário da sua mãe Michael nem ao menos nos despedimos. Isso tudo por causa de Jared? Eu não fiz nada ele que tentava te provocar, mas simplesmente você ignora isso e culpa só a mim.

-Você em casa ele não vai provocar não é mesmo? _ Balancei a cabeça incrédula.

-Você é inacreditável. Primeiro me pede perdão e depois faz tudo de novo? Se não quer comemorar o aniversário de sua mãe que fique aqui eu vou. _O enfrentei tentando me impor mostrando a ele que não ia mais me controlar.

Mas quando virei as costas para sair, Michael segurou um montante de cabelos meus e puxou com toda força me segurando. Gemi de dor.

-O que você está fazendo? _Seu olhar estava sombrio.

Michael era outra pessoa sem dúvidas, ele mudava sua personalidade em questão de segundos.

-Você não vai a lugar nenhum.

-Você não manda em mim! _Gritei com lágrimas já saindo do meus olhos pelo inferno em que vivia. -Eu sou sua mulher e não sua propriedade.

Larguei dele mais uma vez e consegui chegar até a porta, mas só foi até ai que eu pude, porque ele me virou de uma vez só e me deu um soco no rosto que eu cai ao chão.

-Você é minha mulher, é o que você é. MINHA CARALHO! Me deve obediência.

O sangue escorria do meu rosto e eu gemia por conta do medo que eu sentia desse homem agora.

-Você é um monstro!

-Cala a boca Troian cala essa porra de boca. _Eu levei mais alguns tapas e talvez alguns chutes, mas eu não estava sentindo mais nada, a não ser a dor cruel de ver o homem que eu amo fazendo isso.

Eu que esperava Michael pedir desculpas e eu ignora-lo e ir embora me surpreendi, porque não foi isso que ele fez. Ele estava me batendo sem remorso algum e eu me desesperava, me sentindo a mulher mais frágil e insignificante do mundo. Como deixei chegar a esse ponto?



Capítulo 13


Eu estava encolhida em uma bola, tentando me proteger dos golpes do meu marido, o homem que eu escolhi para viver o resto dos meus dias, meu tudo, minha vida, esse mesmo homem estava totalmente louco, me batendo como se eu fosse um monstro.

Isso só podia ser um pesadelo horrível!

Eu não protestei, nem pedi para ele parar... Eu ia deixa-lo descarregar essa raiva descomunal em mim. Quem sabe não me mataria de uma vez e acabaria com isso tudo.

De repente tudo parou, os golpes cessaram e ouvi o barulho de um soco. Saí de minha posição fetal e consegui ver, em meio a minha névoa de dor, um homem imobilizando Michael e uma mulher se aproximando de mim.

- Troy, meu Deus, querida, o que aconteceu aqui? – Encarei Janet, sem responder-lhe uma palavra – Fale comigo, Troy – Ela pediu, enlaçando-me em um abraço.

Olhei em volta e vi que o homem que imobilizava Michael era Ray, marido de Janet. Michael não se debatia para se soltar... Parecia tão em choque quanto eu.

- Por... por que estão aqui? – Consegui balbuciar, em meio ao choro.

- Ray viu Michael praticamente a arrastando até o carro. Ficamos preocupados e viemos. Venha, meu anjo, levante-se – Com esforço consegui me erguer – Vou ligar para a polícia... Não é por que esse idiota é meu irmão que vou ignorar a monstruosidade que ele fez.

- Não – Pedi – Deixe... Deixe-o ir, Ray.

- O que? – Janet quase gritou – Você não pode deixa-lo livre, Troy... O Michael tem de pagar.

- A consciência dele será torturadora o bastante – Limpei meu rosto e voltei a encarar Janet – Você me ajuda a limpar isso e arrumar minhas malas? – Ela assentiu.

Essa última frase pareceu despertar Michael de seu torpor. Ele levantou-se trôpego e caminhou até mim.

- Não – Disse em meio a um choro desesperado – Você não pode me deixar, Troy, eu amo você.

- Cala a boca, seu idiota! – Janet gritou, também se descontrolando – Você não ama ninguém... Se a amasse não a deixaria assim com o olho roxo. Eu nunca vou perdoá-lo por essa covardia, Michael.

- Troy, por favor, amor... Você sabe que sou descontrolado, mas... Eu não posso, não sei viver sem você.

- Vá se tratar, Michael, está ficando louco... Isso é tudo que tenho para te dizer. – Me virei para entrar em casa, mas antes encarei-o novamente – Só mais uma coisa, se você não me deixar em paz, eu peço uma ordem de afastamento para mantê-lo longe. Acabou, Michael, não tem volta!

Depois de entrar e fechar a porta ouvi sua conversa com Ray por alguns poucos minutos e depois o barulho do carro arrancando dali.

Pedi um tempinho a Janet e fui para o banheiro, tomar um banho. Estava dolorida, não apenas fisicamente, mas principalmente meu sentimental estava em pedaços.

Eu não chorei mais. Não ia fazer isso. Era hora de ser forte.

Depois do banho Janet me ajudou a cuidar dos ferimentos. Estava agradecida por tê-la ali, mas seu choro insistente estava começando a me irritar.

- Janet, pare, meu bem – Pedi – Está me angustiando com esse choro.

- Desculpe, Troy, é só que não posso acreditar que meu irmão querido foi capaz de uma atrocidade dessas.

- Michael tornou-se um homem possessivo, descontrolado, Jan... Mas agora acabou, só quero esquecer – Janet assentiu, enxugando o rosto.

- Já tem para onde ir?

- Não, mas darei um jeito.

- Tenho um apartamento no centro, pode ficar lá até se organizar.

- Obrigado, Jan.

- Pode contar comigo, meu anjo – Ela me abraçou apertado – E me desculpe... por ele.

- Vai passar, Jan... Eu vou ficar bem.

3 horas depois eu estava novamente sozinha, já no apartamento de Janet.
Eu disse que não ia chorar, eu sei, mas quando encostei minha cabeça no travesseiro e as cenas de tudo que passei voltaram a minha mente, eu chorei, chorei como um bebê, e em algum momento, exausta e dolorida, consegui dormir.
 
 



Capítulo 14


Michael
Eu não sabia o que havia dado em mim, eu estava ficando louco, completamente louco. Mas era por desespero, eu não conseguia pensar em ver qualquer pessoa que fosse olhando pra Troian com olhos desejosos, aquilo me irritava e o medo em perdê-la era o pior. Troian era minha e ninguém tinha o direito de mexer no meu patrimônio.
Mas acabei deixando o meu ciúme estragar tudo entre nós, Batê-la era a única forma de controla-la.

Me vi sozinho em nossa casa, a casa que escolhemos juntos e decoramos juntos antes de casarmos e isso estava sendo doloroso demais. Eu não iria conseguir ficar em casa sabendo que estava na casa de Janet. Resolvi ir até lá.

A casa de dois andares tinha um jardim lindo e havia uma fachada que dava para ser escalado. Rumei até a janela que provavelmente Troian poderia está descansando, pois eu sabia muito bem que era o quarto de hóspedes.

Escalei sem um pingo de dificuldades e quando já estava na sacada encontrei a porta de correr aberta. Quando entrei Troian se encontrava dormindo, tão serena e linda, tão minha. Eu simplesmente não consegui resistir.

Ajoelhei ao lado da cama em que ela estava e percorri meus dedos suavemente por seu rosto. Aqueles lábios foram desenhados para mim, eram perfeitos. Aquele queixo era irresistível demais.

A descobri um pouco percorrendo agora meus dedos em seu corpo, a camisola delicada e fina que usava me deixava tão excitado...

-Eu amo você Troy. -Sussurrei.

Voltei para o seu rosto e depositei beijinhos em seu rosto e lábios tudo delicadamente.

-Michael o que é isso?! _Troian entrou em alerta imediatamente assim que acordou, me olhando como se eu fosse um monstro, aquilo doía na alma.
-Vim ver você. _Sussurrei com os olhos lagrimejados. -Volta pra casa amor, volta pra nós? _A risada que ela deu me incomodou muito.
-Acha mesmo que isso vai acontecer depois de tudo que fez?
-Sou seu marido.
-Não, você é um monstro. Olha para o meu rosto Michael. _Ligou a luz do abajur me mostrando as marcas. - Olha pra essas marcas em meu corpo que você mesmo as fez.
-Eu sinto muito Troy.
-Não você não sente. _Ela era dura comigo.
-Eu estava dominado amor, dominado pelo ciúmes pelo medo em te perder, por tudo.
-Você acabou de me perder Michael, desde quando começou com tudo isso você me perdeu. _As lágrimas quentes desciam de meus olhos e um nó intenso preso na garganta.
-Não. _Rangi os dentes sentindo a dor daquelas palavras. _Eu não posso viver sem você. Nós nos amamos, eu sei disso.
-Eu te amava, muito mesmo. Só que agora o que resta é mágoa.
-Você me ama Troian! _Gritei derrubando aquele abajur que estava na mesinha e ela se protegeu com as mãos já começando a chorar. -Você sempre me disse isso e eu acreditei, você é minha.
-Michael está descontrolado, vá embora antes que eu chame alguém. _Ela tinha medo que eu a machucasse de novo, mas eu só queria ama-la.
-Eu quero você! _Gritei de novo. -Será que não entende? _Ela se mantinha dura sem olhar para mim. -Olha pra mim quando estou falando com você. _Peguei-a pelo seu braço a fazendo me olhar. -Você é minha entendeu? Minha. E eu vou provar.

Larguei-a já tirando minha camisa rapidamente, e depois a calça da mesma forma.

-Michael o que está fazendo? _Arregalou os olhos para mim.
-Pegando o que é meu por direito.
-Não. _Rangeu os dentes e eu a peguei pela cintura de subido.

Joguei Troian na cama e depois tirei minha cueca. Subi por seu corpo, subindo sua camisola e arrancando sua calcinha. Tudo de uma vez só.

Eu estava dominado pela possessão, tesão e pavor em perdê-la. Eu não sabia o certo o que era, só sei que eu a queria para mim, faze-la minha exatamente como ela era.

A penetrei de uma vez só ouvindo-a gritar alto, tentando se soltar de mim, protestando, mas eu simplesmente não queria ouvir. Queria está dentro dela até me satisfazer.

-Não faz isso por favor. _Ela chorava com pavor e eu me perguntava onde estava a minha Troian que se entregava todas as vezes em que fazíamos amor.

Me perguntava onde estava aquele amor que ela dizia sentir por mim. Eu precisava mostrar a ela que éramos um só e eu estocava com força, mostrando que eu era seu macho. Beijava sua boca, sugava os seus seios com dominação enquanto ela me batia.

Só que Troian já começava a perder as forças e não quis mais protestar, me deixando um pouco mais aliviado. Continuei com as estocadas até sentir um intenso orgasmo, já me derramando dentro de si.

E quando em fim sai de dentro dela, Troian virou para o outro lado e começou a chorar, chorar com desespero e aquilo apertou o meu coração de uma forma terrível. Eu começava e me perguntar o que eu estava fazendo de nossas vidas, o que estava fazendo com todo aquele amor puro e bonito que tínhamos. Eu deixei me levar pelo domínio e estraguei tudo entre nós.

-Troian por favor não chore. Você é minha mulher, somos um do outro. É normal transarmos.
-Sai daqui Michael! _Gritou. -Sai logo daqui antes que eu chame a policia. Sai!!! _Ela gritou tão alto e com tanto ódio que eu vesti minha roupa rapidamente chocado comigo mesmo e sai correndo dali.

E eu havia feito mais uma besteira sem me dar conta de que estava a machucando. Eu estava louco, sem limites e eu tinha medo de mim mesmo. O que seria capaz de fazer se estivesse mais uma vez com Troian, tinha medo de fazer uma besteira tão grande por apenas ter esse pensamento de possessão que ela despertava em mim.




Capítulo 15


Um mês se passara desde que tudo aconteceu.
Foi um mês difícil. Precisei me afastar do emprego por uma semana, para me recuperar dos machucados. E ficar enfurnada naquele apartamento, com o medo latente de que Michael fosse aparecer a qualquer momento era agoniante.

Eu senti falta dele. Eu sei que o que ele me fez foi uma monstruosidade e que jamais serei capaz de perdoá-lo, mas o amor não se acaba assim da noite para o dia. Leva tempo para se desapegar, para se acostumar com a falta da voz, do cheiro, dos risos do outro. Eu o amo, perdidamente, mas sei que combaterei esse amor com unhas e dentes, até não restar mais nada dele, além de lembranças boas e distantes.

Depois que voltei ao trabalho a rotina se normalizou um pouco. Tratava de ficar o maior tempo possível na empresa, e até me inscrevi em um curso de culinária. Tudo para não passar nada do meu tempo sozinha. Lá neste curso conheci Edward, ou simplesmente Ed, ele era o instrutor do curso e um cara muito, muito atencioso.

Nas últimas duas semanas temos saído juntos, apenas almoços ou jantares casuais. Tem sido bom, Ed me faz rir, me faz esquecer meus problemas, e o melhor, ele me faz querer abrir o coração para o amor outra vez.
Talvez eu esteja sendo apressada, mas não quero mais ficar sozinha, amargando um casamento falido, que acabou em tragédia.

Nesse meio tempo Janet e Kathe vieram me visitar. Se achei que Janet ficara horrorizada com o que Michael me fez, isso é por que eu ainda não havia visto o estado de Kathe. Ela chorava sem parar contando que jamais imaginaria seu menininho fazendo uma coisa como a que ele fez comigo. Eu consolei-a, dizendo que estava tudo bem. Até que era verdade, estava sendo mais forte do que achei que seria.

Michael não ousou em aparecer em todo o mês. Confesso que estranhei, mas me senti imensamente aliviada. Já havia entrado com o divórcio e em breve o queria definitivamente fora da minha vida.

Não quis saber nada dele e nas visitas que recebi de sua irmã e mãe elas respeitaram minha decisão e não tocaram em seu nome, mas eu sabia, podia ver e sentir que algo de muito errado estava acontecendo com ele.

(...)

- O que acha de darmos um passeio pelo parque? – Ed perguntou, assim que o garçom tirou os pratos de nossa mesa.
- Eu acho uma ótima ideia – Sorri.

Hoje estava me sentindo muito bem. Havia acordado com uma vontade enorme de parecer mais bonita, coisa que não acontecia á tempos. Por isso me coloquei em um vestido preto, meias da mesma cor, um sobretudo marrom e botas pretas. Estava bem maquiada e meu sorriso bobo estava me deixando com uma aparência jovial.
Ed pagou a conta e saímos do restaurante lado a lado.

- Já te disse que está linda hoje? – Perguntou-me sorrindo.

Ed era sem dúvida muito bonito.



- Já deve ser a terceira vez, só nos últimos 5 minutos – Brinquei sorrindo – Você também é muito bonito, Ed.

Ele timidamente segurou minha mão e eu permiti o ato. Então seguimos assim, de mãos dadas, sorrisos nos rosto, caminhando tranquilamente.

- Você pensou sobre o que te falei? – Perguntou assim que sentamos em um banquinho, no parque quase deserto.
- Pensei, Ed... E bem, já te expliquei que estou saindo de um casamento de uma forma meio conturbada, mas... não sei... eu gosto de você, muito, você me faz tão bem – Ele acariciou minha bochecha – Prometa que iremos com calma, sim?
- Claro, meu bem, eu só precisava do seu sim – Ele inclinou-se para mim e nossos lábios se tocara, no início timidamente, mas logo estávamos trocando um beijo fogoso. Quando o ar nos faltou, nos separamos e ele me aninhou ao seu peito. – Vou cuidar de você, Troy, eu prometo.

Eu iria confiar. Quem sabe ele no final das contas não era o homem certo para mim?
Meu celular tocou, tirando-me de meus devaneios.

- Sim, Jan – Perguntei em meio a um suspiro. O que se seguiu foi uma torrente de palavras desesperadas, seguida de um choro. Quando terminei a ligação estava completamente embasbacada.
- Quem era? – Ed perguntou de cenho franzido – Está pálida, meu bem.
- Era Janet, irmã do meu ex-marido. Me parece que ele foi internado e está chamando por mim... eu... eu preciso ir até lá.
- Claro – Ed levantou-se – Acalme-se, eu te levo até lá.

O caminho até a clínica parecia interminável.
O que droga Michael havia feito para ir parar em uma clínica?

Eu sabia que havia algo de errado acontecendo. Deveria ter perguntado a Kathe.

- O endereço é esse. Quer que entre com você, ou te espere aqui?
- Não, obrigado, Ed, mas volto com Jan – Ele assentiu e me deu um selinho em seguida.
- Tenha cuidado, te ligo pela manhã – Assenti e mais que depressa saí do carro.

Assim que adentrei a clínica a recepcionista me deu passagem. Encontrei Janet, Joe e Kathe no corredor, eles pareciam desolados.

- O que houve com ele? – Perguntei assim que me aproximei.

Janet correu para me abraçar, em meio aos soluços.
Meu Deus, será que ele havia se matado?

- Ohh, Troy, meu irmãozinho... ele – Ela caiu em um choro sem fim. Estava ficando agoniada, ninguém me dizia nada.
- Por favor, alguém me diz o que aconteceu – Larguei Janet, até um pouco displicentemente.
- Michael foi diagnosticado com TB, transtorno de bipolaridade, Troy – Joe respondeu, a voz mais grossa denotava que também havia chorado.
- Hã? – Perguntei-lhe, sem entender realmente.
- Já fazia um mês que ele estava em uma profunda depressão. Não se alimentava, não saia da cama e mal bebia água. Tentamos de tudo, mas ele não reagia. Alguns psiquiatras e psicólogos foram vê-lo e todos eles deram o mesmo diagnóstico. Não entendíamos como a doença só fora realmente aparecer agora... O negócio era que ele sempre deu sinais de descontroles emocionais, mas nunca demos muita bola pra isso, primeiro achamos que era birra de criança, depois rebeldia de adolescência... mas nosso filho é doente, Troy – Kathe explicou, parecendo destruída com a constatação.

Eu também notara que Michael era de extremos. As vezes estava extremamente feliz, romântico, um perfeito cavalheiro, mas do nada, por motivos bobos, explodia e se transformava em outro homem.

- Ele passou mal ontem, estava desidratado. Só assim conseguimos trazê-lo para o hospital e finalmente puderam fazer os exames que faltavam para comprovar o transtorno bipolar.

Caí sobre a cadeira, ambas as mãos na cabeça.

Deus, então eu não podia culpa-lo por agir daquele jeito comigo. Havia sido culpa da doença, mas agora eu já havia dado início a uma nova vida, e estava gostando dela... Eu não poderia abandonar Michael, e não queria voltar a ser sua mulher. O que eu ia fazer? – Me perguntei em meio as lágrimas.

 

Capítulo 16

Caminhava pelos corredores daquele hospital com um toque gélido em minha alma, era confuso demais ter que encarar Michael nessas condições. Vê-lo em uma cama de hospital com um problema pelo qual acabou com o nosso casamento. A verdade é que eu não sabia como lidar com essa situação, eu estava tão magoada, mas sofria por ele e muito.

Adentrei o quarto sozinha e vê-lo ali deitado fez meu coração partir.

-Troy... Oh meu amor que bom que veio. _Michael segurou em minhas mãos e eu não tive como recusar esse toque.
-Fiquei sabendo agora pouco, vim correndo pra cá. _Ele sorriu com olhos cheios de lágrimas e eu me segurava pra não chorar.
-Obrigada meu amor. _Pigarreei soltando minhas mãos dele limpando algumas lágrimas tentando controlar o choro.
-Eu fiquei sabendo da doença. Eu... eu sinto muito. _Ele ficou sério agora.
-Desculpe por tudo Troy, desculpa por ter acabado com o nosso casamento. Mas eu simplesmente não tive como me controlar. _Engoli a seco abaixando minha cabeça.

Agora eu sabia o porque de tudo, agora eu tinha certeza que não era o Michael e sim uma doença agindo ali e eu simplesmente não sabia o que fazer.

-Volta pra mim amor, volta pra nós. _Pedia com a voz embargada.

Tudo que aconteceu deixou marcas fortes em minha vida, fiquei com tanta raiva de Michael e eu decide ir embora refazer a minha vida e tentar esquecer tudo e agora. Agora eu simplesmente não podia abrir mão de uma vida feliz por sofrer tudo de novo. Certo que não era por vontade de Michael e sim a doença, mas e se ele não se tratasse, se continuasse aceitando ser controlado por aquilo? De certo que nossa vida permanecia um inferno e eu tinha medo do que ele pudesse fazer a mim.

-Eu preciso pensar Michael, preciso colocar as ideias no lugar.
-Não me deixe Troy. _Ele segurou tão forte em minhas mãos como um pedido de socorro. E eu não conseguia lidar com isso, sinceramente eu não conseguia lidar com isso.
-Eu preciso ir. _Falei em um fio de voz, limpando os meus olhos das lágrimas, fungando um pouco.

Larguei as mãos dele e sai dali cambaleando um pouco pelo corredor sem ter a mínima ideia do que eu faria da vida. Tinha o Ed agora e eu sinceramente não queria perder essa oportunidade da minha vida, não mesmo. Ed era um homem bom eu sabia que me faria feliz. Já Michael só fez da minha vida um inferno, mas eu também não poderia deixa-lo. Eu não sabia o que fazer e isso me matava por dentro.

-Troian! _Janet veio até mim quando me notou a pontar na sala de espera. -Vocês conversaram?
-Sim, conversamos. _Respondi meio desnorteada. - Ele pediu que voltássemos.
-E você disse o que? Que sim? _Janet estava em expectativas, dava pra ler em seus olhos que era isso que ela queria que eu fizesse, mas eu não estava certa disso.
-Eu disse que não sabia.
-Troy, o Michael precisa da sua ajuda, ele precisa de você ao lado dele. Eu sei que Michael fez tudo aquilo com você, mas ele estava sobre o efeito da doença. E eu sei que com cuidado e amor que eu sei que sentem tudo vai se resolver. _Eu sabia que era um ato de desespero da sua parte, mas eu sinceramente não conseguia entender que depois de tudo ela pudesse pensar que eu seguiria como se nada tivesse acontecido.
-Jan eu não posso! Não posso simplesmente fingir que nada acontecer e viver ao lado do Michael assim. Eu preciso pensar ok? _Alterei um pouco a voz e ela me olhou surpresa.
-Espero que faça a escolha certa Troian. _Seu olhar era de julgamento e foi doído perceber isso.

Ela saiu de minha presença e eu voltei pra casa. Eu não conseguia parar de pensar nisso nem por um segundo, eu estava pra explodir. Só queria fazer a melhor escolha, a escolha que me fizesse feliz no final.

Meu celular tocou e eu logo o capturei em minha bolsa para atender. Era Ed e eu atendi prontamente ouvindo sua voz que me tranquilizava.

-Oi amor. Como foi lá? _Não sei como e nem porque, só sei que desabei a chorar nessa hora.
Tudo que estava guardando em meu peito explodiu de uma hora pra outra que nem consegui segurar.
-Vem pra cá, por favor? _Pedi.

(...)

20 minutos depois Ed estava em meu apartamento e eu me alinhei em seus braços descarregando toda aquela angustia do meu coração enquanto ele alisava o meus cabelos.

-O que você vai fazer? _Perguntou depois que lhe contei toda a história.
-Eu não sei Ed, não faço ideia. _Me olhou pensativo como se buscasse algo pra me dizer.
-Faça o que o seu coração pedir, só ele vai te indicar o caminho.
-Obrigada.

Ed era um cara muito legal, ele não pensava em si mesmo e dava pra ver o quanto estava triste por mim. Ele havia me dado forças pra escolher o certo deixando bem claro que iria me apoiar seja lá qual decisão eu tomar e consegui respirar aliviada, tendo a certeza que eu podia pensar no certo e fazer o certo, que ainda não sabia o que poderia ser, mas que eu estava segura seja lá qual for.



Capítulo 17


Uma semana se passara desde a descoberta da doença de Michael.
Eu ainda não havia conseguido me decidir.
De um lado estava meu marido, ao qual eu amo absurdamente, mas que me traumatizou de uma forma inexplicável.

Dou outro lado tem Ed, um espécie de porto-seguro, companheiro, que está pronto para me dar estabilidade.
Michael não reage. O médico disse se tratar de uma doença muito emocional, e nesse momento, a minha indecisão está deixando o homem que eu amo cada dia mais afundado na depressão.

Eu não aguento mais essa pressão, eu preciso de paz, preciso cuidar um pouco de mim mesmo, por que minha vida virou um inferno e eu não sei como fazer para trazer de volta a paz para ela.

(...)

- Precisa comer, meu bem – Insisti pela décima vez.

Estava sentada ao lado de Michael, vendo-o praticamente imóvel, pálido e triste.

- Não tenho fome, Troy – Disse em um fio de voz.
- Bem, se comer prometo que passarei a noite aqui com você, vamos dormir juntinhos. Hum, o que me diz? – Tentei parecer alegre.

Ele se arrastou pela cama, sentando-se.

- Eu vou comer, só para não vê-la assim, mas não precisa dormir aqui por isso. Você tem a sua vida, vá vive-la.
- Não fale assim – Larguei o prato em cima da mesinha e me sentei ao seu lado – Eu não quero viver e saber que você está assim. Não posso – Minha voz falhou e as primeiras lágrimas começaram a molhar meu rosto.
- Não chore por mim, no fim das contas nem vale a pena – Ele inclinou-se e me deu um beijo na testa – Eu sei o que minha doença causou, Troy... Eu sinto que ela destruiu nosso casamento, e a culpa não deixa de ser minha. Eu deveria ter achado estranho meus rompantes, ter procurado um tratamento, mas não – Ele fechou os olhos, como se aquelas palavras doessem para sair de seus lábios – Não vou culpa-la se for, a amo e quero que seja feliz.
- Não – Agarrei-me a ele – Você precisa ter forças, querer lutar... depende de você, meu bem. – Ele sorriu triste.
- Vamos parar com essa conversa. Me passe o prato, vou tentar comer.

Fiquei em silêncio, observando-o lutar para comer. Quando terminou me entregou o prato e deitou-se, voltando sua atenção para a televisão. Me aconcheguei nele e fiquei ali, acariciando, até sentir sua respiração ficar serena e ele dormir.

Eu, pelo jeito, não teria a mesma sorte, pois não me sentia nem um pouco cansada.
Acho que era hora de tomar decisões, eu não poderia mais viver assim.

Me levantei, cuidando para não acordá-lo, e fui procurar pelo médico que estava responsável pelo caso.

- Boa noite, doutor, desculpe incomodá-lo, provavelmente já está de saída. – Ele sorriu simpaticamente.
- Não se preocupe, Troian, entre – Me sentei a sua frente.
- Gostaria de saber a quantas anda a doença do Michael. Apesar dos remédios e da terapia, não tenho notado nenhuma melhora, pelo contrário. – Ele suspirou pesadamente, antes de responder.
- Ele não tem melhorado. Conversei com mais dois colegas, especialistas no problema dele, e achamos que a medida certa a se tomar é leva-lo de volta para sua rotina. Uma pessoa que sofre desse distúrbio, Troian, não pode entrar em uma depressão tão profunda quanto a dele. Isso pode trazer riscos para a vida dele. Se o Michael colocar na cabeça que a vida não é boa o suficiente para ele viver, ele pode tentar se matar... E infelizmente não é algo que se possa evitar com remédios ou terapia. Alguma coisa tem de animá-lo, e logo. – Assenti, me levantando.
- Eu agradeço pelas explicações, doutor – Apertei sua mão e saí dali o mais depressa possível.

Encontrei Janet no corredor, e pedi para ela cuidar de Michael, que não o deixasse sozinho.

Assim que entrei em meu carro, as lágrimas vieram em abundância. Eu chorei, chorei por tanto tempo que nem me dei conta e só parei quando meu celular vibrou.

- Oi Ed – Disse com esforço.
- Troy, está chorando novamente, querida? – Sua voz doce e gentil só me fez querer chorar ainda mais.
- Posso ir até a sua casa, agora?
- Claro, está em condições de dirigir?
- Sim, eu vou me acalmar.

(...)

Ed me abraçou forte e me deu um beijo casto nos lábios quando eu acabei meu discurso.

- Eu te entendo, Troy, mesmo – Ele sorriu para mim – Você é uma mulher maravilhosa, e sei que jamais encontrarei alguém como você. Mas seu coração nunca foi meu. Talvez chegasse a ser com um tempo, mas sei que éramos mais amigo do que qualquer outra coisa. Viva sua vida, transforme o seu ex marido no que você me disse que ele sempre foi. Você pode, eu sei.
- Obrigada, Ed... muito obrigado.

Ficamos mais um tempo conversando. Ed me preparou um jantar e bebemos um pouco de vinho. Não sei em que momento, mas cochilei, e quando abri meus olhos novamente já era dia claro e eu estava em seu sofá.

“Não tive coragem de acordá-la. Precisei ir trabalhar. Tem café na mesa, coma alguma coisa antes de sair. E se precisar me ligue, a qualquer hora. Bjs, Ed”

Sorri diante de tamanha gentileza. Ed seria uma amigo que levaria comigo para sempre, com certeza.
Comi um pouco de seu café e voltei para a estrada.

Minha próxima parada foi na empresa, a qual eu não frequento desde que descobri a doença de Michael. Lá conversei com o senhor Matarazo e lhe comuniquei que estava fora da empresa, e apesar de amar tudo aquilo, não pretendia voltar.

No caminho de volta para a clínica pensei em como poderia convencer o Michael de voltar para casa. Eu precisava fazer isso, precisava colocá-lo de volta na rotina... E bem, eu precisava conseguir mais uma coisa com ele. E que Deus me ajudasse.


Capítulo 18


Finalmente Michael e eu estávamos em casa, e olhar pra aquele lugar depois de tudo que houve me fez senti um misto de sentimentos. Mas não era mais hora de pensar no passado e sim seguir em frente e eu seguiria ao lado do homem que eu sempre amei.

Deixei Michael deitado na cama enquanto avisei que iria tomar um banho rápido. Ele não fazia ideia do que eu faria, estava tão sereno e despreocupado, como se conformasse que entre a gente não haveria mais nada. Só que estava errado, redondamente errado.

Demorei mais ou menos uns 20 minutos pra tomar banho, simplesmente porque estava pensando. Era óbvio que eu tinha receio de que a doença de Michael pudesse faze-lo agir da mesma forma de antes, mas não adiantaria nada eu me afastar, isso estava o piorando e além do mais eu amava o meu marido. E eu tinha esperanças de que tudo seria como antes, se eu fizesse o que estava planejando fazer.

Me sequei com a toalha que estava envolta do meu corpo sem deixar de olhar para o espelho, um sorriso sincero apareceu em meus lábios depois de muito tempo.

Depois vesti uma lingerie de cor vermelha, nada muito extravagante, mas bem sensual. Coloquei um hobby por cima e caminhei até o nosso quarto onde Michael deitava.

Ele dormia tão sereno que dava pena de acorda-lo, mas eu precisava. Agachei ficando de joelhos ao seu lado e caminhei dois dedos por seu corpo até chegar em seu lindo rosto. Meu marido é lindo e isso não posso negar.

Acariciei seus lábios bem devagar até que ele acordou.

-Troy? _Sussurrou.

-Acorde meu amor. _Fiquei de pé o fazendo olhar para o modo que eu estava vestida e Michael ficou hipnotizado, mas um pouco confuso.

-Mas o que... _Ele riu agora mordendo os lábios de leve, ainda sem entender, mas feliz.

-Faça amor comigo? _Ele me olhou agora sério.

-Você tem certeza? Não irei força-la a nada Troy eu não quero mais nada disso.

-Ei, você não vai me forçar a nada. Não foi sobre pressão que eu entrei no nosso banheiro tomei um banho, coloquei essa lingerie e usei o seu perfume favorito. _Ele riu de novo mordendo os lábios.

-Não quero nada daquilo Troy, aquela vida em que vivíamos depois do casamento. Eu me tornei um bicho, por causa dessa doença. Me desculpe meu amor. _Eu não pretendia ouvir desculpas, e nem lamentos eu só queria estar com ele mais uma vez, mas se Michael tinha essa necessidade tudo bem.

-Não teremos mais, eu cuidarei de você e tudo vai voltar como era antes.

-Não tem medo? _Abaixei minha cabeça tentando reunir algum tipo de resposta pra dar a ele naquele momento.





-Não. _Falei convicta certa do que eu falava. -Eu amo você, sempre amei e acredito que tudo vai voltar a ser como era antes. _Ele riu.

-Oh Troy! _Murmurou emocionado. -Eu prometo, prometo que nunca mais vou ser ciumento, possessivo, que nunca mais vou bater em você.

-Eu sei. _Minha voz falhou, pela intensidade da emoção do momento. -Eu confio em você tudo bem?

-Obrigado meu amor, muito obrigado.

Michael levantou da cama pra ficar próximo de mim, tomei seus lábios em um beijo calmo que aos pouco se transformavam em algo mais intenso e suas mãos envolviam o meu corpo o acarinhando com cautela. E naquele beijo eu percebi tantas coisas.... O Michael que eu amei estava de volta ali pra mim, e eu sabia que tudo daria certo se eu estivesse ao seu lado. Eu não poderia simplesmente deixar Michael justo quando ele mais precisava, eu tinha que estar ao seu lado e se Deus ajudasse engravidar logo dele. Para que ele voltasse a ser feliz de novo e quem sabe essa doença seria um coisa pequena diante da vida linda em que teríamos daqui pra frente.
Retirei sua camisa já beijando o seu peito por inteiro até o umbigo, vi suas mãos abrindo o fecho do meu sutiã e assim que meus seios se encontravam expostos ele os pegar e logo beija-los de um por um.

-Eu amo você Troy!

-Eu também amo.

Me deitei na cama o vendo tirar sua calça e vim pra mim. E quando estávamos completamente nus, nos amávamos sem parar de nos beijar. Sentia Michael ir até o fundo me dando os melhores do prazeres, seus olhos me olhava com ternura, suas mãos me davam carinho, seus lábios me mostravam o quanto ele me amava. E ali era o nosso recomeço, marcava a nossa união e amor que apesar de tudo ainda existia e sempre iria existir.

Nossos corpos suados mostrava o quanto estávamos entregues a nossa união e eu estava certa assim que que senti seu líquido me preencher de que uma nova vida poderia vim.


Capítulo 19


Já havia se passado quase um mês desde a volta de Michael para casa, as coisas haviam melhorado um pouco, mas Michael ainda parecia deprimido.

Continuava o tratamento com os remédios e as visitas aos terapeutas, bem, ele estava melhorando, era nítido, mas ainda não era aquele homem que sempre fora.

Kathe e os demais familiares passaram a nos visitar todos os finais de semana. Não tocamos mais no assunto da sua doença, foi uma dica que um dos psiquiatras nos deu.


Ed me ligou a uma semana atrás, dizendo que voltaria para sua terra natal.
(...)

- Meu amor, o jantar está na mesa, não vem? – Gritei, pois ele estava no quarto.

- Já desço – Respondeu-me.

Nossa conquista da semana havia sido conseguir com que ele voltasse para o trabalho. Recomeçava na segunda. Por isso preparei um jantarzinho e depois namoraríamos um bocado antes de dormir.

Michael desceu as escadas, vestindo apenas a calça do seu pijama preto.
Encarei-o encantada, ele era tão lindo... E eu o amava tanto! Faria qualquer coisa para vê-lo totalmente recuperado.

- O cheiro está ótimo, querida – Ele me deu um beijo carinhoso na bochecha e foi se sentar à mesa.

- O seu cheiro também – Murmurei, aproximando-me dele.

- Está tentando me provocar, mocinha? – Ele me puxou e cai em seu colo, em meio a risadas – Pois saiba que está conseguindo – Michael desceu seus lábios sobre os meus, com fome, com gana. Ele não me beijava assim havia um bom tempo.

Segurei sua nuca com força e me grudei ainda mais a ele. Quando um gemido me escapuliu por entre os beijos ele se afastou.

- Mas antes, vamos jantar... estou faminto.

- Estraga prazeres – Brinquei, me levantando. De repente tudo ao meu redor girou, e tive que me apoiar nele para não cair.

- Troy – Michael levantou-se as presas e me amparou – Você está bem, amor? Sente-se aqui – Ele me ajudou a sentar, e a tontura foi passando.

- Estou bem, meu anjo – Acariciei seu rosto, que estava com uma expressão de preocupação – Só levantei rápido demais.

- Já é a segunda vez que isso acontece essa semana, Troy, não é normal – Ele foi até a cozinha e voltou de lá com um copo de água. Tomei um gole do líquido e sorri para ele, tentando acalmá-lo. – Isso só pode ser culpa minha! – Disse, parecendo bravo.

- Não, Michael. Pare já com isso.

- Mas é verdade. Veja só você, parou toda a sua vida, largou seu trabalho, não te vejo mais fazer nenhum curso, nem saí mais para ver suas amigas. Tudo isso pra cuidar de mim. Desse cara idiota que vivia se declarando, mas que te encheu de porrada na primeira oportunidade. Deveria ter ódio de mim, sair por aquela porta e nunca mais voltar...

- Hey – Gritei, parando-o – Se larguei tudo, se ainda estou aqui é por que te amo. Você não é esse idiota que me encheu de porrada, sei que não é. Você não estava respondendo pelos seus atos... Por que eu sei, hoje eu sei, que o meu Michael, aquela cara bondoso e gentil por quem eu sempre fui apaixonada jamais me magoaria de forma nenhum. Mas abe o que me dói nesse momento? É saber que nenhum dos meus esforços estão dando em nada. Você continua a se depreciar... Poxa, faz um esforço por mim, levanta a cabeça e traz de volta o meu Michael, por que eu posso não ter te largado, mas juro por Deus, que se você continuar com isso, eu vou embora. – Me levantei e sai correndo escada acima.

- Troy, espere – Ainda ouvi-o gritar, mas ignorei.

(...)

Acho que a briga que tive com Michael a uma semana atrás, serviu-lhe muito bem de alerta. Ele já havia mudado bastante desde então. Voltara ao trabalho e sempre chegava em casa sorridente, quase todas as noites me entregava algum mimo e acabávamos fazendo amor enlouquecidamente.

Eu estava muito feliz... e também muito doente. Bem, eu desconfiava que não fosse uma doença, mas Michael achava que era.

Minha menstruação já estava atrasada uma semana, e os enjoos e tonturas estavam mais frequentes agora. Até fiz um teste desses de farmácia ontem, e ele deu positivo, mas não contei ao Michael. Se por um acaso fosse engano, eu não poderia frustra-lo a esse ponto. Mas hoje eu teria a certeza, fiz um exame de sangue e no final da tarde Janet me traria o resultado.

- Troy, tem certeza que está melhor? Você vomitou de novo ontem à noite.

- Estou bem, foi só um mal-estar – Sorri.

- Não quero saber, se isso acontecer hoje novamente, te arrasto para um hospital.

- Está exagerando – Me levantei para ajudá-lo com o nó da gravata – Está lindo – Beijei seus lábios e finalmente ele pareceu se acalmar um pouco.

- Promete que vai me ligar se senti qualquer coisa?

- Prometo – Revirei meus olhos – Agora vá, ou irá se atrasar.

(...)

Janet e eu pulávamos abraçadas no meio da sala, feito duas doidas. Acabamos de abrir o exame e de confirmar as minhas suspeitas. Estava grávida de 4 semanas.

- Meu Deus, Troy, o Michael vai ficar tão feliz quando souber – Janet disse, quando conseguimos parar de pular e gritar.

- Sei que vai – Sorri, alisando minha inexistente barriga.

- Eu tenho tanto que te agradecer. Nós todos da família temos – A voz dela embargou – Nenhuma outra mulher passaria pelo que você passou e depois agiria da forma como está agindo. Você largou tudo pelo meu irmão, para vê-lo curado e feliz outra vez. Você deixou de lado seus traumas e suas mágoas depois do que aconteceu, para cuidar dele...

- Eu fiz e faria tudo de novo, por que quando se ama de verdade, a felicidade do ser amado está acima da nossa... E quem disse que também não estou feliz? – Sorri – Sabe Jan, eu lutei tanto para fazer isso ou aquilo, arrumei um monte de briga por isso, mas no fundo sou muito mais feliz assim, agora... E depois dessa criança serei ainda mais, tenho certeza.

- Que criança, amor? – Michael que acabara de entrar, largou sua maleta no sofá e caminhou até mim, dando-me um beijo – Está melhor?

- Muito melhor – Sorri, abraçada a ele.

- Oi Jan, fico feliz que veio fazer companhia a Abelhinha. – Janet riu do apelido.

Meus olhos tornaram-se duas poças de água. Ele nunca mais havia me chamado assim. Os irmãos continuaram a conversar e eu comecei a chorar feito uma boba.

- Troy? Oh meu Deus, o que foi, Abelhinha, está sentindo alguma dor? – Balancei a cabeça em negativa.

- Só... é só que você nunca mais tinha me chamado assim. – Michael me olhou de cenho franzido.

- E só por isso você está chorando?

- Relaxe, maninho, é normal na situação dela. – Janet me deu um abraço e também abraçou o irmão. – Vou deixar vocês conversarem.

- De que situação a Janet está falando, pelo amor de Deus Troy, me fale?




Capítulo 20



Ele estava tão preocupado e eu tão feliz que nem sabia por onde começar. Era uma mistura de ansiedade com ter cautela de como falar. Michael ficaria muito feliz disso eu não tinha dúvidas.

-Fale Troy. _Sorri com ternura, com lágrimas já se formando em meus olhos pela emoção de finalmente dar essa notícia ao meu marido.
-Eu estou grávida. _Falei baixinho vendo fazer uma expressão de surpresa. Sua boca abriu levemente e seus olhos se arregalaram, notei também que já formavam lágrimas.
-É sério? Está esperando um filho meu é isso?  
-Sim meu amor, sim.
-Oh Troy! Oh meu amor. _A felicidade estava estampada em seus olhos, e Michael agachou-se diante de mim para acariciar minha barriga. -Tudo irá ser perfeito  meu amor eu te garanto seremos ainda mais felizes. _Ele prometia com tanta veemência, e eu sorri sabendo que tudo aquele meu esforço que tudo que eu planejei pra salvar tudo que tínhamos havia dado certo.
-Seremos sim Michael, seremos. _Fui pega no colo e ele me rodopiou com entusiasmo.
-Você me faz o homem mais feliz do mundo. _Nos beijamos selando a nossa pequena família que estava prestes a começar.

(...)

Sete meses depois...

Estava eu caminhando um pouco pela vizinhança com a minha cunhada Janet quando vi Ed por ali, e ele se aproximou.

-Como vai Troy? _Disse ele com um sorriso no rosto.
-Estou bem, obrigada. _Retribui o sorriso.
-Troy querida esperarei por você ali naquela pracinha ok? _Janet disse apontando para o lugar. Ela percebeu que precisávamos ficar a sós. Assenti.
-Que barrigão hein? _Comentou ele e eu passei a mão em minha barriga sorrindo.
-Sim, estou tão feliz.
-Fiquei sabendo sobre sua gravidez alguns dias e fico muito contente Troian. E Michael, como ele está?
-Michael está muito melhor Ed, finalmente as coisa estão entrando nos eixos. Está ocupado planejando o quarto do bebê, as roupinhas do bebê, em fim tudo do bebê. _Sorri. -Ele está adorando fazer tudo, a mente está ocupada e é maravilhoso vê-lo feliz e não tão depressivo com antes. Ele está tão mudado.
-Fico feliz por isso Troy, você merece toda a felicidade do mundo. Você, seu marido e seu bebê..._Deu uma pausa olhando para mim com um sorriso ainda no rosto. - Bom eu vou indo, preciso... _Olhou para uma loira que estava perto de seu carro deduzi que estava com ele. -Preciso levar minha noiva pra casa.
-Nossa que alegria Ed! _Com certeza fiquei feliz por ele, completamente, Ed merecia tudo de bom. -Fico muito feliz.
-É, você sabe como é. Um homem precisa de uma família.
-E você merece com certeza. _Ele sorriu.
-Bom preciso ir. Seja feliz Troian. _Senti um beijo cálido em minha testa e ele ir embora.

Sorri pensativa sabendo que a vida era bela, que as lutas e frustrações da vida só servem para que no final de tudo saibamos dar valor a cada momento, que saibamos que no fim de cada momento ruim sempre tem a paz e a felicidade, e esses sim era a maior parte.

Caminhei ao encontro de Janet.

(...)

Estávamos  os três juntos em volta da lareira naquela noite de frio. Eu, Michael e o pequeno Bryan que tinha cinco anos de idade agora. Nossa família estava tão feliz, tudo estava tão perfeito para nós que eu não desejava mais nada na vida, se desejasse seria muita ambição da minha parte.

Bryan mudou tanto aquele homem, coloriu o mundo dele de uma forma tão especial que parecia que a Michael nunca teve aquela doença na vida. E ele fez tudo que prometeu fazer, cada dia que passava era o homem cada vez mais maravilhoso para mim e eu o amava cada vez mais. É claro que as vezes Michael tinha suas crises, mas o máximo que ele fazia era se agitar demais, estava longe de voltar a ser agressivo e paranoico. Ele mesmo acabava entendendo que era a doença e tratava de fazer algo rapidamente para melhorar. E depois lá estava ele com aquele sorriso lindo nos lábios me fazendo a mulher mais feliz do mundo, me amando e tendo as noites mais quentes que um casal poderia ter.

-Bryan cuidado pra não sujar o tapete com farelo de biscoito meu amor. _Reclamei com ele por está comendo fora da vasilha.
-Oh deixa ele Troy. Se sujar, limpa de novo. _Michael respondeu com aquele tom de pai coruja que adora mimar o filho.
-Ah então você vai limpar. _O desafiei.
-Pois eu limpo. _Levantou a sobrancelhas em um tom divertido. -Faço qualquer coisa, mas deixa o menino ser feliz, vem cá garotão. _Michael pegou Bryan no colo. -Pode fazer qualquer coisa está bem? Papai limpa tudo. _Gargalhei.
-Continue dizendo isso e seu filho vai dar trabalho pra você, e nem me chame ok Sr Jackson? _Michael imitou o meu jeito de falar com mimica de um jeito engraçadíssimo. -Só quero ver quando o outro neném nascer como essa casa vai ser. _Anunciei de uma forma tranquila.
-Ah quando o outro neném nascer a gente vai... _Se interrompeu se dando conta do que eu falava e me olhou depressa. -O que?
-Estou grávida. _Michael abriu um sorriso enorme nos lábios.
-Ouviu isso Bryan? Você vai ter um irmãozinho. _Colocou o menino no chão e começou a pular junto com ele no tapete em uma dança maluca que inventaram no momento eu só sabia rir o tempo todo.

Eu já falei isso e vou falar mais uma vez eu faria tudo de novo, passava por tudo novamente se fosse pra ser assim tão feliz como estava nesse momento. Meu amor pelo Michael e o amor dele por mim e por nossa família alegrava a minha vida completamente.

 

57 comentários:

  1. COontinuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa <3

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  2. Aaiin continuaaa por favoooor ♥♥

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  3. MEU DEUS DO CÉU CARALHO FIC MAL COMEÇOU E JA DEU PRA SENTIR COMO VAI SER.Qual serão os dias de pastagens? CONTINUA.

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    1. Hoje tem capítulos ou capítuulo novo ;)

      E como sempre são as da tay, mesmo esta sendo com a paulinha , continua sendo á segunda, quarta e sexta

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  4. Continua pelo amor de Deus,está perfeito *-----------*
    #Manu

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  5. Eitchaaa
    Continuaa please ♥ to amando ♥

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  6. Capítulos 9 e 10 já postados Boa Leitura

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  7. Nossa cara que isso é o bicho começou a pegar. Continua.

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  8. Eita a coisa ta feia hein
    Continua pfvr...to amandoo ��

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  9. Vão ser quantos capítulos. Continua ta top. :-)

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  10. OMG ela o perdoou :D
    Continua please ♥

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  11. oi meninas chegueiiiiiiiiiii, Boa Tarde ...
    Capítulos12 e 13 já postados, Boa leitura...
    Deixem vossos comentários muito importante para nós e para as autoras, Muito Obg por estarem a acompanhar

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  12. Posta só mais um *______ cara to amando

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  13. Nossa não acredito que ele fez isso de novo espero que agora ele mude.
    Continua.

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  14. Continua XD
    Caramba!Estou chocada! 'O'
    #Manu

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  15. eu postei hoje 2 não sei se viram, obg :)

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  16. Capítulos 16 e 17 já postados.
    Bom meninas é isso, espero que estejam gostando.
    A fic está em sua reta final

    Até mais

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  17. Ai meu Deus continuaa por favor ♥♥

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  18. Continuaaaaa Por Favor To Amando !!!!!!

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  19. Perfeito ;-;
    Tay você e demais. Acompanho todas as suas fics.

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  20. Pronto meninas último capítulo postado, deixem vossos comentários pfv

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  21. Cara perfeito top lindo tudo sério muito linda essa fic amei pena que tudo que é bom sempre acaba mas essa fic ficou muito linda Parabéns vc escreve muito bem vcs podiam fazer um livro cara. Amei amei amei aguardo por mas. ;-)

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  22. Fic perfeita! Como sempre arrasou na escrita da história, parabéns !
    Amei muitão ;)

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