quinta-feira, 29 de outubro de 2020

FanFic: Quando dois corações se pertencem (+18)


Sinopse

Molly é uma linda jovem de uma cidade da Califórnia, onde mora com o pai. Como a maioria dos jovens da sua idade, ela tem uma grande paixão por um ídolo, no seu caso, o ídolo é Michael Jackson. O que essa garota não sonha, ao menos imagina é que por meio de uma proposta de emprego que seu pai recebeu, o destino trará algumas surpresas. Fará questão de aproximá-la de quem ela achou que nem ao menos veria um dia.


Capítulo 1

Molly




Sou Molly Paxton, uma típica garota californiana de 17 anos. Moro em Santa Bárbara, onde nasci e resido atualmente. Não trocaria o lugar por outro nem em um milhão de anos... Apesar de não ser muito grande e badalada como outras famosas cidades da California, Santa Bárbara tem seus encantos. É uma cidade calma, segura, boa de se viver com paz e tranquilidade. Aqui há pessoas hospitaleiras e amorosas, ah e tem o melhor... as praias, da qual sou uma frequentadora assídua, já que uma fica bem perto do colégio e da minha casa. Já virou hábito após sair das aulas, correr para o mar com meus amigos e ficarmos lá até tarde. Tem outra coisa boa de se morar em Santa Bárbara também e esse é o motivo principal. 

Perto das montanhas de Santa Ynez, está localizada a casa de um dos homens mais famosos do mundo e consequentemente meu ídolo favorito, Michael Jackson! O qual sou apaixonada e não escondo isso de ninguém. No meu quarto há fotos dele espalhadas pelas paredes. Bom, espero conhecê-lo um dia, já que moramos bem perto um do outro, apesar da curta distância que nos separa, nunca consegui vê-lo pessoalmente e olha que tentei hein, já fui até os portões de sua casa, fiquei sentada fazendo vigília com vários outros fãs esperando o momento que ele fosse sair de carro ou chegar e ao menos abaixasse o vidro do carro mas nunca acontecia. Enquanto meus sonhos “encantados” não se realizam, acho melhor levantar logo da cama e começar mais um dia. 

Levantei-me da cama e encarei a parede a minha frente. Era mesmo um quarto de adolescente. Como podia haver tantas fotos ali de alguém que eu só havia visto na tv? Com um sorriso bobo fui até uma foto e dei um beijo nos lábios do cantor. O que será que ele estava fazendo nesse exato momento? Será que nos conheceríamos algum dia? Bom... melhor deixar os pensamentos de lado e me aprontar logo. Olhei-me no espelho e fiquei satisfeita com minha imagem. Pratico balé desde os seis anos de idade. As aulas fizeram muito bem para o meu corpo e resultaram em belas curvas. Penteei meus cabelos longos e loiros e após tomar banho e fazer minha higiene matinal, saí do quarto a procura de papai.

Minhas aulas haviam terminado. Acabo de concluir meus estudos e agora era hora de iniciar mais estudos em uma universidade, coisa que meu pai sempre planejou para mim. Como eu havia dito anteriormente, somos só nós dois. Ele me criou sozinho. Minha mãe mora no Brasil. Ela é brasileira e voltou para seu país quando eu tinha apenas 5 anos e desde então nunca mais nos vimos, apenas nos falamos por telefone, algumas vezes em português mesmo, já que ela e papai me ensinaram a língua. O caso deles fora passageiro. Ela veio para os Estados Unidos fazer pós graduação e acabou conhecendo meu pai na universidade que estudavam, começaram a se envolver e do breve relacionamento, eu fui o resultado. Mamãe acabou tendo que se casar com ele para poder ficar mais tempo no país e para que eu nascesse aqui. Eles sempre me contam que quando meu pai soube que ia ter uma filha, nunca deixou que minha mãe voltasse para o Brasil e sumisse comigo em seu ventre. 

Ele e sua família deram todo o apoio e tudo que ela precisava nos anos que ficou aqui. Ela sempre deixou claro que voltaria algum dia para o Brasil e assim o fez quando eu completei cinco anos. A verdade é que antes de conhecer meu pai, ela havia se apaixonado por alguém no Brasil e voltou por causa do homem, hoje eles são casados e vivem muito bem. Mas o instinto dela não estava errado quando ela disse a meu pai que o melhor para mim seria ser criada por ele. Segundo ela eu teria condições melhores de vida morando nos Estados Unidos. Não sei como seria morar com ela, mas devo admitir que minha vida com meu pai é perfeita. Ele sempre me deu tudo que eu precisava, sem contar que é muito inteligente e me ensina muitas coisas.

Sou uma garota que apesar de muito nova, já fiz muita coisa na vida. Faço balé desde os 6 anos e também natação, aulas de teatro, canto e dança que sou apaixonada. Sempre fiz tudo isso no colégio e era uma das melhores alunas e devo tudo a papai que ficava no meu pé para que eu me esforçasse. Ele me ajuda e me dá a maior força em tudo que vou fazer.

Encontrei-o na sala, sentado na poltrona falando ao telefone, a expressão em seu rosto era séria, um vinco se formou em sua testa e eu gritei mentalmente “Não faça isso, vai dar rugas papai” Derrepente um sorriso amplo se abriu em sua face e ele tentava regular sua voz para que não saísse tremula. Fiquei observando-o, meu pai era lindo, eu havia puxado seus olhos azuis, os cabelos loiros podiam ter vindo dele ou de minha mãe mesmo, já que ela também era loira.

Após finalizar a ligação meu pai virou-se para mim e cruzou as pernas. Ele olhava para mim mas não olhava nos meus olhos de fato, parecia aéreo.

- Filha. Acabo de receber uma proposta de trabalho. Mas não é um trabalho qualquer, é um trabalho que irá me pagar muito bem. – Pelo tom de voz dele, estava se esforçando para não gritar, ele parecia feliz mas tentava disfarçar.

- Isso é maravilhoso papai! Que ótima notícia.  – Disse sorrindo, já o abraçando.

- Eu fui convidado a trabalhar como veterinário. – Ele disse após desfazermos o abraço.

Nesse momento não me admirei de que seria esse o emprego, pois papai sempre trabalhou como veterinário, amava animais e me ensinou a amar também. Só não entendi sua empolgação, pois ele iria fazer o que fez a vida inteira.

Ele andou um pouco pela sala e parou em frente à janela encarando o sol da manhã tocar as flores do nosso jardim. 

- Irei trabalhar para alguém muito famoso. – Virou-se e me encarou – E que você adora...

Meu coração falhou em uma batida. Alguém famoso e que eu adoro? Será que é quem estou pensando? Não, não, não seria possível, não posso acreditar!

-P-papai, não diga que...- Gaguejei. Provavelmente eu estava branca como uma folha de papel.

- Sim filha! Sei quem você está imaginando. E sim, é ele. Recebi um convite para trabalhar como veterinário pessoal do Senhor Jackson.

Minha boca secou e um arrepio perpassou meu corpo só de ouvir esse nome.

- Pai, não brinque com isso por favor. – Levei a mão ao peito, meu coração pulsava desenfreado. – É primeiro de abril? Isso só pode ser pegadinha. – Falei tentando regular minha respiração que estava fora de controle.

Meu pai gargalhou, até mesmo se sentou novamente na poltrona para rir. – Não é. E para provar que é verdade, estou indo hoje mesmo ao rancho Neverland para realizar a entrevista. 

Tive que me sentar também. Desabei no sofá ao seu lado com as mãos no rosto. Eu estava em choque, não tinha reação alguma, nem de felicidade e nem de surpresa, simplesmente estava estática.

- Filha... querida, fale alguma coisa? – Meu pai notou meu estado

Tirei as mãos de meu rosto e encarei-o. – Não acredito em nada. Apenas acreditarei quando você chegar da entrevista ou quando você estiver trabalhando em... Neverland, não sei. – Balancei minha cabeça incontáveis vezes - Mas não acredito, e não quero ficar mais aqui, vá logo a essa entrevista papai, antes que eu dê um troço. – Disse já correndo para meu quarto e me trancando lá, as gargalhadas de papai preenchendo a casa.

            ***                   

Pasmem. Papai disse a verdade. Sim, ele iria trabalhar como veterinário de Michael. E pasmem mais ainda, iríamos morar em Neverland. Ele me contou tudo quando chegou em casa. Tínhamos uma semana para ajeitar tudo para nos mudarmos para nosso novo endereço. Os dias seguintes foram uma total correria. A primeira coisa que papai fez foi colocar nossa casa para aluguel. Quem fosse morar lá, teria sorte pois deixamos os movéis, e depois tivemos que arrumar todas as nossas coisas e num sábado de manhã, estávamos entrando em um carro que Michael Jackson mandou para nos buscar. Eu apertava nervosamente as bordas da minha saia enquanto sentia o carro se movimentar pelas ruas.

- Papai, acha que dará tudo certo? – perguntei com a voz trêmula

Papai virou-se e abriu um sorriso pra mim – É claro que sim filha, fique tranquila. – Ele alcançou minha mão e afagou-a fazendo-me sentir seu carinho paternal.

Eu não tinha certeza se daria tudo certo, pois eu tinha medo que assim que entrasse na casa de Michael, eu desmaiasse ali mesmo, em sua frente. Tomei uma lufada de ar e fiz uma pequena oração para que desse tudo certo. 

                                            Capítulo 2 - "Bem vindos à Neverland"



Alguns minutos depois estávamos na frente do portão e após sermos autorizados a entrar, continuamos a viagem. Após seguir um pouco, mais outro portão e depois mais outro... Espera, por que tantos portões? Ah sim, talvez porque ele é o homem mais famoso de todos os tempos e preza pela sua privacidade... O caminho todo eu observei o quanto esse lugar é lindo... Tem verde por todo lado, árvores, flores, jardins e algumas construções de madeira, me sinto entrando em um livro de histórias. Tudo aqui emana magia. Parece um lugar mágico e encantado. 






Avisto a casa principal e é de tirar o fôlego, é uma construção em estilo tudor, parece ser bem aconchegante lá dentro. Eu imagino que ali deveria morar uma família grande com muitas crianças, mas não, ali morava apenas Michael. 



Após sair do carro com a ajuda de papai, caminhamos em direção a casa. Havia uma fileira de empregados nas escadas e fomos recepcionados com um “bom dia” e “sejam bem vindos” em uníssono. Nossa, será que era sempre assim com todos que vinham a Neverland? Achei incrível.

Agora chegou a hora, não tinha mais para onde fugir. Eu estava prestes a conhecer Michael Jackson pessoalmente e após respirar fundo e soltar o ar novamente, entrei pela porta de mãos dadas com meu pai. Quando a porta se abriu, nos foi revelado a maravilhosa entrada da casa, e sim, era como eu imaginava e talvez até melhor, cada cantinho era bem aconchegante. Meus olhos passeavam por cada detalhe, a decoração, as cores, os móveis, tudo era perfeito.




 Ouvi uma voz doce que eu só tinha ouvido na tv até então. Meus olhos se concentraram na imagem de Michael descendo as escadas com um sorriso deslumbrante no rosto. Ele estava muito bem vestido, como um rei e cheirava muito bem. Não percebi o momento que ele terminou de descer as escadas mas já estava em nossa frente nos cumprimentando. Eu “acordei” quando ele direcionou suas palavras a mim.

- Muito prazer, sou Michael Jackson. – Ele pegou minha mão e repousou um beijo. Pisquei algumas vezes e pigarreei, rindo um pouco. Um nó se formou em minha garganta. – E qual seu nome senhorita? – Ele me olhou e eu percebi que só ele estava falando, eu estava sendo indelicada e ainda não havia pronunciado uma frase sequer.

- D-desculpe. – Disse desajeitada. - Meu nome é Molly. – Seu sorriso se alargou.

 Ai, droga. Eu parecia uma idiota, toda nervosa na frente de Michael e ele com certeza percebeu meu estado.

- Molly... É um nome muito bonito. – Disse cortês. Apenas sussurrei um obrigada.

- Bom, sejam bem vindos. – Ele desviou seus olhos negros e profundos dos meus e se direcionou a meu pai. – Sintam-se em casa. E por falar em casa, Frank, o senhor já pode se instalar em sua nova casa, ela fica próxima ao zoológico e Molly, você pode se instalar no quarto que quiser desta casa. Vou pedir a Dorothy que a acompanhe. – Michael disse já acenando para sua governanta.

A senhora elegante veio até mim e após me despedir de meu pai, a segui pelos corredores. Ela fez um tour comigo pelos quartos que estavam disponíveis, mas havia um em especial. Era ao lado do quarto de Michael. Não tive duvidas quanto a minha escolha, seria ali o meu novo quarto. Dorothy era muito educada e me apresentou aos funcionários, além de me mostrar cada cômodo da casa. Eu tinha muito a conhecer, pois em Neverland havia muitas outras casas. Não vi Michael durante o resto do dia. Depois da nossa apresentação pela manhã, ele saiu e não voltou novamente. 

Visitei a casa que meu pai se instalara, era pequena mas muito bonita, eu não podia ficar ali, pois só havia um quarto. Era uma casa especialmente para um funcionário que tinha que viver ali, tinha que estar ali toda hora perto dos animais em caso de possíveis emergências. Papai estava muito feliz e conversamos muito durante o jantar, falamos de como aquele lugar era lindo. No outro dia, ele teria muito trabalho a fazer com os animais, então resolvi deixa-lo descansar e voltei para a casa. Ainda não consigo acreditar que de hoje em diante morarei aqui, é mesmo inacreditável.

Nem em meus maiores sonhos, eu poderia imaginar algo assim. Alcancei o corredor onde dava o quarto de Michael e o meu, era o corredor mais afastado da casa e na entrada do quarto dele, havia duas estátuas de crianças com as mãos entrelaçadas acima da porta. Confesso que fiquei com um pouquinho de medo, mas acho que me acostumaria, pois essas estátuas estavam em muitos lugares do rancho. Olhei para a porta do seu quarto e imaginei se ele já havia chegado e estava lá dentro. Tive vontade de bater na porta, mas o que eu ia dizer quando ele abrisse e se ele abrisse? Não, melhor não. Ainda não nos conhecemos o suficiente. Entrei em meu quarto, ele era mesmo lindo, uma suíte. Tinha um closet, não muito espaçoso mas dava para abrigar minhas coisas, uma janela que dava para o jardim, uma cômoda com uma TV e uma cama grande de casal. Ela era tão macia. Após tomar um bom banho, me deitei nos lençóis macios e cheirosos, pegando no sono em seguida.

Capítulo 3

Michael



Era meu primeiro compromisso esta manhã, conhecer o novo veterinário. Alcancei as escadas andando apressadamente, hoje meu dia seria cheio. Escutei vozes na entrada da casa, abri um largo sorriso. Finalmente encontrei alguém a altura. Recebi ótimas recomendações, Frank Paxton parecia ser o melhor no ramo e cuidaria bem dos meus animais, que considero como se fossem da família. Toquei o corrimão da escada prestes a descer por elas, olhei para baixo e observei o homem alto de olho azuis, por volta de seus 40 anos. Mas espera aí, o que temos aqui? Olhei a jovem ao seu lado, era uma bela moça. Alta também, loira de cabelos longos, o rosto angelical com bochechas coradas, lábios rosados de aspecto macio, olhos azuis profundos, Deus, ela era perfeita... Desci apressadamente as escadas e sustentei um sorriso durante todo o tempo que estive com Frank e Molly, esse era o nome da belezinha. A garota pareceu nervosa e quase não falava, só me olhava admirada com seus olhos grandes. A temperatura de seu corpo abaixou e sua mão ficou gelada quando toquei meus lábios na mesma. Pensei que ela fosse desmaiar.

Passei instruções para que Dorothy acomodasse os dois e saí para resolver algumas coisas no estúdio. Havia finalizado minha turnê BAD há alguns meses e estava em processo de gravação de algumas músicas para o próximo álbum. Cheguei tarde aquele dia e quando meu corpo repousou na cama, a imagem da garota de mais cedo surgiu em minha mente e eu adormeci com um sorriso em meus lábios visualizando sua beleza em meus sonhos.

***

Não parei de pensar nela pela manhã também. Me arrumei como de costume e após o café da manhã saí para fora da casa para esperá-la. Tenho certeza que ela está curiosa para conhecer Neverland e quem melhor que eu para mostrar-lhe tudo, hum? E como eu esperava, notei quando a porta da casa se abriu e ela apareceu.

                                      

Estava linda! Se vestia comportavelmente. Usava uma saia até seus joelhos que não mostrava muito de suas pernas e um casaco fino rosa por cima de uma blusinha branca. As roupas eram simples mas não importa as roupas que vestisse, sua beleza angelical se destacava. Ela desceu as escadas e não havia percebido ainda a minha presença. Estiquei meu braço no momento que ela passou e toquei seu braço. Ela deu um pulinho gracioso de susto e me encarou com os olhos azuis assustados. 

- Bom dia senhorita, espero não tê-la assustado. - Nossos olhos se conectaram e por uma fração de segundos ficamos presos em uma estranha, porém boa, sensação. Molly piscou algumas vezes, desviando os olhos dos meus, direcionando-os para o chão - Não, é... Quer dizer, me assustou só um pouquinho. – Disse embaralhando-se nas palavras.

Peguei sua mão e repousei um beijo quente. A garota se mexeu um pouco.

- O que faz tão cedo aqui fora?. - Perguntei sorrindo amplamente

- Ah, você sabe, eu acabei de chegar e queria conhecer o lugar. Estava saindo para explorar. - Sua boca se movia mas eu não conseguia me concentrar em nada do que ela dizia. Meus olhos passeavam por seus lábios rosados e macios, o que me fez ter vontade de conhecê-los melhor...

- Você está com sorte, está falando com o melhor guia. – Apontei para mim mesmo sorrindo. – Conheço Neverland como a palma da minha mão. Venha, irei mostrar-lhe tudo. - Enlacei sua mãe e a guiei até um carrinho de golfe que estava próximo de onde estávamos. Após nos acomodarmos, dei partida e passamos a manhã assim, eu parando algumas vezes e lhe explicando alguns lugares por onde passávamos. Obviamente não daria para ver tudo em um dia só mas deu para ela conhecer boa parte. A ultima parada foi no parque de diversões. Andamos em quase todos os brinquedos. Omelhor é que ela não tinha medo dos mais altos. A timidez de mais cedo deu lugar a uma alegria que me contagiou. Sua risada doce entrava em meus ouvidos e fazia meu coração acelerar. O ultimo brinquedo era a roda gigante.

- Nossa Michael, é muita coisa para conhecer, esse lugar é imenso! – Disse animada enquanto eu abria a portinha para que ela entrasse no brinquedo. - Estou muito feliz de estar aqui. – Nos sentamos. - Obrigada por ser tão hospitaleiro e me mostrar tudo, eu não poderia querer um guia melhor. Você me falou de cada detalhe desse lugar... impossível alguém conhecer isso tudo aqui mais do que você – Seus olhinhos brilhavam.

- Fico muito feliz que esteja apreciando o passeio senhorita e espero que esteja gostando da minha companhia também. – O brinquedo começou a se movimentar

- É claro que estou Michael. Eu não poderia ter companhia melhor. – Disse Molly sorrindo e uma expressão de arrependimento atingiu seu lindo rosto.

- D-digo, não poderia haver companhia melhor que a do dono do lugar... Foi isso que eu quis dizer.  – Disse calando-se imediatamente e olhando para todos os lados, menos para mim.

Notei seu nervosismo e logo tratei de tranquiliza-la como o cavalheiro que sou. Sorri gentilmente e disse que havia entendido o que ela queria dizer.

Com o ocorrido, suas bochechas ganharam um tom rosado, ela era tão linda, eu estava encantado. Sem conseguir mais manter a distância que procurei manter esse tempo todo que estávamos juntos, me aproximei mais dela. Neste exato momento nossos olhos se conectaram novamente e foi impossível não ficarmos presos na faísca que surgia toda vez que nos encarávamos. Meus dedos tocaram suavemente o rosto de Molly, seus olhos se fecharam, absorvendo o meu toque. Meus olhos encontraram seus lábios, aqueles lábios de aspecto macio, bem contornados e rosados, que agora me convidavam para um beijo. Lentamente aproximei mais nossos rostos e não havia mais como pensar em nada, eu já estava muito envolvido, meus lábios necessitavam conhecer os daquela moça. Foi quando os lábios se aproximaram e se tocaram, primeiramente apenas se roçaram, constatei que eram realmente muito macios. Minha língua pediu passagem, e Molly o deu de bom grado. 

As línguas se encontraram e se deliciaram uma na outra. Um beijo calmo começou, apenas conhecendo a boca um do outro, mas a frequência do beijo logo aumentou e a necessidade de nos tocarmos também. Molly direcionou seus dedos para a minha nuca e suas unhas arranharam levemente o local, fazendo-me arrepiar. Encostei minhas mãos na cintura de Molly e conforme esse beijo ia se intensificando, algo entre minhas pernas ficava duro. Uma de minhas mãos desceu e se infiltrou pela fina saia que cobria suas belas pernas. Passei-a pela coxa de Molly, senti sua pele macia e firme, não me segurei e apertei sua coxa, sentindo a textura da pele, Molly gemeu. Um som gostoso em minha boca. Engoli seu gemido, ficando ainda mais excitado. Quando sentiu minha mão apertar sua coxa, Molly puxou meus lábios e me beijou com mais urgência me fazendo ter certeza que ela estava gostando tanto quanto eu. Minhas mãos já tinham vida própria. Subi a mão por sua barriga e fui subindo até encontrar um de seus seios. Comecei a senti-lo em meus dedos, logo apertando-o com desejo. 

Larguei sua boca e direcionei meus beijos pela pele macia do pescoço. Ela estava de olhos fechados, suspirando, apenas sentindo várias sensações com minha língua em sua pele. Minha mão continuava em seu seio, massageando-o. Rodeei o bico do seio com os dedos por cima da blusa e senti-o endurecer. Porra! Fiquei mais louco ainda ao saber que estou causando reações em seu corpo, assim como ela também está causando no meu. Minha ereção está bem evidente e lutando contra o tecido da calça, quero descobrir mais do corpo dessa moça.  Mas ela parece ser tão nova, talvez pudesse ser até mesmo ainda menor de idade... 

Abri os olhos e percebi o que estava fazendo. Não podia estar fazendo isso, eu nem conhecia a garota direito. Ela era recém chegada em minha casa, filha de um novo empregado, o que ela pensaria de mim? Afastei meus lábios de seu pescoço parando de beijá-lo, notei que o local já estava avermelhado. Estava uma delícia ficar ali com ela, eu não queria ir, mas não podia ser assim. Eu estava cometendo um erro. Imediatamente pedi para que parassem o brinquedo e sussurrando um “desculpe” para Molly, saí andando apressadamente quando o brinquedo parou. Molly ficou lá, sentada e com certeza sem entender o que dera em mim. 

Capítulo 4

Molly

Não o vi pelo resto do dia. Logo a noite já havia caído e resolvi ir me deitar. Olhei para o céu e comtemplei as estrelas através da minha janela e pela milésima vez passei os dedos em meus lábios e sorri abobalhada. Era como se eu tivesse sido beijada pela primeira vez. Eu estava imensamente feliz pelo ocorrido na roda gigante. Só não havia entendido o que dera em Michael para me deixar sozinha no brinquedo daquele jeito.

Na manhã seguinte, me levantei me sentindo ainda muito feliz pelo beijo na roda gigante. Sentir aqueles lábios macios de Michael nos meus, sua língua aveludada duelando com a minha em um beijo intenso. Nos beijamos com tanta vontade e conseguimos dar uns bons amassos naquele brinquedo. Será que teríamos mais momentos como aquele? Espero que sim. Mesmo que ele tenha saído todo esbaforido daquele jeito. Talvez se sentiu envergonhado e achou que era errado o que estávamos fazendo. Eu não sou boba e apesar de ter apenas 17 anos, sei que Michael é mais velho que eu. Michael tem 30 anos. Eu não me importo com sua idade mas talvez ele se importe com a minha.

Melhor deixar os pensamentos de lado. Após me encaminhar para o banheiro e tomar um bom banho, me troquei. Quero sair desse quarto e topar com Michael em algum canto dessa casa.

Eu já estava começando a achar que não ia encontrá-lo. Procurei-o a casa toda e nada. Estava prestes a desistir e voltar para meu quarto, quando ouvi vozes, risos femininos e masculinos vindos de uma sala por que eu estava prestes a passar. Quando olhei para frente tudo pareceu congelar e eu vi tudo em câmera lenta. Michael estava sentado em um sofá com uma mulher em seu colo. Os dois riam e sussurravam no ouvido um do outro. Michael passava sua mão na coxa da mulher de cabelos castanhos e cachos volumosos. Era bonita, devo admitir, e acho que já a vi em algum filme. Ela atacou os lábios de Michael e começaram a se beijar. Ali na minha frente. Meu coração se apertou no peito. Minha respiração ficou suspensa por alguns segundos, as lágrimas invadiram meus olhos.

Eu tinha que sair dali, não queria que me vissem. Mas não foi possível, pois atrapalhada como sou, não vi uma mesinha pequena com um vaso de flor, esbarrei nela quando fui sair apressada e o vasinho caiu espatifando-se no chão. Me apressei e comecei a andar pelo corredor, quase correndo. As lágrimas turvaram minha visão e eu abri a primeira porta que vi. Era a biblioteca de Michael. 



Deixei que as lágrimas rolassem por meu rosto. Apoiei minha cabeça na porta e os soluços me tomaram. Eu não entendo porque estou assim. Não sei o que está acontecendo comigo. Michael me beijou uma vez e hoje encontro ele assim, aos beijos com outra... Não temos nada mas me sinto péssima por ter visto ele com outra um dia depois de ter me beijado daquela forma quente que ele me beijou na roda gigante. Uma voz doce e masculina preenche meus ouvidos me arrancando dos pensamentos e observo a maçaneta sendo forçada. Michael veio atrás de mim, que droga! Ele não pode me ver assim.

***

Michael

Depois que deixei Molly sozinha na roda gigante não parei de pensar nela, no nosso beijo, em meus toques em seu corpo, precisava tira-la da cabeça e eu tinha como fazer isso. Tenho uma namorada, Brooke Shields, convidei-a essa manhã para vir até minha casa. Preciso passar um tempo com ela e não pensar em Molly, nessa linda garota que não para de rondar meus pensamentos. A governanta anunciou a chegada de Brooke, ela estava na sala de visitas me esperando em um lindo vestido preto, curto, justo e sexy. Ótimo, tudo o que preciso hoje. Minutos depois, estava sentado com ela em meu colo. Estávamos nos tocando e começamos a nos beijar, provei seus lábios e lembranças do beijo que dei em Molly pairaram em minha mente. Percebi que esse beijo com Brooke não se compara nenhum pouco com o que eu e Molly tivemos. Brooke e eu largamos os lábios um do outro quando ouvimos o barulho de algo se chocando contra o chão. Era um vaso de flor. Não vi a pessoa, mas os cabelos loiros que chegavam até a altura do bumbum de Molly não me deixaram duvidas que era ela.

Então estava me espiando... Eu podia ter ficado ali com Brooke mas algo me fez afasta-la do meu colo e me levantar. Alcancei Molly no corredor, ela caminhava apressadamente, estava fugindo. Entrou na biblioteca. Chamei-a mas como não obtive resposta, forcei a porta e também entrei. Molly se afastou um pouco e permaneceu de costas para mim, ela parecia tremer.

- Molly... está tudo bem? – Toquei seu ombro e ela se encolheu com o toque. Me aproximei dela, apoiei as mãos  em seus braços e sussurrei em seu ouvido. – Querida, vire-se, o que você tem? – Nem eu sabia porque estava tão preocupado com essa garota, mas algo me fazia querer protegê-la, querer estar perto dela, segurá-la em meus braços...

Ela virou-se e seus olhinhos estavam com lágrimas. Ela havia chorado... Não perdi tempo e segurei seu queixo com firmeza, acariciei-o.

- Nada Michael, não foi nada... – Sua vozinha saiu trêmula

- Espera, você estava na sala. Então você me viu com Brooke?

Ela arregalou os olhos e virou-se novamente caminhando até uma estante de livros.

- Não, do que está falando? – Desconversou

Abri um sorriso travesso. Ela havia me visto com Brooke e estava visivelmente com ciúmes.

- Baby, sei que nos viu. Mas por que está assim? – Fui até onde ela estava, virei-a novamente e segurei seu rosto entre minhas mãos. - Me diga, sentiu ciúmes? – Seus olhos se direcionaram para o chão e seus dentes prenderam o lábio inferior. Aquilo me excitou e novamente me vi tentado a beijá-la. Acariciei seu lábio com meu polegar sentindo a textura aveludada. Sem poder esperar, aproximei meus lábios e passei minha língua pelo seu lábio e chupei-o, causando uma sucção barulhenta. Novamente seu gemido escapou em minha boca, minha língua continuou o passeio até adentrar sua boca e logo estávamos aos beijos. Minhas mãos circundaram sua cintura, seu corpo juntou-se e roçou no meu, seus dedos se emaranharam em meus cachos, apertei ela em meus braços enquanto sentia sua língua dançar com a minha. Eu estava me deliciando tanto em seus beijos que não conseguia sair dali, não conseguia soltá-la e ela também parecia não querer me soltar. Fui parando o beijo com selinhos demorados. Estávamos ofegantes e de lábios inchados, sua bochecha estava corada. Molly abriu um largo sorriso para mim, espelhei seu gesto. Aquela garota estava se tornando algo pra mim. Ao invés de estar nos braços de Brooke, eu estava aqui, beijando ela. O momento se quebrou quando o semblante de Molly mudou. Fechando a cara, ela tirou meus braços de sua cintura, logo se afastando de mim.

- Eu preciso ir Michael. – Saiu batendo a porta

Levei as mãos a cabeça e me joguei na poltrona suspirando com um sorriso satisfeito nos lábios. Alguns minutos depois, fui à procura de Brooke e inventei algo para que ela fosse embora. Eu não estava bem, não queria vê-la, não queria estar com ela. Queria estar com Molly, mas ela enfurnou-se no quarto e não saiu de lá pelo resto do dia. 

Capítulo 5

Molly

No dia seguinte o sol da manhã estava deslumbrante, convidando-me para me bronzear. Após minha higiene matinal, coloquei um biquíni em meu corpo e um roupão por cima. Dei uma olhada pela casa procurando por Michael mas não o encontrei em nenhum canto. Dorothy, a governanta disse-me que ele havia saído bem cedo de casa. Ótimo, pois não queria vê-lo tão cedo depois do que aconteceu ontem. Eu não tenho direito de ficar com raiva de ter encontrado ele beijando aquela mulher, que com certeza é a namorada dele, mas não sei, me sinto estranha. E ele me beijou novamente. hmm, se gostasse tanto da namorada dele não teria vindo atrás de mim. Permito-me me iludir um pouquinho. Um homem como Michael jamais olharia para mim. Olhe só para as mulheres que ele namora. Nunca passaríamos apenas de alguns beijos. Eu sou apenas a filha de um de seus empregados.

Bom, já que estou sozinha nessa casa imensa, resolvi me deitar na espreguiçadeira em frente a enorme piscina de Michael e aproveitar a manhã de sol bronzeando meu corpo. Comecei a espalhar o protetor solar em minhas pernas enquanto aproveitava aquele sol maravilhoso da manhã. Resolvi colocar meus óculos de sol e ficar ouvindo minhas músicas com os fones de ouvido, fechei os olhos e logo estava cochilando.

 Senti dedos tocarem meu braço, abri um sorriso imaginando ser Michael. Imediatamente despertei e tirei os fones e os óculos de sol, vi a figura de um homem parada em minha frente.  O reconheci, era Jermaine, irmão de Michael.

- Que moça mais linda encontrei por aqui – Disse com um sorriso perverso nos lábios.-  Quem é e o que faz por aqui, senhorita?

- Oi... eu sou nova aqui, o meu pai é o novo veterinário do Senhor Jackson e eu sou a filha dele, estamos morando aqui agora. É um prazer conhecê-lo, Senhor Jermaine.- Disse um pouco perturbada com sua presença

- Mas que moça mais educada, o prazer é todo meu. – Disse soltando uma gargalhada começando a passar os olhos descaradamente pelo meu corpo.

- Bom, é melhor eu ir, o sol está ficando forte. – Disse me sentindo incomodada com os olhares daquele homem e sem esperar resposta, vesti o roupão já saindo dali rapidamente.

***

Jermaine mordeu os lábios vendo Molly se distanciar e prometendo a si mesmo que ainda iria ter aquela moça de algum jeito. Ela era muito linda, ele não podia deixá-la escapar.

***

Não vi Michael pelo resto da manhã. Logo após tomar meu banho, saí de meu quarto e não teve como não ficar com vontade de conhecer o quarto de Michael. Fiquei olhando aquela porta com uma vontade imensa de entrar naquele quarto e saber tudo o que tinha lá dentro! Depois de checar o corredor pela terceira vez, caminhei rapidamente até a porta e para a minha sorte, estava destrancada! Adentrei o local e cada vez que meus olhos descobriam uma nova parte, se admiravam mais, assim como quando cheguei a esta casa. O quarto de Michael era enorme, tinha dois andares e sua cama ficava no andar de cima. A parte debaixo era mais como uma recepção onde pessoas como seus amigos e familiares deviam se reunir ali com ele. Vi tudo. O banheiro tinha uma banheira enorme. Cheguei até imaginar eu e Michael tomando banho juntos ali. Ri com meu pensamento. Depois foi a vez do closet. Foi quando vi as roupas de Michael, tinha várias das famosas camisas brancas, vermelhas e pretas que ele tanto usava. Peguei na manga de uma blusa, passei-a em meu rosto, fechei os olhos ao sentir aquele tecido macio, era como se Michael estivesse me tocando. 

Foi quando a porta do closet se abriu e Michael apareceu aparentando estar bravo com minha invasão em seu quarto. Nem consegui proferir uma só palavra sequer pois Michael me pegou pelo braço me jogando diretamente na cama. Olhei-o assustada pois não esperava essa atitude vinda dele, pensei que ele seria mais delicado comigo ou podia estar mesmo bravo! Mas o que aconteceu a seguir me deixou mais impressionada ainda. Eu esperava que Michael fosse me arrastar para fora de seu quarto, brigar comigo ou qualquer outra coisa do gênero, mas além de me jogar em sua cama, Michael começou a tirar toda a sua roupa lentamente na minha frente. Primeiro a camisa, depois a calça, estava sem cueca e seu membro enorme pulou quando ele abaixou a calça. Minha boca abriu-se em surpresa com aquilo. O membro era muito grande, chegava até o umbigo de Michael, tinha veias grossas e brilhava com a excitação que escorria por sua extensão. Minha boca salivou querendo saber seu gosto. Ele veio para cima de mim já se livrando de minhas roupas, e quando dei por mim, já estava montada em cima de Michael que estava deitado e me pôs por cima dele. Ele estava tendo uma visão perfeita de minhas costas, meu bumbum e meus longos cabelos loiros, enquanto arremetia selvagemente contra a minha intimidade molhada, sem dar pausa alguma em suas investidas certeiras e delirantes. Eu sentia cada centímetro daquele membro me preenchendo, me alargando, me possuindo ...era tão gostoso. Era muita loucura, eu cavalgava rapidamente em cima daquele membro sentindo sua grossura atingindo meus nervos sensíveis e gemia deliciosamente enquanto Michael estocava com vontade contra mim apertando firmemente minha cintura e rugindo de prazer. Senti meu mundo girar com as investidas precisas e incansáveis de Michael naquele ponto exato que me dava um prazer delirante. Soltei um longo gemido finalmente chegando ao ápice. 

Capítulo 6



Quando abri os olhos, estava deitada na cama de Michael, sozinha, apertando sua camisa. Me sentei na cama e olhei para os lados. Michael não estava lá e eu ainda estava vestida. A cama estava da mesma forma que encontrei quando havia chegado. Não pode ser... Então tudo não passara de um sonho. Nada havia acontecido!

Tratei de me recompor, coloquei a camisa novamente em seu devido lugar e saí rapidamente daquele quarto.

Tive que tomar um banho frio depois daquele sonho louco no quarto de Michael. Eu precisava encontrá-lo logo ou ficaria louca.

Mais tarde, depois que todos já haviam ido dormir, resolvi descer até a cozinha para pegar um copo de água. Quando estava terminando de beber o líquido, Michael aparece na cozinha. Me assusto ao notar sua presença e quase deixo o copo cair, mas Michael é mais rápido e segura o copo antes que se estilhaçasse no chão. Assim como o vaso de flor do dia anterior.

- Obrigada – Digo um pouco envergonhada sem fazer contato visual com ele. Não nos vimos direito o dia todo e o clima estava estranho entre nós desde o nosso beijo na roda gigante e na biblioteca. 

- Não há de quê – Diz Michael e quando percebo ele está bem próximo a mim, bem próximo mesmo. Olhei para ele e seus olhos estavam grudados em mim e ele tinha aquele sorriso lindo e irresistível. O que me deixou mais nervosa ainda.

- Eu só vim beber água. Não estava conseguindo dormir. - Balbuciei timidamente

- Que engraçado, pois eu também não estava. – Diz Michael sorrindo, fico a vontade para abrir um sorriso também.

- Então eu já vou voltar pro meu quarto. – Viro as costas e penso rápido no que fazer. Eu não quero que essa conversa acabe aqui. Pôxa, fiquei o dia todo esperando uma oportunidade de nos encontrarmos, quero mais tempo com ele. Então decido ser um pouco mais ousada.

- Me acompanha, Michael? – Digo me virando para olhá-lo. Nessa frase há segundas intenções e Michael parece perceber.

Ele pega a mão que estendi para ele, e subimos as escadas bem devagar para não fazer nenhum barulho, e quando já estamos dentro do quarto, não conseguimos mais manter a distância que estávamos tentando manter durante o trajeto. Nossos corpos rapidamente se chocam e os lábios se grudam selvagemente, num beijo cheio de desejo e vontade do que está por vir. Michael aperta todo o meu corpo, anda comigo até uma parede e me imprensa nela, ele coloca minhas mãos para cima e as junta, me prendendo. Com a outra mão, ele invade a blusa do pijama, entrando e sentindo a minha pele quente. Seus dedos encontram meus seios e começa a apertá-los numa deliciosa massagem. Beijo-o com mais vontade enquanto ele brinca com os bicos dos seios, fazendo-os ficar intumescidos. Tento gemer baixo, mas é impossível com as sensações que ele está causando em meu corpo, principalmente no meu baixo ventre, meu clitóris já vibra de excitação molhando a calcinha.

Até que somos interrompidos por batidas na porta do quarto. Paramos subitamente o beijo e nos entreolhamos. Quem seria à uma hora daquelas?

- Será que é meu pai? - Sussurro

- Não sei, não faço ideia quem poderia ser essa hora – Diz Michael tirando sua mão de dentro da minha blusa e se afastando do meu corpo.

- Faça o seguinte, vá para o meu banheiro e fique lá, quando você puder sair, eu aviso. – Instruo.-  Ajeito a blusa amassada e mais recomposta, me preparo para abrir a porta do quarto quando vejo que Michael entrou e fechou a porta do banheiro.

- Boa noite linda moça, vim lhe fazer uma visitinha – Disse Jermaine com uma voz grotesca quando finalmente abri a porta. Meus olhos se arregalam.

Me afasto andando para trás até cair sentada na cama com o susto que levo. O que esse homem quer no meu quarto uma hora dessas?

 – Olha, já é bem tarde e não é apropriado para uma moça como eu receber uma visita sua a essa hora. Retire-se do meu quarto, por favor. – Peço tentando disfarçar o pavor que estou sentindo.

- Ah, mas ninguém vai saber que eu estive aqui. Eu faço questão de deixar a sua noite bem mais interessante querida – Diz Jermaine com uma voz baixa de dar medo, se aproximando – Vem aqui, vem belezinha. - Eu fiquei tão nervosa com a situação que não tive reação quando o vi se deitar sob meu corpo. Eu não acreditava no que estava acontecendo, esse homem ia fazer alguma coisa ruim comigo e eu não conseguia nem gritar por ajuda. Fechei meus olhos e quando os abri pensando que seus lábios iam se colar aos meus, Jermaine é puxado por alguém e jogado com força no chão. Michael começa a dar uma sequência de socos no rosto dele, tirando sangue de seu nariz. Observo tudo horrorizada e paraliso mais. Não sei o que fazer, tenho que impedir Michael de cometer uma loucura, resolvo me meter na briga tentando chamar a atenção de Michael

 - Michael, pare, vai matá-lo! – Peço chorosa.

Jermaine consegue se afastar de Michael, limpa o sangue do nariz e me olha acusadoramente. – Sozinha, é? O que um homem faz em seu quarto a essa hora da noite? – Acusa, apontando o dedo para mim - Michael, todos vão gostar de saber disso! - Jermaine diz venenoso

– Não lhe interessa o que faço ou deixo de fazer. – Michael caminha pisando duro até o irmão - Escute pois irei dizer uma só vez – O semblante de Michael é sombrio nesse momento e até eu fico assustada. - Se você importuná-la mais uma vez, ou contar do que aconteceu aqui pra alguém, eu acabo com você, Jermaine, e você sabe que eu faço! Sai desse quarto agora e não volte nunca mais a entrar nele! – Michael diz furioso. Uma fúria que talvez nem mesmo Jermaine jamais tenha visto em seu irmão.

Jermaine cambaleia até a porta com o sangue escorrendo no rosto e ameaça com ódio: - Isso não vai ficar assim Michael, vocês dois vão me pagar! - Ele finalmente sai, a porta bate com um baque.

Michael vem apressadamente até mim que estou no chão em lágrimas. Ele pega meu rosto com as mãos, começando um carinho e limpando minhas lágrimas

- Desculpe por isso, eu não podia deixar que ele lhe fizesse nada.- A fúria de momentos atrás dando lugar a sua voz suave novamente.

– Eu estava ouvindo tudo do banheiro e quando notei o que aquele desgraçado pretendia fazer com você, eu fiquei louco de ódio. Eu não sei o que eu seria capaz de fazer se ele tocasse um dedo em você. – Diz Michael ainda com raiva mas ao mesmo tempo preocupado

- Eu agradeço Michael. Não quero nem pensar o que teria acontecido se você não estivesse aqui hoje. E peço desculpas por estar assim. – Digo tentando me acalmar. - Eu só fiquei assustada, nunca imaginaria que aconteceria uma briga aqui. Não sei nem o que pensar Michael. – Cubro o rosto com as mãos, envergonhada pela situação.

- Venha, vou levá-la para se deitar. – Michael me pega pelo braço delicadamente me ajudando a levantar e me conduz até a cama. Eu pensei que ele ia me deitar na cama e sair, mas tive uma surpresa um tanto boa, quando o vi se deitar também, e após nos cobrir com o lençol, colocou a minha cabeça em seu peito e começou uma leve carícia em meu rosto e cabelos que me fez fechar os olhos e aproveitar aquele carinho gostoso.

– Você está em choque, mas não se preocupe, eu vou ficar aqui até você dormir. Eu não vou deixar que ele volte aqui para assustá-la. Vai ficar tudo bem meu anjo. – Michael falou com a voz afável, me deixando mais calma.

Sorrio um pouco me sentindo protegida e aproveito o calor gostoso do peito dele e me aconchego mais ao corpo de Michael. Alguns minutos depois me deixo ser tomada pelo sono e adormeço em seus braços. Eu nunca havia dormido tão bem em toda minha vida. Me sentia em paz e protegida. 

Capítulo 7

Michael

Depois de alguns minutos, percebo que Molly adormeceu. Fico a observar o doce rosto da menina que ressona serenamente em meu peito. Pretendia sair quando Molly dormisse, trancar a porta e jogar a chave por debaixo da porta. Mas sem poder aguentar, minhas pálpebras pesaram e caí em um sono profundo. Acordei quando os raios solares já começavam a adentrar o quarto pela janela. Eu havia dormido com Molly. Na cama dela. Resolvo sair antes que os empregados comecem a andar pela casa e percebam algo. Tiro delicadamente a cabeça de Molly do meu peito e aconchego-a na cama. Observo da porta a menina ainda dormir e com um sorriso finalmente deixo o quarto.

Após um bom banho, me surgiu uma brilhante ideia. Eu estava pensando em algo que distraísse Molly do acontecido de ontem. Queria deixá-la mais leve, mais tranquila. Ela ainda pode estar mal. Enquanto eu esmurrava a cara de Jermaine me passou pela cabeça que eu pudesse a estar assustando. Naquele momento uma necessidade por protegê-la daquele ordinário me tomou. Eu nunca perdoaria Jermaine se fizesse algo com Molly, se a machucasse. Então não tive escolha, parti para cima dele e fiz o que tinha que ser feito. E que ficasse bem longe dela pois eu não mediria esforços para fazer o que prometi.

O importante agora é ver como Molly está e chamá-la para tirar umas fotos. É isso, vou fotografá-la. Amo tirar fotos de coisas, de pessoas e hoje ela será minha modelo, assim ela se distrai e passamos um tempo juntos. Ah... essa garota está mexendo comigo. Quando a beijei na roda gigante estava decidido a ficar distante o máximo que pudesse, mas não consigo, não depois dos beijos e toques que continuamos trocando. E agora passo o tempo procurando pretextos para vê-la.

Dei duas batidas na porta de seu quarto. Demorou um pouco. Quando abriu, Molly mal colocou a cabeça para fora da porta, ainda estava assustada, pobrezinha.

- Que bom que é você! – Seu sorriso iluminou seu rosto, ela me puxou e fechou a porta quando eu já está dentro do quarto.

- Eu tenho um convite a te fazer – Começo a dizer com um sorriso brincalhão

- E o que é? Seus olhos curiosos me rondaram

- Tem uma coisa que tem que saber sobre mim. Eu adoro tirar fotos de tudo que possa imaginar, inclusive de pessoas e garotas bonitas como você. – Sorrio maliciosamente e a contemplo ficar tímida, com aquele tom escarlate em suas bochechas. - Então tive a ideia de convidá-la para ser minha modelo. O que me diz?

- Que grande honra ser fotografada por Michael Jackson! Eu aceito. – Solta empolgada após pensar um pouco

- Me encontre na garagem em meia hora – Lhe lanço um olhar sedutor logo saindo pela porta.

Como combinado, exatos trinta minutos depois, Molly surge na garagem onde eu já a esperava. Sorri ao vê-la. Ela estava vestida em um sobretudo, que escondia algo embaixo.

- Está atrasada mocinha – Disse admirando-a e tentando olhar furtivamente por alguma brecha do sobretudo.

- Eu sei, mocinho! – Ela arqueia uma sobrancelha ficando fodidamente sexy. Os lábios pintados de vermelho se abrem em um sorriso provocante. - Se importa se eu tirar as fotos com essa roupa? – Dizendo isso, ela abre o sobretudo e deixa–o cair no chão. E o que vejo em minha frente faz o ar em meus pulmões ficar escasso. Seu visual compunha espartilho, cinta liga, uma calcinha e sutiã bem pequenos que deixaram seus seios mais evidentes e saltos. Seus olhos e boca bem marcados, os cabelos soltos somaram-se e resultaram em uma ereção que não tive condições de controlar. Ela veio mesmo disposta a me provocar.

Me encontro paralisado com sua imagem a minha frente. Meus olhos percorrem todo o seu corpo dentro daquelas roupas sensuais. Ela também olha para o meu corpo, desce os olhos até minha ereção e noto seu sorriso malicioso e travesso se alargar. Desço minha mão e passo levemente em meu membro na tentativa de acalmá-lo. Ela percebeu que me deixou excitado e estava se divertindo com isso. Ela que me aguardasse, não iria deixar barato para ela nessa sessão de fotos.

- Bom, você é a modelo, não importa o que vai vestir contanto que fique a vontade. – Digo um pouco mais recomposto já pegando a câmera para começar as fotos.

Em 20 minutos já tínhamos tirado várias fotos e em todas elas, Molly fazia questão de fazer poses sexys em cada foto. Seu olhar era carregado de luxúria. Eu estava quase jogando a câmera pelos ares e agarrando-a ali mesmo.

- Venha até esse carro e vamos fazer umas fotos nele. - Pedi não deixando de olhar seu traseiro avantajado quando ela passou por mim.

Tiramos umas fotos em frente ao meu royalty. Ela resolveu entrar dentro do carro, onde mais fotos foram tiradas. Foi quando ela teve a ideia de ir para a parte de trás do carro enquanto fiquei na frente, tirando mais fotos. Percebi que um fio de seu cabelo estava desalinhado e resolvi arrumar. Quando toquei no fio posicionando-o atrás de sua orelha, nossos olhares se encontraram e se prenderam um ao outro, fazendo com que entrássemos naquele transe onde não conseguimos controlar nossas ações. Fui para a parte de trás do carro onde ela estava e procurei seus lábios, onde iniciamos um beijo, um beijo que eu estava com muita vontade de dar desde que a vi com essa roupa provocante. Como já de costume, o beijo começou calmo mas logo foi se tornando mais apressado, com mais vontade, com mais desejo. Me deitei por cima de seu corpo e comecei a explorá-lo com as mãos. Molly se agarrava a mim e me beijava com vontade, sugando minha língua, meus lábios, querendo tudo de mim. Minha ereção novamente se avolumou, rocei-a em sua barriga. Eu estava excitado com o nosso beijo e ela também não estava diferente. Estava tão envolvido que só queria fazer o que meu corpo ordenasse, queria fazê-la minha ali mesmo. Agarrava-a por todas as partes, mas Molly resolveu estragar meus planos, parando o beijo abruptamente. Tomando controle da situação, me empurrando de cima dela, conseguiu sair do carro, mas também fui rápido, saindo do carro e a pegando a tempo, nós dois rimos. Agarrei-a por trás e lhe imprensei contra o carro. Meus lábios voaram até seu pescoço onde dei chupões incansáveis enquanto roçava minha ereção com força em sua bunda durinha e gostosa. Ela fechou os olhos, arfando audivelmente e roçando o traseiro em mim, o que só fez meu membro ficar mais endurecido.

Sem ao menos esperar, Molly me empurrou, capturou o sobretudo, colocou em seu corpo e saiu correndo e rindo como uma menina, e como ultimamente não ando tendo controle sobre minhas ações quanto a essa garota, corri atrás. Parecíamos crianças correndo pela casa rindo enquanto subíamos as escadas. Fomos parar no quarto dela. Fechei e tranquei a porta ao entrar.

- Agora você não me escapa – Vou em sua direção já enlaçando sua cintura enterrando meus lábios em seu pescoço, beijando-o fervorosamente. Minhas mãos sobem até seus seios e se enchem com eles, os apertando. Me deleito com seus gemidos. Molly se esfrega em minha ereção e aperto sua bunda, para que ela sinta mais de mim. Quando acho que chegou a hora de darmos um passo a mais, Molly me interrompe.

- Michael, não, por favor! – Ela geme me empurrando. – Estamos indo rápido demais... Você me faz sentir coisas Michael, coisas muito boas. - Diz e morde os lábios, parecendo envergonhada mas ao mesmo tempo sexy pra cacete. - Desculpe, é que eu não me sinto pronta para fazer certas coisas ainda. – Diz me olhando com seus olhinhos suplicantes.

Fico perdido. Momentos atrás estávamos em frenesi, nos agarrando, nos beijando como loucos e agora ela age assim... Só pode ser... Será que Molly é virgem?

- Querida está tudo bem, mas o que está querendo dizer? - Pondero um pouco antes de perguntar - Por acaso, você é virgem? –Eu não imaginava que ela pudesse ser virgem, pois apesar de muito jovem, ela tem um corpo lindo de mulher adulta.

Molly parece muito envergonhada e mesmo relutante ela me revela – É, é isso mesmo. Eu sou virgem – Diz mordendo o lábio inferior nervosamente, levando os olhos para o chão.

Quando penso que não tem como Molly me deixar mais louco por ela, essa garota vem e joga essa bomba em meu colo. Agora acabo de criar uma nova obsessão. Tenho como missão ser o primeiro homem de sua vida. Quero Molly em minha cama gemendo meu nome enquanto me empurro duro para dentro dela. Quero sentir sua pele em meus lábios, tocar sua pele desnuda e fazê-la desmanchar-se em sensações que ela nunca sentiu com um homem antes. Mas não irei pressioná-la. Ela se entregará a mim por vontade própria. Porém não vejo a hora de fazê-la minha, de marcá-la para sempre. Dessa vez, ela conseguiu me deixar ainda mais fascinado por ela.

Envolvo-a em meus braços, sua cabeça repousa em meu pescoço e acaricio os fios macios e lisos de seus cabelos loiros – Tudo bem minha menina. – Beijo sua testa - Não vamos nos precipitar por enquanto, mas eu tenho uma proposta para lhe fazer. – Pego seu rosto entre minhas mãos e olho dentro de seus olhos

Diga Michael.- Aquele sorriso lindo preenche seu belo e jovem rosto.

Eu quero que seja minha garota – Digo me ajoelhando em sua frente e pegando sua mão – Namore comigo?

Molly pega minha mão e se ajoelha também com os olhinhos brilhando. – Michael, eu gostaria muito de aceitar esse pedido mas...- Seus olhos vagueiam pelo chão melancolicamente – É que você já tem uma namorada.

Aproximo meu rosto do seu e roço meus lábios nos dela, agarro seus lábios e inicio um beijo delicado, sem todo aquele desejo desenfreado de sempre, apenas curtindo o momento. Finalizo o beijo com vários selinhos até fazê-la rir e acompanho-a, rindo também. Beijo todo seu rosto e levo os lábios até seu ouvido, onde digo baixinho  – A única garota que eu quero é você. Terminei tudo com Brooke.

Sim, eu havia acabado o namoro com Brooke Shields. Já estávamos juntos há alguns meses, a conheço há muitos anos. Éramos apenas bons amigos e rolava algo a mais algumas vezes. Mas desde que Molly apareceu em minha vida, nenhuma garota conseguia tirar ela de meus pensamentos, nem mesmo Brooke que era uma das mulheres mais lindas e famosas do mundo.  

Ela sorri mas logo seu semblante se entristece novamente. – Mas Michael, por que quer namorar comigo? Eu não sou – Ela parece relutante em continuar. – Não sou como as mulheres que você deve estar acostumado. Mulheres ricas, famosas

- Como pode pensar isso? Você é exatamente como eu quero! – Digo fazendo-a olhar para mim. – Não me importa que não seja rica e famosa, eu quero você Molly, quero muito! Entendeu? – Molly não perde tempo e ataca minha boca. Ela me beija com tamanha vontade que parece que irá arrancar meus lábios. Acompanho seu ritmo apressado. Quando me solta, seu peito sobe e desce incessantemente por conta da respiração ofegante, assim como eu também estou. Não deixo de olhar seus seios apertados naquele pequeno sutiã do espartilho. 

- Acho que isso foi um sim? – Pergunto ofegante sorrindo largamente

Ela gargalha. – Sim, sim, mil vezes sim! Sou sua Michael... – Sua voz animada reverbera em meus ouvidos fazendo meu coração bater acelerado no peito.

Nos levantamos e Molly se joga em meus braços. Aproveito a sensação tão boa de ter seu corpo colado ao meu - Amanhã terá uma festa aqui em casa, você está convidada e pode chamar quem quiser.  Se tiver amigas, sinta-se a vontade para chama-las. – Pego suas mãos beijando-as ternamente.

- Que legal Michael! Obrigada por me convidar, mas o que vai ter nessa festa? Para eu saber como devo me vestir

Sorrio maliciosamente ao me lembrar do tema da festa onde Molly estará dentro de um bíquini. - Vai ser uma festa na piscina... Não vejo a hora de vê-la de biquíni, deve ser ainda mais linda! - Minhas mãos apertam sua cintura.

Seus dentes se prendem ao lábio inferior me provocando – Você não perde por esperar Michael! Eu vou estar deslumbrante. Só cuidado para não dar pista hein, não vai ficar olhando para mim toda hora. – Desafia travessa

- Vai ser uma das coisas mais difíceis, mas prometo que vou tentar não dar muito na cara – Desfaço o abraço e me encaminho para a porta – Mas antes de ir, quero um beijo bem gostoso da minha namorada.

Molly caminha sensualmente até mim e me dá um beijo lento, gostoso, com chupadas e lambidas deliciosas. Sorrio satisfeito e saio pela porta soprando um beijo para ela.

Molly agora é oficialmente minha garota. Sei que não estou fazendo do jeito certo. Eu deveria agora mesmo ir até seu pai e pedir à ele permissão para que Molly namore comigo. Mas nem em sonhos ele aceitaria algo como isso. Molly tem apenas 17 anos, não tenho a mesma idade e nem perto disso. Estou bem longe de ser como os garotos da idade dela. Já sou um homem de 30 anos. Frank nunca permitiria e é por isso que ele não pode desconfiar do meu envolvimento com sua filha. O meu plano é manter tudo em segredo até que ela alcance a maioridade e não precise esconder do seu pai que estamos juntos. Me fere não poder assumí-la para todos, mas não posso colocar esse relacionamento em risco. Eu já fui longe de mais com isso para desistir agora. E nem que quisesse e tentasse muito, conseguiria. Molly me viciou, me prendeu e agora sou seu, totalmente seu.

Capítulo 8

Olho no relógio ao lado da cama, 08:45. Ainda está cedo mas logo me lembro da festa na piscina. É hoje que eu vou ver mais daquele corpo maravilhoso de Molly! Com esse pensamento, mordo os lábios. Me levanto para tomar um banho e me arrumar para mais um dia. Quando termino de me arrumar, saio do meu quarto. Meu objetivo era seguir reto, mas vozes me fazem parar em frente ao quarto de Molly. A porta estava entre aberta e algumas risadas femininas preenchem o corredor, me recordo que disse à ela que convidasse suas amigas. Decido ficar e espiar um pouco o que as garotas tanto falam. Aproximo-me mais da porta e consigo enxergar lá dentro e o que vejo nos segundos seguintes me faz paralisar.

Molly está completamente nua se preparando para vestir seu biquíni. A visão me faz salivar e minha ereção começa a dar sinais. Ela está de costas com aquele bumbum avantajado a mostra. Fico fascinado com as curvas da minha garota, como queria agora poder beijar, apertar agora mesmo sua pele! Então ela se vira de frente, e eu não consigo mais ouvir nada do que falam, só existe Molly e eu nesse momento. Observo seus seios perfeitos de tamanho ideal, os bicos rosados, como queria tocá-los e sugá-los agora! Desço mais os olhos pela sua barriga plana, sua cintura fina e vejo a intimidade de Molly que agora está sendo coberta pela parte de baixo do biquíni enquanto Molly ri. Ela nem imagina que está sendo observada por mim. Meu membro já tem quase vida própria nesse momento e se contorce dentro da cueca. Merda, não são nem 10 horas e já me encontro nesse estado. Preciso sair logo antes que alguém me pegue bisbilhotando, mas antes de sair, escuto Molly dizer algo que chama minha atenção.

- E aí, vai nos dizer quem é o cara que está fazendo você ficar com essa carinha de apaixonada? - Pergunta uma das amigas

- Ah meninas, eu nunca estive tão apaixonada e tão feliz na minha vida! – Diz Molly suspirando me arrancando um sorriso. Eu também sinto o mesmo. – Eu estou namorando um cara perfeito! Ele é romântico, engraçado, educado, gostoso, uma delícia! – Arregalo os olhos com a descrição que Molly deu, me fazendo rir baixinho.



- Gostoso mesmo é o Michael Jackson, ele sim é uma delícia! Estou louca para vê-lo hoje na piscina. Quem sabe rola alguma coisa entre eu e ele, hãn?! – Diz uma das meninas empinando seus seios. – Arregalo mais os olhos e resolvo sair logo dali.

Ainda escuto Molly dizer - Deixem o Michael em paz. Eu acho que ele tem namorada, parece estar super apaixonado também – Ela muda de assunto tentando disfarçar que não gostou do que a outra garota disse.

***

Convidei dois sobrinhos para passar o dia em minha casa, Taj e TJ que já estão na piscina curtindo algumas músicas quando me aproximo já vestido em uma roupa de banho assim como eles.

- Olha o tio Mike! – Nos cumprimentamos com abraços e tapas nas costas, típico de nós homens. – Fiquei sabendo que teremos convidadas de biquíni na festa de hoje – Diz Taj com um sorriso malicioso

- Onde estão essas meninas? - TJ pergunta e tira os óculos de sol, estreitando os olhos  e olhando fixamente para frente. - Espera, olha aquela loirinha ali! Quem é tio? Olha que gostosa! – Comenta TJ. - Estou de costas mas me viro rapidamente para ver a quem meu sobrinho está se referindo e não consigo olhar para nenhum outro lugar que não seja para Molly, que está vindo em minha direção completamente apetitosa dentro de um biquíni, que deixou-a ainda mais gostosa. Não consigo parar de olhá-la e meus sobrinhos percebem dando tapinhas em meu ombro. Finalmente saio do transe.

- Rapazes, essa é Molly e essas são suas amigas, ainda não sei os nomes mas aproveitem para se conhecerem. Molly mora nesta casa agora, ela é filha de Frank, o novo veterinário do zoológico. – Digo quando Molly se aproxima com as amigas.

Os rapazes pegam na mão de cada uma das garotas e dão um beijo, se apresentam gentilmente e não conseguem disfarçar seus olhares safados delas.

- Prazer em conhecê-las garotas – Diz TJ – Mas agora tenho uma ideia. Estamos em três homens e vocês em três mulheres, o que acham de brincarmos de guerrinha na piscina? As garotas sobem em nossos ombros e se enfrentam em um duelo! O que acham?

- Gostamos da ideia, não é meninas?– Molly pergunta e todos topam

- Ok, então vamos escolher os pares – TJ fala

- Eu quero ficar com Michael! – Lolla fala alto, praticamente grita, fitando-me profundamente.

Olho para Molly e a vejo ficar desconfortável - Bom, eu prefiro ir com a Molly, sei que ela se sentirá mais a vontade comigo do que com vocês, rapazes – Digo querendo provocar meus sobrinhos que fazem bico mas ficam satisfeitos com Lolla e Kelly. Já Lolla parece não gostar nada do combinado pois fecha a cara e sai pisando duro enquanto TJ corre atrás dela.

Todos já estão na piscina e Molly sobe em meus ombros. A levanto quando ela se acomoda. As vezes percebo Lolla nos encarando. Logo ela se acomoda em TJ. A primeira rodada começa comigo e Molly, Kelly e Taj se enfrentado, minha equipe ganha. Na segunda rodada, também saímos vencedores de Lolla e TJ, Molly grita muito comemorando e é preciso que eu segure mais firme nas pernas dela para que não caia. É quando sinto sua intimidade quente bem perto de minha nuca, as imagens de mais cedo de seu corpo desnudo ressurgem em minha mente, logo o volume na sunga começa a aparecer com meus pensamentos e com isso derrubo Molly na água. Quando ela volta a superfície, começamos uma lutinha de jogar água um no outro.

 Todos estão entretidos se conhecendo e brincando, apenas Lolla está parada observando cada movimento meu e de Molly, que não nos desgrudamos um minuto.

Começa a chover e ninguém quer sair da piscina pois a água fica ainda mais quentinha. Chego bem perto do ouvido de Molly para cochichar algo, em seguida saio da piscina, alguns minutos depois Molly também sai e vem ao meu encontro. Marquei de encontrá-la atrás da casa para nos beijarmos um pouco, precisava sentir seus lábios e seu corpo junto ao meu.

- Eu não aguentava mais ficar tão longe de você, meu amor! Sem poder te beijar – Digo entre os beijos – Sem poder te tocar - Junto mais os corpos e com minha ereção já evidente começo a esfregá-la em Molly, que puxa meus lábios delicadamente com seus dentes em seguida começa a me beijar, deslizando suas mãos pelas minhas costas, elas param em meu bumbum, onde ela aperta, fazendo a ereção encostar mais em sua intimidade. Também faço o mesmo com minhas mãos que estavam enlaçadas em sua cintura. Desço-as por seu corpo e aperto com gana a sua bunda com minhas mãos grandes, Molly geme em minha boca, me deixando mais louco. Começo a apertá-la mais e os beijos se tornam cada vez mais famintos, urgentes e intensos. 

Capítulo 9

Narradora

Michael e Molly continuam se agarrando mas não fazem ideia do que está por vir, pois Lolla não podia estar vendo tal cena. Ela guarda cada imagem em sua mente e promete para si mesma que irá fazer alguma coisa para separar esses dois. Molly podia estar com qualquer um, menos com Michael, a quem Lolla desejava, nem que fosse apenas por uma noite, e ela teria sua vingança.

Os dias passam e Michael e Molly cada vez mais apaixonados, combinam de se encontrar todos os dias logo após todos irem dormir. Sempre à meia noite. Molly sempre ia para o quarto de Michael onde passavam as madrugadas conversando sobre tudo, se conhecendo e se apaixonando. Momentos que ficariam guardados em suas mentes para sempre. Ah, e Michael sempre estava colocando algum filme para assistirem. Não há uma pessoa que amasse tanto filmes quanto Michael, que apresentou filmes muito bons, alguns Molly nunca havia ouvido falar. Molly estava aprendendo muito com Michael e se apaixonando cada dia mais pelo homem que ele era. Da mesma forma que ele também estava se apaixonando muito por ela. Adorava o jeito doce, espontâneo, o ar inocente e jovem que ela tinha.

Mas os dois não podiam adivinhar que esse amor que havia acabado de começar em seus corações, estava prestes a passar pelo primeiro obstáculo. Obstáculo esse que podia quebrar os seus corações e dificilmente se concertariam novamente. Lolla, “amiga de Molly” estava planejando desde o dia na piscina como faria para acabar com esse romance, então ela decidiu que começaria contando tudo para o pai de Molly. Lolla esperava que ele acreditasse nela pois ela não tinha provas de seus argumentos.

***

Frank

Em uma manhã de sábado, meu telefone toca bem cedo, tirando-me do sono profundo em que eu estava.

- Droga, estava em um sono tão bom. - Murmuro irritado -Quem será que está me incomodando a essas horas? – Penso tirando o telefone do gancho e levando-o até meu ouvido

- Alô? – Digo com a voz sonolenta após bocejar.

- Frank? Sou eu, Lolla. Desculpe ligar a essa hora, bom dia.

- Lolla? Algo importante a essa hora da manhã? – Digo puxando da memória o nome “Lolla” e recordando que se trata de uma das amigas de minha filha.

- Sim, algo muitíssimo importante, algo urgente! – Soa com a voz estridente

- Então diga logo! Se é tão importante assim... – Digo ainda aturdido pelo sono, lutando para manter os olhos abertos.

- Essa conversa não pode acontecer por telefone, venha ao meu encontro neste endereço...

Pego a caneta e começo a anotar o endereço em um pedaço de papel que encontro jogado em uma gaveta.

- Preciso saber do que se trata, tenho que trabalhar hoje e não posso me atrasar.

- É sobre sua filha Frank, ela corre perigo! – Sinto um frio na espinha ao ouvir tal informação.

- Em 20 minutos estarei aí! – Não espero resposta, já desligando e me aprontando rapidamente para saber o que há de tão grave com Molly que eu ainda não sei.

20 minutos depois, após correr pelas ruas com o carro, estou em frente ao café que Lolla combinou de nos encontrarmos.

Entro no pequeno local e meus olhos varrem o lugar à procura da jovem. Avisto-a sentada em um canto com a cabeça baixa, mexendo um espaguete com um garfo. Ando apressadamente até ela.

- Eu já estou aqui senhorita. Agora me conte o que está acontecendo com minha filha? – Pergunto à Lolla me sentando apressado na cadeira em sua frente.

Seus olhos me analisam um pouco e finalmente ela começa. - Frank, eu amo muito a Molly. Estou fazendo isso pelo bem dela! – Para de mexer no espaguete e afasta o prato. - E-eu nem sei como começar – gagueja parecendo insegura - Mas eu preciso dizer que você tem que ter mais cuidado com a minha amiga. – Alerta me olhando seriamente.

- Seja mais direta, por favor – Peço impaciente

Ela suspira e um tempo depois continua - Molly nos contou um dia que tem um namorado. Mas esse namorado é bem mais velho que ela e sua filha só tem 17 anos. Estamos com medo de ele estar a enganando. Mas o pior vem por aí. Você conhece esse homem.

Olho apreensivo para Lolla que continua – Molly e Michael Jackson estão tendo um caso – Lolla diz baixinho olhando para os lados conferindo se ninguém ouviu.

- O quê? Enlouqueceu garota? Eu não acredito em nada! Ele é a porra do meu chefe, não o insulte assim. Ele não faria isso com minha filha. É um homem respeitoso e tem muito apreço por mim e por minha filha, não faria isso comigo. – Digo irritado com a mente fértil dessa garota. Como faz com que eu perca meu tempo vindo aqui para ouvir uma sandice dessas?

Lolla começa a gargalhar, gargalhar alto chamando atenção das pessoas à nossa volta, até que vai se acalmando e limpando as lágrimas causadas pelo riso escandaloso – Se não acredita, veja com seus próprios olhos. Fique de olho neles Frank, até um cego veria que eles dois tem algo! Adeus e boa sorte com seu chefe super respeitoso. – Debocha se levantando e jogando alguns dólares em cima da mesa - Não se esqueça de me agradecer por abrir seus olhos depois, sim? – Logo após soltar seu veneno, ela sai do café. 

Devo confessar que mesmo que pareça ser milaborante, ela conseguiu plantar a semente da duvida na minha cabeça. Nunca percebi nada entre meu chefe e Molly. Quando os vejo juntos, eles conversam normalmente, Michael conversa com minha filha do mesmo jeito que conversa comigo e com todos. Não há nada há suspeitar. Não quero perder meu tempo procurando coisas onde não tem. Mas se isso fosse verdade... Eu nem sei o que faria com os dois! Eu enlouqueceria, com certeza!

Capítulo 10

De volta à Neverland, não consigo deixar de pensar no assunto de mais cedo. Enquanto dirigia de volta para casa, imagens de Michael beijando minha filha nublaram minha mente o tempo todo. Eu só podia estar ficando louco. Após terminar de fazer meu trabalho com os animais, resolvo que vou tirar logo essa duvida que está me atormentando a mente o tempo todo. Caminho até a casa principal e subo direto para o quarto de Molly, percebo que ela não está ali. Ando pela casa a procurando. Até me passa pela cabeça a ideia de desistir dessa loucura, não posso dar ouvidos à uma adolescente, Lolla deve estar imaginando coisas. Passo em frente à biblioteca de Michael e percebo a porta entre aberta e escuto risos, são vozes de Michael e Molly. Me aproximo para olhar pela fresta da porta. Os dois estão com alguns livros nas mãos. – “Veja, Michael está conversando sobre livros com a minha filha, incentivando ela a ler mais. Michael é um bom homem, eu sabia!” Penso observando-os e sorrio aliviado.

Mas a cena a segui me faz congelar.  Michael pega os livros da mão de Molly e coloca sob a mesa que ela está encostada, ele aproxima seu corpo do dela, coloca uma mecha do cabelo de Molly atrás da orelha dela, consigo notar um olhar de paixão em seus olhos e então ele aproxima os lábios dos dela e a beija. Os dois começam a se beijar intensamente e nesse momento o meu mundo desaba. O sorriso que sustentei segundos atrás, desmoronando a cada cena que meus olhos viam. Ver aquilo foi como levar um soco em meu rosto! Eu não posso acreditar no que está acontecendo em minha frente! Uma imensa decepção começa a nascer em mim. Decepção pela minha filha e por Michael! Confiei nele e ele me trai assim? Tendo um caso com a minha filha! Começa a nascer um ódio em mim e rapidamente empurro a porta à minha frente já entrando no lugar completamente fora de si!

- MOLLY!!!!! – Solto o nome em um grito estridente

Os olhos de Molly se arregalam e soltando os lábios de Michael olha para mim que apesar de toda a raiva que estou, algumas lágrimas inundaram meus olhos.

´- Papai? – Diz se afastando de Michael que está sem reação

- Vocês não tem nem como esconder não é? Vão, inventem uma desculpa! Vocês não podem pois eu acabei de ver tudo com os meus próprios olhos, vocês estão tendo um caso! – Me aproximo a passos largos de Molly e agarro seu braço. Ela também começa a chorar – Há quanto tempo, hein? Há quanto tempo estão me enganando? – Pergunto sacudindo-a pelos ombros – Posso estar sendo violento com ela mas não tenho condições de raciocinar agora.

- Pai, me solta! – Molly diz me empurrando - Por favor, me escuta. Eu e Michael estamos apaixonados, eu amo ele papai! – Ela joga as palavras na minha cara. A cada segundo me decepciono mais.

- Frank, por favor, nos escute, eu ia falar com o senhor a respeito. Eu estou realmente apaixonado pela sua filha. Eu não escolhi que acontecesse mas o que eu quero com ela é algo sério. – Diz Michael completamente calmo

- Eu sei bem o que quer com minha filha – Digo venenoso – E eu não permito! Venha Molly, vou decidir o que farei com você! – Puxo-a novamente pelo braço já saindo daquela biblioteca. Ela reluta se debatendo.

- Não pai, por favor, o que eu sinto é verdadeiro. Eu nunca me apaixonei assim por ninguém. Nós estamos apenas nos conhecendo – Diz Molly em lamúrias chegando perto de Michael e abraçando-o, o que faz com que eu fique com mais ódio.

 – Venha Molly, vou tirá-la daqui nem que tenha que agarrá-la pelos cabelos. - Puxo-a novamente pelo braço saindo dali às pressas.

- Papai, acredite em mim, eu amo Michael! – Fico possesso ao ouvir essas palavras saindo da boca de Molly. Paro de andar e a encaro.

- Amor, amor... – Imito sua voz. – Você tem apenas 17 anos. Não tem capacidade de saber o que é amor! – Grito tomado de ódio assustando-a. Molly se encolhe diante de minha fúria. Seus olhos me observam assustados mas não me deixo abalar. Volto a andar segurando firmemente seu braço.

No caminho até o quarto de Molly, tentei colocar meus pensamentos nublados pelo ódio em ordem e pensei no que fazer para resolver essa situação. Essa situação que não pode ficar assim nem mais um dia! Não posso permitir que minha filha, uma moça tão jovem se envolva em um escândalo com o meu chefe, que por acaso é mundialmente famoso e se alguém mais souber desse envolvimento, é capaz da vida de minha filha ser destruída para sempre! Imagine só, paprazzis e repórteres perseguindo-a por todos os lugares, ela nunca teria paz. O que vou fazer será para o seu bem. Apesar do ódio que estou dela, preciso protegê-la desse homem. Não posso permitir que minha filha corra qualquer tipo de risco, eu não a criei com tanto esforço para que ela acabe assim... 

Capítulo 11

Molly



Tudo está arruinado. Papai descobriu tudo. Ele nunca falou daquele jeito comigo. Nunca o vi tão bravo como agora, ele me tratou tão grosseiramente. Agora estou em maus lençóis. Sinto que meu pai vai fazer alguma coisa para me separar de Michael. Me separar do homem que amo. Nunca vou esquecer a forma dura como ele falou comigo. Disse que eu não tenho capacidade de saber o que é o amor. Duvidou do que sinto por Michael e por Deus, é verdadeiro! É forte, me possui, me faz ficar sem ar, me faz andar suspirando apaixonada pelos cantos e quando suas mãos me tocam, me sinto flutuar.. Mas meu pai não acredita em mim. Acha que sou apenas uma adolescente iludida.

- Vocês vão ver o que vou fazer! – Meu pai diz já pegando o celular e discando um numero que atende segundos depois.

Meu pai praticamente correu comigo até meu quarto, não me dando oportunidade nenhuma para falar. Ele me cortava toda vez que eu abria minha boca e dizia que não queria nem ouvir minha voz. Estou aflita! O que será que ele vai fazer? Observei que Michael veio atrás de nós. Apesar de calmo, consegui notar a preocupação em seu olhar. Ele também está nervoso com o que meu pai pode fazer.

– Sara? Aconteceu algo inesperado e preciso de sua ajuda – Nesse momento direciono meu olhar assustado para Michael que segura minha mão – É a minha mãe – balbucio para ele.

- Molly não está se comportando e fez algo que me magoou muito. Eu nem consigo olhar pra ela! – Meu pai respira fundo antes de continuar. - Molly terá que ir morar com você no Brasil. – O chão sob meus pés desaparece. Não pode ser! Eu não acredito no que meu pai quer fazer... Ele quer me separar de Michael assim? Me mandando para bem longe dele? Não pode ser! Não pode!

- Não! Não é verdade mamãe, eu não fiz nada de errado! – Corro até meu pai e grito na esperança de minha mãe me escutar mas meu pai se afasta de mim para que minha mãe não ouça nada - Pai, para com isso, por favor, eu não posso ir para o Brasil, não posso ir embora! – Digo desesperada enquanto sigo-o pelo quarto.

- Combinado – Meu pai desliga o celular e vira-se para me encarar – Amanhã mesmo pela manhã, a senhorita está indo embora daqui e não voltará nunca mais – Anuncia calmamente. Lágrimas rapidamente inundam meus olhos e minha visão turva – Papai, o que deu em você? Você não é assim! Não queria ver a minha felicidade? Eu estou feliz! – Digo tentando desesperadamente convencê-lo.

- Nem uma palavra mais, Molly. Eu tinha planos para você, iria dar a melhor educação, iria dar tudo o que quisesse, mas você me decepcionou e estou profundamente magoado. Com os dois. – Olha também para Michael - Não se atrase amanhã. Bem cedo virei buscá-la.

- Frank, por favor! – Michael pede com o olhar suplicante para meu pai que simplesmente vira as costas e sai do quarto.

- Michael, o que vamos fazer agora? Isso não pode estar acontecendo! – Digo correndo para os braços de Michael que também solta algumas lágrimas.

- Eu não sei meu amor – Sua voz sai embargada e ele me abraça como se eu fosse seu mundo, como se fosse a ultima vez.

Michael pega meu rosto, limpa calmamente minhas lágrimas e segura com firmeza meu queixo fazendo com que eu preste atenção em cada palavra que virá a seguir, ele olha bem em meus olhos e começa – Talvez não tenha nada que possamos fazer. Ele é seu pai, tem direito sobre você, eu sou apenas um homem que ele acabou de conhecer e já pensa o pior de mim. Deve estar pensando coisas horríveis ao meu respeito e não lhe tiro a razão, eu não pedi permissão à ele para namorarmos, eu não podia ainda, mas eu não aguentava ficar longe de você, queria abraça-la, tocá-la, beija-la, amá-la. Eu errei Molly, me perdoe, a culpa é toda minha.

- Michael, não se culpe tanto, eu também quis. Podia ter me afastado de você, mas também não aguentei. Você parece um imã, não consigo ficar longe. – Digo docemente fazendo Michael sorrir e sorrio também em meio a tristeza que estou sentindo.

- Michael, amanhã eu vou embora, você tem ideia disso? – Pergunto acariciando o rosto de Michael depois de algum tempo abraçados.

- Molly, preste atenção. – Diz Michael me olhando profundamente nos olhos - Se nosso amor for mesmo verdadeiro, nós vamos ficar juntos! Não importa o que aconteça, não importa quanto tempo passe, esse amor que sentimos vai fazer com que nos encontremos de algum jeito! – Diz Michael apaixonado e com lágrimas nos olhos. – Acho melhor eu ir, antes que seu pai venha aqui novamente e faça coisa pior. – Michael se afasta mas continua segurando minha mão.

Ele não aguenta e me leva para seus braços novamente enquanto inicio uma sessão de choro em seu peito – Meu amor, não chore. Está dificultando as coisas para mim, não sabe como estou sofrendo... Eu amo você Molly! Amo de verdade. – Diz afagando meus cabelos e dando beijinhos nele.

- Eu também o amo Michael.  – Me declaro. - Precisamos fazer algo. Eu só queria fugir para algum lugar com você. – Digo levantando a cabeça para olhá-lo

- Lamento meu amor, mas não vejo nenhuma saída para nosso problema. Não podemos fugir porque eu seria reconhecido.

- Ah, eu esqueci que seu rosto é um dos mais famosos do mundo. Senão, o mais famoso. – Solto uma risadinha divertida e Michael também ri da minha piada.

- Eu preciso ir, minha princesa. – Michael cola seus lábios nos meus e compartilhamos um selinho demorado - Por favor, me dê um tempo para pensar... – Ele desfaz o abraço e se afasta levando uma mão até a cabeça mexendo nos cachos umidos - Apareça no meu quarto mais tarde, no horário de sempre. – Diz já da porta e antes de sair sopra um beijo no ar como sempre faz ao deixar meu quarto. Retribuo sorrindo. Também sempre faço o mesmo quando deixo o dele.

Me jogo na cama e choro, choro tanto até não aguentar mais até cair em um sono profundo. Quando acordo já é começo de noite. Tomo um banho e penso em tudo o que aconteceu. Irei embora de Neverland no outro dia de manhã. Como deixei isso acontecer? Tudo o que sempre sonhei está escapando pelos meus dedos. Como Michael disse, parecia mesmo que não havia saída, teríamos mesmo que nos separar e esse pensamento partia mais o meu coração. Fiquei pensando e pensando, até que cheguei a uma conclusão. Talvez eu e Michael nunca mais nos veríamos novamente, e eu tinha que fazer uma coisa que estávamos querendo a muito tempo. Eu queria ser de Michael, essa noite. Iria me entregar para ele. Iríamos concretizar esse amor, queria que ele me tornasse mulher, queria viver com Michael o que não desejava viver com outro homem que não fosse ele. 

Me vesti e mais recomposta, saí do meu quarto prestando atenção se não havia ninguém por perto. Caminhei até o quarto de Michael e dei leves batidas na porta. Demorou um pouco mas abriu. Um sorriso se abriu em sua face ao me ver e ele puxou-me para entrar em seu quarto, fechando a porta em seguida.

- Michael, eu sei que não é nesse horário que nos encontramos mas preciso falar com você. – Falo me sentando na cama junto com Michael

- Tudo bem – Diz Michael me levando para seus braços, aconchegando-me em seu peito.

Meus olhos encontram os de Michael – Eu quero que vá ao meu quarto no horário que nos encontramos todas as noites. Tenho algo para você, Michael – Digo e me levanto da cama – Não se atrase, 00:00 em ponto, sim? – Dou um selinho em Michael e saio do quarto. Será que ele faz alguma ideia do que tenho para ele?

Chego rindo e muito ansiosa pelo que vai acontecer daqui algumas horas. Sou virgem e tenho medo de não saber o que fazer e Michael não gostar. Isso só piora minha ansiedade. Resolvo ver alguns vídeos pornôs, e depois de algumas cenas, desisto de ver. Não consigo pensar em outra coisa que não seja Michael. Decido que vou fazer o que meus instintos mandarem. Uma hora antes do horário combinado, tomo mais um banho, me perfumo muito, passo cremes em todo o meu corpo fazendo minha pele ficar mais brilhante e macia e me maquio levemente. Escolho colocar apenas uma calcinha pequena e uma camisola sensual. Me sento na cama para esperar Michael. Não vejo a hora de me entregar à ele, de ser finalmente sua!

Capítulo 12

00:00 em ponto a porta do quarto se abre. É Michael. Ao entrar, tranca a porta. Seus olhos vão direto para a cama onde estou e me encontram. Não dizemos nada um para o outro, nossos olhares já dizem tudo e ambos têm desejo, muito desejo. Michael caminha até a cama, tira os sapatos e meias antes de subir na mesma. Abro um sorriso para ele, está muito cheiroso e lindo como sempre. Michael me contempla em minha camisola quase transparente. Nos aproximamos, nossos lábios se encontram e começamos a nos beijar lentamente. Meus dedos trêmulos escorregam pelo pescoço de Michael até chegar aos botões de sua camisa, onde começo a desabotoá-los enquanto ele beija meu pescoço, dando alguns chupões. Livro-me da camisa e contemplo o peito de Michael. Levo uma mão ao seu peitoral e faço um passeio sentindo a textura de sua pele quente. Uso as unhas para arranhá-lo em algumas partes. Michael fecha os olhos e suspira. Novamente ele reivindica meus lábios em um beijo sensual. Michael acaricia meus braços com as pontas dos dedos, descendo-os, depois sobe-os lentamente, até encontrar as alças da minha camisola. Michael as abaixa lentamente e minha camisola desliza por meu corpo até repousar em meus quadris. Suas mãos tomam meus seios. Nosso beijo se intensifica me fazendo ficar sem fôlego. Michael separa nossos lábios e se afasta um pouco para me olhar, sorrindo enquanto me observa.

- Não sabe o quanto sonhei em vê-los. – Diz momentos depois referindo-se aos meus seios. – Em tocá-los. – Suas mãos quentes massageiam meus seios.

Dizendo isso, ele me pega pela cintura firmemente já me acomodando na cama. Livra-me completamente da minha camisola.

- Em saboreá-los. - Sua boca migra direto para os meus seios. Michael começa com lambidas no bico de um dos seios, brincando com a língua nele, meu corpo se contorce na cama. Michael chupa o bico fazendo um barulho com a boca no final. Os primeiros gemidos da noite escapam de meus lábios, enquanto ele coloca um seio todo na boca sugando com vontade. Michael brinca com o dedo no bico do outro seio, puxando-o e estimulando. Começo a sentir algo em minha intimidade, algo se apertando lá dentro, fazendo meus nervos vaginais ficarem mais sensíveis a cada sugada que Michael dá em meus seios, e ele está incansável neles, se delicia colocando um de cada inteiro na boca. – Michael, eu quero você! – Peço sofregamente querendo tê-lo logo dentro de mim, me preenchendo, me transformando. Michael me olha com o seio na boca e após lambê-lo mais um pouco, aproxima o rosto do meu. – Eu vou a fazer minha hoje, meu amor, vamos viver tudo que temos para viver essa noite.– Sussurra com a voz carregada de sensualidade em meu ouvido, mordo os lábios com sua provocação.

Michael desce sua mão por meus seios, pela minha barriga e chega até minha calcinha, coloca-a de lado, sinto seu dedo médio tocar meu clitóris. Ele olha para mim e morde os lábios fazendo aquela cara de safado irresistível que ele tem. Seu dedo começa a se mexer em círculos em meu nervo sensível e ele vai aumentando a velocidade aos poucos. Meus dedos apertam seus braços, sinto minha intimidade se encharcar ainda mais com a habilidade de seu dedo.

- Ah Molly, você está tão molhada! – Seu dedo trabalhando rapidamente. Isso é fascinante, sabia? – Seus olhos faiscavam de desejo

- Está gostando disso? Hum? – Michael me beija rapidamente puxando meu lábio inferior no final

- Sim Michael, isso é muito bom... – Balbucio com a voz embargada de prazer

Michael sorri. Minhas pernas se abrem como se tivessem vontade própria, meus quadris começam a tentar acompanhar o ritmo de Michael, que está cada vez mais rápido. Seu dedo começa a escorregar tamanha lubrificação que estou liberando, fazendo o ritmo se tornar agoniante. Eu nunca havia sentindo um prazer tão grande. Meus quadris se jogavam nos dedos de Michael buscando mais fricção.

Puxei o rosto de Michael para perto do meu. – Não aguento mais. – Disse após soltar um longo gemido. – Quero você dentro de mim Michael, por favor!

Os dedos pararam de se mover e eu quase gritei para que não parassem.

- Ainda não. Temos muito o que fazer antes de eu finalmente estar dentro de você, Molly... – Michael sussurrou sensualmente iniciando novamente os movimentos incansáveis de seus dedos. Eles circulavam, rodeavam, dedilhavam com maestria meu clitóris agora hiper sensível. Eu estava tão molhada que sentia a lubrificação escorrer por entre minhas pernas. Eu gemia sem parar. Conforme sentia que meu orgasmo se aproximava, eu apertava mais os braços de Michael, enfiando as unhas na pele algumas vezes. – Michael, eu acho que eu vou... acho que vou gozar. – Disse entre gemidos e suspiros, fechando e apertando os olhos de prazer.

Quando estava prestes a “ver estrelas” senti quando minha calcinha foi tirada por Michael e jogada em um canto qualquer do quarto.

Michael havia descido e abrido minhas pernas. Ele contemplava minha intimidade toda encharcada para ele. Seus olhos ficaram mais negros. Ele abaixa sua cabeça em direção à minha intimidade e começa a dar as primeiras lambidas. Um arrepio perpassa todo o meu corpo. Sua língua começa a pincelar todo o meu sexo espalhando a excitação. Michael abre os grandes lábios com os dedos e passa a língua da entrada da minha intimidade até o clitóris, onde fecha os lábios ali e dá uma chupada leve me fazendo enlouquecer mais e gemer para Michael não parar. E Michael fica ali, lambendo, chupando e sugando por alguns minutos, provando o meu gosto, se deliciando. Ele estimula minha intimidade e brinca com meu clitóris rodeando-o com sua língua habilidosa, até que sua língua começa a se tornar mais urgente, me chupando mais forte, mas sem machucar. Começa a pressionar o clitóris com os dedos enquanto sua língua trabalha mais rápido, eu me derreto em gemidos. Os espasmos violentos do orgasmo tomam meu corpo fazendo-o chacoalhar. Minhas costas se arqueiam e eu sinto pela primeira vez como é o poder de um orgasmo. Estou gozando na boca de Michael, meu quadril se movimenta em sua boca. Michael segura minha cintura para firmá-la enquanto continua sua tortura incansável. Fico alguns segundos aérea e fecho os olhos, respirando com dificuldade.

Meu corpo ainda treme quando abro os olhos e vejo Michael sorridente. Sorrio também e após passar a mão pelo meu rosto, saio de minha posição, indo com os dedos em direção à calça de Michael. Eu não sabia o que fazer direito, mas faria o que meu corpo pedisse. E nesse momento ele estava pedindo para ver algo que estava bem visível na calça de Michael.

Abro o botão e abaixo o zíper. Com a ajuda de Michael nos livramos da calça e da cueca. O pênis de Michael pula para fora quando a cueca é abaixada e me lembro do sonho erótico que tive na cama de Michael. É exatamente igual o do sonho. Enorme com veias salientes. A glande alterada e um líquido pré-gozo o molhando todo. Meus olhos se arregalam e minha boca se enche d’agua querendo tê-lo todo dentro dela.


 - Michael, ele é... é muito grande – Digo corando. Meus dedos a centímetros do pênis ereto. Fico um pouco receosa de pensar que aquilo TUDO estará dentro de mim em alguns instantes.

Michael ri e me deita novamente na cama. Minhas pernas se abrem para ele, estou ávida para senti-lo logo dentro de mim

– Confie em mim meu amor. Serei cuidadoso com você. A primeira vez de uma mulher costuma ser desconfortável, mas me prometa que se estiver doendo muito, irá me mandar parar. – Michael me explicou carinhosamente. - Eu quero que você tenha a melhor primeira vez de todas. Eu quero que seja inesquecível, meu amor, para nós dois. – Diz Michael docemente, beijando minha testa.

Assinto com a cabeça. Mas não deixei de pensar em como queria tocar em seu pênis, queria senti-lo em minha mão. Michael me observa olhá-lo e entende o que eu quero. Sorrindo de lado, ele pega minha mão e a leva até seu pênis duro, minha mão o toca, ele começa a movimentar minha mão com a dele. Momentos depois sua mão sai de cima da minha e eu continuo sozinha. Michael fecha os olhos e suspira longamente. Ele é tão grande que mal consigo fechar a mão toda. Minha mão aperta sua longa extensão, subindo e descendo. Observo a pele da glande cobrir e descobrir conforme aumento a velocidade.

Michael abre os olhos e seu olhar é de puro desejo pra mim. Ele quase me come viva com o olhar. Nunca o vi tão excitado assim. Seus olhos acompanhavam o ritmo da minha mão, intercalando entre minha mão e meu rosto. Ele me olhava mordendo os lábios. Meu ritmo era preciso, fazendo-o sugar o ar entre os dentes. Seu quadril começou a se movimentar, acompanhando o movimento frenético da minha mão. Ele era tão gostoso! Fazia questão de me lançar olhares lascivos e provocantes enquanto gemia gostosamente sem pudor algum.

Ele tira cuidadosamente minha mão de seu membro e o pega. Me ajeito na cama e Michael se prepara para começar a penetração. Pega seu pênis pela base e pincela a cabeça de seu pau pela minha intimidade, começa a esfregá-la deliciosamente em meu clitóris, me fazendo ficar ainda mais molhada, a minha intimidade está encharcada, mais do que pronta para receber Michael. Michael encaixa a glande em minha entrada e começa a se empurrar até passar pelo meu canal apertado, ele entrelaça os dedos nos meus, olhando nos meus olhos o tempo todo, atento a todas as minhas expressões. Começa a adentrar mais e mais com bastante dificuldade, o caminho é muito apertado e Michael começa a gemer um pouco e morder os lábios, até que se sente impedido pelo hímen, começa a forçá-lo e nesse momento, solto um gemido de dor. Michael aperta mais nossas mãos, começando a forçar mais e mais. Está muito difícil entrar ali. Mordo os lábios e faço algumas caretas de dor, até que Michael para o que está fazendo e começa a dar beijinhos em meu rosto para me acalmar. – Meu amor, se quiser posso parar. Estou vendo que você está sentindo muita dor. – Diz todo cuidadoso comigo.

Olho-o assustada – Não meu amor, eu quero ser sua! E se é por isso que eu tenho que passar para completar nosso amor, eu não me importo. Agora continue, por favor. – Digo com firmeza

Michael sorri com minha determinação e continua a tentar me penetrar. Ele força mais e mais, continuo gemendo de dor e grudo os lábios nos de Michael. Começamos a nos beijar intensamente como se nossas vidas dependessem disso. Meus dedos vão até suas costas largas e minhas unhas começam a arranhá-lo. Até que finalmente ele rompe meu hímen, tirando minha virgindade por completo. Forço minhas pernas no quadril de Michael no momento que ele me penetra por conta da dor. Sinto cada centímetro daquele pênis grande entrando em mim. Quando me acostumo com ele todo dentro de mim, a sensação começa a se tornar deliciosa. No primeiro momento só fico sentindo a sensação de estar totalmente preenchida, até que um prazer se inicia em meu baixo ventre, implorando que o pênis de Michael se movimente logo.

- Faça amor comigo Michael – Peço suspirando.

Michael entende o recado e sai de dentro de mim, voltando com força, meu corpo é empurrado para frente devido o impacto, fazendo meus seios balançarem. Michael começa a estocar com vontade, já não está mais tão cuidadoso e eu adoro isso. Ele é muito habilidoso, assim como em suas danças no palco, os quadris de Michael se movem incansáveis contra os meus. Nunca senti um prazer tão grande se iniciar em minha intimidade. Minha boceta começa a se apertar mais em volta do pau de Michael que morde os lábios sentindo sensações deliciosas que proporciono a ele. Michael começa a meter mais rápido, sem parar com movimentos precisos e certeiros. Estou tão molhada que a penetração se torna barulhenta junto com o som alto de nossos quadris se chocando, um som delicioso que nos faz gemer alto.

- Está gostoso amor? – Michael pergunta ofegante

- hmm, sim Michael, está.. está delicioso! – Eu dizia gemendo e pedindo para ele aumentar o ritmo das investidas e ele rapidamente o fez me levando ao ápice do prazer. Eu nunca pensei que isso fosse tão bom e estou tendo o privilégio de ter minha primeira vez com Michael.

- Você é tão apertada, tão gostosa, tão minha... – sua voz sai esganiçada por conta do prazer que sente ao me penetrar. Ele rebolava com seu pênis duro e delicioso dentro de mim. Eu revirava os olhos indo a loucura, aquele homem era gostoso demais!

- Sim, meu amor, sou sua, toda sua! – Arfei

 Ao ouvir isso Michael mete todo o seu pênis dentro de mim até sentir suas bolas baterem em minha bunda, solto um gemido alto sentindo tudo aquilo dentro de mim. Não aguento mais, precisa gozar com Michael – Não para Michael, não para, eu estou sentindo... eu vou gozar! – Gemo sofregamente no ouvido de Michael que obedece meu pedido e começa a meter como nunca antes, levando as mãos aos meus seios, os apertando. Sinto o orgasmo se aproximando, minha intimidade se aperta mais em torno do pênis de Michael, ele morde os lábios sentindo mais prazer. Meu corpo todo enrijece, solto um gemido alto e explodo em um orgasmo enlouquecedor que dura alguns segundos. Michael continua me penetrando forte para fazer durar a sensação e quando vê que estou voltando a si, sai de dentro de mim e se senta com as costas no espaldar da cama, me colocando em seu colo. Seus dedos passeiam levemente pelo meu rosto me fazendo sentir a maciez de seus toques. Meu corpo ainda sente os tremores causados pelo ápice. Michael me levanta um pouco com as mãos grudadas em minha cintura, pego seu pênis em minhas mãos e encaixo a cabeça do pênis em minha entrada e começo a descer lentamente pela extensão, fazendo com que soltemos um longo gemido. Apoio as mãos nos ombros de Michael e começo a me movimentar lentamente, subindo e descendo. Michael leva seus lábios até meus seios e começa a sugá-los, empregando um pouco de força nas sucções, sinto mais desejo e começo a quicar com força no pênis de Michael. Michael segura minha bunda e começo a rebolar em seu membro enquanto aperto mais minha bucetinha para enlouquecê-lo ainda mais. Michael geme gostosamente em meu ouvido, coloca seus braços ao redor do meu corpo apertando-o contra o seu para que eu pare de me mover. Ele pega impulso e começa a arremeter freneticamente contra a minha intimidade. Meus gemidos não são nada baixos neste momento sentindo um prazer maravilhoso que Michael causa à mim. Sinto que Michael está próximo de seu orgasmo quando seu pênis pulsa longamente dentro de mim, sua testa franze e ele prende o lábio inferior entre os lábios, mas ele não quer gozar dentro de mim, estamos sem proteção. Então Michael ofegante me tira de cima dele. Sem ele esperar, me deito com a cabeça perto do seu pênis, o pego com as mãos começando a masturbá-lo enquanto passo a língua na glande e olho direto nos olhos de Michael.

- Eu quero fazer uma coisa. Se eu fizer errado, me avise, está bem? – Pergunto timidamente. Eu nunca havia feito aquilo antes e esperava agradar Michael.

Michael sorri graciosamente e toca meu queixo, acariciando-o. – Você não vai errar. Confio em você, meu amor. – Michael acaricia meu lábio inferior - Sei que vai me dar muito prazer com essa sua boquinha linda. – Morde os lábios fazendo todo meu desejo por ele voltar à tona.

Ele segura a minha cabeça e eu inicio leves lambidas na glande, sentindo seu delicioso gosto, assisto sua pele se arrepiar. Coloco a glande na boca, começando a sugar. Minha boca lentamente começa a se mover para baixo, por toda a extensão. Com a ajuda de Michael, quase consigo colocá-lo todo na boca, mas é impossível já que seu pênis é muito grande. Já sentia a glande encostando em minha garganta. Começo a chupá-lo incansavelmente enquanto Michael segura meus cabelos em um rabo de cavalo e começa a mexer seus quadris estocando sua ereção em minha boca. Sinto seu pênis vibrar em minha boca, ele lateja enquanto seu rosto está tomado de prazer pelas expressões que ele faz, soltando gemidos e mordendo seu lábio inferior – Ahh Molly... Eu vou gozar... aagora! – Diz em lamúrias. Michael tenta tirar minha boca de seu pênis, mas eu o impeço.

- Quero sentir seu gosto também Michael... Quero que goze na minha boca! - Olho-o com malícia e continuo o que faço, agora com mais rapidez, perseguindo o orgasmo dele. Seus músculos se enrijecem e tremem, ele aperta os olhos. Quando menos espero, sinto os jatos quentes preenchendo o interior da minha boca até escapar pelos cantos dos lábios. Engulo tudo. Lambo-o todo, não deixando nada escapar. Lanço um olhar lascivo para Michael ainda lambendo seu membro. Michael apenas me observa, seu peito arfante subindo e descendo. Algumas gotículas de suor escorriam por seu rosto.

Capítulo 13

Michael me puxa para cima delicadamente e me beija intensamente sentindo seu gosto em minha boca, apertando todo meu corpo. O corpo que agora era seu. Michael havia me marcado como sua para sempre, ele tornou-me mulher, agora eu nunca o esqueceria nem se eu quisesse. Eu era dele, totalmente e completamente.

Logo começamos a fazer amor novamente. Michael deitou de lado e me puxou para deitar em sua frente, meu bumbum bem encostado em seu pênis e minhas costas coladas em seu peito rijo. Ele cheirava o meu pescoço, iniciando beijos ali, passava a mão pelas minhas curvas e dizia algumas obscenidades no meu ouvido, me deixando excitada e ansiosa de novo. Meus olhos estavam fechados apenas sentindo o pênis de Michael crescer novamente em meu bumbum. Michael o pega e o conecta na entrada da minha intimidade, ergue minha perna e dá início às investidas. Aquilo era só o começo da noite. Fizemos amor de todos os jeitos, gozamos por várias e várias vezes e adentramos num prazer que jamais esqueceríamos. Aquela noite ficaria para sempre em nossas mentes.

Só paramos às 5:30 da manhã, quando já estávamos exaustos. Muito sorridentes, nos beijamos novamente. Olhei para Michael depois do beijo e comecei a afagar seu rosto.

- Meu amor, eu nunca vou esquecer essa noite, foi a mais perfeita da minha vida – Digo emocionada com os olhinhos brilhando.

- Eu também nunca vou esquecer, seria impossível. – Diz Michael com um sorriso de orelha a orelha – Você me fez um homem muito feliz meu amor. Foi muito bem, você é perfeita!- E logo Michael puxa meu rosto e cola seus lábios nos meus, me beijando longamente.

Os raios de sol começaram a adentrar o quarto, me lembrando que o dia estava começando e a hora de partir também havia chegado. Já estava chegando a hora de ir embora de Neverland. Embora do lugar que eu sempre quis morar, embora de Michael... do meu amor, do homem da minha vida, o homem que com certeza eu amaria pelo resto dos meus dias. Eu amo esse homem mais que tudo e agora não sei nem se um dia voltarei a vê-lo novamente. Com esse pensamento olhei tristemente para Michael que também começou a ficar triste. Também deve ter se lembrado que daqui a pouco eu estaria indo embora de Neverland, indo embora de sua vida.

- Acho melhor eu ir amor, daqui a pouco seu pai aparece por aqui e seria trágico se nos visse assim – Rimos com o pensamento de Michael.

- Tudo bem, mas por favor, antes de eu ir embora, venha se despedir de mim. Eu quero me despedir de você, quero te abraçar e não soltar nunca mais. – Contornei seu queixo com os dedos, observando o formato quadrado e másculo que eu achava muito sexy.

- Vou sim, vou até o meu quarto me arrumar, minha princesa. – Michael me dá um selinho demorado. Conversamos um pouco enquanto ele se veste. Logo após, Michael deixa o quarto. Fico ali sentada com o pensamento perdido, até que o relógio ao lado da cama desperta me fazendo despertar também para a realidade. É hora de ir. 

Capítulo 14

Eu já havia arrumado todas as minhas coisas no dia anterior. Tomei banho e me vesti. Parei em frente a cama onde tinha acabado de arrumar, olhando para aquele local onde eu tinha perdido a virgindade essa madrugada. Onde tinha compartilhado horas e horas de amor com meu Michael. Sim, ele era meu para sempre, nos pertencíamos agora. Minha intimidade ainda estava dolorida e sorri ao lembrar-me da noite incrível que tive. Meu sorriso bobo é interrompido por batidas na porta de quem eu já imaginava ser. Era meu pai. Apenas abri a porta e me sentei na cama sem olhá-lo.

- Querida, não fique assim comigo. O que estou fazendo é para seu bem.

Meu pai não entendia que estava arrancando meu coração do peito e ainda tinha a coragem de dizer que era para o meu bem?! Quase não pude acreditar que ele estava dizendo mesmo aquelas palavras.

- É para o meu bem ficar longe de quem amo? – Lhe lanço um olhar sombrio

- Não vou discutir com você Molly, um dia entenderá que só quero protegê-la. – Meu pai diz duramente. – Agora vamos, não podemos nos atrasar – Diz já pegando as malas e colocando para fora do quarto.

Me levantei e quando cheguei na porta, me virei e contemplei todo o quarto onde tinha sido tão feliz. Olhando atentamente cada parte e ordenando à minha mente que guardasse cada detalhe. Fechei os olhos sentindo aquele amor imenso que me deixava fora de orbita, que Michael plantou em meu coração e suspirando, deixei o quarto.

Já fora da casa, olhei para a entrada principal de onde Michael deveria sair.

- Molly venha! O carro está nos esperando – Diz Frank já se aproximando do carro para abrir o porta malas.

- Espere mais um pouco pai, por favor! – Peço implorando.

Frank começa a ficar impaciente mas espera enquanto coloca as malas no carro. Michael não aparece e meu pai está me apressando. Chego até a pensar que ele não virá se despedir como combinamos. Então abaixo a cabeça e caminho tristemente até o carro.

- Molly, espere! – Ouço Michael gritar.

Levanto a cabeça e abro um sorriso ao ouvir a voz do meu amor. O avisto sair da enorme construção. Meu coração se aquieta. – Papai, deixe eu me despedir de Michael, por favor?

- 5 minutos Molly, 5 minutos! – Diz impaciente

Saio correndo para os braços de Michael e me jogo nele já com saudades antecipadas de meu amado. Michael me leva para debaixo de uma árvore. Segura as minhas mãos e sem dizer uma única palavra começa a cantar o trecho de uma canção com sua linda voz:

“And maybe the walls will tumble
and the sun refuse to shine
when I say, I love you
baby you gotta know
that's for all time
baby you gotta know
that's for all time”

Quando termina de cantar, Michael limpa uma lágrima que deixei escapar. Fiquei emocionada com a letra da música.

- Eu fiz pra você – Diz sorrindo e tira um papel do bolso de sua calça. – Tome, a letra completa está aqui, você foi minha musa inspiradora. Escrevi com todo o amor que tenho no meu coração esta manhã, após deixar seu quarto.

Pego o papel das mãos de Michael e observo sua caligrafia. – Eu vou guardar Michael, com todo o carinho. Eu te amo meu amor, obrigada por esse gesto tão lindo – Digo com lágrimas nos olhos e me aproximo para beijá-lo. Enlaço o pescoço de Michael e ele repousa as mãos em minha cintura. Nossos lábios roçam e iniciamos um beijo calmo, apenas provando os lábios e a língua um do outro. Michael aprofunda o beijo, tomando meus lábios com urgência e me apertando em seus braços, nossas línguas duelam com pressa. Já estávamos com saudade um do outro e descontamos tudo nesse ultimo beijo. Ele me beijava tão deliciosamente que minha vontade era que ele me levasse para dentro de casa e fizesse amor comigo de novo.  Mas era impossível e meu pai com certeza nos mataria. Finalizamos o beijo momentos depois com selinhos demorados. Lágrimas molham nossos rostos. Michael não quer me largar de jeito nenhum – Eu não sei o que vou fazer sem você, meu amor. Eu não quero pensar no que vai acontecer quando você cruzar aquele portão. – Diz me abraçando forte, enterrando seu rosto em meu pescoço e cheirando meus cabelos. Ele estava parecendo um menino com medo.

- Vai ficar tudo bem Michael, eu sempre vou estar com você, você mora no meu coração. Eu amo você! – Pego seu rosto entre as mãos olhando profundamente em seus olhos – Agora preciso ir. Antes que meu pai venha aqui me buscar – Reviro os olhos

- Não fique com raiva dele, ele só está fazendo seu papel de pai.

- Não o defenda. Nunca vou perdoá-lo por isso. – Não quero tocar nesse assunto com Michael pois o que meu pai fez, criou uma distância enorme entre nós, que talvez nunca se desfaça. - Adeus meu amor - Nos olhamos profundamente pela ultima vez assim como fizemos quando nos conhecemos. Sopro um beijo para Michael quando já estou à uma certa distância, imitando o que ele sempre fazia quando deixava meu quarto, Michael ri e sopra um de volta. Viro as costas e caminho para o carro.

Narradora

Michael fica lá, parado a observando ir embora de sua vida, deixando um buraco imenso em seu peito, deixando um espaço vago que nada poderá completar, pois só ela é o amor de sua vida. Molly olha pelo vidro de trás do carro e fica observando Michael ficar mais longe conforme o carro vai se distanciando, até ele desaparecer. Quando isso acontece lágrimas espessas escorrem dos olhos de Michael. Os empregados ficam o observando, querendo saber o porquê de tanta tristeza. Michael fica cerca de 10 minutos parado na mesma posição, ele quer ver se Molly vai voltar, ele a está esperando, quer sua amada de volta. Mas ela não vai voltar. Então ele entra em sua casa e não sai de seu quarto pelo resto do dia. O mesmo se repete por 10 dias consecutivos. Michael exige apenas receber comida na porta de seu quarto e não sai mais para nada. Todos estão muito preocupados com o comportamento do astro.

No avião, Molly pega o papel que Michael lhe dera e começa a ler a letra da música que ele escreveu para ela. A canção se chama For all time (Para sempre)

O sol surge nesta nova manhã

Dissipando as sombras, um pássaro canta

E se estas palavras pudessem te manter feliz

Eu faria qualquer coisa

E se você se sentir só, eu serei seu ombro

Com o toque suave, que você conhece tão bem

Alguém disse uma vez, é a alma que importa

Baby, é ela quem realmente pode dizer,

Quando dois corações se pertencem


E talvez os muros caiam

E o sol se recuse a brilhar

Quando eu disser, eu te amo

Baby, você tem que saber

É para sempre

Baby, você tem que saber

É para sempre


A lua brilha neste lindo anoitecer

Um beijo morno no ar frio da noite

E por esse amor que estou recebendo

Eu vou pra qualquer lugar

Contanto que você esteja lá


E talvez os muros caiam

E o sol se recuse a brilhar

Quando eu disser, eu te amo

Baby, você tem que saber

É para sempre

Baby, você tem que saber

É para sempre


Oh, então nesses dias quietos

Onde as almas abraçam

Tão silenciosamente

Oh, a chuva pode lavar

Todas estas palavras que os jovens amantes dizem


E talvez as paredes se esmigalhem

E o sol se recuse a brilhar

Quando eu disser, eu preciso de você

Baby, você tem que saber

É para sempre

Baby, você tem que saber

É para sempre


Diga que você nunca percebeu

É para sempre

Baby, você tem que saber

É para sempre

Baby, você tem que saber

É para sempre!

Quando termina de ler a letra da música, o rosto de Molly está banhado em lágrimas. Ela não sabe como vai ser sua vida agora sem o amor de sua vida.

Capítulo 15

Molly

Algumas horas dentro desse avião e não preguei o olho uma vez sequer. Não teve um minuto que não pensei em Michael, em todos nossos momentos juntos, em nossa noite de amor. Como ele estaria agora? Será que está pensando em mim?

O avião pousa em solo brasileiro, precisamente em São Paulo. Quando passo do portão de desembarque, avisto minha mãe, que até então só tinha visto por fotos, mas não foi difícil reconhecê-la pois além de muito parecidas, a mulher corre em minha direção para me abraçar, mas não retribuo o abraço com tanta empolgação, estou ainda totalmente desolada com os últimos acontecimentos.

- Querida, abrace sua mãe, não nos vemos há tanto tempo. A ultima vez que nos vimos você só tinha 5 aninhos. Você se tornou uma moça tão linda! – Sara diz com um grande sorriso após desfazer o abraço e me analisar cuidadosamente de baixo para cima.

Dou um sorrisinho sem vontade – Desculpe, só estou exausta. Eu só quero ir logo para o lugar que vai ser minha casa daqui pra frente – Digo e saio andando, a mulher quase corre para me alcançar. Ficamos esperando minhas malas chegarem enquanto conversamos pouquíssimo e finalmente saímos do aeroporto em direção à casa de Sara.

Eu sabia falar um pouco em português já que minha mãe sempre estava ligando e muitos membros de minha família do Brasil também mantinham contato comigo. Meu pai sempre estava estudando a língua junto comigo. Queria que eu aprendesse outros idiomas além da minha língua materna.

Sara havia se formado em odontologia quando conheceu meu pai, foi justamente aos Estados Unidos para fazer uma pós-graduação em sua área. Atualmente era dentista e tinha uma clínica junto com o marido. Quando cheguei ao apartamento senti um enorme vazio. Ele era muito bonito e espaçoso mas eu não tinha mais a paisagem de Neverland, os animais, o parque, a vista incrível daquele lugar e... Michael.

- Filha, preparamos um almoço bem brasileiro para você, espero que goste – Comentou Sara quando chegamos ao apartamento.

O cheiro da comida invadiu meu nariz mas aquilo me embrulhou o estômago. O vazio que eu sentia era tão grande que não sentia nem mesmo fome.

- Mamãe, obrigada pela gentileza, mas eu quero muito descansar agora, não quero comer nada por enquanto, estou completamente sem fome. Acabei comendo demais no avião – Menti dando um sorriso forçado.

- Tudo bem querida, vou lhe mostrar seu quarto – Diz me guiando para um dos quartos. O quarto era uma suíte, assim como meu quarto em Neverland. Havia uma bela vista da janela mas o que me chamou a atenção foi um mural, cheio de fotos minhas em várias fases da minha vida, desde bebê até atualmente. Eu não acreditava que minha mãe havia guardado tantas fotos assim. Consegui formar um sorriso verdadeiro pela primeira vez desde que deixei Neverland.

- Minha filha, estou preocupada com você. – Diz Sara se sentando na cama. – O seu pai está muito triste contigo. Eu quase não pude acreditar, você é uma menina tão maravilhosa, nunca deu trabalho para ele. Venha conversar mais tarde comigo e me conte o que aconteceu, ele não entrou em detalhes sobre o que aconteceu. – Dizendo isso, me deu um beijo na testa e deixou o quarto.

Tomei um banho e após isso dormi, dormi tudo o que não havia dormido no avião, dormi por quase um dia inteiro. Só vim acordar por volta de uma da manhã. E foi impossível não lembrar de que nessa mesma hora, estava amando pela primeira vez. Ainda podia sentir o toque suave de Michael sob minha pele e deixei escapar mais um sorriso enquanto suspirava. Mas logo uma tristeza se apossou de mim e novamente uma sessão de choro começou e só parei quando adormeci em meio a uma torrente de lágrimas.

Acordei cedo no outro dia, após um banho e minha higiene matinal, resolvi procurar minha mãe para conversarmos. Decidi que não lhe contaria nada sobre Michael. Apenas iria falar que conheci um cara mais velho que trabalhava em Neverland e começamos a ter um envolvimento, quando meu pai descobriu, ficou furioso e me mandou pra cá, pois não aprovava o relacionamento.

- Eu entendo seu pai meu amor, ele só quer o melhor pra você. E ele pode ter visto algo nesse homem que o fez ficar desconfiado, os homens sempre sabem como os outros pensam. Ele fez isso para seu bem, Molly.

Revirei os olhos sem deixar minha mãe perceber. – É mãe, ele só quer o meu bem. – Falei debochada. – Mas não me importa que ele queira o meu bem, mamãe. Eu amo esse cara, o meu pai está me separando do único homem por quem me apaixonei, isso não é justo comigo. Sempre fui uma boa filha. –Digo já querendo chorar

Sara me abraça e faz carinho em meus cabelos – Ah minha filha, você é tão jovem! Ainda vai se apaixonar muito, vai ter muitos amores para viver. Está na flor da idade.

Faço uma careta de reprovação e olho séria pra minha mãe – Eu não quero viver amores, mamãe. Quero viver um amor, meu e de Mi.. de Milles. – Digo nervosamente quase deixando escapar o nome de Michael, ufa.. que bom que pensei rápido, minha mãe poderia ficar desconfiada.

- Tudo bem querida, não vamos discutir, o tempo é o melhor remédio. Seu coraçãozinho pode estar partido agora, mas o tempo vai curá-lo e você vai esquecer esse homem, daqui uns meses, talvez semanas, ou até mesmo em dias vai conhecer outro rapaz, vai ver. – Disse Sara sorrindo e se despedindo para ir ao trabalho. 

Capítulo 16

Narradora

Ah, se tudo fosse como Sara imaginava. Sua filha não esqueceu esse homem por quem se apaixonou. Se passaram os dias, semanas, meses e Molly se lembrava dele todos os dias e sentia seu coração sangrar a cada pensamento. Sara começou a se preocupar com a filha, que comia muito pouco, vivia trancada em seu quarto, sempre com o olhar triste e perdido. Cogitou até mesmo levá-la a um psicólogo mas a garota se recusou. Dizia que o tempo iria curá-la como sua mãe fantasiava.

Enquanto isso em Neverland, a situação de Michael não era muito diferente, continuava do mesmo jeito, não saiu de seu quarto por quase um mês inteiro. Alguns familiares o procuravam mas ele se recusava até mesmo recebê-los. Os funcionários ficavam comentando, tentando descobrir o que aconteceu ao Senhor Jackson, mas apenas um funcionário sabia de tudo. Frank, o veterinário dos animais.

- Ninguém sabe o que houve com o homem, Frank! Eu já estou aqui há cinco anos e quando não está viajando, o Senhor Jackson vem aqui todos os dias ver os animais, algumas vezes ele mesmo os alimenta. Vivia circulando por esse rancho, esse lugar é a alegria dele. Agora ele só fica naquele quarto. – Disse Mark preocupado. Mark era um funcionário encarregado de alimentar os animais de Michael.

Nesse momento, uma preocupação começou a surgir em Frank. Ele não convivera muito com Jackson mas percebia que todos gostavam muito dele, sempre estavam falando bem do homem. Ele sabia o que aconteceu e nesse momento seu orgulho falou mais alto e logo seus pensamentos de ódio sufocaram o fiozinho de preocupação que surgira nele.

***

Neverland, 13:50, Michael

Ligo o chuveiro e a água morninha começa a descer pelo meu corpo, acalmando mais meu estado de espírito, me fazendo esquecer por alguns segundos todo o tormento pelo qual tenho passado nos últimos tempos. A falta que sinto de Molly escureceu meus dias. Só o que fiz ultimamente foi compor músicas melancólicas, todas sobre minha garota. Molly, ah Molly... a menina que me encantou. A pele aveludada como pêssego, os lindos cabelos longos e loiros, a boca rosada e carnuda ... Nesse momento a imagem de Molly passando a língua em meu membro de baixo para cima lentamente e logo após o abocanhando enquanto me olha maliciosamente, vem em minha mente, quando ela estava me chupando com tanta vontade naquela noite. Não aguento e meus instintos masculinos começam a falar mais alto, quando desço meu olhar para meu pênis, vejo que ele já está apontado. Ah como queria Molly ali, ajoelhada me satisfazendo. Mas já que não tinha ela, teria que dar o meu jeito. Envolvi a mão em meu pênis e logo comecei a movimentá-la, ganhando velocidade pouco a pouco. Eu gemia me lembrando da boca de Molly, dos seus seios, da sua vagina apertada e gostosa. – Ahh Molly!! Gritei o nome da minha amada enquanto me masturbava cada vez mais rápido, apertando meu membro. Aquele alívio nunca vinha, aquele prazer era tão difícil de alcançar, eu me desesperava e mordia os lábios. Até que libero três jatos de meu sêmen contra o box do banheiro, chegando ao orgasmo. Mas não me senti nenhum pouco satisfeito, eu queria estar agora dentro de Molly, amando-a como nunca.

Brasil, 17:50, Molly

Mais um final de dia. Preparo a banheira para mais um banho. A cada dia que passa, eu só pioro. Não falo com ninguém sobre o que me machuca, não quero ver as pessoas de minha família e só apareço algumas vezes fora do quarto. Já dentro da banheira mais uma vez, penso em Michael, mas pensamentos obscenos vem a minha mente, pensamentos daquela noite que tivemos. Lembro de cada momento delicioso e sinto meu clitóris vibrar. Desço uma mão até meu sexo latejante e posiciono o dedo em meu clitóris que agora está muito sensível por conta da excitação do momento. Começo a movimentá-lo ali, mordo os lábios sentindo prazer, movimentando meu dedo cada vez mais rápido mas sinto falta de algo dentro de mim, precisamente sinto falta  do membro de Michael me preenchendo, alargando com sua grossura, indo fundo dentro de mim, me fazendo sentir um prazer imenso que nem chega perto do que sinto agora. Com esse pensamento, afasto meus dedos do meu clitóris. Lágrimas grossas descem ininterruptamente, choro de raiva por tudo o que está acontecendo na minha vida, pela falta que sinto de Michael, pelo que o destino nos fez.

Capítulo 17

Narradora

Mais meses se passaram para Michael e Molly. Estavam levando sua vida normalmente, mas sentindo falta um do outro a cada respirar. Um pedaço de Molly ficou com Michael e um pedaço de Michael foi embora com Molly. Molly queria seguir sua vida em outras áreas que não fosse a amorosa, só tinha espaço para um homem em seu coração e era seu Michael. Mas não podia ficar sem fazer nada a vida inteira. A garota tinha planos de começar a estudar jornalismo, o que fez sua mãe ficar muito feliz, pois percebera uma melhora no estado de sua filha. Era um milagre ela estar querendo fazer algo novo em sua vida, mesmo percebendo que a tristeza em seu olhar nunca sumira, estava sempre ali. Michael por outro lado, aos poucos começara a sair de seus aposentos e circular somente pela biblioteca, não queria ver o rancho, pois na vez que tentou, ele via claramente a imagem de Molly correndo pela grama e rindo como a garota que era, o que o fez pensar que estava ficando louco. Era o final do primeiro ano que estavam separados. Ele também começou a receber visitas, de sua mãe, dos sobrinhos e de alguns poucos amigos.

***

Michael

Mais um dia que tento me levantar da cama e a primeira imagem que me vem à mente é Molly, meu amor... Como ela deve estar agora? Já faz tantos meses desde que ela se foi. Será que está com alguém, triste, feliz... Eu queria muito saber dela, mas o destino fez questão de nos separar e não sei se um dia a verei novamente. A única pessoa que pode me dar informações é Frank, mas ele nem olha para mim direito. 

Eu sigo amando-a mas a saudade que sinto, rasga o meu coração a cada pensamento que tenho dela. Decido levantar e me arrumar. Me dirijo até o closet para pegar uma camisa branca. Olho para para cima e me lembro do lençol da cama de Molly. Logo após ela ir embora, fui até o quarto dela onde fizemos amor. O lençol estava com uma mancha de sangue, o sangue da sua virgindade. Resultado da noite que tivemos, a noite que ela perdeu sua virgindade comigo. Nos entregamos tão intensamente um para o outro, fora uma noite realmente mágica. Então eu peguei o lençol e o guardei em meu closet. Não lavei. Queria que ficasse do mesmo jeito, pois foi ali em cima que Molly e eu nos amamos e aquela era a prova que fui o primeiro homem de sua vida.

 O telefone toca me tirando dos devaneios.

- Sim?

- Senhor, tem uma visita à sua espera. É a Srta Presley, deseja vê-lo.

Lisa Marie Presley, filha de um dos meus ídolos favoritos. Éramos amigos. Nos conhecemos quando bem jovens. Eu já era adolescente e Lisa ainda criança. Havia algum tempo que não nos falávamos, seria bom ver alguém que não via há tanto tempo e eu gostava da companhia de Lisa, ela sempre me fazia rir.

- Por favor, diga que em cinco minutos estarei na sala de visitas. Sirva-a caso ela queira comer ou beber algo, obrigado.

- Tudo bem Senhor, farei isso, obrigada. - Repousei o telefone no gancho. Seria bom receber uma visita. Já fiquei tempo demais desligado de tudo, desligado do mundo. Sei que não posso viver assim para sempre. Em algum momento terei que deixar as pessoas entrarem na minha vida novamente.

Termino de dar os últimos retoques em meu visual. Quando chego à sala, Lisa está linda e muito bem vestida vindo me cumprimentar. Sorrio, um dos raros sorrisos que tenho dado nos últimos tempos. Conversamos por quase toda a tarde. Lisa conta suas aventuras tirando gostosas gargalhadas de mim que me divirto com suas histórias. Ela me faz bem. Me faz esquecer um pouco da dor do meu coração partido. Depois desse dia, as visitas de Lisa começam a se tornar mais frequentes e nossa amizade começa a se fortalecer a cada encontro que temos. Mas meu coração não irá se abrir para alguém tão cedo. Ainda estou muito machucado.   

Capítulo 18

4 anos depois. 

Narradora

Michael continuou o seu trabalho, produziu um novo álbum, saiu em turnê mundial para divulgá-lo e agora já estava voltando de suas viagens que o deixaram exausto. Dançar com tanta intensidade como dançava lhe custava muito e o fazia sentir dores, mas amava seu trabalho, produzir sua música, sua arte e receber de volta o amor de seus fãs. Foi o que lhe salvou, ele se jogou de cabeça em seu ultimo projeto, fazia de tudo para não se lembrar de Molly, continuava a amando, muito. Mas o vazio que ela deixou quando foi embora, estava ali, sempre ali.

Molly por outro lado já estava completando o terceiro ano da faculdade de jornalismo. Havia começado a participar de algumas festas que seus amigos insistiam em convidar, mas eles estranhavam o comportamento de Molly. Ela era engraçada, ria e se divertia, mas nunca a viram beijando nenhum garoto nessas festas e nem na faculdade. Pôxa, já a conheciam a três anos e nunca a viram com ninguém.

***

Michael

Havia acabado de chegar em Neverland. Dorothy, minha governanta anunciou uma visita. Quando cheguei até a sala, me impressionei com a pessoa a minha frente. Era Lolla, uma amiga que Molly tinha convidado certa vez para uma festa na piscina. Será que tinha alguma notícia da minha garota?

- Olá senhorita, posso ajudá-la em algo? – Digo ao me sentar apressadamente em sua frente, ansioso pelo o que ela tem a falar.

- Sim, o senhor pode me ajudar. Na verdade, acho que sou eu quem irá ajudá-lo. – Lolla anuncia com uma expressão maliciosa no rosto.

- Fique a vontade para falar.

- Michael, eu sou uma das poucas pessoas que sabia do envolvimento que teve com Molly no passado – Me arrepio ao ouvir o nome da minha menina – Bom, mas tenho que abrir seus olhos. – Lolla pigarreia, seus olhos vagueiam pelo chão de madeira e sobem até encontrarem os meus novamente. - Aquela falsa estava te enganando! - Lolla brada com raiva - Eu vou explicar como. Antes de vir morar nesse lugar maravilhoso que é Neverland, ela tinha um namorado no colégio, Johnny. Eles eram muito apaixonados, e devo confessar que eles continuaram a se encontrar depois que ela veio morar aqui, e presumo que ao mesmo tempo que estava com você, ela estava com ele também. Ela estava te traindo Michael.

Meus olhos se esbugalham em fúria. Nesse momento meu coração sofre um golpe. No primeiro momento, devo dizer que não acredito em nada.

- Não diga sandices! A senhorita só pode estar equivocada, muito equivocada. – Regulo minha voz que soa falha por conta das revelações recentes de Lolla. - Molly estava apaixonada por mim. Essa é uma acusação muito séria! – Digo com esperanças de tudo ser apenas delírio da mente de Lolla. Nunca confiei muito nela, sempre percebi seus olhares despudorados pra mim.

Lolla põe a mão sobre a boca, abafando uma risada – Eu tenho provas Michael, certamente não estou delirando, se não acredita no que digo, ouça com seus próprios ouvidos. Eu tenho gravada uma confissão de Molly.

Lolla tira um gravador da bolsa e o liga, a voz de Molly surge e invade meus ouvidos, fazendo todos os meus pelos se arrepiarem.

- Eu amo você meu amor, você é o único que eu amo! Não vejo a hora de nos casarmos um dia e termos filhos lindos, eu quero ser sua pra sempre! – Ouço a voz de Molly soar apaixonada

- Eu também amo você minha bela! Você é tudo o que eu sonho todos os dias, não esqueço dos seus beijos um segundo sequer – Ouço uma voz masculina falando apaixonadamente também.

- Acredita agora? – Lolla pergunta com desdém

Lágrimas inundam meus olhos e molham meu rosto derrepente

- Se retire imediatamente da minha casa e não volte nunca mais – Falo baixo, a voz embargada pelo choro.

- Devia me agradecer Michael, estou abrindo seus olhos. Ela enganou você!

- SAI!! – Solto um grito que a faz tremer de medo e finalmente ela sai cambaleante porta a fora.

Também não estou muito diferente, meu mundo gira e perco as forças das pernas. Não, não! Não posso acreditar que isso seja verdade. Minha Molly, aquela garota que se entregou para mim de corpo e alma estava me traindo! Molly era minha, somente minha. Ela não podia ter feito isso comigo. Começo a chorar desesperadamente. Um ódio crescente em meu coração me faz ficar fora de si – QUEM É ESSE DESGRAÇADO? – Grito novamente. Avisto um vaso perto do sofá e o arremesso contra a parede. A fúria me domina por completo. Estou profundamente magoado. Mesmo não sendo a forma mais madura de lidar com isso, faço algo que me alivia temporariamente. Dou início a uma destruição em minha sala de visitas. Desde porta retratos a vasos de flores são atirados contra as paredes e o chão. Dorothy entra correndo na sala quando escuta os vidros se estilhaçando.

- Senhor, senhor! Pare! Está destruindo tudo... – Diz a mulher embasbacada com a cena. Nunca deve ter me visto neste estado, já que geralmente mantenho uma conduta pacífica e calma com todos que me conhecem.

- Não se meta Dorothy, eu preciso descarregar a minha fúria – Digo com os olhos cheios de ódio. Sinto uma fisgada em meu braço, vejo o sangue escorrendo. Ótimo, me cortei em meio ao ataque de ira.

- Senhor, está sangrando! Venha, vou lhe fazer um curativo e lhe servir um chá para se acalmar.

Já no quarto com o curativo pronto e depois de duas xícaras de chá, eu ainda chorava baixinho. Dorothy se sentou perto de mim na cama.

- Senhor, quer me falar? Nunca o vi assim. Eu sei que sou apenas uma empregada, mas não guarde isso só pra você, se abra comigo. – Sua voz soou doce aos meus ouvidos

Olhei com meus olhos melancólicos para a mulher à minha frente. Dorothy era uma senhora de quase 60 anos, trabalhava comigo desde que Neverland fora criada, era mãe, avó e algumas vezes me tratava como um filho. Me joguei nos braços da mulher e descarreguei uma torrente de lágrimas. Dorothy se assustou com o ato pois eu nunca havia a abraçado assim.

- Ela não podia ter feito isso comigo Dorothy, não podia! – Foi só o que consegui falar. A senhora ficou lá me acalmando durante alguns minutos e quando viu que eu estava ficando sonolento, saiu do quarto e me deixou descansar.

Capítulo 19


Depois de poucas horas de sono, meu espírito ainda estava atormentado. Abri os olhos, sentindo a necessidade de achar Molly, de achar aquele desgraçado que estava com ela! Eu queria matar esse homem! Nunca senti tanto ódio na vida, foi quando recebi uma ligação em meu quarto dizendo que Lisa estava à minha espera em outra sala, porque a de visitas ainda estava destruída.

- Mande ela vir ao meu quarto em 20 minutos – Digo já desligando o telefone não esperando a resposta da pessoa do outro lado da linha. Me aprontei rapidamente, ficando irresistível como sempre. Antes de Lisa chegar, procurei o lençol da cama de Molly no closet. Peguei o pano em minhas mãos. Olhando para ele furioso, rasguei-o todo de uma só vez, gritando, liberando toda a ira que estava em mim naquele momento. O larguei em um canto qualquer. 

Ouvi batidas em minha porta, fui até ela abrindo-a, Lisa estava sorridente, mas não foi o rosto dela que vi, mas sim vi claramente Molly ali, sorrindo com aquele sorriso de menina. Agarrei Lisa e sem esperar que ela dissesse uma palavra, ataquei sua boca com beijos intensos. Lisa não protestou, se entregando aos meus beijos, tentando acompanhar meu ritmo.

Minhas mãos eram apressadas no corpo de Lisa, passando por todo canto que eu encontrava e Lisa se entregava aos beijos e toques como nunca antes. Nos livramos rapidamente das roupas e segundos depois eu já estava com Lisa na cama, arremetendo freneticamente contra a intimidade dela enquanto Lisa só gemia lamúrias. Devia estar sentindo dor com a penetração efusiva, mas não me importava, só queria descarregar aquela fúria em Molly, sim, era com ela que eu imaginava estar transando e se ela estivesse aqui nesse momento, eu estaria fazendo exatamente igual. Lisa me lançou um olhar em meio aquele sexo selvagem que estávamos tendo e por um segundo o rosto que vi foi novamente o de Molly, aquela face retorcida pelo prazer que ela fez para mim na noite que selamos nosso amor. O ódio aumentou nesse momento e comecei a meter ainda mais forte em Lisa, a penetrava tão duro que por um segundo cheguei a pensar que estava a machucando, mas não me importei novamente, continuei nesse ritmo até me derramar dentro dela – Molly! – Gemi sem me dar conta do nome que pronunciei - com o impacto das investidas, Lisa goza também e talvez não tenha percebido que falei o nome de outra enquanto transava com ela. Nos deitamos lado a lado, quando eu saí de dentro dela. Me deitei de barriga pra cima com o lençol cobrindo nossos corpos, olhava fixamente para o teto com o olhar perdido e Lisa era toda sorrisos ao meu lado.

- Ah Michael, eu esperei tanto por esse dia! – Suspirou satisfeita – Não sabia que você era assim, tão selvagem! Que pegada! – Ficou lá dando risadas que logo sumiram quando me viu levantar completamente nu, sem lhe dirigir uma única palavra, logo me tranquei no banheiro.

Depois daquele dia, algo em meu coração parecia ter morrido e o ódio substituído o sentimento de amor que há tanto tempo reinava em meu coração por Molly. Eu nem conseguia mais pensar nesse nome. Decidi que enterraria essa garota, enterraria tudo o que lembrava ela e colocaria Lisa em seu lugar. Lisa, que era a única que sempre estava comigo ultimamente, ela me fazia companhia, me fazia rir um pouco, me fazia esquecer a presença de Molly ainda vívida em minha casa e agora era também um bom sexo. Não como fora com Molly, isso nunca alguém poderia ser, mas já satisfazia um pouco meus desejos de homem.

***

Brasil, Molly

Minha família estava toda na sala. Minha mãe, o marido dela e meus dois irmãos menores. Esqueci de mencioná-los, eles existem. Para o meu azar, meu padrasto era fã de ninguém mais, ninguém menos que Michael Jackson, sim, ele mesmo. Ele acompanhava tudo o que Michael fazia, tinha todos os vinis que ele lançara até então e hoje sentou com a família em peso para assistir o MTV Video Music Awards. Michael iria abrir as apresentações e os comentários que rolavam é que ele tinha uma surpresa. 

De início, eu não queria me juntar à família, alegando trabalhos acumulados da faculdade, mas assim que Carlos, meu padrasto ligou a TV e o programa começou, fui logo para trás da porta espiar tudo. As cortinas se abriram e Michael surgiu. Eu o vi. Ele estava com a pele mais pálida porém sua beleza só aumentara, sua postura imponente vestindo aquelas roupas estilo militar me deixaram suspirando. Eu nunca mais tinha visto nada sobre Michael, sabia que tinha lançado um álbum mas não procurei ver nada sobre ele. Eu tinha medo de descobrir que ele já tinha alguém. E foi nesse exato momento que notei uma mulher ao lado de Michael, estavam de mãos dadas.

- É A LISA MARIE!!! – Carlos grita eufórico

Fiquei observando com um nó se formando em minha garganta a cada movimento de Michael e da mulher. Ele sorria para ela e ela sorria muito para ele, algo estava acontecendo. Michael parecia tão bem, sua voz macia adentrou meus ouvidos fazendo meus olhos fecharem, tamanha saudade que estava de escutar aquele som. Michael falou algumas palavras e após isso, a imagem que vi me fez estacar, o ar me faltou, nada se mexia em meu corpo, o tempo pareceu ter congelado. Michael tirou seus óculos escuros e migrou seus lábios para os da mulher que estava com ele, foi um beijaço. 

As pessoas na tv aplaudiam e urravam, o que meu padrasto fazia também na sala.

- É ISSO AÍ MICHAEEEL! PEGA MESMO!! UUUUULLLLL – Ele gritava ensandecido enquanto os meus irmãos e minha mãe riam.

Mas eu não estava nada feliz, muito pelo contrário, não queria ficar ali nem mais um minuto vendo Michael beijar outra. Saí correndo para meu quarto e não consegui impedir que as lágrimas rompessem em torrentes. Ele tinha alguém!

Depois de algumas pesquisas, descobri que Michael havia se casado e sua esposa era Lisa Marie, filha de Elvis Presley. Não podia ser! E o nosso amor? Michael prometeu que seria pra sempre. Mas como eu era boba por ter acreditado nele. Eu estava tão confusa, me sentia perdida, sem chão, queria nesse momento estar morta e o que fiz em seguida iria preocupar muito minha família nos dias que se seguiram. Caminhei pisando duro até o banheiro querendo quebrar a primeira coisa que visse, parei em frente ao espelho e olhei para meu rosto banhado em lágrimas. Minha mão direita pareceu criar vida e voou, dando um soco forte no espelho do armário fazendo o estilhaçar em pedaços e cortar minha mão, os cacos entrando em minha pele. Eu não procurei fazer um curativo, não procurei ajuda, eu só queria chorar e sangrar. Deslizei devagarinho pela parede até ficar encolhida no chão gelado do banheiro (aquela típica cena de novela mesmo que vocês estão imaginando) e fiquei lá, sangrando e me debulhando em lágrimas até adormecer. 

Capítulo 20

Narradora

Horas se passaram, até que Sara que já estava sentindo falta de Molly na casa, foi à procura da filha. Ficou horrorizada com a cena que encontrou quando adentrou o banheiro da moça. Molly estava deitada inconsciente em cima de uma poça de sangue. Um grito de horror foi dado no apartamento e o marido de Sara veio às pressas ao seu encontro.

- Não deixe que os meninos venham aqui Carlos! – A mulher gritou do banheiro

Depois de ver Molly caída no chão, o marido de Sara levou os filhos para o apartamento de uma vizinha e depois disso, levaram Molly às pressas para a emergência mais próxima. 

***

Molly

Olhei ao redor, eu estava em um lugar muito lindo. Havia um lago, esculturas de crianças em bronze, árvores, flores de toda cor e uma melodiosa música clássica tocando ao fundo. Espera aí... isso aqui é Neverland. Como vim parar aqui? Giro meu corpo e olho para trás, contemplo a casa de Michael naquele estilo tudor fantástico.


– Ai meu Deus, não posso acreditar que estou aqui! – A porta da casa se abre e Michael sai de lá, vestido de preto, lindo como sempre, os cachos úmidos. Posso até mesmo sentir seu cheiro abaunilhado. Mas então, Lisa vem atrás dele. Eles estão de mãos dadas e Michael a puxa para um beijo, um beijo igual ao que deram na tv. Eles parecem não notar que estou ali e então com um grito estridente, finalmente acordo.

Meus olhos pesados se abriram aos poucos, porém fechei-os rapidamente quando uma luz forte os atingiu. Fui abrindo-os devagar até me acostumar com a claridade daquele lugar. Ótimo, estou em um quarto de hospital. Meus olhos migraram para minha mão, estava toda enfaixada, o que me fez lembrar dos últimos segundos antes de apagar. Michael e aquela mulher, sangue e depois a escuridão. Com certeza minha mãe deve estar pensando que foi uma tentativa de suicídio.

Realmente, como havia imaginado, eu tinha preocupado muito a minha mãe. Logo após eu ter tido alta do hospital, voltamos para casa.

- Querida, agora vai me contar o que deu em você? – Sara me perguntou logo após me cobrir com o lençol quando me deitei na cama.

- Mamãe, você sabe, os estudos deixam as pessoas assim às vezes. Estou bastante estressada com as provas e trabalhos acumulados da faculdade que enlouqueci e soquei o vidro do armarinho, foi só isso. – Minto. Obviamente não contaria o verdadeiro motivo de minha angústia.

- Meu amor, você me deixou muito preocupada! Chegamos a pensar que você tinha tentado se matar – Sara sussurrou a ultima frase, lágrimas se formaram em seus olhos azuis.

Droga. Não queria fazê-la sofrer, nem se preocupar comigo. O que fiz foi totalmente por impulso, sem me importar com as consequências. Eu senti tanta raiva. Raiva de Michael, de mim, do nosso amor proibido que não pôde ser vivido. E agora fico sabendo que ele seguiu sua vida e em grande estilo, está até mesmo casado. E não é comigo. Mas o que eu queria? Já se passaram tantos anos. Ele não iria me esperar para sempre. E já estava mais do que na hora de eu seguir com a minha vida também.

- Não mamãe, jamais faria isso. Pode ficar tranquila. – Digo tranquilizando-a e forço um pequeno sorriso. - Agora por favor, me deixe descansar um pouco. Amanhã mecho nesses trabalhos. Não estou com cabeça para nada agora. – Digo já me virando para o outro lado, me aconchegando na cama.

- Tudo bem filha, durma com Deus – Após dar um beijo em meus cabelos, mamãe sai do quarto, apagando a luz e fechando a porta.

Mas não dormi nada aquela noite. Tinha que seguir de vez minha vida. Queria encontrar alguém, assim como Michael encontrou. Comecei essa nova fase a qual eu estava me propondo a entrar, por mudar meu visual. No outro dia bem cedo, fui a um salão e pedi um corte de cabelo. Cortei meus longos cabelos deixando-os mais curtos, agora na altura dos meus ombros. Não queria parecer com aquela menina que Michael conhecera. Eu era uma mulher agora e devia encarar a vida como tal. 

Mais tarde quando anoiteceu, era a hora de ir à caça. Me arrumei como nunca antes, botei um vestido sexy que marcava bem as minhas curvas, uma maquiagem forte e saltos. Mamãe ficou deslumbrada quando me viu tão linda e sexy naquele vestido. Disse à ela que ia sair com umas amigas, mas era mentira, saí sozinha mesmo e fui direto para uma balada.

Capítulo 21

Ao chegar ao local, fico a observar as pessoas dançando, algumas já bêbadas. O que eu queria mesmo essa noite era seduzir algum homem e levá-lo para algum lugar mais privado. Com isso em mente, me encaminho direto para a pista de dança e começo a dançar sensualmente, movendo meu corpo no ritmo da música. Logo um rapaz se aproxima de mim por trás, dirige suas mãos até minha cintura e começa a dançar juntinho comigo.

- Está sozinha moça? – O rapaz fala em meu ouvido sensualmente

Me viro e enlaço os braços em volta do pescoço do rapaz que é alto e loiro e tem um porte físico forte, “até que é gostoso” – Penso maliciosamente

- Agora não estou mais - sorri maliciosamente pra ele

- Posso te pagar uma bebida então? – oferece

Claro! – Digo já sendo guiada por ele, que pega minha mão levando-me até o bar.

Não sou nada acostumada com bebida alcoólica, e quando menos espero me encontro já embriagada, enquanto percebo que ele não bebe tanto. Talvez ele queira ficar sóbrio para o que iremos fazer quando sairmos daqui.

- Acho que você já bebeu de mais mocinha! – Diz o rapaz um pouco alterado também me entregando uma garrafa de água. Bebo quase todo o conteúdo da garrafa e alguns minutos depois estou mais recomposta.

- Tudo bem. Eu não estou acostumada a beber. Mas me conte mais sobre você, você namora, fica com alguém? – Questiono mais sóbria.

- Ah não gatinha, eu não tenho namorada não. A ultima quase me matou. Ela me pegou no flagra transando com a melhor amiga dela. Foi trágico, quase morremos. – Diz o rapaz dando gargalhadas, se orgulhando pelo ato vil.

Reviro os olhos ao ouvir seu relato. Que otário, traiu a namorada e ainda fica se achando o máximo. Idiota! Tento disfarçar o quanto o achei desagradável.

- Bom, chega de conversa. Que tal irmos para um lugar mais reservado? – Digo já me levantando e passando os dedos no peito dele

- C-claro claro que sim! – Diz se embaralhando nas palavras, se levantando também.

Saio da balada com esse rapaz que mal conheço, e ele me leva para a casa dele. Se chama Roberto e mora sozinho.

Ao chegar à casa de Roberto, ataco a boca do homem com beijos já começando a tirar a roupa dele. Ele fica sem reação no primeiro momento, talvez não imaginasse que eu seria tão ousada, mas logo acorda e começa a tirar minha roupa também, o que não é muito difícil, pois eu saí só de vestido e logo revelo-me totalmente nua para ele, que fica estático percorrendo todo o meu corpo com os olhos. Apenas dou um sorrisinho safado o empurrando na cama já montando-o. Observo o pênis do rapaz – “Não é tão grande quanto o de Michael” – penso e começo a masturba-lo enquanto Roberto só geme enquanto estica a mão para pegar uma camisinha em sua carteira. Pego a camisinha de suas mãos e começo a coloca-la nele, apertando o pênis no processo, fazendo-o gemer mais alto, introduzo-o em minha entrada e desço lentamente, já começando a cavalgar por longos minutos, até que Roberto começa a se tremer todo e segurar minha cintura mais forte, enquanto se debate na cama sucumbindo em um orgasmo. Saio de cima dele pensando que vai ter mais. Mas minha boca se abre sem acreditar no que vejo. Os olhos do rapaz pesam e ele logo se rende ao sono.

- Desgraçado! Nem me fez gozar! – Brado com raiva e um tanto frustrada

Me encaminho para o banheiro do quarto. Até que é ajeitado. Tomo um banho rápido, me visto e antes de sair, escrevo um bilhete para ele ver quando acordar:

“Aprenda a não tratar mais as mulheres como se fossem descartáveis. Até nunca mais. Estou deixando você, assim como você deixou sua ex namorada, sem um pingo de arrependimento. Beijos gatinho, e ah, aprenda a fazer uma mulher gozar também, já que um bom tamanho você não tem também, se é que me entende hahaha” – Com amor, Molly.

***

No outro dia, Roberto acorda com uma dor de cabeça, e procura por Molly mas não a encontra, a única coisa que encontra dela é um bilhete do lado da cama no criado mudo. Ao ler o bilhete, fica com ódio de Molly e rasga-o imediatamente.

Molly por outro lado, está em sua casa, rindo do que fez com o homem.

Capítulo 22

1 ano depois. 

Molly



Eu acabara de me formar em jornalismo, agora estava com 21 anos. Minha mãe, meu padrasto e meus irmãos estavam em minha festa de formatura e estavam muito orgulhosos de mim.

Agora que finalmente me formei, estava decidida a fazer algo que já pensava fazer há muito tempo. O meu amor por Michael não mudara nada, pelo contrário, só aumentara. Não aguento mais ficar distante dele e não preciso. Já tenho 21 anos. Papai não poderá nos impedir de ficarmos juntos dessa vez.  Decidi voltar à Neverland. Agora sou maior de idade nos Estados Unidos e não há nada que possa nos atrapalhar desta vez. Sim, eu sei que Michael ainda está com Lisa, mas isso também não impede que meus planos de revê-lo sejam concretizados.

Tenho o telefone de Dorothy, a senhora que é governanta de Michael. Após alcançar o telefone, começo a discar o numero com os dedos trêmulos. Aguardo ansiosamente para ouvir a voz dela, estou tão nervosa. Tudo tinha que dar certo!

- Dorothy falando. – Ela finalmente atende. Sorrio aliviada

- Dorothy!! – Digo animadamente. Solto o ar que estava prendendo. - Quem fala é a Molly, filha do Frank. Lembra-se de mim?

- Sim, menina!! Você sumiu por tanto tempo, como você está?

- Pretendo ficar melhor querida, mas está tudo bem sim. Como andam as coisas em Neverland? – Questiono. Essa ligação é justamente para saber de algumas informações que preciso antes de ir até Michael e Dorothy não sabe mas é ela quem vai me ajudar!

- Ah, está uma correria, ainda mais agora que Lisa, a esposa do Sr. Jackson está preparando uma festa de aniversário para ele. Está deixando todos loucos aqui, quer que tudo fique perfeito.

Uhmmm, uma festa...

- É mesmo? A festa será no dia 29 então?

- Sim, será sim. Querida, agora preciso desligar, estão me chamando para receber algumas encomendas que chegaram. Depois nos falamos mais.

- Tudo bem, um beijo. – Desligamos os telefones

Eu não podia estar mais feliz! Uma ideia surgiu em minha mente. Eu iria aparecer para Michael e seria na festa dele, que seria nesse final de semana. Eu tinha três dias para aprontar tudo para minha viagem. Comuniquei à minha mãe que iria fazer uma viagem de férias, para comemorar que terminei a faculdade e agora queria descansar. Disse que ia para Los Angeles. Estava com saudade do meu pai também e iria visitá-lo. Nesses anos todos, Frank sempre me ligou porém eu nunca quis atender nenhuma de suas ligações. A ferida ainda estava aberta e eu não sei se um dia fecharia.

Três dias depois, eu estava embarcando para o aeroporto de Los Angeles. A viagem toda praticamente não dormi, pensando em tudo o que aconteceria dali pra frente. Eu queria ver Michael, queria ver a cara que ele ia fazer quando me visse. Claro, teria que ter muito cuidado para que Lisa não desconfiasse de nada, não apenas ela, qualquer um não poderia saber que eu estava ali por Michael.

Ao chegar no aeroporto, pedi um táxi até Santa Bárbara. Instalei-me em um hotel pequeno. Faltavam apenas algumas horas para anoitecer e para começar a festa de Michael. Tratei de tomar um bom banho com essências, deixando minha pele bem macia e cheirosa. Havia comprado um vestido vermelho de cetim que se agarrava em meu corpo, deixando minhas curvas mais acentuadas. Me maquiei muito bem maquiada, coloquei o vestido em meu corpo e quando me olhei no espelho, me vi mais bela do que nunca. Estava perfeita! Após me perfumar muito, pedi um táxi até Neverland. Mas agora tenho um problema. Como entrarei lá sem que Michael fique sabendo? Cruzei os dedos e fechei os olhos pedindo que estivesse na portaria alguém que me conhecesse e me deixasse entrar sem nenhum problema.

A sorte estava ao meu lado hoje! Quando o meu carro chegou próximo ao portão, um homem se aproximou. Abaixei o vidro do carro e quando o homem me viu, imediatamente me reconheceu.

- Molly! Meu Deus, como você cresceu! E se tornou uma bela mulher – Disse Bill impressionado. Bill era um dos vários seguranças que trabalhava para Michael e havíamos nos tornado amigos no tempo que vivi aqui.

- Bill! Que bom que é você que está aqui. Bom, eu vim para o aniversário do Senhor Jackson, mas não tenho convite... Me deixe entrar, sim Bill? – Pedi fazendo charme

- Claro garota! Você é de casa, pode passar. – O homem disse sorridente

- Obrigada Bill, você é um amor! – Digo jogando uma piscadinha para Bill

- Molly, sentimos sua falta. Principalmente seu pai. Devia ter ligado pra ele, garota. – Disse Bill com pesar

- Eu vim pra ficar Bill. Tenho muito o que conversar com papai. Vim para me desculpar também. – Falei olhando em seus olhos

Os carros de trás começam a buzinar e Bill manda que abram os portões para que meu carro passe. Abaixo o vidro para que ninguém me veja.

Capítulo 23 - O Reencontro

Meus olhos vagueiam pelas paisagens através do vidro. A linda Neverland começa a se revelar sob meus olhos. Lembro-me nitidamente do dia que cheguei aqui pela primeira vez e um filme começa a passar em minha cabeça. Michael todo galante beijando minha mão, aquele sorriso encantador de tirar o fôlego, sem falar em como estava lindo no dia que nos vimos pela primeira vez. Eu me lembrava de cada detalhe. Esses cinco anos que se passaram, para mim parecia que eu não vivera nada, só existira. E meu coração começava a bater mais forte agora, como se estivesse vivendo de novo apenas com o pensamento que estava no mesmo lugar que Michael e logo mais o veria. Após pagar a corrida, deixo o carro. Nesse momento já era noite e após dar alguns passos, notei um burburinho se formando próximo de onde eu estava. Era um grupo de pessoas, falavam alto e pareciam preocupados. Me aproximei mais para ouvir melhor o que falavam.

- Desculpa pessoal, agora vocês vão ter que se apresentar sem mim. – Disse uma mulher sendo amparada por dois homens do grupo e outro analisando o pé que ela havia acabado de torcer.

- Jully, você é a cantora principal, não tem ninguém que cante como você. – Disse o homem que estava ao seu lado

A sorte estava mesmo ao meu lado! Esse grupo de pessoas devem ser cantores e dançarinos. Provavelmente farão uma apresentação, mas agora sua cantora principal não poderá se apresentar porque torceu o pé. Mas eles nem imaginam que a solução para o problema, chegou a tempo. Porque eu, meus queridinhos, sei cantar e dançar muito bem, outro segredinho que não contei.

- Com licença. – Disse me aproximando mais e algumas pessoas abriram espaço para eu entrar no meio da roda. - Desculpe escutar a conversa de vocês. Vi que precisam de uma cantora. – Nesse momento, todos os olhares se voltaram para mim. - Bom, eu canto muito bem. Sempre cantei em musicais desde pequena. Vão se apresentar com qual música?

- Nasty Naughty Boy da Christina Aguilera. – Disse Jully, a cantora após se sentar com a ajuda dos amigos.

- Vocês estão com sorte! Sei cantar muito bem essa música. – Sorri confiante

- Faria isso mesmo? – Jully pergunta e eu assinto com a cabeça. – Bom, temos que ouvir sua voz. Acompanhe o pessoal para passar a música com eles. – Disse com dificuldade, o rosto contorcido de dor – Olha, você precisa caprichar, porque é uma apresentação para Michael Jackson. Está sendo muito difícil pra mim não poder cantar no aniversário dele, então por favor, dê o seu melhor e lhe serei muito, muito grata. – Jully pediu olhando fixamente nos meus olhos.

- Pode deixar comigo. Tenho certeza que não irá se decepcionar. – Disse com sinceridade.

Após nos despedirmos, Jully é levada em uma ambulância e eu me encaminho com o grupo até o local da apresentação. Após nos acomodarmos no palco, começo a cantar as primeiras notas da música e todos se encantam com minha voz. Consigo alcançar as notas altas da música nas horas certas, até os gemidos que tem na canção, consigo fazer igual, deixando todos impressionados. Pronto, eu serei a cantora. Nessa apresentação, um homem se sentará em uma cadeira em frente ao palco, onde cantarei olhando diretamente pra ele, e em alguns momentos terei que seduzi-lo, descendo do palco e indo até ele. E esse homem meus amigos, será Michael... o aniversariante do dia.

Tomo uma lufada de ar, estou um pouco ansiosa, nem acredito que minha volta à Neverland será mesmo triunfante e que Michael me verá pela primeira vez em muito tempo de uma forma tão inesperada. Está sendo inesperado até mesmo para mim que acabo de vestir um vestido sensual que seria da outra cantora, ele coube perfeitamente em meu corpo. Estou pronta para levar Michael à loucura.

É chegada a hora. Eu e os dançarinos nos posicionamos no palco, a luz está baixa no local, só com um globo de luz iluminando precariamente o salão. Noto quando as pessoas começam a adentrar o lugar, o salão vai se enchendo em poucos minutos. Lisa entra com Michael dando instruções de que ele terá que sentar na cadeira que está no centro do salão, rapidamente ele se acomoda. Só observo a cena. Pela primeira vez em tantos anos, me sinto desconfortável por estar ali no meio, sendo o centro das atenções. Quando tudo está pronto, a banda começa os primeiros acordes, chegou a hora.

- Come here big boy... Dou início a canção com a voz carregada de sensualidade, aveludada e um pouco rouca enquanto me insinuo no palco, fazendo movimentos lentos e provocativos ao som da música. Me deixando levar pela sensualidade que essa música tem.


(Ouça a musica enquanto lê)

Você tem sido um garoto muito, muito mau

Eu vou usar meu tempo para aproveitar

Não é preciso sentir vergonha

Relaxe e experimente meu champagne

Pois eu vou te dar uma pequena amostra do sabor

Do açúcar abaixo da minha cintura

Seu garoto safado

 

Eu te darei um pouco de uh lala

Você quer dormir comigo?

Eu vou te deixar suado

Te deixar quente, incomodado e molhado

Seu garoto safado

 

Garoto indecente, malcriado

 

Baby, por tudo que valha a pena

Eu juro que eu serei a primeira a te enlouquecer

Agora se você está pronto, venha e me pegue

Eu te darei meu amor quente, doce e sexy

 

Se apresse, não diga nada

Eu vou te dar o que você merece

Agora é melhor você me dar uma amostra

"Bote a sua cobertura no meu bolo"

Garoto safado

 

Observo também todos os movimentos de Michael que vez ou outra se meche na cadeira e aperta os dedos. Os dançarinos dançam sensualmente e quando a música começa a ficar mais alta, desço as escadas lentamente indo em direção à Michael que morde os lábios conforme vou chegando perto.


Oh não, lá vou eu de novo

Eu preciso ser punida, porque eu fui má

Então deixe meu corpo falar

Vou fazer você deslizar naquele amor quente, doce e sexy

 

Faço algo inesperado, danço em volta de Michael, vez ou outra passando as mãos no peito dele, até que paro em sua frente sem ninguém esperar, me sento no colo dele, quase em cima de seu membro, e sim, há uma ereção ali. Michael fica estático, suas mãos rapidamente voam até minha cintura e a apertam.


Ohh ha!

Vamos papai!

Ohh, ohh, ohh ohh oh yeah

Oh yeah oh, vamos, querido!

 

Eu vou te deixar suado

Te deixar quente, incomodado e molhado

Garoto safado


Garoto indecente, malcriado

Garoto safado

 

Baby, por tudo que valha a pena

Eu juro que eu serei a primeira a te enlouquecer

Agora se você está pronto dê para mim

Apenas me dê aquele amor quente, doce, sexy

 

Agora me puna!

Ohh, é só isso que consegue fazer?

Vamos agora, não brinque comigo!

 

Oh dê-me aquele quente, doce e safado

Garoto, não me faça esperar

Agora é melhor você me dar uma amostra

"Bote a sua cobertura no meu bolo"

Garoto safado

 

MM

Michael passa as mãos pela minha cintura e me olha procurando meu rosto, acho que ele está me reconhecendo, ele conhece bem o meu corpo. Em um momento da música, só se ouve o som da banda, aproveito esse tempinho para chegar bem pertinho do ouvido de Michael onde sussurro rapidamente antes de voltar a cantar: “Sentiu minha falta garoto safado?” Dou uma risada baixa em seu ouvido, vendo-o se arrepiar. Logo começo a cantar novamente continuando no colo de Michael rebolando discretamente em alguns momentos no colo dele. Firmo mais as pernas em Michael e viro meu corpo até minha mão tocar o chão como se estivesse fazendo uma ponte. Nesse momento, ele aperta mais minha cintura para me equilibrar. Volto à posição anterior e ainda consigo mais uma oportunidade de dançar para Michael. Levanto e viro de costas para ele, começo a rebolar no ritmo da canção, me insinuando para ele, que não tira os olhos do meu traseiro. Meus olhos percorrem o corpo de Michael até chegar em suas calças e noto que a ereção só se avolumou.  Caminho novamente para o palco e finalizo a performance. Todos ficam de pé para aplaudir, o que dura alguns segundos, pois todos gostaram muito da apresentação. As luzes se acendem enquanto todos batem palmas. 


Meu olhar e o de Michael se cruzam pela primeira vez em cinco anos. No rosto de Michael não há nenhuma expressão, ele parece não acreditar no que vê, parece estar vendo um fantasma em sua frente. Apenas sorrio pra ele esperando sua aprovação, mas logo Lisa se aproxima rindo e batendo palmas. 

- Amor, você gostou? Vamos, temos que ir, chegaram mais convidados. – Diz Lisa ajudando Michael a levantar e ele sai guiado por ela. Ele ainda olha para trás duas vezes, aturdido. O sigo com o olhar. Michael realmente ficou paralisado nesses últimos minutos. É muita coisa para ele digerir.

Capítulo 24

Saio do palco com os outros dançarinos até os locais de troca de roupa. Vou para uma sala sozinha, me olho no espelho e meu sorriso está gigante em meu rosto. Não acredito na loucura que fiz. Tiro o vestido de Jully e coloco o meu novamente. Após alguns retoques em minha maquiagem e mais perfume, escuto batidas na porta. Vou apressadamente abrir e fico surpresa ao ver a pessoa do outro lado. É meu pai. Frank não mudara quase nada desde a ultima vez que o vi. Puxo-o pela mão e fecho a porta. Sem dizer nada, me jogo nos braços do meu pai, que me acolhe de imediato, começando até mesmo a chorar.

- Papai, quantas saudades eu senti...

- Eu também minha filha, eu também – Diz abraçando-me mais forte

- Me desculpe por não ter atendido suas ligações, papai. Mesmo tendo feito isso, nunca deixei de te amar – Desfaço o abraço minimamente para olhá-lo.

- Você voltou por causa dele, não foi? – Pergunta Frank com preocupação notória em seu rosto

Viro de costas e reviro os olhos ao notar que papai está se referindo à Michael. Tantos anos sem me ver e essa é a primeira coisa que ele pergunta?! 

 – Papai, eu estou de volta! Fique feliz com isso. – É tudo o que digo encarando-o novamente.

- Só quero o seu bem. Não quero que puxe problemas para a sua vida vindo até aqui. Você é minha joia preciosa. Não tem um só dia que eu não pense em você.

- Papai, está tudo bem comigo, não tenho como estar melhor. – Sorrio forçadamente. - E não se preocupe. Não farei nada de que possa me arrepender. Agora, preciso terminar de me arrumar. Temos muito tempo para botar o papo em dia. – Digo dando uma piscada e me sentando novamente em frente ao espelho.

Frank percebeu o quanto sua filha mudara. Estou mesmo mais ousada, na fala, no jeito de andar. Ele já havia visto apresentações minhas, mas talvez nenhuma como essa. Foi realmente quente o jeito que cantei e dancei para Michael.

- Tudo bem minha filha. Vou deixá-la se aprontar. – Após dar um beijo em meu rosto, Frank deixa o pequeno camarim.

Nem um minuto se passa quando ouço novamente batidas na porta. Me levanto apressadamente. – Papai, já disse que conversamos depois... – Digo sorrindo, mas minhas palavras ficam presas em minha garganta quando abro a porta e dou de cara com a pessoa à minha frente.

Michael


Os últimos anos depois que Molly foi embora de minha vida não foram muito fáceis, eu sentia sua falta todos os dias. Quem diria que uma menina como ela iria me atingir a esse ponto, me fazendo ficar tão apaixonado assim?... Mas ela fez, e mesmo que tenha me traído, estado com outro quando estava comigo, não posso negar que esse amor só cresce a cada dia que passa. Sim, me casei com Lisa. Ela era a única que me fazia companhia durante muito tempo, sempre estava comigo em todos os momentos. Desde que transamos, começamos a ter um relacionamento e decidi que ela seria minha esposa. Foi uma ideia estúpida. Pensei que me casando com ela, automaticamente Molly sairia de meu coração. Mas nada podia tirar ela de lá. Bom, mas como provavelmente nunca mais voltarei a vê-la, decidi seguir minha vida com Lisa. Já estamos até mesmo conversando sobre começarmos a ter nossos filhos. Quero muito ser pai. Esse é um sonho que Lisa sabe que quero realizar. Ela já tem duas crianças e as vezes se mostra um pouco resistente a engravidar novamente, mas sei que um dia teremos nossa família. Ela é uma esposa maravilhosa, sempre viaja comigo, participa da produção das minhas curta metragens, está comigo em todos os lugares. Se esforça muito para me agradar, inclusive hoje é o dia do meu aniversário e ela está a uma semana preparando uma festa para mim em nossa casa. Neverland estava toda iluminada, enfeitada e pronta para receber nossos convidados. Após alguns minutos recebendo nossos amigos, Lisa sussurra em meu ouvido que tem uma surpresa para mim. Me deixo ser guiado por ela e observo as pessoas se encaminhando para o mesmo local que ela me conduz. Quando entro no salão, observo que os dançarinos e a cantora principal já estão posicionados, mas não consigo ver os seus rostos, já que a luz está muito baixa. Me sento em uma cadeira indicada por Lisa e a apresentação começa. De início a música é lenta e sensual, apesar de não conseguir ver o rosto da cantora, consigo ver sua silhueta e devo admitir que ela é bem sexy. De repente ela desce as escadas e vem até mim, após dançar em volta da cadeira, ela faz algo impressionante, senta em meu colo. Está tão envolvida com a canção, se entrega tanto à música que mal percebe quando minhas mão voam até sua cintura. Não consegui resistir, queria tocá-la. Espere... Essa cintura, esse corpo... Eu conheço esse corpo! Não posso acreditar que... – Sentiu minha falta garoto safado? – A voz de Molly preenche meus ouvidos. Sim, não estou louco! Essa é a voz dela! Foco meu olhar em seu rosto e sim, é a desgraçada. Estou tão inebriado com sua sensualidade. Ela me envolve tanto que não consigo tirar os olhos dela um segundo sequer e fico fascinado por ela. Que dança agora com o traseiro na minha frente, rebolando-o. Minha vontade é de colocar 
minhas mãos ali. Mas não posso fazer isso. Primeiro porque minha esposa está logo ali e segundo porque é Molly, justamente a garota que me enganou que está dançando para mim, me seduzindo, me fazendo ficar louco por ela. Eu não posso. Carrego a mágoa que ela me causou quando me enganou com outro homem. Não posso e não quero nenhum envolvimento com essa mulher. Pelo menos, espero controlar meus instintos, coisa que acredito que não conseguirei. Não quando se trata dela.

A apresentação chega ao fim e quando as luzes se acendem, ela está olhando diretamente pra mim, me fazendo confirmar que sim, é ela mesmo. Estou aturdido, meu pênis vibra dentro da calça. Não consegui controlar uma ereção enquanto ela dançava em cima de mim. A safada chegou até mesmo a esfregar-se em cima dele. Inferno! Não consigo desviar meus olhos dos dela e saio do meu transe quando ouço a voz apressada de Lisa me puxando para sair dali. Não consigo ouvir nada do que ela diz e ainda olho para trás mais duas vezes enquanto caminho para fora do salão com Lisa. Molly me olha com fome, praticamente me devorando com o olhar.

Tenho de fazer alguma coisa, não posso deixar ela vir até aqui como se nada tivesse acontecido. Eu não estou nem mesmo acreditando que ela teve a audácia de voltar à Neverland para me procurar. Mas não posso negar que estou mexido. Não via o seu rosto por 5 anos. 5 longos anos. 5 anos que não tinham cor. No momento que a vi, tudo pareceu clarear, como se eu estivesse voltando a viver novamente, coisa que não fiz desde que a perdi. Eu me joguei de cabeça no trabalho e no meu casamento enquanto tentava me desvencilhar de qualquer lembrança sua, mas eu só existia, não vivia de fato. Meu coração começou até mesmo a bater mais forte quando ouvi o som de sua voz em meu ouvido, sua voz entrando e dando ordem para meu coração bater novamente. Foi assim que me senti. E agora, preciso urgentemente falar com ela.

Deixo Lisa conversando com suas amigas fofoqueiras e a despisto. Vou agora mesmo a procura de Molly, tirar essa história de ela vir a minha casa sem ser convidada, a limpo! Já no camarim, pergunto para a primeira pessoa que vejo, onde está a cantora principal, o homem aponta para uma porta e me dirijo imediatamente até lá já batendo na porta, esperando ansiosamente que ela abra.

Capítulo 25

Quando a porta se abre, Molly que estava falando algo, para imediatamente. Sem esperar que ela diga qualquer coisa, entro e fecho a porta, trancando-a. Quando me viro, vejo que Molly está assustada, não esperava por mim, com certeza. Me aproximo dela, nossos rostos ficam bem perto um do outro. Olho-a dos pés a cabeça, analisando cada parte. Ficamos um tempo nos observando, ambas as respirações pesadas. Meus músculos estão tensos. Até que decido ser o primeiro a falar.

- Eu tive que vir até aqui para acreditar no que eu vi naquele palco. Então é mesmo você. – Tento dizer o mais indiferente possível, como se sua presença não mexesse comigo.

Ela fica alguns segundos me olhando. Droga, seus olhos azuis tão lindos, seu rosto perfeito, os lábios carnudos entreabertos tão perto de mim...

Ela abre os lábios em um sorriso me revelando seus dentes branquíssimos e bem alinhados - Sim. Sou eu. Ou você já se esqueceu de como eu sou? – Diz e apoia as mãos na cintura. Como está atrevida, nunca a vi agir assim. Esses anos parecem mesmo terem mudado-a. Desde sua apresentação onde ela estava tão sensual, desde agora, consigo ver que ela não é mais a menina que conheci. Se tornou uma mulher, uma mulher muito sexy... Até os longos cabelos loiros que eu amava tanto foram cortados, mas continua belíssima. Realmente sua aparência era de deixar qualquer homem babando, porém não posso me deixar levar pelos sentimentos. Concentre-se Michael!

- É um atrevimento vir até aqui. – Digo rudemente virando-me de costas. Não quero olhá-la, talvez não responda por mim.

- Não é atrevimento coisa nenhuma! Eu tenho direito de ir aonde eu quiser, sabia?! – Sua voz se altera

- Só que aqui é a minha casa e só entra quem eu quero, e não, eu não queria que você estivesse aqui. – Digo virando-me para encará-la

Molly começa a gargalhar, ela ri tanto que até põe as mãos sobre a barriga. Após o ataque de riso e se acalmar um pouco, Molly diz – Michael faça-me o favor! É claro que você me quer aqui ou se não, não se daria o trabalho de vir até aqui. Você veio aqui foi para me ver, admita! – Ela tem razão, se eu não a quisesse aqui, teria mandado os seguranças e não eu vir até aqui pessoalmente. Droga, ela era esperta. - E aí, está gostando do que vê? Olha como é ousado o que escolhi pra você – Diz dando uma voltinha para mostrar o vestido vermelho de cetim bem colado em seu corpo. Meus olhos passeiam por suas curvas perfeitas naquele vestido e sem conseguir me controlar, agarro-a pela cintura, imprensando-a contra a parede.

- Não brinque comigo garota! Não sabe do que sou capaz. – Digo baixo com o rosto bem próximo ao de Molly. Meus olhos passeiam por seus lábios pintados de vermelho.

- Ah, eu sei bem do que você é capaz – Diz olhando bem fundo nos meus olhos e aproximando os lábios dos meus.

 Meus dedos sobem e tocam sua bochecha, ela fecha os olhos se deleitando com a carícia. Já estou seduzido. Nossos lábios estão tão perto, nossas respirações se misturam, seu perfume doce invade minhas narinas, estamos prestes a nos beijar, mas novamente toda a raiva que sinto dela faz com que eu me afaste. Não posso mais ficar aqui. Apenas um toque seu, acende todo o meu corpo. Ainda consigo me lembrar de cada efeito que ela causava em mim. Sem dizer nada, me afasto. Observo a figura estática de Molly. Saio batendo a porta.



Molly

Após abrir a porta, dar de cara com Michael e ser seduzida por ele, fico alguns minutos na mesma posição que ele me deixou. Ainda conseguia sentir seu toque em minha pele, estávamos tão perto. Quase nos beijamos. Ainda temos aquela faísca, aquela energia que nos toma quando estamos juntos. Consigo sentir isso e tenho certeza que ele também! Alguns gritos dos dançarinos passando perto do camarim, me despertam dos devaneios.  Resolvo sair logo e volto para a festa.

Há muitas pessoas em Neverland esta noite. Pessoas famosas, ricas e até alguns empregados foram convidados. Um garçom passa ao meu lado me oferecendo uma taça de champanhe que aceito prontamente. Olho para todos a minha volta, procuro por Michael e o encontro. Está lindo e elegante como sempre. Roupas estilo militar que acho muito sexy, cachos úmidos e um belo sorriso em seu rosto de traços perfeitos. Ele sorri enquanto cumprimenta algumas pessoas. Ele ri gostosamente de algo que conversam. Lisa está ao lado dele acariciando seu braço. De repente, Michael percebe que alguém está olhando para ele e olha em minha direção. Nesse momento, coloca a mão nas costas de Lisa e desce lentamente para a bunda dela e fica com a mão pousada ali. Safado, quer me provocar! Outro garçom passa oferecendo mais uma taça. A pego e bebo de uma só vez todo o conteúdo da taça, pegando mais outra taça da bandeja do homem, logo sorvendo tudo também.

Quando menos espero, Lisa surge ao meu lado já falando comigo alegremente. Sim, ela mesmo. Esposa de Michael Jackson. Esposa do homem pelo qual sou louca e isso faz com que ela seja então, minha rival. Por motivos óbvios, ela não precisa saber disso. Então dançarei conforme a música...

“Será que é a bebida ou essa mulher veio correndo até aqui?” – Penso confusa e aturdida pelo excesso de álcool que ingeri nos últimos segundos.

- Você é a cantora incrível que se apresentou? – Lisa pergunta deslumbrada, seus olhos até mesmo brilham.

Ela usava um vestido branco, com pérolas envolvendo seu pescoço, saltos altíssimos (imagino eu que é para chegar até a altura de Michael, já que ela é bem mais baixa que ele). Cafona pra caralho. Brincos e um anel de diamante, acompanhado, claro pela aliança de casamento, que para minha infelicidade, Michael também tinha uma em seu dado anelar.

- Sim, eu mesma. Prazer em conhecê-la Sra.Presley, admiro muito a senhora. – Digo sorrindo falsamente. É claro que não a admiro, não sei nada sobre ela, a não ser que é filha de Elvis Presley e blá blá blá...

- Agora sou uma Jackson, querida. – Ela diz e forço meu sorriso a se sustentar. - Você é muito boa, muito mesmo! MICHAEL, QUERIDO!! Venha até aqui. – Lisa grita e acena para Michael que ao vê-la ao meu lado faz cara de poucos amigos, mas vem ao encontro da esposa. Quando se aproxima olha para mim que estou o olhando de cima a baixo. Lhe lanço um olhar desafiador quando o olho nos olhos. Michael bufa e desvia os olhos dos meus.

- Querido, olha aqui a minha nova cantora preferida! Estávamos comentando que você arrasou naquele palco. Não é amor? – Pergunta para Michael

- Claro, tem uma voz incrível – Diz sem tirar os olhos de Lisa. Noto seu maxilar travado. Ele faz isso quando está irritado.

Apesar de não estar gostando nada de vê-los juntos, estou me divertindo muito com a situação. Michael está se esforçando muito para estar ali, fingindo que nem ao menos me conhece. O que eu consigo fazer tranquilamente já que sempre fui uma boa atriz.

Lisa desvia o olhar de Michael e olha em outra direção. – Ah não, o Benjamim caiu de novo. Me deem licença, vou acudi-lo. – Sai apressadamente em busca do filho, deixando eu e Michael sozinhos.

Quando Lisa sai, nos olhamos. Michael está com as mãos no bolso e eu cruzo os braços, sentindo o vento frio da noite soprar em minha pele.

- Temos que conversar, Michael. – A primeira frase vem de mim

- Conversar? – Michael dá uma risadinha sarcástica olhando pra baixo, passando os dedos no queixo. Ele sempre faz isso quando está nervoso.

- Me encontre na piscina perto da quadra de tênis. É um lugar afastado dessa festa e teremos mais privacidade. Não precisará se preocupar que alguém nos veja. - Sem esperar uma resposta, saio caminhando lentamente. 

Capítulo 26

Michael apenas me segue com o olhar e movido pela curiosidade, alguns minutos depois que sumo de suas vistas, vai ao meu encontro no local escolhido por mim.

O local é perfeito, pouco iluminado e silencioso. Paro em frente à piscina e fico a olhá-la, imaginando o que sairá dessa minha conversa com Michael. Estou tão perdida em meus pensamentos que nem percebo quando ele se aproxima.

- Diga o que quer. – Diz Michael sem nem anunciar sua chegada.

Dou um pulinho de susto e viro-me para encará-lo.

- Calminha aí. Quer me matar do coração, é isso? – Digo ainda um pouco assustada. Coloco a mão sob meu peito que sob e desce.

- Não quero perder tempo aqui, Molly. Não está vendo a festa maravilhosa que MINHA esposa está dando pra mim? - Provoca ao enfatizar de propósito a palavra “minha”.

Engulo em seco - Não me importa a festa que a SUA esposa está dando para você. O que tenho para dizer é muito mais importante. – Digo com desdém.

- Quer saber? Não ligo para o que você tem a dizer. Me faça parar de perder tempo com essa sua conversa – Diz Michael dando as costas para sair.

- Michael, se der mais um passo, eu vou embora daqui e você nunca mais me verá – Ameaço.

Michael para de andar mas continua de costas. – A minha vida está perfeita Molly. – Diz se virando lentamente. – Eu tenho uma esposa – Começa a andar lentamente em minha direção – Tenho uma nova família – Chegando mais perto – Vamos ter filhos – Diz quase em cima de mim. Conforme Michael chega mais perto, vou me afastando apreensiva. Meus saltos já na beirada da piscina – E você veio aqui para atrapalhar!! – Grita na ultima frase, fazendo com que eu me desequilibre e caia com tudo na piscina.

Michael não se impressiona e não move nenhum músculo para me ajudar. Já eu, começo a me debater e pedir que Michael me socorra, mas ele nada faz, fica assistindo enquanto perco aos poucos as forças de meu corpo e afundo na piscina. Nesse momento Michael se preocupa de verdade. Ele pensou que eu estivesse fingindo. Apressadamente Michael tira sua jaqueta e dá um salto na piscina, mergulhando até o fundo onde meu corpo inerte repousa. Ele me pega e habilmente nos leva a superfície. Michael me coloca sob as pedras do chão e sai da piscina, vindo para cima de mim fazer uma respiração boca a boca. Quando seus lábios tocam os meus, prendo-os com os meus e os puxo, Michael percebe que eu não estou nada desmaiada e soltando a boca da minha, se afasta rapidamente, se sentando na beira da piscina enquanto me acabo em risadas. Michael nada diz, então tenho a ousadia de ir até ele e me atrevo sentar em seu colo. Os olhos negros de Michael invadem os meus mas ele nada diz. Envolvo os braços em seu pescoço e sorrio.

- Eu fui campeã de natação por 6 meses consecutivos no ginásio, sabia? – Michael continua na mesma posição sem nada dizer. Ele fecha os olhos e toma uma lufada de ar, tanto eu quanto Michael estamos tremendo. A agua da piscina estava muito fria. Precisamos tirar essas roupas molhadas ou vamos ficar resfriados.

Alguns minutos se passam, quando de repente Michael afasta a minha cintura fazendo com que eu me levante. Sem nada pronunciar, Michael se levanta também e começa a caminhar em direção à um caminho deserto. Sem ter opções, opto por segui-lo, quase tenho que correr para alcançá-lo. – Michael, Michael! Espere! O que pensa que está fazendo? Ia me deixar aqui?

Porém Michael nada diz, apenas continua andando comigo em seu encalço. Após alguns minutos andando pelo lugar deserto, onde só se via árvores e grama, avisto uma pequena casa. Muito linda e com o mesmo estilo das outras casas em Neverland.


Michael tira uma chave de seu bolso e coloca na fechadura da porta, abrindo-a e revelando um charmoso quarto.


Michael liga a luz e entro logo atrás dele.

- Precisamos de um banho. Você primeiro, por favor – Michael anuncia, cavalheiro.

Vou até o banheiro, me livro do vestido molhado e tomo um banho quente. Saio apenas de toalha e me sento na cama. Michael me observa mas logo se tranca no banheiro. Faço um biquinho de reprovação e coloco-me a esperá-lo. Minutos depois, Michael sai apenas de calça, sem direcionar em nenhum momento o olhar para mim. Vai até um armário e o abre. Consigo ver várias das camisas brancas com gola em V que Michael sempre está usando. Ele pega uma em suas mãos e anda em minha direção.

- Vista-se. – Diz Michael entregando a camisa em minhas mãos

Sem tirar os olhos dos dele, me levanto me pondo de pé à sua frente. Abro a toalha e a deixo deslizar pelo meu corpo até cair no chão. Ficando totalmente nua em sua frente. Michael não se faz de rogado e olha tudo, fitando cada parte do meu corpo sem nenhum pudor. Sorrio de lado e visto a camisa.

- É só isso que eu vou vestir? – Abro os braços. – E a parte de baixo?

Michael sobe o olhar até meus olhos, anda lentamente ao meu redor e quando para atrás de mim, sussurra em meu ouvido com sua voz rouca e gostosa – Não vai precisar de parte de baixo para o que vamos fazer. – Um arrepio percorre meu corpo com sua voz deliciosa tão próxima ao meu ouvido, mas não me deixo abalar. Fazendo-me de difícil, me afasto dele.

- Eu vou voltar pra festa! – Digo andando em direção à porta, e após destrancá-la, saio caminhando para fora da casinha.

Michael não me segue e continuo andando, mas quando olho para trás, o vejo andar apressadamente atrás de mim. Imediatamente começo a correr, me afastando dele rapidamente. Solto sonoras gargalhadas me divertindo com a situação. Olho de novo para trás e vejo o rosto de Michael ficando vermelho de tanta raiva enquanto corre atrás de mim.

- TODOS VÃO ME VER ASSIM MICHAEL! ESSA FOI A ROUPA QUE VOCÊ ME DEU! – Grito divertindo-me

- Molly, quando eu te pegar!!! – Ameaça Michael acelerando cada vez mais os passos.

Até que em um descuido, tropeço em um galho e quase caio, mas Michael é mais rápido e me agarra por trás, fazendo nós dois cairmos e rolarmos pela grama.

Capítulo 27

Quando paramos de rolar, não perco tempo e vou pra cima de Michael já começando a beijá-lo com fome, ele corresponde o beijo na mesma intensidade apertando minha pele e enfiando suas mãos dentro da camisa agarrando meus seios, enchendo suas mãos com eles. Durante o beijo e aquele fogo todo, fricciono minha intimidade na dura ereção de Michael fazendo nós dois gemermos. Desço os lábios pelo queixo de Michael e passo a língua naquele furinho que ele tem no centro do queixo e chupo-o. Continuo a descer minha boca e chupo deliciosamente seu pescoço, peito e barriga enquanto ele se inclina para trás apoiando-se sob os cotovelos para me observar. Beijo com tanta paixão a pele de Michael que faço barulhos com minha boca. Eu estava com saudades do meu homem. Meus dedos apressados abrem o zíper da calça de Michael e a puxo um pouco pra baixo revelando seu membro já ereto. Pego-o em minha mão e começo a masturbá-lo, vendo-o crescer ainda mais em minha mão, é difícil até mesmo fecha-la ali devido a sua grossura. Abaixo meu rosto ficando de frente com o membro ereto, pulsante e molhado. Deslizo minha língua de baixo para cima lentamente olhando lascivamente para cima no processo, para os olhos de Michael, fazendo a cara mais safada possível. Michael aperta meus cabelos e morde o lábio. Logo começo a dar lambidas na glande demorando um certo tempo ali entre lambidas e sugadas, fazendo Michael mexer seus quadris impacientemente. Para o desprazer de Michael, subo novamente minha língua pelo corpo dele até chegar a seu lábio, mordo-o puxando um pouco. Michael me pega pela nuca e guia minha cabeça novamente até seu pênis. Olho para ele e sorrio, o abocanho e logo chegando até a metade. No momento que estou ali, chupo-o incansavelmente, o sugo para dentro de minha boca mexendo minha cabeça rapidamente. Michael fica me observando. 

Estou de quatro chupando enlouquecidamente seu membro. Ele leva uma de suas mãos até minha bunda, e começo a acaricia-la, levando faíscas de excitação para minha intimidade. Desço mais e mais minha boca até quase colocá-lo todo dentro mas não consigo e subo novamente para recuperar o fôlego. Coloco toda minha língua para fora e o abocanho novamente, o pênis tendo mais espaço para deslizar ali. Nesse momento, Michael solta um longo gemido e começa mexer o quadril, estocando minha boca e segurando-me firmemente pelos cabelos. Sinto o membro latejar em minha boca, e nesse momento começo a sugá-lo mais e mais forte e rápido, perseguindo o gozo que segundos depois explode no interior de minha boca com jatos quentes escorrendo por minha garganta. Tomo tudo com gosto e continuo chupando, limpando todo aquele enorme pênis e lambendo os lábios. Comtemplo Michael. Seu peito arfante e sua cabeça jogada para trás. Os lábios entre abertos buscando ar. Lindo!

Michael não espera nem mais um segundo, assim que se recupera do orgasmo, ele se levanta me puxando pelo braço em direção à casinha que estávamos. Joga-me para dentro trancando a porta em seguida. Sem deixar tempo para eu pensar, Michael me pega pelos braços e me imprensa contra a parede mais próxima. Seus lábios atacam meu pescoço com beijos intensos enquanto seus dedos deslizam para baixo em direção à minha intimidade que já está molhada. Michael começa a friccionar meu clitóris sensível, estimulando-o enquanto me contorço na parede. Michael desce mais seus dedos e encontra minha entrada, enfia um dedo dentro de mim, enfia 2, 3, ele fica metendo os dedos ali, com a outra mão dá um tapa estalado em minha bunda me fazendo gritar em surpresa. Michael remove seus dedos e os lambe, lançando um olhar malicioso para mim, me derreto toda com a cena. Iniciamos um beijo, ele enfia sua língua dentro da minha boca enquanto começa a andar comigo pelo quarto até chegarmos à cama. 

Minhas pernas batem na cama fazendo-me cair deitada, Michael senta no chão na beirada da cama e puxa as minhas pernas em direção a sua boca, abrindo-as. Começa a passar a língua e beijar a parte interna das minhas coxas, quase perto de minha intimidade deixando-me inquieta na cama. Michael desliza sua língua pela minha intimidade pulsante, começa a mexer sua língua pelo meu clitóris de um lado para o outro lambendo-o, espalhando sua saliva ali e o suga demoradamente. Solto um grito de prazer e aperto os lençóis da cama. Michael desce mais sua língua até a entrada da intimidade e por estar muito molhada, consegue lentamente introduzir sua língua ali e começa a movimentá-la primeiramente em círculos, depois começa a estocar rapidamente a língua dentro de mim, enlouqueço ainda mais. As paredes vaginais começam a se apertar naquela língua e nesse momento Michael substitui a língua por dois dedos e começa a metê-los em mim enquanto suga meu clitóris, os dedos de Michael começam a ir bem fundo enquanto ele mete-os numa velocidade impressionante, fazendo-me gritar e me desmanchar inesperadamente para ele em um orgasmo avassalador. Foram os 10 segundos mais deliciosos da minha vida. O orgasmo fora tão intenso que cheguei até mesmo soltar uns jatos de dentro da minha intimidade molhando mais os dedos e boca de Michael que não para de me chupar, provando meu gosto.

Ele também estava com saudades de mim, hum?! Fico imóvel na cama de olhos fechados, aparentando até mesmo estar desmaiada. Sinto quando Michael sobe para a cama, ele rasga sua camisa do meu corpo e a tira, aproxima seus lábios do meus seios e começa a passar sua língua em um mamilo, sugando-o para dentro de seus lábios enquanto apalpa o outro seio. Abro os olhos ainda aturdida e fico observando Michael se deliciar nos meus seios. Ele junta os dois com suas mãos os deixando bem juntos e começa a dar chupões, lambidas e sugadas rápidas em um e em outro, um e outro, fazendo-me gemer em deleite. Michael continua nos meus seios chupando-os empregando força com os lábios, Michael bota um seio de cada vez todo em sua boca e fica deslizando sua língua macia nos mamilos. Sem ao menos perceber, Michael se levanta já tirando sua calça, se senta com as costas no espaldar da cama e me traz para seu colo. Seguro seu pênis e começo a passar a glande molhada pela minha intimidade, fecho os olhos sentindo sensações maravilhosas. Introduzo a glande dentro de mim e tiro, coloco e tiro novamente, fico repetindo o ato enquanto masturbo o pênis de Michael, até que o introduzo e começo a descer pela glande até chegar na metade do pênis, Michael aperta minha cintura e eu ataco os lábios dele. Michael escorrega seu membro de uma vez para dentro de mim que gemo na boca dele ao sentir toda a sua potência me invadindo. É tanto tesão naquele quarto, Michael começa a meter como um louco, dançando dentro de mim enquanto eu quico cada vez mais rápido, pulando nele.

Capítulo 28

Michael assiste os meus seios balançando pela rapidez das arremetidas, ele pega os seios e começa a abocanhá-los enquanto aperta minha bunda e mete mais fundo, nós dois gememos feito loucos. Michael me levanta pela cintura fazendo com que seu membro saia lentamente de dentro de mim. Meus olhos se fecham sentindo prazer com aquilo tudo saindo de dentro de mim. Michael me rodeia e fica atrás de mim com as mãos em minha bunda, ele leva uma mão às minhas costas, inclinando-me para que eu fique de quatro. Prontamente o faço, empinando bem minha bunda para ele. Michael passa as mãos pelo meu bumbum e começa a dar leves beijos ali e a passar sua língua, posiciona cada mão em cada nádega e começa a abri-las. Michael desce sua língua até chegar eu meu ânus, começa a movimentar sua língua em círculos ali lambendo aquele lugar apertado, molhando-o bastante com sua saliva. Desce mais sua língua até minha intimidade e começa a dar lambidas e sugadas fortes, fazendo eu esfregar minha intimidade em sua boca e soltar gemidos deliciosos de se ouvir. 

Michael se posiciona novamente atrás de mim, começa a esfregar seu pênis pela minha bunda, pega-o pela base enquanto abro mais as pernas pra ele. Michael introduz seu pênis na intimidade que desliza para dentro dela, Michael tira todo o pênis e mete-o todo, faz isso de novo e de novo e na terceira vez dá uma rebolada quando chega ao fundo, fazendo meu corpo dar um pulinho pra frente. A partir do momento que está dentro de mim, Michael estoca-me sem parar um só segundo. Nós gritamos de prazer, a cama bate contra a parede, o barulho do móvel se misturando aos nossos gritos. Michael passa a mão sob minha bunda, acaricia o lugar para depois descer em um tapa forte que me faz soltar um gemido gutural e pedir mais um tapa, que Michael dá ainda mais forte, deixando o local dolorido e avermelhado. Michael começa a estimular meu clitóris com dois de seus dedos, bulinando o clitóris hiper sensível enquanto mete mais rápido. Meus quadris nesse momento parecem voar enquanto meu corpo começa a tremer, anunciando mais um orgasmo. Enquanto um orgasmo começa a perpassar por ele, grito de prazer chegando ao ápice. Uma lágrima de emoção desliza pelo meu rosto tamanha a adrenalina da transa. Michael continua na mesma posição, agora estocando mais lentamente, só sentindo seu pênis ser acolhido pela minha vagina quentinha e apertada. Michael não quer gozar dentro de mim pois não estamos protegidos.  Ele aproxima os lábios do meu ouvido e solta a seguinte frase - “Ah, se você tomasse pílula... eu encharcaria agora mesmo toda essa bucetinha com meu gozo” – Minha intimidade pulsa e aperta seu pênis. Sim, eu tomo pílula mas não consegui ao menos raciocinar para lhe responder ao ouvir isso vindo de sua boca. Sua voz suave falando indecências como essa fizeram meu baixo ventre verberar. Michael passa seus dedos que estavam em meu clitóris, pelos meus lábios, acariciando-os e começa a forçá-los a entrar em minha boca, abro os lábios e passo a língua nos dedos sentindo meu próprio gosto, começo a chupar os dedos na mesma intensidade como se chupasse o membro de Michael. Quando os dedos estão bem molhados, Michael afasta-os da minha boca e leva-os até meu ânus, massageando o pequeno local em círculos deixando-o bem molhado, Michael abre mais minha bunda e sinto sua saliva escorrer por ali, molhando o orifício com sua saliva quente, movo lentamente meu bumbum sentindo algo quente descer por entre minha bunda. Michael me segura para que eu não me mecha. Ele retira o pênis de dentro de mim, murmuro, mas Michael não dá atenção e lentamente começa a passar a cabeça de seu pênis em círculos pelo meu ânus. 

Ali eu já tinha ideia do que Michael iria fazer. Abro um sorriso travesso. Sexo anal? Eu nunca pensei que faria isso, mas essa noite eu vim pronta para fazer tudo que Michael quisesse e com ele eu faria tudo, experimentaria tudo que ele quisesse! Michael fica alguns segundos fazendo esse movimento, pega seu pênis e aos poucos começa a forçar a glande naquele lugar tão pequeno e apertado. Michael suga o ar entre os dentes e começa a arfar quando sente eu me alargando. O suor escorre em sua testa. Com cuidado Michael vai se empurrando cada vez mais para dentro, se sentindo muito apertado por estar entrando naquele lugar, enquanto eu aperto mais os lençóis da cama e minha face se retorce sentindo dor mas não quero que Michael pare, pois quero fazer todo tipo de sexo com ele. Nos minutos seguintes Michael já desliza, ainda com dificuldade porém quase todo introduzido, segura em meus quadris e começa a estocar seu pênis de leve ali. Michael fecha e aperta os olhos se sentindo mais apertado que nunca, começo a mover os quadris dando impulso para Michael ir mais fundo, ele começa a gemer sofregamente enquanto leva sua mão até a minha intimidade e começa novamente a estimular meu clitóris, começando a movê-lo rapidamente de um lado para outro, até meus gemidos soarem em seus ouvidos. As investidas ganham um pouco de velocidade, o suor escorre em nossos corpos. Já não sinto mais tanta dor, nesse momento sinto apenas prazer por estar sendo penetrada e tendo meu clitóris sendo tocado com a mesma precisão das arremetidas pelos dedos de Michael. Michael finca os dedos de uma mão em meus quadris e a velocidade de seu membro aumenta. Ele me fode com força enquanto gritos saem de sua garganta. Olho para trás e o vejo. Os olhos de Michael se reviram, sinto quando suas pernas começam a tremular e ficarem fracas enquanto um gemido alto é liberado de sua garganta e sua boca se forma um completo O enquanto ele preenche o interior da minha bunda com seu gozo, se derramando todo dentro de mim. Com essa cena, chego a mais um orgasmo também. Mesmo com o calor do momento, ele não deixou de estimular meu nervo sensível com seu dedo hábil.

Após se recuperar do forte orgasmo, Michael sai de dentro de mim lentamente. Ele me deita na cama, passa as mãos pelas minhas pernas e as abre, leva seu pênis até minha intimidade e após brincar com sua glande em meu clitóris, ele começa a penetrar seu pênis novamente dentro da minha intimidade. Michael me penetra lentamente agora, me fazendo sentir a sensação deliciosa de tê-lo inteiramente dentro de mim. Olho para seu rosto e pensamentos de tempos atrás invadem minha mente. Mesmo com essa transa intensa que estamos tendo, sinto-o distante. Ele quase me comeu viva aqui hoje, mas em nenhum momento recebi seus carinhos, seus beijos cheios de amor que ele me dava quando eu morava aqui. Droga! Agora ele tem uma esposa. As lembranças perturbadoras de quando o vi com ela na tv invadem minha mente e o ódio me toma. Olho-o com raiva. Ele nota devolvendo o mesmo olhar. - Eu te odeio Michael! – Digo cuspindo as palavras para ele.

Michael sai de dentro de mim e um segundo depois, mete todo o grande pênis forte e rápido chegando ao fundo novamente, o que me faz soltar um gemido de dor – Eu também te odeio! – Michael diz com a voz áspera - Após mais algumas investidas, Michael sai de dentro de mim definitivamente e já se levanta. Fico apenas olhando-o vestir suas roupas. –“ Tudo o que eu queria agora era amarrá-lo nessa cama e não deixá-lo sair nunca mais!” – Penso frustrada.

Quando Michael toca a maçaneta da porta para abrir e sair, me pronuncio rapidamente. – Vai me deixar aqui, assim? Preciso de algo seco para vestir.

- Mandarei que tragam um vestido – Sem olhar para trás, Michael deixa a casinha. Aquela casinha onde fizemos amor incansavelmente.

Capítulo 29

Vou ao banheiro e tomo mais um banho passando as mãos por meu corpo, sentindo minha intimidade e meu ânus doloridos, sorrio lembrando-me do que eu e Michael fizemos há alguns minutos atrás. Após o banho e secar-me, ouço batidas na porta e com a toalha enrolada em meu corpo, me dirijo até a porta. Quando a abro, uma senhora está com um embrulho na mão dizendo que Michael mandou pra mim. Agradeço e fecha a porta quando a senhora se afasta. Abro o embrulho e tiro um lindo vestido de dentro dele, coloco-o na cama e suspiro. O vestido é muito lindo, cheio de brilho assim como as roupas de Michael. Coloco-o em meu corpo e ele cabe perfeitamente em mim. Finalmente resolvo deixar aquela casinha onde compartilhei momentos de luxúria com Michael. Volto à festa depois de alguns minutos andando mas não fico. Resolvo entrar na casa principal. Algumas coisas mudaram na casa como decorações, mas o mesmo estilo que eu via quando morava aqui, ainda estava preservado. Até o cheiro agradável e suave era o mesmo em toda a casa. Subi as escadas, indo até meu antigo quarto e para minha surpresa, a porta estava aberta e tudo arrumado como eu havia deixado. Até minhas malas já estavam posicionadas em um canto. Sento-me na cama e passo a mão pela coxa, fechando os olhos, lembro-me da primeira vez maravilhosa que fiz amor com Michael aqui em cima. Estou exausta pela noite intensa que tive. Pego um pijama em uma das malas e após me vestir, me afundo na cama, me aconchegando nos lençóis macios e pegando imediatamente no sono.

No dia seguinte, os raios solares adentram meu quarto. Desperto e um sorriso se abre em meu rosto após lembrar-me onde estou. Após um banho e minha higiene matinal, saio de meu quarto e me direciono até a cozinha. Estou com uma fome daquelas! Fiz muito esforço na noite anterior... Escuto vozes na cozinha, que identifico ser de Michael e Lisa. Quando Lisa me vê, convida-me para me juntar a eles.

- Bom dia! Molly não é? – Diz Lisa sentada a mesa esforçando-se para lembrar meu nome

- Sim – Digo sorrindo

- Venha, sente-se conosco, íamos começar a tomar o café da manhã. Você já comeu? – Se Lisa soubesse o que eu fizera ontem com seu marido não seria tão gentil assim comigo.

Michael está com cara de poucos amigos, num mau humor daqueles. Fingiu nem notar minha presença.

- Ainda não comi nada, estava justamente à procura de algo para comer, estou faminta! – Nesse momento Michael me olha e me fuzila com o olhar. Faço um esforço imenso para não rir.

- Michael também está faminto, ele já devorou um pedaço de queijo e dois pãezinhos, nem me esperou. – Lisa ri e eu a acompanho, rindo também.

Finalmente me sento e começamos a nos servir. Nos alimentamos em silêncio. Vez ou outra consigo pegar Michael me olhando de soslaio. Quem diria não é mesmo? Ontem Michael e eu estávamos desfrutando do corpo um do outro com tanta gana e agora estamos aqui, tomando café da manhã com sua esposa. Como são as coisas... – Penso me divertindo.

- Michael me disse que você morou aqui há alguns anos atrás, ele contou que é filha do senhor Frank, é isso mesmo? – A voz de Lisa me tira dos pensamentos obscenos de seu marido gostoso que não para de me fitar, peguei o safado olhando até para o meu decote!

- Sim, o que Michael disse é verdade. Eu tive que ir embora, aconteceram alguns imprevistos e eu quis ficar um tempo com minha mãe que mora no Brasil, inclusive ela é brasileira. – Digo após sorver um gole de chá

- Interessante não é, querido? – Lisa cutuca Michael que enfia uma colher em sua boca para não responder.

Observo Michael a todo custo querer fugir da conversa e resolvo deixar essa manhã um pouco mais interessante...

- Eu e Michael éramos inseparáveis quando eu morava aqui, fazíamos TUDO juntos. – Digo com fascínio fazendo Lisa ficar desconfiada.

Lisa arqueia uma das sobrancelhas e olha de Michael para mim e de mim para Michael. Michael coloca o jornal em frente o rosto, com certeza ficou vermelho. Eu me seguro mais uma vez para não rir.

- Tudo, tudo o quê? – Lisa pergunta olhando-me através dos longos cílios com rímel

- Bom, você sabe, passeávamos pelo rancho todo, andávamos a cavalo, brincávamos nos brinquedos, assistíamos filmes... tudo o que ele está habituado a fazer com os amigos. – Minto. Se bem que sim, fazíamos isso também. Mas não contei que em todos esses momentos, não nos desgrudávamos, nos beijando sempre que podíamos.

- Ah entendi. Bom, agora que Michael é um homem casado, ele não fica por aí se divertindo o dia todo como fazia. – Lisa se aproxima mais de Michael ficando bem pertinho dele. - Sabe, eu não dou tempo pra ele fazer mais nada... – Diz maliciosamente passando a mão pela perna de Michael que se mexe nervosamente em sua cadeira e levanta-se já se preparando para sair.

- Preciso ir, tenho muitas coisas para fazer hoje – Dizendo isso, Michael sai sem se despedir de mim e Lisa. Nos olhamos sem entender o que deu nele. Continuamos a conversa, falando de coisas corriqueiras e depois resolvo sair para um passeio em Neverland.


Respiro o ar puro daquele lugar enquanto ando totalmente sem rumo, apenas para espairecer a mente e colocar os pensamentos em ordem. 

Capítulo 30

Não vejo Michael durante todo o dia e nem pela noite. Decido então ir dormir, mas quando toco a maçaneta da porta, ouço uma voz afetada chamar meu nome. É Lisa. 

- Molly, querida... Amanhã teremos uma festinha na piscina! Convidei todos os meus amigos! Vai ter algumas bebidas e comidas também, tudo do melhor. Junte-se a nós, sim?! Boa noite querida - Lisa sai sorrindo e sem esperar uma resposta. – Reviro os olhos, entrando em meu quarto.

Uma festa na piscina é? Michael vai estar lá. Espero que esteja. Será uma ótima chance para provocá-lo. O dia termina. Me acomodo na cama enquanto deixo o sono vir.

***

No dia seguinte, acordo ouvindo algumas vozes do lado de fora “Devem ser os convidados de Lisa” – Penso me espreguiçando. Tomo meu banho habitual e após me arrumar, coloco um biquíni azul piscina e um vestido fino por cima. Deixo o quarto, indo pra fora, em direção à piscina. 


Ao chegar ao local, consigo notar algumas pessoas nadando e outras sentadas com bebidas nas mãos. Conto umas 20 pessoas.

- Ela chegou! – Lisa que estava sentada na beirada da piscina conversando com algumas pessoas, levanta-se rapidamente e vem em minha direção. - Gente, essa é minha mais nova amiga, Molly! Ela canta muito bem, e é uma ótima performer também. Foi ela que cantou na festa de Michael. – Ela me puxa pelo braço mostrando-me a todos.

Dou um “oi” para todos. Meus olhos passam por todo o local até encontrar quem eu queria ver desde o momento que acordei. Michael. Ele está sentado em uma cadeira de piscina embaixo de um enorme guarda sol. Ele fica com os olhos em chamas quando olha pra mim, nossos olhares se cruzam. Michael rapidamente coloca seus óculos escuros para não fazer mais contato visual comigo. Reviro os olhos me divertindo com seu mau humor. Ele fica tão sexy quando fica bravo comigo. Se soubesse que me dá tanto tesão quando fica assim...

Logo os amigos de Lisa me introduzem em uma conversa. Me sento na beirada da piscina perto de um homem muito bonito e começamos um papo. Minutos depois, resolvo tirar meu vestido enquanto olho diretamente para Michael, que abaixou os óculos de sol e está me comendo viva com os olhos, capturando cada gesto meu, enquanto Lisa que está ao seu lado conversando com uma amiga, nem percebe o que está rolando entre nós dois. Revelo meu biquíni e me divirto com as reações de Michael. Ele acaba de botar os óculos escuros novamente, talvez para não ser pego no flagra me olhando.

Eu e Ricardo, o homem que conheci, resolvemos dar um mergulho na piscina. Depois de alguns minutos nadando, nos sentamos novamente na beira da piscina e ficamos a conversar. Ele é um homem interessante, bonito, rico e ficou bem interessado em mim. Ele é muito bom de papo e consegue me arrancar algumas gargalhadas, vez ou outra, dou uma olhadinha em Michael, que está na mesma posição me vigiando. Quando de repente Ricardo pega meu rosto e aproxima os lábios dos meus que sem conseguir reagir correspondo o beijo enquanto Lisa começa a bater palmas fazendo com que todos olhem para nós dois e baterem palmas também.  Ricardo está me dando um beijaço na frente de todos, tenho certeza que Michael é só ódio agora. Quando Ricardo solta meus lábios, consigo ver quando Michael agarra a coxa de Lisa a virando para si e a puxa para um beijo também. Eu ainda rindo do que aconteceu, olho para onde todos estão olhando e fico furiosa com a cena que me deparo.

- Desculpe Ricardo, preciso ir ao meu quarto. Esqueci o protetor solar – Digo saindo rapidamente da piscina enquanto Michael continua beijando Lisa.

Michael



Desde que soube que Molly havia sido convidada para essa tal festa na piscina de ultima hora, não consegui ficar em paz. Estava inquieto. A ultima vez que a vi de biquíni, não consegui me controlar. Tenho certeza que ela irá fazer algo para me provocar e como me conheço, tenho certeza que não responderei por mim. Desde que ela chegou na piscina, não consegui tirar os olhos dela. Tive que ficar o tempo todo de óculos de sol para que ninguém me pegasse a olhando. E eu estava muito, mas muito furioso com Molly! Eu sabia que ela iria me provocar. Ficou o tempo todo grudada em um amigo de Lisa que nem me lembro o nome. Mas quando o desgraçado a beijou, eu... eu, tive vontade de matá-lo! Rapidamente pensei no que fazer e Lisa estava ao meu lado em um momento perfeito. Então já que Molly resolveu me provocar, eu também iria provocá-la. Puxei Lisa para mim e a beijei com bastante vontade.

 Quando o momento passou, abri os olhos vendo Molly deixar a piscina e entrar na casa.

- Meu amor, o que deu em você? – Diz Lisa sem fôlego se abanando, limpando os lábios borrados de batom após nosso beijo.

- Desculpe querida – Digo sorrindo para Lisa - Preciso ir até meu quarto, vou receber uma ligação importante em alguns instantes. – Lisa assente ainda sorrindo abobalhada. Me levanto e ando em direção à casa.

Após percorrer o caminho até minha biblioteca, adentro a mesma e me posiciono atrás da porta. Sei que Molly passará por aqui em alguns instantes. Dito e feito. Quando avisto aquela maravilha de mulher passando bem perto de mim, estico meu braço e a puxo, fazendo ela entrar na biblioteca. Tranco a porta ouvindo seus protestos, reclamando que a assustei.

- O que deu em você? Michael, qualquer dia eu caio dura nesse chão e a culpa vai ser toda sua!  – Diz Molly apontando o dedo no meu rosto.

Mesmo achando gracioso seu ataque de fúria, lembro-me de repente da cena de Molly e aquele cara aos beijos. A safada parecia até mesmo estar gostando quando ele a agarrou.

- O que deu em VOCÊ para beijar aquele homem daquele jeito? - Pergunto cerrando os dentes ficando bem próximo a ela, agarro seus braços a chacoalhando.  

Molly livra-se do meu aperto e solta um riso de deboche - Para a sua informação, eu sou solteira. – Vira-se de costas andando pela biblioteca - Você que é o casado aqui querido e mesmo assim não perdeu a oportunidade de me comer no seu aniversário – Diz colocando a mão sob os lábios, rindo.

Sem que passe nem mais um segundo, me aproximo de seu corpo, agarrando-a por trás sem dar-lhe tempo de escapar. Caminho com ela em direção à mesa, a viro para mim e a impulsiono a subir na mesa. Com uma mão seguro sua cintura e com a outra, derrubo tudo o que vejo pela frente no chão. Meus lábios atacam seu pescoço enquanto desamarro a parte de cima do bíquini com extrema habilidade e rapidez, deixando seus seios desnudos para mim. - É verdade. E também não vou perder a oportunidade de comê-la aqui também, em minha biblioteca! – Digo bem próximo a seu ouvido. Deslizo minha língua pelo seu pescoço até os seios de Molly, arrancando gemidos e lamúrias de seus lábios. Molly puxa minha cabeça contra seus seios me fazendo sugá-los até ficarem vermelhos e inchados. Não perco a oportunidade de deixar minhas marcas ali, dando algumas mordidas. Molly se controla ao máximo para não gritar. Boto o pano da calcinha de lado, meus dedos encontram seu ponto sensível. Começo a estimular o clitóris inchado, arrancando mais gemidos sôfregos de Molly que também toma uma atitude. Livra-se rapidamente do meu short de banho, fazendo meu pênis revelar-se já completamente duro. Sua mão começa a manusear meu membro para cima e para baixo, observo sua mão extremamente hábil me fazendo gemer em seu ouvido. Pego meu pênis com impaciência e já começo a introduzi-lo na entrada da intimidade de Molly que abre bem as pernas para me receber, como a safada gostosa que é.

Pego suas pernas e as aperto, enquanto afundo deslizando naquela intimidade quente e pulsante que me recebe ainda mais molhada. A penetração ganha velocidade indo fundo em seu interior. Molly cola nossos lábios apressadamente e gememos incessantemente na boca um do outro enquanto nos entregamos a um prazer delirante. As arremetidas se tornam tão rápidas que até receio me desequilibrar e cair com Molly da mesa. Separo nossos lábios e pego a mão de Molly levando até a boca dela, fazendo-a lamber seus próprios dedos, quando estão bem molhados por sua saliva, os direciono para o clitóris dela. Molly começa a se masturbar se entregando a gemidos, me olhando com sua cara de safada que eu amo. Me excito mais ao ver aquela cena, começo a rebolar dentro de Molly, fazendo círculos inteiros em seu interior, fazendo ela se apertar em torno do meu membro. Pego ritmo e começo a penetrá-la com mais rapidez agora. Nossos quadris se chocam cada vez mais rápido. O início do orgasmo começando a verberar em nossos corpos. Meu orgasmo se aproxima tão rápido que não consigo controlá-lo quando ele chega fazendo meu pênis latejar incontáveis vezes, enquanto a intimidade de Molly o aperta bem gostoso, sinalizando que ela também está quase lá. Sem mais conseguir segurar, libero os jatos rugindo em seu ouvido, ela também geme e distribuiu mordidas em meu pescoço, gozando maravilhosamente. As unhas de Molly arranham minhas costas e suas pernas apertam meus quadris enquanto ela ainda sente espasmos do orgasmo. Seu corpo todo treme graciosamente em meus braços. Não quero ir para nenhum outro lugar que não seja ficar aqui, com ela, em seus braços, sentindo seu carinho nem que seja por alguns breves momentos.

Capítulo 31

Molly se deita na mesa e me puxa para o seu corpo, ela acomoda minha cabeça em seus seios e fica a acariciar meus cabelos. Sorrio ao sentir seu toque suave. Nossas respirações ainda descompassadas e nossos suspiros, audíveis. O momento se quebra quando sinto algo molhado entre suas pernas. Abaixo minha cabeça e observo meu líquido escorrendo de dentro dela por entre suas pernas. Oh droga! Arregalo os olhos observando o líquido escorrer com abundância.

Levanto a cabeça e olho para Molly que ainda parece zonza – Eu gozei dentro de você! – Digo retirando bruscamente meu pênis todo melado de dentro de Molly. Me levanto rapidamente procurando a roupa.

- Michael, por que você fez isso? Sabe o que pode acontecer. – Diz Molly se levantando e após se limpar com uns papéis toalha que encontra, coloca de volta seu biquíni.

Termino de fechar o zíper do short e a pego pelos braços, imprensando-a contra a parede. – Não sei se já entendeu, mas eu mal consigo me controlar perto de você, está me deixando louco! – Digo com o rosto próximo ao dela.

Ela sorri e me empurra, me fazendo sair de sua frente – Bom... talvez daqui alguns meses você seja papai então, Michael. – Ela diz me rodeando. Me viro e ela para em minha frente acariciando seu ventre – Já pensou Michael, um filho nosso crescendo aqui? – Começa a rir ironicamente enquanto meus olhos se esbugalham em fúria, o que faz Molly rir mais alto. Irado, a imprenso novamente na parede tapando a boca dela que continua rindo e se debatendo tentando se livrar do meu aperto. Quando Molly se acalma, removo minha mão da boca dela.

- Calminha aí, ok? Eu não vou engravidar. Faço uso de pílula. – Anuncia ajeitando os fios desalinhados depois do sexo rápido e intenso na mesa.

Solto o ar que prendia ficando mais aliviado.

- Então, você Michael – Se aproxima e sussurra sensualmente em meu ouvido – Pode gozar litros e litros dentro de mim a hora que quiser. – Meu membro se mexe quando ouço sua voz macia balbuciar tais libertinagens. Ela captura o lóbulo da minha orelha com os dentes e morde, passando sua língua, me excitando novamente. Fecho os olhos absorvendo as sensações. Minhas mãos voam para sua cintura e a apertam. Ela faz questão de se roçar em mim.

Respiro fundo, e resolvo me afastar. Já estávamos demorando demais ali. Alguém podia desconfiar e resolver nos procurar. E não seria nada agradável nos encontrar sozinhos em uma biblioteca. Ainda mais com a cena caótica que está o chão. Cheio de objetos espalhados pelo mesmo.

- Eu saio primeiro. Espere um pouco para sair, para que não desconfiem. Já estamos demorando muito aqui. - Molly apenas assente. Ando até a porta e destranco-a, abro-a cuidadosamente, olho para os lados antes de continuar a caminhar. Por sorte ninguém havia percebido nada. De qualquer forma, não voltei mais à piscina pelo resto da tarde. 

Capítulo 32

Narradora

Seria sempre assim? Às escondidas? Molly não estava gostando nada daquilo. Foi a ultima vez que Molly e Michael se viram naquele dia.

Uma preocupação tomava Molly toda vez que a noite chegava. Ela não queria que Michael e Lisa transassem. Sim, ela sabia que eles eram casados e faziam isso, mas foda-se, Michael era seu e só podia transar com ela! Molly estava tentando bolar um plano para que Michael e Lisa não se deitassem um com o outro essa noite. Uma coisa que estragasse a noite deles, alguma coisa que fizesse eles não transar. Pensou e pensou, uma ideia brilhante e um pouco perigosa surgiu em sua mente fértil. Molly queria acionar o alarme de segurança para acharem que a casa estava sendo invadida por algum fã, ou repórter, algo assim. Molly tomou um rápido banho e se colocou bem cheirosa. Quem sabe dava para dar uns pegas em Michael, não é mesmo?! Se vestiu toda de preto, para dar um ar mais de espiã. Riu de si mesma quando se olhou no espelho e pediu em silêncio para que tudo desse certo.

As luzes da casa já estavam apagadas e Molly não as acendeu. Estava apenas com uma lanterna e um alicate para cortar os fios.

Enquanto isso no quarto de Michael, ele já está deitado na cama pronto para dormir, enquanto Lisa demorava horas no banheiro. De repente, ela sai de lá com uma camisola curtíssima e começa a se insinuar para Michael, andando lentamente até ficar de frente a ele na cama, tenta fazer uns movimentos com o corpo - Sabe, tenho que aprender a dançar igual a Molly. O que acha querido?

– “Você tem muita coisa pra aprender com a Molly, isso sim” – Pensa Michael querendo rir. Lisa sobe em cima da cama e engatinha até Michael, eles começam a se beijar. “Eu queria mesmo era estar transando com a Molly, mas fazer o quê, eu e Lisa somos casados. Tenho que cumprir com meus papéis de marido.” – Pensa enquanto começa a abaixar a alça da camisola de Lisa.

Voltando a Molly, a garota encontra uma caixa, parecendo ser de energia – Tem muitos fios aqui, qual será que eu corto?... Vou cortar esse vermelho! – Quando Molly corta o fio, tudo na casa que ainda estava aceso, se apaga – Ai merda, não era esse, espera, agora vou cortar esse aqui... – E corta outro fio, causando um barulho ensurdecedor, acionando o alarme da casa. Molly sobe as escadas correndo e entra em seu quarto e sai novamente na mesma hora para fingir que está saindo agora para ver o que aconteceu. Nesse momento, Michael e Lisa também saem e Lisa começa a gritar em desespero. – Fiquem aqui, eu vou ver o que é. – Diz Michael corajoso. – Cuidado Michael, pode ter entrado algum ladrão aqui! – Diz Lisa quase completamente amedrontada, quase chorando.

Molly morre de vontade de rir ao vê-la assim. Michael desce as escadas as pressas. – Eu também vou lá! – Em meio aos protestos de Lisa, Molly desce as escadas enquanto Lisa se tranca no quarto com medo.

- Senhor Jackson, estamos vasculhando todo o rancho. Quem foi que fez os alarmes dispararem ainda pode estar por aqui. Vou colocar mais gente para procurar aqui na casa também, enquanto isso, vão para um lugar seguro. Onde está sua esposa? – O segurança olha de Michael para Molly e de Molly para Michael – Ela ficou lá em cima, está segura no quarto – Molly diz sem esperar Michael falar.

- Ok, se protejam, daqui a pouco, volto para falar se a casa está segura.

Molly olha para Michael que está um pouco assustado e sem dizer nada vai em direção a uma salinha, olha para trás e pisca para Michael que entendeu seu recado. Michael a segue sem ninguém perceber e se trancam na salinha.

Só é o tempo de fechar a porta e Michael já vai atacando o pescoço de Molly com beijos quentes e apertando seus seios. Molly começa a se esfregar em Michael já sentindo o fogo entre eles aumentar. Michael senta em uma cadeira que encontra e puxa Molly pela cintura, fazendo-a se acomodar em seu colo. Michael levanta a blusa de Molly, sua boca encontra seus seios e Michael começa a suga-los, fazendo a garota delirar.

- Michael, Michael... Não podemos ficar aqui nos agarrando! – Diz enquanto Michael se delicia em seus seios, nem dando importância ao que ela fala.

Michael aperta mais sua cintura, o clitóris de Molly fricciona na ereção de Michael e ela começa a se esfregar intensamente ali.

Molly tenta se livrar do aperto de Michael, temendo que alguém os perceba ali naquela salinha. Michael resmunga algo incompreensível atacando com mais fome os seios de Molly, que revira os olhos de prazer. Ele parecia um menino guloso se deliciando com um doce.

- Você é gostosa, muito gostosa! Não consigo ficar longe...

As respirações já ofegantes, quando ouvem vozes passando perto de onde estão. Molly rapidamente se levanta e abaixa sua blusa. Michael faz um biquinho que deixa Molly com dó, abaixa os olhos até seu membro e nota a protuberância que se formou ali. – E trate de se recompor aí embaixo, hein? – Dizendo isso, Molly abre a porta e sai dando uma risadinha, deixando Michael zangado. Ele passa as mãos em seu rosto, frustrado. Ele também não aguenta mais essa situação de ter que ficar se encontrando às escondidas com Molly. Ele quer essa garota pra ele! Mas ele é casado agora e até gosta de Lisa... Não como gosta de Molly. O que ele sente por Molly, mulher nenhuma nunca fez e nunca o fará sentir. Ele se sente queimar quando ela chega perto, ele quer ela pra ele todos os dias...

Sem paciência para pensar, Michael se levanta e deixa a sala. Lisa desceu agora que a casa está mais segura. Ela e Molly estão sentadas em um sofá, Molly está a seu lado com a cabeça dela em seu peito, acariciando os cabelos dela, tentando fazê-la se acalmar. Michael assiste a cena sem acreditar no que vê. Como Molly é falsa! Molly percebe que ele a olha e apenas joga uma piscadinha e um sorrisinho sínico. Ainda manda um beijinho sem que ninguém perceba. Michael apenas ri de sua garota atrevida.

- Senhor Jackson, a casa está segura e acredito que o rancho também. Continuaremos as buscas mas todos podem dormir tranquilos agora – O mesmo segurança de antes vem até Michael para dar mais informações.

- Tudo bem, muito obrigado pelo seu trabalho – Michael agradece e se despede do homem que sai da casa.

Michael caminha até onde Lisa e Molly estão.

- Já está tudo bem garotas, já podemos ir dormir – Diz Michael olhando para as duas. Enquanto Lisa está um poço de preocupação, Molly nem está ligando muito para a situação, seu semblante é tranquilo. Claro, ela que causou aquilo, mas ninguém podia saber disso.

- Michael, tem certeza que não devemos mais nos preocupar? E se for alguém tentando me sequestrar? – Diz Lisa apreensiva, olhando para os lados.

- Ninguém vai te sequestrar Lisa, agora vamos! Preciso descansar. – Michael bufa e Lisa se levanta trêmula, se agarra a seu braço já saindo com ele – Ah, Molly, muito obrigada por ficar aqui comigo, se não fosse você me acalmando eu estaria pior, obrigada mesmo. – Diz Lisa com empolgação

- Tudo bem, não precisa agradecer. Alguém tinha que estar calmo para que a situação não piorasse. Bom, também vou subir. – Lisa assente. Os três sobem juntos e vão para seus devidos quartos.

O plano de Molly deu muito certo. Quando chega ao quarto, Lisa vai direto para debaixo das cobertas com medo, nem dá boa noite a Michael, que se deita também e fica pensando em Molly até pegar no sono. Molly por sua vez dá pulinhos e gritinhos animados quando chega ao quarto, comemorando e imaginando que seu plano deu certo.

Capítulo 33

Molly

No dia seguinte do meu maravilhoso plano, sou acordada bem cedo pelo som do telefone. “Que ótimo!” Penso bufando.

 - Bom dia – Digo com uma voz de sono após atender o telefone

- Bom dia minha princesa – Escuto a voz animada de Ricardo

“Ah, o cara da festa na piscina, o que será que ele quer?” – Penso lembrando do homem que conheci ontem. Por muita insistência de Ricardo, lhe dei meu numero, pois ele me disse que queria me conhecer melhor.

- Estou ligando para convidá-la para uma festa na casa de Elizabeth Taylor, todos vão estar lá. Inclusive Michael e Lisa comparecerão também. – Foi só ouvir o nome “Michael” que pareci acordar de verdade.

- Claro, claro que sim! – Digo já me levantando da cama

- Então te busco às 19:00. Até mais tarde gatinha – Sem delongas, nos despedimos.

Tenho que estar linda nessa festa. Claro que vou arranjar um jeito de provocar Michael. Bem que aquela sem sal da Lisa podia não ir né.

E assim se passou o dia todo. Fui a um salão de beleza e tratei de ficar bem arrumada. Perto das 19:00, já estou pronta em um lindo vestido dourado e uma maquiagem leve. Avisto pela janela, Michael andando até o carro para ir a festa.

Mas espera aí, ele está sozinho! Será que Lisa não vai com ele? Meu coração dispara. Tenho que verificar isso. Após pegar minha bolsa, deixo o quarto. Quando chego à sala, me aproximo de uma empregada que está passando por ali no mesmo momento que eu – Com licença, você sabe onde Lisa está? A procurei e não a encontro! – Digo com as mãos na cintura fingindo estar preocupada.

- Só o que eu sei é que ela está no quarto, a coitadinha está tão indisposta por causa do incidente de ontem, que nem conseguiu ir a festa de Elizabeth Taylor junto com o Senhor Jackson. Ela só quer ficar deitada, então Michael teve que ir sozinho.

- Oh, eu entendo. Bom, então se é assim, a procuro depois, melhor deixa-la descansar. – Digo tentando disfarçar a alegria ao saber que Michael vai a festa s-o-z-i-n-h-o.

- Molly, venha! Vamos nos atrasar – Grita Ricardo vestido em um belo terno.

Cumprimento-o e ele me beija no rosto quando nos cumprimentamos já do lado de fora da casa. Entramos em seu carro e seguimos à caminho da mansão de Elizabeth. Quando chegamos, avisto o belo lugar, a casa dessa senhora é realmente muito grande e linda. É tanto luxo que fico até perdida. Ricardo estaciona o carro e dá a volta abrindo a porta para mim – “Que galante” – Penso

A mansão já está lotada de pessoas. Assim como na festa de Michael, há muitos famosos também, pessoas de todos os tipos, estilistas, fotógrafos, pessoas do mundo da moda e do entretenimento em geral.  Após entrarmos na festa, Ricardo fica o tempo todo me apresentando para as pessoas, finjo estar interessada em conhecê-las mas desde a hora que entrei nessa casa, estou a procura é de Michael. – Veja, Michael está ali! Venha, vamos nos sentar com ele. – Diz Ricardo já acenando para Michael que está conversando com alguém sentado em uma mesa muito grande. Quando põe seus olhos em mim, Michael abre um lindo sorriso, mas fecha a cara quando desce os olhos e vê minha mão e a de Ricardo juntas.

- Michael, que bom encontrá-lo, convidei essa linda moça para vir à festa de Elizabeth comigo – Diz olhando encantadoramente para mim, olho para baixo timidamente mas sorrio. Michael nada diz, apenas acena com a cabeça. Olho para ele que beberica uma taça de água e consigo perceber que ele está irritado. Ricardo puxa a cadeira para eu me sentar e se senta ao meu lado, estamos sentados em frente a Michael, eu estou de frente diretamente para ele. Michael não tira os olhos de mim e eu não tiro os meus dos dele. Logo um amigo de Ricardo senta a seu lado e eles iniciam uma conversa, me deixando de lado. Fico completamente entediada e quero achar alguma coisa para me divertir... Michael está em minha frente, que tal brincar com ele? Penso maliciosamente.

Abaixo minha mão e tiro um de meus saltos disfarçadamente. Estico meu pé até encostar na perna de Michael. Ele parece não perceber pois está envolvido conversando com uma pessoa ao seu lado. Começo então a subir meu pé pela perna de Michael que começou a perceber algo tocando ele, Michael olha diretamente para mim. Olho para outro lado tentando disfarçar. Michael vira o rosto mas não conversa mais com a pessoa. Movo novamente meu pé e o subo mais, agora passando pela coxa de Michael que me olha de novo, dessa vez não disfarço, olho fixamente para ele. Decido então dar a tacada final e aproximo meu pé até tocar no membro de Michael por cima da calça, começo a movimentá-lo ali estimulando o pênis que começa a endurecer segundos depois. Michael engole em seco e olha para todos os lados para ver se alguém está vendo o que estamos fazendo. Forço mais meu pé em círculos e Michael já está suspirando, seu membro crescendo cada vez mais. Ele desce sua mão com impaciência e tenta tirar meu pé dali, olho-o com a cara mais descarada rindo pra ele e forçando meu pé ainda mais, Michael belisca meu pé. Tiro-o de vez do membro de Michael tentando rir baixo, calço meu salto. Michael está até vermelho quando se levanta, coloca seu chapéu em cima de sua ereção enquanto sai esbaforido em direção ao toalete. Apenas rio da situação e olho em volta para ver se ninguém percebeu nada e respiro aliviada ao ver que estão todos entretidos em suas conversas. A noite continua e depois de assistir a algumas apresentações. Decido me afastar e ir até a sacada observar as estrelas. Peço a Ricardo um momento sozinha, alego estar precisando de um pouco de ar.

Alguns minutos depois observando a noite linda que está fazendo hoje, sinto alguém chegar e parar atrás de mim. Sei muito bem quem é e podem se passar anos que sempre vou saber como é sua presença.

- É lindo não é? – Diz Michael olhando para o céu

- Não tão lindo quanto você, Michael – Digo na mesma posição, sem olhá-lo.

Michael sorri sentindo seu ego massageado. – Você está mesmo bem? Quando está quieta assim, tenho até medo do que virá.

- Não Michael, não estou nada bem. – Digo com algumas lágrimas se formando em meus olhos. - Eu estou apaixonada por um homem – Faço contato visual com Michael – que tem outra mulher. – limpo uma lágrima que escorreu pelo meu rosto

- O que você faria no meu lugar Michael? – Pergunto encarando o céu novamente.

Michael se aproxima. Fecho os olhos sentindo seu perfume, inalando-o e sentindo o calor de seu corpo se aproximar do meu – Eu ficaria com quem eu amo – Diz Michael com uma voz baixa e sensual próximo a meu ouvido. Suspiro e mais uma lágrima escorre. Espero alguns segundos e abro minha bolsa, tirando um cartão de dentro.

- Me encontre neste hotel, se quiser saber mais sobre esse homem, Michael. Estarei te esperando no quarto 57 – Sem esperar uma resposta, saio rebolando meu bumbum e o senti queimar com olhar de Michael.

- Ricardo querido, começou uma dor de cabeça chata. Terei que ir embora, não me sinto bem. – Digo quando me aproximo de Ricardo, colocando a mão na cabeça fingindo estar com dor.

- Tudo bem, eu te levo em casa. Só espere que me despeça de algumas pessoas, sim? – Diz Ricardo já se afastando

- Não, não, o que é isso, não se incomode. Eu pego um táxi – Digo pacientemente.

- Tudo bem mesmo? Desculpe não ter lhe dado tanta atenção, é que meus amigos não me deixam em paz um só segundo – diz Ricardo sorridente.

- Tudo bem sim. Fique tranquilo Ricardo, gosto muito da sua companhia. Bom, agora vou indo, antes que piore essa dor. Adeus – Nos despedimos com beijos no rosto.

Pego o primeiro taxi que avisto e vou em direção ao hotel. Essa noite Michael será só meu. Eu não aguento mais ficar longe desse homem um só dia. Eu já tinha tudo planejado, claro, e reservei esse quarto hoje a tarde quando estava voltando do salão, para eu e Michael nos amarmos até a exaustão e passarmos algum tempo juntos.  Sinto saudades de quando era só eu e ele o dia todo. Agora tem aquela Lisa... não aguento mais dividi-lo com ela.

Quando chego em frente ao hotel, pago o taxi. Falo rapidamente com o recepcionista e deixo avisado que meu convidado está chegando e que ele não precisa se identificar, apenas dizer meu nome. Não quero expor Michael, jamais. Subo as escadas e após adentrar o quarto e fechar a porta, começo a tirar meu vestido, ouço batidas na porta. Deve ser Michael, que rápido!

Capítulo 34

Quando abro a porta, eu e Michael nos olhamos intensamente e um sorriso surge em nossos rostos. Termino de tirar o vestido enquanto Michael fecha a porta. Quando Michael vira as costas para me olhar, estou em frente a parede completamente nua, apenas com o vestido cobrindo parcialmente meu corpo, o olhando sensualmente. 



Michael completamente seduzido, caminha lentamente até mim sem tirar seus olhos dos meus e observa tudo que pode do meu corpo. Michael enlaça minha cintura e aproxima nossos lábios, ele roça levemente seus lábios nos meus. Michael dá mordidinhas delicadas puxando e depois lambendo meus lábios. Sua língua começa a adentrar minha boca, o recebo prontamente, levando minhas mãos para a nuca de Michael, puxando levemente seus cachos macios, sinto Michael se arrepiar. Michael pega o vestido das minhas mãos e o joga em algum canto, ele cola bem nossos corpos quando o beijo começa a se intensificar. Nos deliciamos naquele beijo. Michael desce as mãos pelo meu corpo, moldando minhas curvas, elas param em meu bumbum, ele aperta e belisca minha pele deliciosamente, sua já evidente e dura ereção esfrega em minha barriga. Estamos tão envolvidos nesse beijo que ficamos alguns minutos apenas provando a boca e língua um do outro. O beijo começa a ficar mais rápido, com mais fome. Michael me aperta em seus braços, querendo sentir mais meu corpo, ele solta meus lábios e desce a boca pelo meu queixo o beijando ali, desce mais os lábios pelo meu pescoço, onde demora um certo tempo provando minha pele. Começo a me excitar já sentindo minha intimidade umedecer. Mas me lembro de uma coisa que quero fazer com Michael desde que cheguei nesse hotel.

- Michael, espere. Quero fazer uma coisa. – Digo empurrando Michael levemente.

- O que é? – Pergunta Michael com os lábios inchados após o intenso beijo.

- Tem uma piscina nesse hotel, desde a hora que cheguei estou morrendo de vontade de entrar lá com você. – Digo me afastando de Michael para procurar o biquíni

- Molly, não podemos. Alguém pode nos ver. E você sabe que podem me reconhecer. – Diz Michael se sentando em uma cadeira

- Ninguém vai nos ver, é só um pouquinho, por favor! Já é tarde, todos foram dormir. A gente vai rapidinho – Michael deixa um sorriso escapar, olha para o lado e depois de pensar um pouco, aceita o convite. – Vamos, mas não podemos demorar.

- Obrigada, obrigada, obrigada! – Digo entre beijos nos lábios de Michael quando ele se levanta.

Michael fica só de cueca e eu visto meu biquíni. Saímos do quarto em direção à piscina que por sorte é bem perto do nosso quarto. É um hotel bem pequeno e simples, só descemos as escadas e já estamos em frente à piscina. Quando já estamos em frente à piscina, damos as mãos, nos olhamos com sorrisos cumplices e pulamos de uma vez na piscina. A piscina está aquecida e uma delícia de se mergulhar. Depois de voltarmos à superfície, envolvo os braços em volta do pescoço de Michael que me abraça pela cintura. Ficamos conversando um pouco, rindo de algumas piadas de Michael, curtindo um momento gostoso, curtindo a companhia um do outro. Mas fogosos como somos, logo começamos a nos beijar. As mãos de Michael desamarram meu biquíni, tirando a parte de baixo e de cima, me deixando nua, apenas rio baixinho. Michael me leva até o canto da piscina, desce sua cueca enquanto enlaço as pernas em volta dos quadris de Michael. Michael me penetra de uma só vez. Abafo um gemido no pescoço dele que também tenta gemer o mais baixo possível quando sente seu pênis sendo acolhido pela minha vagina, sentindo-se apertado. Michael começa as primeiras estocadas, agarrando firmemente em minha cintura, aproveito para pegar impulso e começo a subir e descer em seu membro.

- Oh Michael, eu amo sentir você assim dentro de mim, tão grande! Tão gostoso! – Digo em meio a gemidos apertando os olhos, sentindo o pênis de Michael entrar e sair da minha intimidade – Mais rápido Michael, mete em mim! – Quando termino de falar, Michael aumenta a velocidade e começa a me estocar selvagemente, como um animal no cio, entrando mais facilmente dentro de mim por estarmos dentro da agua. Apenas arranho as costas de Michael já que não posso gritar o quanto aquilo está gostoso. Algumas lágrimas molham meu rosto de tanto prazer que esse homem me proporciona, Michael as seca e me beija apaixonadamente. Os corpos entram em um ritmo frenético, Michael metendo cada vez mais rápido e forte, nossos orgasmos se aproximam conforme os gemidos aumentam de intensidade, no momento que minhas paredes vaginais se contraem apertando mais seu pau, Michael solta um gemido liberando fortemente seu orgasmo, fazendo eu me desmanchar em sensações também. Os líquidos se misturam enquanto nos abraçamos forte, as respirações ofegantes. Ficamos ali um tempo até o fogo baixar e recuperarmos nossas forças.

- Só você para me fazer uma loucura dessas – Michael diz sorrindo para mim com aquele sorriso lindo de toda vez que fazemos amor acariciando meu rosto.

Capítulo 35

Meus seios balançam enquanto cavalgo freneticamente no membro de Michael, que na posição que está, tem uma vista privilegiada do meu corpo e do seu membro sendo engolido pela minha intimidade melada. Após sairmos da piscina, mal chegamos ao quarto e já fomos nos atacando. Michael passa seus olhos por todo o meu corpo, pela minha barriga lisinha, meus seios perfeitos, meu rosto contraído pelo prazer. Lhe lanço um olhar carregado de tesão e mordo o lábio, o que faz Michael apertar minha cintura e mover seu quadril, fazendo seu pênis entrar mais rapidamente dentro de mim. Sinto-o ir bem fundo e reviro os olhos de prazer.  Começo a rebolar com seu enorme pênis todo de mim, sentindo sensações que me levam a lua. Nossos olhos não se desgrudam, sorrio para Michael, ele geme guturalmente enquanto dá um tapa ardido em minha bunda fazendo-me gemer alto. Ainda fazemos contato visual quando lágrimas invadem meus olhos. Lembranças dolorosas invadiram minha mente da época que perdi Michael e não o tinha assim em meus braços, me dando prazer, me amando tão deliciosamente como agora. Lágrimas molham meu rosto e quando Michael percebe, me levanta pela cintura, fazendo seu membro sair de dentro de mim. Michael me deita na cama acariciando meu rosto.

- O que aconteceu? Eu estava te machucando? – ele pergunta todo preocupado

Não Michael, não foi isso. – Digo chorosa. Cubro o rosto com as mãos começando a chorar compulsivamente.

Michael fica fazendo carinho em meus cabelos e a minha sessão de choro, só o deixa mais preocupado. Mas de repente meu choro vai cessando e em vez de soluços, risadas surgem. Michael tira as minhas mãos delicadamente do meu rosto, sorrio travessa pra ele, ofegante pelo riso.

- Ah Molly, você estava me enganando! – Michael se irrita enquanto gargalho.

- Me desculpa! – Falo em meio aos risos

- Você quer rir? Agora vou te dar motivos pra rir! – Michael diz atacando meu ventre com cócegas que me fazem rir mais alto. Luto contra os dedos de Michael, arrumo forças para fugir dos seus dedos rápidos. Me levanto da cama e começo a correr pelo quarto. Michael pula da cama também e corre atrás de mim. Parecemos crianças rindo e correndo, até que cansada de tanto rir, caio na cama tentando recuperar o fôlego, Michael cai em cima de mim e prende minhas mãos com as suas.

- Ai Michael, você quer me matar de tanto rir! – Digo ainda rindo com as bochechas ruborizadas.

- Você me deixa doido, garota. Ao mesmo tempo em que é uma mulher linda e sexy, ainda é aquela garota brincalhona que eu conheci. Não sei o que faço com você. – Diz me olhando com fascínio.

Meus olhos migram para baixo e vejo a ereção de Michael tocando minha barriga, levo uma mão até o membro e começo a masturba-lo lentamente o apertando um pouco. – Eu sei o que você pode fazer comigo – Digo olhando maliciosamente nos olhos de Michael que apenas sorri e se afasta um pouco para introduzir o pênis em mim. Michael introduz apenas a glande e tira, faz isso 2,3 vezes lentamente e antes de se enterrar, fica brincando com a glande em meu clitóris, me fazendo suspirar alto e ficar impaciente – Michael, por favor, enfia tudo dentro de mim, não aguento mais – Digo me contorcendo como um gato na cama com aquela tortura gostosa.

- Que mocinha mais apressada. Peça direito. – Diz Michael introduzindo apenas a cabeça de seu membro e tirando.

- Me coma Michael! – Grito impaciente. Minha intimidade cada vez mais encharcada.

- Que boquinha mais suja você tem. Por isso não vou fazer o que quer – Michael cruza os braços

- Michael, por favor, enfia logo esse seu pau delicioso em mim! – Michael introduz de uma só vez o pênis, me fazendo gritar de prazer – Seu pedido é uma ordem! - Os movimentos de Michael começam lentos. Puxo seu rosto procurando seus lábios e iniciamos um beijo gostoso, me delicio com a língua habilidosa de Michael. Ficamos nesse ritmo, apenas nos sentindo, apenas sentindo um prazer maravilhoso em estarmos unidos aproveitando cada segundo da penetração maravilhosa.

Algo estranho acontece. Percebo quando a porta do quarto se abre. Como está escuro, consigo ver apenas uma silhueta feminina adentrando o quarto lentamente. Michael não vê, pois está com o rosto enterrado em meu pescoço, chupando-o. Vejo a mulher se aproximar da cama e a reconheço. A mulher é Lisa. Lisa olha fixamente para mim com os olhos injetados de ódio. Começo a gemer sofregamente no ouvido de Michael – Mais rápido Michael, mais rápido! – Michael prontamente aumenta as investidas que se tornam mais fortes e precisas no meu ponto sensível. – Oh, você enfia tão forte! É tão gostoso...- Começo a gemer mais alto de prazer, quase gritando propositalmente enquanto olho pra Lisa sorrindo e mordendo meus lábios.

Capítulo 36

Lisa começa a bater palmas. Michael ouve e quando olha para trás, seus olhos quase saem das orbitas. Michael sai rapidamente de dentro de mim. Apenas me sento com os braços cruzados, demonstrando não estar nem um pouco preocupada com a situação que se desenrolará nos próximos minutos.

- Era assim mesmo que eu queria pegar vocês! – Lisa brada completamente furiosa, fora de si.

- Lisa, por favor, é um mal entendido, eu posso explicar tudo! – Diz Michael pegando o lençol e cobrindo a ereção.

- Explicar o quê se eu já vi tudo?! Você estava transando com a filha do empregado! Michael pelo amor de Deus, existem mulheres mais interessantes e ricas por aí!

Sem acreditar no que ela disse, saio da posição em que estava. Me levanto ainda nua, ficando de joelhos na cama.

- Cala a boca! Eu sou muito melhor que você! - Digo apontando o dedo na cara de Lisa que tem o semblante tomado pelo ódio.

- Melhor que eu? – Lisa ri ironicamente. – Ah, faça-me o favor! Seu pai é o veterinário querida! E o meu pai, você e o mundo sabem muito bem quem é. – Diz Lisa desdenhando

- É, pode até ser. Mas sou eu quem seu marido procura quando quer transar... – Digo sorrindo cinicamente, vendo o rosto de Lisa ficar ainda mais vermelho

- Não tem vergonha garota? Olha pra você! Nem cobrir a sua nudez você se prestou a fazer

Michael me coloca atrás de si cobrindo meu corpo com o seu. – Lisa, eu não queria que fosse assim. Por favor, nós temos que conversar. Sei que é uma forma dolorosa de descobrir as coisas. – Diz Michael um pouco mais calmo.

- Há quanto tempo? – Lisa grita. Grossas lágrimas rolam pelo rosto dela e eu não me sinto nem um pouco comovida.

Já estava mesmo cansada dessa situação. De ter que me encontrar as escondidas com Michael, de ver o meu homem desfilando de mãos dadas com ela por todos os lados. De ter que fingir uma “amizade” com ela quando tudo que eu queria era esganá-la por ter se casado com Michael. Chega! Foi melhor ter descoberto tudo logo, mesmo que não seja a forma mais decente de descobrir que seu marido tem outra.

- Nós transamos no aniversário dele – Grito começando a rir – Na festa que você preparou com tanta dedicação. Que estúpida!

- Molly, por favor! – Michael pede me lançando um olhar furioso

- Eu vou acabar com você Michael! Você estava me traindo com essa vadiazinha! – Diz Lisa com o rosto vermelho de raiva ainda chorando

- Eu não vou deixar que ela fale assim de mim, Michael! – Interfiro empurrando Michael da minha frente - Se eu sou vadia, ótimo. Mas é seu marido que tem os melhores orgasmos quando está dentro de mim querida, e sabe por que eu sei disso? – Encaro Lisa que olha direto nos meus olhos - Porque foi ele quem me falou! – Revelo aumentando minha voz e gritando de uma vez por todas a verdade.

Lisa cambaleia para trás e antes de sair, ameaça a mim e a Michael – Vocês estão muito ferrados! Eu vou acabar com a vida de vocês! – Diz apontando o dedo em nossa direção e deixa o quarto com pressa batendo a porta com força.

 Michael se senta na cama e coloca as mãos sobre a cabeça. Apenas o olho com pesar. Ele deve estar se sentindo muito mal por Lisa ter nos encontrado transando. Talvez pensasse que tudo fosse ser de outra forma e não com gritos e ameaças como acabou de acontecer. Me sento atrás dele, repouso meus lábios em seu ombro, deixando um beijo e apoio o queixo sob o mesmo. Acaricio as costas dele. – Não fique assim, ela não vai fazer nada do que disse. – Susurro em seu ouvido.

Michael se levanta furioso e me encara – Você não devia ter falado aquelas merdas pra ela! Acabou piorando a situação, droga! Devia ter deixado que só eu falasse. – Michael explode me assustando. Eu nunca havia o visto falar assim comigo...

- Vai ficar me tratando assim agora é? Então vai lá Michael, corre atrás da sua espozinha! Idiota! – Me levanto da cama e saio pisando fundo em direção ao banheiro, onde me tranco. Me sento em frente à porta e fico ouvindo Michael girar a maçaneta tentando abri-la – Molly, sai logo daí, não tenho tempo para as suas criancices. – Grita impaciente

- Foda-se Michael, você me magoou – Começo a chorar

- Molly, não chora! Olha a situação que eu estou, não faz isso comigo. – Limpo as lágrimas, me levanto e abro a porta. Passo por Michael sem olhá-lo. Fico de braços cruzados em um canto. Michael vem em minha direção, me pega pela cintura me levantando, enlaço as pernas em torno de sua cintura, ele nos conduz até a cama. Após Michael se sentar na cama comigo em seu colo, começo a falar:

 - Eu sei que está nervoso. Eu também estou Michael, eu agi daquele jeito porque não sabia o que fazer. Juro que não foi de propósito - Começo a chorar novamente, escondendo o rosto no pescoço de Michael.

Michael me abraça enquanto fecha os olhos respirando fundo – Meu amorzinho... também não quis gritar com você, me desculpa? – Pede acariciando meus cabelos

Limpo as lágrimas e o encaro - Eu não gostei do seu tom, Michael. Já não bastava Lisa ter me chamado de vadia, você também começou a me tratar como uma! - Digo olhando com raiva para Michael. – Eu não sou a vilã, Michael. Eu não tenho culpa se... se eu amo você! – Acabo me declarando sem me dar conta das palavras que soltei.

- Molly? – Sem me dar tempo de me arrepender do que disse, Michael ataca meus lábios em um beijo intenso. O acompanho me rendendo de vez a esse amor, me entregando ao seu beijo envolvente, cheio de amor, de saudades, de sentimentos escondidos e de desejo, muito desejo por estarmos juntos.

- Eu também te amo meu amor. Sempre amei, eu nunca a esqueci, nem um só dia – Diz Michael entre beijos – Me desculpa, por favor! Você não é vadia Molly, é a mulher que eu amo e foda-se o que pensam. – Diz Michael me fazendo sorrir.

- Você fica tão sexy quando xinga! – Dou o primeiro sorriso pra ele desde que começamos a briga.

- Você me faz fazer coisas que eu nunca faria se não fosse você em minha vida, minha garota rebelde. – Michael também sorri pela primeira vez

Ficamos nos acariciando, nos olhando apaixonadamente e nos beijando por alguns minutos.

Esse momento foi um marco de uma nova fase para Michael e eu. Parece que o Michael e a Molly de cinco anos atrás haviam voltado e estavam aqui agora, nesse momento. Porque tudo o que eu e ele estávamos fazendo desde que nos reencontramos, era apenas físico, estávamos matando a saudade do desejo que sempre tivemos um pelo outro. Mas expor os nossos verdadeiros sentimentos, falar que nos amávamos, sem restrições, sem impedimentos, nos fez mostrar quem realmente somos. E somos o Michael e a Molly de sempre. Aqueles que sempre se amaram e que agora eram livres para ser, para amar, para viver esse amor que nos faz ser um do outro. Sempre fomos um do outro. Apesar da distância, apesar da incerteza, apesar da separação, das dúvidas, nada podia separar duas pessoas que nasceram para viver esse amor.

- Tudo bem. Agora temos que pensar no que vamos fazer. – Digo soltando os lábios de Michael. - Você viu o jeito que Lisa saiu daqui? E ela nos ameaçou também. Alguma coisa ela vai fazer. Eu não tenho medo dela, aquela lagartixa! – Digo venenosa

Michael solta uma gargalhada e eu o acompanho – Não tenho cabeça para pensar em mais nada hoje! Venha, vamos nos deitar e amanhã pensamos o que fazer. – Diz Michael se deitando e me puxando para me juntar a ele.

- Vamos meu amor, mas antes... – Levanto, vou até a porta e a tranco. – Pronto. Agora me sinto mais segura – Digo voltando para a cama. Michael já está deitado e puxa meu corpo para perto do seu quando me deito. Puxo o lençol para cobrir nossos corpos. – Já pensou se aquela louca aparece e nos mata enquanto dormimos?

Michael se aconchega em mim com o peito em minhas costas e o membro encostado em meu bumbum – Não pense besteiras amor, não vai acontecer nada. Eu estou aqui com você, vou te proteger – Diz espalhando beijos em minhas costas, ombros e pescoço. Após conversarmos mais um pouco, adormecemos.

Capítulo 37

Michael

O dia havia amanhecido fazia algum tempo. Porém quando abri meus olhos e comtemplei Molly ao meu lado, só pude agradecer aos céus por estar aqui com ela em meus braços. Aproveitei para olhar cada perfeito detalhe seu. Seu rosto que parece ter sido desenhado, seus lábios rosados que preencheram por esses últimos anos, os meus sonhos, os fios dourados, suas belas curvas, sua pele tão macia... Há anos não dormia bem como nessa noite. Era um tormento quando a noite chegava e eu só queria uma mulher em minha cama. Essa mulher que agora está em um sono profundo em meus braços, dormindo com o corpo bem colado ao meu como deve ser, como sempre deveria ter sido. Enquanto a observava, decidi o que farei quanto a nosso futuro juntos. Irei me divorciar e me unir a Molly. Ao amor da minha vida.

Minha mão passeia por sua coxa, seu bumbum redondinho, subindo até o quadril. Minhas carícias sobem pelo seu ventre plano e finalmente encontram seus seios. Intensifico os movimentos da minha mão ao senti-los tão quentes. Molly se meche, fazendo seu traseiro roçar em meu membro já rijo. Brinco com os bicos de seus seios, deixando-os enrijecidos. Ouço-a gemer uma lamúria incompreensível. Seus lindos olhos azuis se abrem lentamente para mim.

- Amor, me deixa dormir... – Geme manhosa com a voz rouca, típico de quem está acabando de acordar.

Espalho beijos por seu pescoço. – Dormimos muito. Precisamos levantar princesa. – Devo confessar que estou feliz com Molly me chamando tanto de “amor” ultimamente.

Molly sente algo duro tocar em seu bumbum, até que repara em minha mão em seu seio, o segurando possessivamente – Michael, você já está abusando de mim à uma hora dessas! – Molly se levanta em um pulo me fazendo rir.

- Não pude resistir. Você estava toda gostosa dormindo bem colada à mim... Minha mão tem vida própria e ama passear por seu corpo. – Digo maliciosamente.

- A mão e outra coisa também né! – Molly pisca para mim, vai para a porta do banheiro e me chama sensualmente – Me acompanha em um banho, Senhor Jackson? – Diz passando as mãos em suas curvas.

Fico a olhando por um tempo, observando toda a sua beleza até que “acordo”, indo até ela. Entramos no box do banheiro e após brincarmos um pouco de jogar agua um no outro, começamos a nos beijar. Passo as mãos pelo corpo de Molly. Pego-a pela cintura e a viro de costas, os seios de Molly se imprensam no vidro frio do box, a fazendo gemer com o contato, ela começa a gemer mais quando sente meus dedos escorregarem por sua intimidade. Acaricio o clitóris inchado de Molly e em seguida, meus dedos encontram a abertura, onde deslizo meus dedos para dentro e começo a estoca-los ali sem pausa, fazendo Molly gritar de prazer e roçar seu bumbum na minha dura ereção. Com a outra mão, seguro a cintura de Molly e a faço ir mais para trás, ela deixa seu belo traseiro bem empinado para mim. Removo meus dedos de dentro dela, e após pincelar a cabeça do membro na intimidade de Molly, a penetro, dessa vez sem pressa, apenas sentindo cada centímetro adentra-la, o que me faz fechar os olhos e gemer deliciosamente em seu ouvido. A partir do momento que me instalo ali, começo uma série de rápidas arremetidas, seguro um de seus seios e fico a beijar o pescoço de Molly, enquanto ela começa a pegar o ritmo da transa e mexer seu quadril em direção ao meu, querendo me sentir mais dentro de si. Ela geme me sentindo ir bem fundo. Lambo meus dedos e os levo até o clitóris de Molly e começo a estimulá-lo enquanto estoco ferozmente dentro dela. Os gemidos de prazer preenchem o banheiro. Parecemos dois animais no cio tamanha velocidade que os corpos vão um contra o outro. Gritamos de prazer conforme vamos chegando ao ápice. Quando sinto que estou prestes a gozar e sinto a bucetinha de Molly começar a apertar meu pênis, meto com mais força e rapidez até explodirmos juntos. Meu gozo a preenche enquanto ela se debate grunhindo e gozando também. Continuo dentro de Molly por algum tempo. Nossos líquidos escorrendo por entre as pernas dela. Respirações ofegantes enquanto a agua do chuveiro cai sob nós. As pernas de Molly ainda tremem e é preciso que eu a segure para que não caia, o que faz nós dois rirmos.

- Está vendo o que faz comigo? Agora estou mole – Diz manhosa

Terminamos o banho. Após ajuda-la a sair do box, pego a toalha e começo a secar todo o corpo de Molly, me demorando em suas coxas, bumbum, costas e seios. Ela sorri maliciosamente durante todo o processo. Pego-a no colo, fazendo ela soltar um gritinho de susto e enlaçar seus braços em meu pescoço em meio aos risos.

Levo-a de volta ao quarto e a coloco na cama cuidadosamente, passo levemente meus dedos em seu rosto, fazendo uma gostosa carícia enquanto olho-a apaixonadamente.

- Te deixei cansada amor? – Pergunto afável

- Sim e muito... eu estou até tonta – Diz Molly passando os dedos na testa – O que foi aquilo homem? Você é insaciável! – Diz com um sorriso escancarado no rosto, abanando-se com a mão.

Fico envergonhado. Ainda tenho meu lado tímido que Molly faz questão de aflorar. Começo a dar beijinhos em todo o rosto de Molly fazendo-a rir mais.

- Michael, pare, temos muitas coisas para fazer hoje. Não era você que estava apressado para nos levantarmos? – Molly segura as laterais do meu rosto observando meu sorriso – Você já pensou o que vamos fazer? Vamos chegar separados em Neverland? Juntos?

- Vamos chegar juntos! E de mãos dadas! Quero que todos saibam que você é a mulher que eu amo! – Digo sem titubear.

- Por mim tudo bem. – Molly dá de ombros. - Mas todos sabem que você é casado e vão achar no mínimo estranho. – Molly me alerta. Mas já tomei minha decisão e não vou passar mais nenhum segundo sem mostrar a todos que é Molly quem amo, ela que é a mulher da minha vida.

- Eu não ligo. Já decidi o que irei fazer. Quando encontrar Lisa, vou emitir o pedido de divórcio. Lisa foi uma pessoa muito especial para mim. Esteve comigo em um dos momentos que eu mais precisava – Digo com o olhar perdido – Mas ela nunca foi quem eu amei. Foi um erro enganá-la assim.

- Michael, eu acho que você não enganou só a ela, enganou a si mesmo achando que poderia me substituir por ela. Mas eu não te culpo, você tinha que seguir sua vida e deduziu que esse era o melhor jeito. Não se sinta mal meu amor. Agora eu estou aqui com você, e prometo que nunca mais você vai me perder – Diz Molly docemente passando as pontas dos dedos por meu rosto. Algumas lágrimas enchem meus olhos. Lembranças atormentaram minha mente. Lembranças de quando a perdi... Lembrando-me do quanto sofri. Molly acomoda minha cabeça em seus seios enquanto acaricia meus cabelos, consigo ouvir que ela também chora baixinho.

Era a primeira vez que tocávamos em um assunto que nos feria muito.

- Ficar sem você foi uma das piores coisas que me aconteceram na vida, Molly. – Comento com a voz esganiçada. - Eu me sentia morto – Digo levantando a cabeça para olha-la. O rosto de Molly banhado em lágrimas. Dolorosas lembranças devem ter invadido sua cabecinha. Molly me afasta cuidadosamente de seu corpo e se senta na cama, agora chorando muito – Michael, não faz isso comigo. Não me faça lembrar do que aconteceu com a gente, você não sabe o quanto dói. – Diz profundamente magoada. Era pior do que eu pensava.

Me sento rapidamente ao seu lado e começo a acariciar seu corpo tentando acalma-la – Meu amor, eu também sofri muito, mas vejo que você não se sente bem para falar disso ainda. Dói lembrar, não é? – Ela assente com a cabeça me olhando com os olhinhos azuis marejados. - Está tudo bem, não vou mais importuna-la. – Digo afável fazendo com que Molly se acalme. Limpo suas lágrimas com beijos depois deslizo meus lábios pelos dela e começamos um beijo calmo, lento. Um beijo de cura. Sinto o gosto salgado de suas lágrimas. Esse momento de cumplicidade me faz ficar mais unido a ela. Desejo que ela sinta todo meu amor, apoio e cuidado nesse beijo. Após terminar o beijo com selinhos, seguro o rosto de Molly a fazendo me olhar fixamente.

 - Eu estou aqui agora, Molly e eu estou disposto a passar por cima de tudo para ficarmos juntos e não vou deixar que nada nos separe. Nunca mais! Ouviu? – Digo com firmeza. Ela ouve tudo atentamente, sempre concordando com a cabeça.

- Sim, sim meu amor. Nada vai separar a gente. Nosso amor é mais forte. Eu amo você! – Diz jogando-se em meus braços. Correspondo o abraço enquanto beijo a testa dela.

Capítulo 38

Molly

Alguns minutos depois, Michael e eu nos levantamos, nos arrumamos e partimos em direção ao lar de Michael, Neverland. O caminho todo nós conversamos. O pequeno hotel onde estávamos instalados não é tão longe de Neverland e logo chegamos. Sinto algo diferente enquanto observo as paisagens de Neverland, sinto que esse lugar também é meu agora, sinto-me chegando em casa, mesmo já morando aqui, nunca senti essa sensação. Aperto mais a mão de Michael e ele me observa dar um sorriso que ilumina todo meu rosto enquanto olho o lindo lugar pela janela.

- Michael, eu estou um pouco nervosa. Não solte a minha mão, por favor – Peço quando o carro estaciona.

- Eu vou estar o tempo todo ao seu lado. Só vou soltar sua mão para abrir a porta do carro pra você. – Arregalo os olhos quando Michael sai do carro, não acredito que ele vai fazer isso.

 Ele abre a porta do carro e estende a mão para mim

- Chegamos senhorita! – Michael diz sorridente me fazendo rir de sua imitação de chofer

Seguro a mão de Michael e saio do carro e de mãos dadas entramos pela porta principal da casa. Não há muitas pessoas ali e nem reparam que Michael e eu estamos bem juntinhos. Apenas um empregado viu a cena. Frank, o meu pai. Michael e eu nos sentamos no sofá e começamos a conversar.

- Com licença, Senhor Jackson, filha – Frank nos cumprimenta anunciando sua chegada.

- Papai? – Giro minha cabeça em direção a ele ao ouvir sua voz firme. A mesma menina assustada de cinco anos atrás ressurge tomando o lugar da mulher decidida que eu me tornara.

Michael puxa delicadamente meu corpo para mais perto do seu e apoia sua mão sob minha cintura. Minha respiração acelera.

Frank fica apenas observando como Michael e eu nos tocamos, como nos abraçamos. – Eu não acreditava antes. – Ele começa - Então esse amor que você dizia sentir por Michael era mesmo verdadeiro. – Se aproxima mais - Até um cego notaria, o jeito que vocês se olham, como se abraçam... Como se um fossem o mundo do outro. – Parece estar sendo difícil para ele admitir tudo isso. Após um suspiro, ele continua - Não posso acreditar que mesmo eu tendo impedido, o amor de vocês resistiu todo esse tempo. – Frank diz, lágrimas se formam em seus olhos, logo se derramando.

Me levanto e vou até ele já o abraçando – Papai!

Ficamos abraçados um certo tempo. Desde que cheguei a Neverland e reencontrei meu pai, não senti essa conexão com ele que estou sentindo agora. Eu não me permiti. No fundo eu ainda o culpava pela desgraça que virou minha vida depois que ele me separou de Michael. E agora, nesse momento, me sinto completamente desarmada e o incrível é que pela primeira vez em muito tempo, eu não me importo em querer ser forte e fingir que nada me atinge. Desde que cheguei a esse lugar, coloquei uma máscara e tenho fingido ser alguém que não sou, só para que os fantasmas do passado não me assombrem novamente. Agora só quero aproveitar esse momento e arrancar de vez essas mágoas do meu coração.

Frank me tira dos devaneios e volta a falar – Peço perdão a você Molly e também a você Michael – Direciona o olhar para Michael que apenas assente com a cabeça - Perdoe o seu velho pai minha filha, eu agi por instinto, achei que estava a protegendo. – Diz voltando o olhar para mim

- Papai, você me fez sofrer muito. Não vamos tocar nesse assunto, por favor. Juro que não consigo falar sobre isso. Estou vendo que se arrependeu e eu amo você papai, nunca conseguiria odiá-lo. – Falo admitindo para mim mesma o quão fraca ainda sou, admitindo para mim mesma o quão frágeis são os meus sentimentos e que não consigo perdoar o meu pai completamente, pelo menos não agora. Mas mesmo assim, não deixei de amá-lo.

- É ele quem você ama, não é filha? – Frank se refere a Michael. Um largo sorriso desponta em meu rosto e assinto prontamente com a cabeça

- Eu vim aqui para abençoá-los. Venha Michael – Michael olha para mim parecendo surpreso, sorrio para ele que se levanta e se aproxima de mim e Frank.

Frank pega nossas mãos e as junta, colocando a sua por cima – Eu abençoo o amor de vocês, que resista a tudo e dure pelo resto de suas vidas. Eu entrego minha filha em suas mãos, Michael. Cuide dela, pois é o bem mais precioso que eu tenho, é a minha jóia rara. – Diz Frank me olhando com todo o amor que tem por mim.

- Eu vou cuidar Frank, ela também é o meu bem mais precioso. Não tem ideia do quanto amo sua filha, do quanto sempre amei. – Frank solta nossas mãos e o abraça pedindo perdão a ele também, que o perdoa. Eles ficam um certo tempo conversando, sobre Michael e eu, sobre Neverland e os animais. Frank dá um beijo em minha testa e após nos abraçarmos, resolvo me pronunciar.

 – Está me fazendo muito feliz, papai, agora vê que não estávamos mentindo. Sempre nos amamos. Obrigada por nos abençoar, eu te amo! – Dou mais um abraço no meu pai e logo após conversar com nós dois mais um pouco, Frank se retira, voltando para o seu trabalho.

Michael e eu estamos prontos para subir quando uma empregada aparece.

- Com licença, Senhor Jackson, tem uma mulher chamada Lolla, querendo falar com o Senhor e com a senhorita Molly.

O aperto da mão de Michael na minha mão fica mais firme só de ouvir falar o nome de Lolla. – Nós não temos nada para falar com ela, não permito sua entrada em minha casa. – O rosto de Michael é duro, firme, nesse momento.

O que deu nele para reagir assim? O que está acontecendo aqui que eu não sei? Dúvidas pairam em minha mente.

- Michael, por que ela não pode entrar? Tem alguma coisa que você não me contou? Que eu me lembre ela é minha amiga, e quero vê-la! - confronto Michael

Michael direciona um olhar frio para mim. Pisco sem entender sua reação.

- Vamos ver se vai querer continuar essa amizade quando souber o que ela andou me contando. Deixe que entre – Direciona a fala a empregada que rapidamente se retira.

Michael livra minha mão do aperto e começa a caminhar pela sala até uma poltrona, onde se senta e direciona o olhar frio para mim - Há algum tempo atrás, sua “amiga” veio até minha casa e me contou umas coisas que eu não gostei nada! – Diz ficando nervoso.

– Ela me disse que sabia do nosso envolvimento e que você, Molly – aponta o dedo para mim - estava me traindo. Ela me mostrou um gravador e quando ligou o aparelho, ouvi sua voz e a de um homem. E vocês se declaravam um para o outro Molly! – Diz Michael socando o braço da poltrona e olhando para o nada.

Que absurdo é esse? Não sei nem ao menos como reagir diante dessa declaração, não faço ideia do que ele está falando... Gravador, um homem e eu, declarações...

- Michael do que está falando? Eu não sei de gravador nenhum! Não sei o que essa louca tramou mas ela vai me explicar direitinho! – Digo andando de um lado para o outro na sala. Antes que Lolla chegue aqui, é capaz de eu furar esse chão de tanto andar em círculos...

Capítulo 39

- Olá, posso entrar? – Lolla chega e se encosta na soleira da porta.

- Por favor! – Digo impaciente, soltando o ar que prendi desde que Michael me contou o que essa cretina inventou.

 Lolla senta com certa dificuldade no sofá, está com uma aparência estranha e franzina. Sua pele está pálida. – Molly, talvez Michael já tenha lhe contado que vim aqui há alguns meses. – Começa a falar com dificuldade, a voz está falha. Deus, o que aconteceu a ela, parece debilitada... – Michael, quero que saiba que tudo foi uma farsa. Eu menti pra você. Aquela voz masculina que você ouviu, era de Brad, um amigo gay de Molly. Eles estavam ensaiando para uma peça na escola e gravaram para ver se as falas tinham ficado boas. – Lolla revela.

Michael abre a boca para falar algo enquanto olha para mim e eu também olho pra ele com a mesma expressão. Ele se levanta da poltrona e fica ao meu lado.

– Mas por que fez isso garota? A troco de quê? – Consigo perguntar

- A troco de que você estava feliz e eu não! Eu também achava Michael um gato e VOCÊ estava com ele. Bom, eu achei que após ele ter acreditado em tudo que tramei, eu ia conseguir me aproximar de Michael, mas ele ficou furioso comigo e me expulsou daqui. – Explica Lolla

- E por que está nos contando a verdade? Não conseguiu o que queria, que Molly ficasse como culpada na história? – Michael pergunta ainda perplexo com as revelações.

- Estou contando porque estou muito doente. Estou em um tratamento contra o câncer, mas só tenho algumas semanas de vida e eu precisava vir aqui e contar a verdade para você Michael. Molly nunca te enganou, a verdade é que eu nunca havia a visto tão apaixonada e feliz.

Uma torrente de revelações caiu sobre mim, tudo veio como uma chuva sob minha cabeça em tão pouco tempo. Eu não consigo digerir tudo de uma vez. Acabo de descobrir que uma de minhas melhores amigas tinha inveja de mim e era uma cobra que queria roubar Michael de mim e por isso inventou mentiras infundadas sobre mim para ele, para que ele me odiasse. E agora, ela está doente, a dias de morrer... Não posso deixar de me compadecer de sua doença e ofereço minha ajuda.

- Você precisa de alguma coisa? Tem algo que podemos fazer por você?

- Não, por favor Molly, olha todo o mal que eu causei pra vocês e ainda quer me ajudar? Não, não mesmo. Não aceito nada. Eu apenas quero que me perdoem e assim poderei morrer em paz. Não quero deixar nenhuma culpa para trás.

- Sim, claro que a perdoamos. Como você pôde ver, eu e Michael estamos juntos, então esse seu planinho não adiantou de nada. - Mesmo comovida com a situação dela, não deixo de soltar um veneninho.

- Precisaria de algo mais elaborado para tentar destruir esse amor, e isso é impossível Lolla – Michael diz enlaçando minha cintura e a segurando com firmeza.

- Bom, então eu já terminei o que vim fazer aqui e já estou indo embora – Ela levanta com dificuldade, Michael e eu a ajudamos e ela finalmente deixa Neverland.

Michael e eu resolvemos sair também para sentir o ar puro de Neverland, vamos em direção à árvore preferida de Michael. Ele me contou que escreveu várias de suas mais famosas músicas quando estava sentado entre os galhos da árvore em busca de inspiração. Ele a chamava de “árvore da sorte”.


Michael senta-se e me traz para se sentar entre suas pernas. Após dar beijinhos em meu rosto me fazendo rir, Michael começa a falar:

- Eu não acredito que foi isso que aconteceu! Meu amor, você não imagina o ódio que senti de você e daquele cara da voz. Aquela mentirosa me disse que você estava me traindo com ele, achei que você tinha me enganado depois de eu ter me entregado tanto pra você.

- Qualquer dia trago o Brad para vir aqui, você vai adorar conhecê-lo, ele é hilário! – Digo rindo e me lembrando de Brad. É um dos meus melhores amigos. Infelizmente perdemos o contato quando fui para o Brasil.

- Olha, tem até um vídeo dessa peça e curiosamente eu tenho ele. – Digo olhando nos olhos de Michael e acariciando as pernas dele

- Tudo bem amor, agora eu já sei de tudo. Sabe, depois que ela foi embora daqui aquele dia, eu destruí toda a sala de visitas – Michael diz olhando pra outro lado envergonhado

- Michael, por que agiu assim? – Sento-me de frente para ele

- Porque estava furioso! Eu fiquei tão furioso Molly, que a primeira pessoa que eu vi, eu me casei para tentar esquecer você! – Solta as palavras me encarando novamente

As palavras de Michael me golpeiam e meu coração falha em uma batida.

- Então foi por isso que se casou? Porque estava com ódio de mim e queria a todo custo me tirar da sua cabeça? – Pergunto ainda sem acreditar – Michael, eu pensei que havia se casado porque pensou que não nos veríamos nunca mais e porque achou que já estava na hora de seguir sua vida com outra pessoa e não por despeito.

- Eu não queria ninguém que não fosse você Molly, entenda isso. Mas já que você tinha me traído e me enganado, era o que eu pensava, eu dei um jeito de colocar Lisa em seu lugar no meu coração. Mas não adiantou porque continuei te amando. Lisa estava comigo quase todos os dias. Primeiramente éramos bons amigos, mas no dia que aquela garota veio aqui, eu transei com Lisa. Foi uma transa de ódio, devo confessar. – Michael diz e esconde o rosto entre as mãos. Deve estar sendo difícil confessar tantas coisas.

- Olha, eu não quero tantos detalhes. Não quero nem imaginar você transando com Lisa – Digo incomodada com as cenas que vem a minha mente, balanço minha cabeça para tentar afastá-las.

Michael ri e me puxa para seus braços novamente - Está tudo bem agora, estamos juntos de novo meu amor. Nada pode nos separar. – Michael sussurra no meu ouvido e beija meus cabelos.

Fecho os olhos ao ouvir a voz suave de Michael. Quando os abro novamente, fico a observar o lindo verde de Neverland e sorrio com o que imagino – Já pensou Michael, pequenos pezinhos correndo por aqui, acompanhados de risadas infantis?

Michael sorri com o que eu digo mas não deixa de usar seu tom irônico. - Mas isso já tem meu amor, Neverland sempre é visitada por crianças de todas as idades, inclusive as bem pequenas... – Me irrito e dou um tapinha na perna de Michael e ele se acaba em risadas. Após se acalmar, ele pergunta – Por que está me perguntando isso? Está pensando em ser mamãe, minha princesa? – Michael pousa as mãos na minha barriga, coloco minhas mãos em cima das dele, imaginando um serzinho crescendo ali. – Mãe de um filho meu? – Ele pergunta baixinho em meu ouvido fazendo os pelos do meu pescoço se arrepiar.

- Nunca pensei nisso antes, mas se eu fosse ter um filho, queria que você fosse o pai. – Digo olhando fundo nos olhos de Michael e acariciando as mãos dele que ainda estão em minha barriga.

- Nós vamos ter meu amor, não apenas um mas muitos filhos. Eu amo crianças e nada melhor do que meus filhos nascerem da mulher da minha vida. – Michael repousa um selinho em meus lábios.

- Mas é claro que eu vou te dar filhos, meu amor. – Digo sorrindo e noto que Michael ficou pensativo e um pouco triste. Novamente me sento de frente a ele, acaricio seus cachos macios enrolando um fio cuidadosamente em meu dedo.

- Ei, o que foi meu amor? Por que ficou com essa carinha?

Michael abaixa a cabeça com um sorrisinho sem graça e me encara novamente. – Se você não aparecesse, eu nem sei se teria filhos. Lisa não se mostrava nada disposta a engravidar, a ter um filho meu. Sempre que eu tocava no assunto, gerava uma grande discussão. Eu já estava até mesmo pensando em me separar dela por conta disso. – Michael suspira pesadamente, como se aquele assunto tivesse o consumido.

- Oh meu amor... Não fique assim. Deve ter sido difícil pra você aguentar essa situação. Sei o quanto adora crianças e o quanto deve desejar ter seus próprios filhos. – Digo acariciando seu rosto e olhando em seus olhos. – Mas não se preocupe. Eu cheguei a tempo de resolver a situação. – Sorri espontaneamente e Michael aproximou seus lábios dos meus reivindicando-os em um beijo caloroso. Suas mãos voaram até minha cintura e a apertaram. Um arrepio perpassou meu corpo, eu já sentia os tremores que só sentia quando Michael me tocava. Eu estava envolvida no beijo sentindo sua língua percorrer cada canto da minha boca, chupar meus lábios. Nos beijávamos com fome. As mãos de Michael se infiltraram em minha blusa, ele subiu as mãos até meu sutiã e começou a apertar meus seios ainda por cima do tecido. Lembrei-me de onde estávamos e tratei de impedi-lo de continuar.

- Michael, alguém pode nos ver! Olhe só onde estamos... – Disse após separar nossos lábios e ajeitar minha blusa.

Michael riu com uma expressão sapeca no rosto enquanto passava os dedos nos lábios inchados por conta do beijo. – Mas por que paramos? Você estava dizendo que iria me dar filhos, então eu já quis começar a praticar...  – Explicou inocentemente. - Agora vem aqui, vem meu amor, deixe que eu continue o que estávamos fazendo. – Michael tentou enfiar as mãos dentro da minha blusa novamente e migrou os lábios para meu pescoço mas eu me desvencilhei dele rindo.

- Sim, vamos praticar e muito! Mas não aqui onde podemos ser vistos... Me sentei de costas para Michael novamente entre suas pernas e ele beijou meu rosto enquanto apoiava novamente as mãos em minha barriga. – Não vejo a hora de praticar! – Michael sussurrou suavemente me fazendo suspirar

Após ficarmos mais um tempo debaixo daquela árvore, Michael me tira cuidadosamente de entre suas pernas, levanta-se e pega a minha mão, me ajudando a levantar. Conversamos o caminho todo em direção a casa. Já dentro, subimos as escadas e já na porta do quarto de Michael, ele abre-a, sendo cavalheiro e me deixando entrar primeiro. Solto um grito de susto ao notar o estado do quarto de Michael.

O quarto está todo destruído. Como seu quarto tem dois andares, no primeiro andar, os porta retratos que continham fotos da família e amigos de Michael, estão espalhados pelo chão com vidros estilhaçados e fotos rasgadas. O piano caríssimo de Michael está todo riscado e as teclas destruídas como se tivessem sido golpeadas por uma marreta.

Entro com cuidado para não pisar nos cacos de vidro e Michael me segue segurando minha mão. Subimos as escadas e mais um grito me escapa. Roupas de Michael rasgadas, assim como os lençóis e travesseiros da cama, tudo jogado no chão, a decoração destruída, tudo! É um completo caos. 

Capítulo 40

Não há possibilidades nem de andar pelo quarto devido à completa bagunça que está. Avisto um bilhete no chão e entrego para Michael que reconhece a caligrafia de Lisa: “Isso foi apenas o aperitivo. Preparem-se pois suas vidas se tornarão um inferno”.

- O que essa louca pretende fazer? – Pergunto após Michael ler o conteúdo do bilhete.

- Não quero problemas, não agora que estou com você. – Michael diz amassando o papel e o jogando em canto qualquer.

- Vamos sair daqui, esse lugar não fará bem a nós Michael – Sem esperar sua resposta, entrelaço nossos dedos e o tiro de seu quarto.

- Venha, hoje você vai dormir comigo, no meu quarto... – Digo baixinho, seduzindo-o.

- Ahh... Estou gostando da ideia – Diz Michael com um sorriso de expectativa brilhando em seu rosto, se deixando ser levado por mim.

Abro a porta lentamente e entramos no quarto.

- A ultima vez que estivemos aqui... – Divago em lembranças olhando para a cama a minha frente.

- Foi a melhor noite da minha vida, a noite que você se entregou para mim – Um sorriso se forma nos lábios de Michael e ele se aproxima do meu corpo, me pegando pela cintura, me abraçando por trás, deixando seu corpo bem colado ao meu.

- Eu amei cada parte daquela noite – Ouço Michael sussurrar em meu ouvido. Todos os meus pelos se arrepiam.

- Bem que podíamos repeti-la... Já que você vai dormir aqui comigo – Lanço meu sorriso lascivo para Michael e ele espelha o gesto.

Sem que passe mais um segundo, começamos os beijos intensos e segundos depois, Michael já está me empurrando na cama. Começamos tudo de novo, horas e horas de amor. Agora que não precisamos nos esconder, nos entregamos um ao outro sem nos preocuparmos com quanto tempo estamos trancados em meu quarto, sem nos preocupar com Lisa, com Frank, com nada... Nada pode nos parar agora.

Michael

Algumas semanas se passaram desde que Molly e eu assumimos nosso relacionamento e o divórcio com Lisa estava em andamento. Foi difícil falar com Lisa no começo. Ela se recusava a atender ligações minhas e de meus advogados, se mostrava bastante resistente a me dar o divórcio quando finalmente consegui falar com ela. Ela se recusava. Dizia que não ia deixar que eu e Molly ficássemos juntos nem que para isso tivesse que continuar casada comigo mesmo que fosse apenas no papel. Me reuni com meus advogados que eram os melhores do país e montamos estratégias para fazer com que Lisa aceitasse os termos. Finalmente consegui que Lisa assinasse. Eu finalmente era um homem livre e agora poderia me casar com Molly. Mas Lisa não se deu por vencida, sempre fazendo ameaças a mim e a Molly. Eu não dava ouvidos mas Molly ficava um pouco preocupada.

Eu a entendia. Agora seu rosto estava em todas as capas de revista e noticiários do mundo todo. E tudo por minha causa. Após o divórcio com Lisa, aquela megera fez questão de ir a vários programas de fofoca sensacionalista e expor a situação que envolvia ela, Molly e eu. Todos os dias durante algumas semanas era só o que as pessoas comentavam no mundo todo. A perseguição de repórteres, de fotógrafos e etc a mim que já era grande, se tornou ainda maior e agora a Molly também. Precisei reforçar a minha equipe de segurança pois a situação estava insustentável. Eu temia pela minha segurança mas agora tinha mais alguém com quem me preocupar, e esse alguém era Molly. Ela nunca mais teria uma vida normal agora. Não poderia ir onde quisesse, quando quisesse sem montarmos um esquema antes para ficar no lugar por apenas alguns minutos por causa das perseguições de fãs e fotógrafos. Eu me sentia culpado por coloca-la nessa situação. Mas desde o começo, eu sabia que isso aconteceria se ficássemos mesmo juntos.

A vingança de Lisa fez com que eu ficasse com fama de garanhão também e os veículos de mídia se esbaldavam, criando matérias sobre eu ter estado com duas mulheres ao mesmo tempo, sobre ter enganado a minha ex esposa, sobre ter a traído. Eu fiquei com fama de canalha e jamais queria que essa imagem fosse passada para meus fãs, para minha família. Sim, confesso que errei com Lisa, me senti culpado por ter traído ela. Mas as pessoas não sabem como é difícil se controlar quando você ama alguém. Ainda mais Molly por quem tenho um desejo muito forte, quase incontrolável. Quando vi, já estava muito envolvido e não conseguia mais parar, não conseguia mais ficar longe dela. E no meio disso tudo tinha Lisa, por quem tenho muito carinho, mas nunca houve desejo, amor de verdade. Só existia cumplicidade e até mesmo uma amizade. Não era o suficiente para nos manter juntos para sempre. Não com Molly por perto. Era algo impossível de acontecer.

Outro problema que Molly e eu enfrentávamos agora, era que a imprensa estava cobrando um posicionamento nosso. Todos os dias chegavam milhares de propostas para darmos entrevistas, para falarmos com jornais, com a tv, com rádios... Não queríamos nada disso, só queríamos paz. Não importava o que eu havia feito, eu estava feliz agora com a mulher que sempre amei. E como já fiz em muitos momentos da minha vida publica, optei por não me pronunciar. Queria manter a minha privacidade e de Molly. Uma decisão que Molly e eu tomamos juntos, já que o nome dela também estava envolvido. Mas Lisa conseguiu o que prometeu naquele dia no quarto de hotel onde me encontrou com Molly. Ela transformou nossa vida em um inferno.

Molly

As ultimas semanas foram um pouco difíceis para Michael e eu por causa da confusão que envolvia nosso nome. Eu estava em todos os jornais, nas revistas, na tv, nos noticiários, era uma exposição sem fim. Fiquei sabendo que até no Brasil foram atormentar minha família oferecendo dinheiro em troca de informações sobre a minha vida pessoal. Mas o que mais me dava ódio era a Lisa! Tudo culpa daquela cobra recalcada. Ela resolveu sair espalhando fofocas com meu nome e de Michael, por isso nossa vida tinha virado o que virou. Um enorme caos.

- Eu já estava desconfiando há alguns dias, então contratei um detetive – A voz chorosa de Lisa soa no quarto de Michael - Ele seguiu os dois em uma noite, foram para um mesmo hotel em diferentes momentos. O detetive me ligou, me contou que ela chegou primeiro e depois ele. Assim que encerrei a ligação, corri para esse hotel. Eu tinha tudo que precisava para pegá-los no flagra, sabia o lugar que estavam e o numero do quarto. Para minha sorte, ou não – Os olhos de Lisa marejam – A porta estava destrancada. Eu abri com tudo e eu vi a coisa mais devastadora de toda a minha vida. Michael estava em cima daquela mulher... – Sua voz fraqueja - Eu não consigo falar, desculpe – Os soluços a interrompem indicando que Lisa começou a chorar, escondendo o rosto com as mãos.

A entrevistadora vai até Lisa e a abraça – Tudo bem. Se não quiser falar, podemos dar um tempo.

- Não! Eu quero que todos saibam como esse homem me enganou. – Diz Lisa limpando as lágrimas com um lenço e se ajeitando na cadeira – Depois disso, ele ficou muito envergonhado por eu ter encontrado ele naquela situação e me disse que me explicaria tudo. Michael não fez nada para impedir aquela mulher de me insultar. Ela me insultou tanto! Fui tão humilhada! – Lisa se vitimiza fazendo todos do set de filmagem soltarem um Ohh...

- Então, quero que todos saibam que Michael Jackson foi infiel no nosso casamento, ele estava me traindo debaixo do nosso próprio teto. – Diz olhando fixamente para a câmera.

Michael pega o controle e faz menção de desligar a TV, mas seguro a mão dele.

- Conte mais sobre a mulher, quem é ela, de onde veio... – Pergunta a entrevistadora

- Essa mulher é filha de um veterinário de Michael. Eles foram morar em Neverland quando Michael o contratou anos atrás. Ela morou um tempo no Brasil e depois voltou para infernizar minha vida. Ela é uma pessoa muito falsa, que ninguém pode confiar. Se fez de minha amiga em vários momentos enquanto dormia com meu ex marido na minha própria casa! Ela seduziu Michael de todas as formas...

- Então é uma interesseira?

- Sim, sim, claro que sim. – Diz Lisa assentindo com a cabeça freneticamente. - Foi tudo um plano! Ela só queria destruir o meu casamento e conseguiu. Se infiltrou na minha casa e destruiu o meu sonho de ter um marido e nossos filhos correndo pela casa. – Diz Lisa começando a chorar novamente.

- E você conseguiu conversar com Michael? Ele devia querer que você escutasse a versão dele.

- Não, eu não quis ouvir nada. Tudo o que meus olhos viram, já era o suficiente.

- Sinto muito por tudo o que está passando. – A mulher acaricia a mão de Lisa – Vamos para os comerciais – Michael finalmente desliga a TV.

- Ai que ódio Michael! Olha o que estão falando de mim! Lisa quer dizer que eu fui a vadia da história. Ninguém me conhece, não sabem nada sobre mim e é essa a primeira imagem que eu tenho para o mundo todo saber. - Digo andando de um lado para o outro no quarto com as mãos na cintura

- Meu amor, venha aqui – Diz Michael com sua voz afável. Ele estava deitado na cama com as costas apoiadas no espaldar. Abriu os braços para que eu me aproximasse e me aconchegasse neles.

Andei até a cama e engatinhei até Michael quando subi na mesma, sentei-me entre as pernas dele, acomodando meu rosto em seu peito quentinho e macio. Ele envolveu os braços em volta de mim, me fazendo sentir sua proteção.

- Preciso que me escute. – Ele disse me fazendo prestar atenção. - A partir de agora, sua vida vai ser assim. Desde que me lembro, eu passo por isso. Revistas, repórteres, a mídia e o mundo. Não nos deixarão em paz porque se alimentam disso, das nossas vidas. Você está comigo agora e terá que se acostumar com os abusos da mídia. Logo comigo, que sou o mais perseguido. – Lamenta Michael com um suspiro triste.

- Eu já havia pensado nisso. E quero manter a nossa vida o mais privada possível. O que me importa é que eu tenho você e o meu pai, só isso me basta – Levanto a cabeça e olho para Michael que abre um largo sorriso e beija a minha testa.

- Então está tudo bem? Não se importe com o que Lisa está dizendo de nós dois por aí. Vamos continuar vivendo nossas vidas e provando que nosso amor é verdadeiro. – Ele diz me trazendo esperanças.

- Claro Michael, eu não vou deixar que nada estrague tudo que lutamos para conseguir. Depois de tantos anos e dificuldades, é uma dádiva finalmente estar aqui com você.  – Michael acaricia meu queixo e deposita um selinho em meus lábios.

Já fazia algumas semanas que eu havia me mudado para o quarto de Michael a pedido dele e agora dormíamos juntos todas as noites. E parando para pensar, fazia alguns dias que não saíamos dali, parecíamos dois coelhos rs. Mas não era só isso que fazíamos. Conversávamos muito e assistíamos filmes, assim como fazíamos há alguns anos atrás quando nos encontrávamos escondidos no quarto de Michael, sempre depois da meia noite.

Nos dias que se seguiram, minha família brasileira me ligava todos os dias querendo saber se o que falavam na tv era verdade. Só dei explicações para mamãe, ficando duas horas com ela no telefone para contar toda a história.

- Só quero que entenda que estão criando um grande alvoroço em algo que não existe. Michael e eu nos amamos, há anos... e sim, Lisa nos encontrou de uma forma não muito apropriada, mas não podemos mudar o que aconteceu, mamãe. Espero que não me ache uma vadia como todos estão falando por aí.

- Você é minha filha Molly, claro que não acho isso de você. Se você e Michael se amavam, só estavam lutando para ficar juntos. – Após um suspiro, ela continuou - Eu apoio você totalmente minha filha, você sempre terá o meu amor e apoio – Me emociono com as palavras dela e após conversarmos mais um pouco, desligamos.

Capítulo 41

Michael

Cinco meses se passaram e o meu amor e de Molly continuava forte, tão forte que decidi que nos casaríamos. Não queria que passasse nem mais um segundo sem que ela fosse finalmente minha esposa.

Fomos convidados para mais uma festa na casa de Elizabeth Taylor. Minha amiga de longa data. Seria exatamente nessa festa que eu pediria a mão de Molly em casamento.

Elizabeth ficou em polvorosa quando ficou sabendo de toda a história e ela fora uma das únicas pessoas para quem eu contei toda a nossa história em detalhes, fazendo com que Elizabeth ficasse ansiosa para conhecer Molly.

Era a primeira vez que Molly seria fotografada comigo. Então ela optou por estar simplesmente maravilhosa, com um vestido verde esmeralda que combinaram com o par de brincos de esmeralda que eu lhe dera.



- Ela está pronta Senhor Jackson e devo adiantar-lhe que está belíssima! – Dorothy disse alegremente ao sair do meu quarto com os olhos brilhando e um grande sorriso nos lábios.

Sorrio e abro a boca para responder quando outra empregada sai do quarto e atrás dela, Molly aparece. Minha boca continua na mesma posição com a imagem a minha frente. Molly está simplesmente deslumbrante. As mulheres nos deixam a sós.

- Gostou? – Diz Molly sorrindo posicionando as mãos em sua cintura.

- S-se Gostei? – Me atrapalho nas palavras como um adolescente fascinando por uma garota bonita. Caminho lentamente até ela admirando cada detalhe – Você parece uma rainha. – Meus olhos passeiam pelas curvas de Molly. - A rainha mais sexy que eu já vi – Prendo o lábio inferior com os dentes desejando tocá-la.

- Você pode me abraçar se quiser – Diz Molly estranhando eu manter distância. Normalmente já estaria agarrado a ela.

- É que não sei se posso, tenho medo de estragar seu vestido – Digo timidamente.

- Deixe de ser bobo homem, é só um vestido! – Molly ri e se aproxima enlaçando meu pescoço,

- Todos vão ficar com inveja de mim quando ver você assim, toda perfeita ... – Abraço-a pela cintura.

- Você também está lindo amor, eu é que estou preocupada. – Molly aproxima os lábios para sussurrar em meu ouvido. - Você é muito gostoso, sabia?! – Ela desliza uma mão pelo meu braço, me causando arrepios.

- Amor, não fale assim... Não vai me fazer ficar excitado agora. – Digo tentando me controlar para não agarrá-la aqui mesmo.

- Eu não fiz nada – Diz Molly rindo daquela forma doce e atrevida ao mesmo tempo, afastando-se e levantando as mãos em rendição... - Agora vamos, ou nos atrasaremos – Diz já de costas começando a andar.

- Molly, você não me escapa mais tarde... – Susurro olhando fixamente para o bumbum de Molly bem marcado no vestido.

Minutos mais tarde já estamos em frente à mansão de Elizabeth. Saio do carro primeiro. Avisto alguns paparazzi. Estendo a mão para Molly que está um pouco nervosa. Lanço um olhar de “confie em mim” e Molly se sente pronta para descer do carro. Segura firmemente minha mão e ao sair do carro, a chuva de flashs aumenta. Caminhamos rapidamente até estarmos dentro da casa.

Quando chegamos, o lugar está lotado de pessoas. Alguns nos olham, outros dançam e bebem e outros apenas socializam. Seguro a mão de Molly o tempo todo. Percebo que ela está apertando minha mão, fazendo-me sorrir pois sei que é porque ela está nervosa.

- Olha quem chegou! Michael! – Elizabeth aparece me envolvendo em um de seus calorosos abraços.

- Liz – Correspondo o abraço gentilmente.

- Vejo que trouxe sua amada para que eu possa finalmente conhecê-la – Diz Elizabeth quando desfazemos o contato, direcionando seu olhar para Molly. Liz é muito solícita fazendo Molly acalmar seu nervosismo.

- Prazer em conhecê-la, eu sou a Molly. Michael fala muito de você, é uma pessoa que ele considera muito – Diz Molly deixando a timidez de lado, se introduzindo na conversa.

- O prazer é todo meu querida! Não sabe o quanto eu estava ansiosa para conhecer você. Michael nunca falou tanto de uma mulher para mim – Diz Liz sorrindo e jogando uma piscadela para mim – Quero que aproveitem a festa. A casa é de vocês. Agora preciso ir, tenho que receber mais convidados. – Liz dá um beijo no rosto de cada um e finalmente nos deixa

- Ufa! Ela parece ser legal – Diz Molly soltando o ar que estava prendendo.

- Não precisa ficar nervosa. Liz é um doce de pessoa. Minha amiga há muitos anos. – Digo passando os cós de meus dedos pelo rosto de Molly. Sei que ela sempre se sente protegida quando a acaricio assim.

- Bom, então vamos aproveitar a festa. Dança comigo Senhor Jackson? – Molly estende uma de suas mãos para mim.

- Um convite desses não tenho como recusar – Logo nos juntamos as outras pessoas na pista de dança e dançamos coladinhos as músicas lentas e românticas que estão tocando, enquanto trocamos olhares, carinhos e palavras de amor.

Após o jantar, há uma série de apresentações programadas para acontecer e sou o primeiro a subir ao palco, enquanto alguns gritos preenchem o enorme salão. Todos pensam que irei dançar, inclusive tenho quase certeza que Molly também pensa o mesmo.

Capítulo 42

- Boa noite pessoal. – Inicio quando cessam os gritos. - Sei que todos estão pensando que irei me apresentar aqui, mas vim fazer bem mais que isso. – Direciono meu olhar para a minha amada que me olha atentamente com seus olhos curiosos. - Molly, pode vir até aqui meu amor?

O corpo de Molly treme ao ouvir minha voz chamar seu nome e ela obrigada suas pernas a se moverem até as escadas do palco. Quando ela já está em minha frente, sem cerimônias e delongas, me ajoelho a sua frente e tiro uma caixinha de veludo de dentro do bolso da calça. Os gritos aumentam e Molly cobre sua boca não acreditando no que estou prestes a fazer.

- Eu quero saber se você pode continuar fazendo esse homem aqui o mais feliz e realizado do mundo, mas agora sendo a minha linda esposa. Eu quero colocar esse anel no seu dedo mas quero ouvir você dizer sim pra mim. Aceita passar o resto de nossos dias ao meu lado, vivendo momentos incríveis e perfeitos como os que vivemos toda vez que estamos juntos? – Abro a caixinha revelando um anel de noivado com uma pedra grande de diamante.

Os olhos de Molly marejam, ela olha para as pessoas que gritam: DIGA SIMMM!!

Molly pega o microfone da minha mão – A única resposta para essa pergunta é SIM! É claro que sim! Eu aceito viver nossos melhores dias juntos Michael. – Me levanto, a puxo e grudo meus lábios nos de Molly em um selinho demorado enquanto as pessoas aplaudem e urram enlouquecidas.

***

Minutos mais tarde, o alvoroço se acalma e as apresentações começam. Deixamos o palco e nos direcionamos para um local mais reservado, um canto escuro do salão, onde quase não há pessoas e a pouca iluminação que tem não chega ali. 

Todos estão entretidos assistindo as apresentações. Vejo aí uma oportunidade de mexer com Molly, coisa que queria fazer desde que a vi nesse vestido. Molly está concentrada com os olhos vidrados no palco enquanto uma mulher toca piano e canta uma música melancólica. A observo de lado e solto aquele sorrisinho sínico de quem vai aprontar. Minha mão direita encontra-se repousada na cintura de Molly. Lentamente começo a descê-la até chegar ao bumbum dela. Molly finge que não percebeu e continua a assistir. Minha mão começa a acariciar o local e Molly quase dá um pulinho de susto quando finco os dedos, apertando sua bunda. Molly olha para mim imediatamente – Michael, aqui não! – Ela susurra olhando para os lados, para ver se ninguém está nos vendo.

- Aqui sim, senhorita! Lembra-se de como me provocou na ultima vez que estivemos aqui?! Agora é minha vez de dar o troco. – Sussurro no ouvido de Molly já abaixando-me. Molly lembra-se o que fez e engole em seco. Irei provoca-la, assim como ela fez comigo. Ela me observa abaixando-me e escolhe olhar para frente e fingir que nada está acontecendo. De repente seu vestido começa a ser levantado pela parte de trás por mim. Subo minha mão pelas suas longas pernas, coxas, até chegar a seu bumbum novamente, nesse momento reapareço ao seu lado. Molly solta o ar pela segunda vez na noite quando nota que ninguém percebeu. Também olho pra frente para fingir que estou assistindo mas minha mão agora está apalpando o bumbum de Molly. Escorrego um de meus dedos entre o vão da bunda de Molly logo encontrando seu ânus, começo a massageá-lo, me demoro um tempo ali, e desço mais o dedo até encontrar sua intimidade que inclusive, já está molhada. A safada estava gostando. Quando meu dedo acaricia a entrada já sinto o quanto Molly está úmida. Dou uma mordidinha em meus lábios, excitado. A respiração de Molly começando a acelerar quando meu dedo toca seu clitóris, Molly não vê e não ouve mais nada. Meu dedo começa a rodear aquele ponto tão sensível, pressionando-o de um lado para o outro aumentando a velocidade ali, estimulo aquele clitóris sensível. Molly quer gemer, gritar, verbalizar o quanto aquilo deve estar gostoso para ela, mas só o que faz é segurar forte em meu braço, amassando o tecido do terno, enquanto dou mais um de meus sorrisos sacanas. Não paro um só segundo de esfregar seu ponto sensível e uma protuberância em minhas calças começa a se formar, revelando o quanto também estou excitado. Escolho ser mais malvado e escorrego dois dedos até a entrada encharcada de Molly e os deslizo para dentro dela, fazendo-a arfar e morder forte os lábios quando começo a estocar os dedos sem parar. O som molhado é abafado pela musica alta que toca agora. As pernas de Molly se mexem, ela aperta as coxas enquanto também fecha seus olhos sentindo as sensações do orgasmo querer começar a percorrer seu corpo.

- Michael para por favor, eu não quero gozar aqui! – Molly implora quase sem voz me apertando.

Lentamente tiro meus dedos molhados de dentro de Molly e seu vestido cai voltando a posição que estava. – Venha comigo – Digo capturando a mão de Molly, guiando-a para outro lugar. 

Capítulo 43

É um caso de emergência ficar a sós com ela agora. Senti-me tentado o bastante para fazer a loucura que estou prestes a fazer. Molly mal consegue andar quem dirá acompanhar meus passos rápidos mas se esforça para me seguir. Subimos as escadas onde não há pessoas circulando por ali. Meus olhos percorrem o corredor, avisto um banheiro, me direciono até ele, abrindo a porta. Após me certificar que não há ninguém ali, puxo Molly para dentro, trancando a porta em seguida.

- Michael, o que você vai faz.. – Molly nem consegue terminar a frase pois meus lábios cobrem sua boca, iniciando um beijo quente. A beijo com tamanha ansiedade enquanto começo a esfregar minha ereção na barriga dela.

- Venha comigo! – Pego sua mão e a guio até a pia do banheiro. Encosto-a no mármore frio. Colo meu corpo no seu deixando seu traseiro maravilhoso bem encostado em minha virilha. Começo a passar meus lábios por seu pescoço e distribuir beijos em sua pele macia. Observo-a pelo espelho, ela me olha maliciosamente enquanto suspira. Sua pele se arrepia.

- Molly... você me faz queimar de desejo, sabia? – Digo roucamente deslizando meus dedos por seus braços. – Eu não consigo me controlar. Preciso fazê-la minha agora! – Digo enquanto espalho beijos em seus ombros e suas costas.

- Faça logo Michael, não aguento mais! – Molly diz sofregamente esfregando o traseiro em minha ereção.

Foi só o que precisava para eu repetir o processo de levantar o vestido dela novamente.

-Você não estava preocupado com o vestido? – Diz Molly rindo e se empinando para mim

- Foda-se o vestido, só quero me enterrar em você! – Digo, passando minhas mãos pela sua bunda curvilínea, beijando seu pescoço, tirando seu fôlego. – Olha o que você me faz fazer – Digo baixo e sensual no ouvido dela enquanto percorro sua orelha com minha língua. Começo a abaixar o zíper de minha calça e abrir os botões da mesma, abaixo-a minimamente apenas para libertar meu pênis já ereto, duro e poderoso, com as veias saltando de excitação. 

Aproximo os dedos da calcinha e a rasgo de uma só vez. Molly solta um gritinho de susto que sai mais como um gemido, guardo a calcinha em meu bolso. Me preparo para penetra-la.

Começo a esfregar a glande na intimidade de Molly, molhando meu pênis com a excitação dela que esfrega-se cada vez mais em mim, gemendo, querendo sentir-me logo bem fundo. Dessa vez não estou para brincadeiras e apressadamente encaixo a glande em sua entrada, empurro-me lentamente até estar completamente dentro de Molly. Gememos em uníssono ao nos unirmos, logo as estocadas se iniciam. Minhas mãos agarram os seios de Molly por cima do vestido e os aperto, desejando livrá-la desse vestido para poder aproveitar mais do corpo dela. Abaixo o zíper do vestido e Molly abaixa-o rapidamente, deixando seus seios livres para as minhas mãos que voam até eles, apertando-os com gana. Sinto aqueles seios macios e quentes em minhas mãos e gemo sofregamente quando minhas investidas começam a ficar mais urgentes enquanto começo a falar algumas sacanagens no ouvido de Molly, fazendo-a ficar mais molhada. Escorrego mais rápido, indo e voltando, saindo e entrando fazendo a penetração se tornar mais intensa. Nossos corpos se chocando, balançando, perseguindo o orgasmo um do outro. Isso é tão gostoso. Meus dedos apertam e minhas unhas arranham o bumbum de Molly, deixando-a com riscos avermelhados. Os músculos vaginais de Molly começam a se apertar em torno do meu pênis efusivo, o corpo dela começa a se mover rapidamente de encontro ao meu enquanto ela começa a rebolar em meu pênis duro apertando-o no processo. Solto um alto gemido, sentindo meu corpo enrijecer e minhas pernas tremerem. Meus dedos descem até a intimidade de Molly e encontram seu clitóris, começando a tocá-lo de um lado para o outro cada vez mais rápido, bulinando seu ponto sensível. Molly geme alto, quase grita. É preciso morder os lábios para conter o som. Observo-a novamente pelo espelho. Minha garota está quase lá, consigo notar pela expressão de prazer que toma seu rosto. O orgasmo de Molly veio rápido quando sua intimidade se contraiu seguidas vezes e tremeu em torno do meu membro.  Ela estava gozando enquanto rebolava mais rápido comigo todo dentro dela. Antes que se recupere, mais um orgasmo explode em seu interior, pois continuei metendo loucamente dentro dela, ela libera então dois orgasmos. Um atrás do outro. O primeiro orgasmo de Molly se deu pelo meus dedos estimulando seu clitóris e o segundo pelas arremetidas incessantes. Com esses últimos acontecimentos, meu corpo todo vibra e enrijece, quando sinto o líquido de Molly ensopando meu pau, é o estopim para que eu me liberte dentro dela também. Jogo a cabeça para trás, minha testa franze, minha boca se forma em um completo O, meu rosto retorcido pelo prazer. Uma fina camada de suor se formou em minha testa e escorreu pelo meu rosto. Enquanto meus olhos se apertam, mordo os lábios deliciosamente absorvendo daquele orgasmo avassalador. Permanecemos parados de olhos fechados, respirando ofegantes. Molly ainda geme baixinho. É delicioso ficar assim dentro dela após fazermos amor. Minha vontade é não sair tão cedo de dentro dela. Os dedos de Molly ainda apertam o mármore frio da pia, eles apertaram o local durante toda a transa e Molly nem percebeu que ainda empregava força ali.

- Michael o que foi isso? – Molly pergunta ainda respirando com dificuldade. Sua voz sai falha. Estava até mesmo um pouco rouca de tanto gemer.

- Não sei – Digo soltando uma risada baixa – Eu nunca fiz nada parecido, acho que gosto do perigo. E perigo com você! – Saio lentamente de dentro dela e viro-a de frente. Sorrimos cumplices um para o outro. Acaricio seu rosto, aproximo meus lábios dos seus e beijo-a, agora mais calmamente. Provamos os lábios um do outro, nossas línguas se misturam, nos entregamos como nunca neste beijo.

- Você me fez gozar duas vezes seguidas Michael! Como você faz isso? – Molly diz minutos mais tarde após ter se limpado com alguns papéis toalha, retocado sua maquiagem que borrei e ajeitado seu vestido que agora encontra-se todo amarrotado.

- Eu tenho esse poder baby, acostume-se – Digo sorrindo sinicamente sentindo meu ego masculino nas alturas por ter feito Molly obter orgasmos múltiplos.

Termino de abotoar minha calça, caminho até a porta, abro-a e observo se há alguém no corredor. Vendo que não há ninguém ali, pego a mão de Molly e saio com ela daquele banheiro onde compartilhamos nosso amor de uma forma um tanto perigosa, já que alguém podia nos ver entrando ali e também nos ouvir, pois não poupamos gemidos enquanto nos entregávamos um ao outro.

Capítulo 44

Coloco meus óculos escuros, enquanto ando tranquilamente, tendo a mão de Molly presa a minha. Molly me observa. Deve estar pensando que nem pareço aquele homem que estava estocando-a selvagemente minutos atrás. Ela balança a cabeça de um lado para o outro e ri.

- O que foi? – Pergunto sem olhá-la

- Você! Como consegue agir tão naturalmente depois de tudo que fizemos naquele banheiro? – Pergunta Molly ainda desacreditada

- Aprenda comigo querida. Vai precisar. Essa não vai ser a única vez que faremos algo assim. E a culpada é você, você me pede para fazer tais loucuras.

- Eu não peço nada, você é que veio passar a mão em mim quando eu estava concentrada assistindo a apresentação. – Diz graciosamente irritada.

- Vai dizer que não queria também? – Solto uma risadinha sarcástica.

- Bom... no começo fiquei um pouco receosa. Mas como sempre, você me fez sentir muito tesão e eu não consegui resistir a você. – Diz Molly assumindo que gostou sim do que fizemos.

- Está vendo?! Você gosta! Gosta tanto quanto eu desse perigo, desse frenesi que nós temos quando estamos um com o outro.

- Me aguarde Michael, eu também vou dar o troco! – Desvio meu olhar para Molly, ela apenas vira seu rosto e olha para frente como eu estava olhando momentos atrás e sorri discretamente. Também sorrio e continuamos andando.

Molly

Algum tempo depois, resolvemos ir embora da festa. Nos despedimos de Liz e de algumas pessoas conhecidas. Seguimos para o carro que já nos espera. Como o cavalheiro que Michael é, ele abre a porta para que eu entre primeiro. Após entrarmos e nos acomodarmos, o carro começa a se movimentar. Viro meu rosto e olho para Michael. Lindo! Os cabelos cacheados estão soltos, os olhos negros cintilam, a pele de aparência macia, os lábios convidativos, o rosto perfeito com o maxilar quadrado e o famoso furo no queixo que me deixa com vontade de mordê-lo toda vez que o vejo. Aproximo os lábios do ouvido de Michael e sussurro – Peça para que subam a divisória do carro Michael. - Michael respira fundo, já tendo ideia do que irei aprontar.

– Carl? – Chama o motorista.

- Sim, Senhor Jackson? – O motorista pergunta prontamente

- Ligue uma música bem alta de sua preferência e suba a divisória por favor.

- Imediatamente Senhor! – A divisória lentamente sobe enquanto a voz de Steven Tyler começa a preencher nossos ouvidos. A música “Crazy” do Aerosmith começa a tocar. Uma ótima trilha sonora para o que vai acontecer aqui.

Sorrio e deslizo uma de minhas mãos pelo peito de Michael, descendo pela barriga, descendo, sempre descendo e quando Michael pensa que irei tocar seu membro, minha mão passa direto e começa a acariciar suas coxas. Ele dá um suspiro de desaprovação. Olho-o sorrindo maliciosamente. Volto a mão e fica esfregando-a quase perto do pênis de Michael, observo diante dos meus olhos, seu membro crescer e volto meus lábios para perto do ouvido de Michael – Eu quero sentir seu gosto Michael – Dizendo isso, lambo a orelha de Michael que é só suspiros enquanto abre mais suas pernas para que eu tenha mais acesso a seu pênis. Finalmente meus dedos tocam a ereção de Michael, ainda por cima da calça. Massageio o membro duro precisamente, pressionando a mão em alguns momentos, fazendo Michael arfar. Abro os botões e desço o zíper da calça. O membro pula glorioso para fora.

- Oh! Olha o que temos aqui Senhor Jackson... – Digo sensualmente - Temos que dar um jeito nisso, não acha? – Digo pegando na base do pênis, começando a subir e descer a mão ali em movimentos de sobe e desce.

- S-sim, dê um jeito nisso baby! – Diz Michael gaguejando enquanto nós dois olhamos para baixo. Levo a mão até meus lábios e passo a língua nela, molhando-a, olhando sensualmente nos olhos de Michael.  Volto-a para o pênis e minha mão desliza mais facilmente, os movimentos começam a aumentar a velocidade. Michael começa a se remexer inquieto no banco. – Coloca logo essa boquinha gostosa nele meu amor... – Sorrio com o que Michael diz e inclino meu corpo, me abaixo lentamente até estar de joelhos com meu rosto em frente ao pênis completamente duro e ereto de Michael. O líquido pré ejaculatório começou a escapar molhando a glande e escorre pelo membro de Michael. Minha boca saliva com a visão e se abre. Minha língua escorrega até a base, subindo lentamente até a ponta do pênis, sentindo seu líquido agridoce – Hmmm você é uma delícia Senhor Jackson - digo passando a língua em meus lábios, logo começo a rodear a língua pela glande fazendo Michael soltar os primeiros gemidos. Minha boca cobre o pênis, descendo até onde consigo suportar, sendo guiada pela mão de Michael em meus cabelos e quando não consigo ir mais além, pois a ponta do membro já toca minha garganta, afasto um pouco e começo a chupá-lo, subindo e descendo minha cabeça enquanto sugo-o rapidamente. Os quadris de Michael começam a acompanhar o ritmo e quando percebo, ele está estocando minha boca como se estocasse minha intimidade. Com movimentos rápidos e incessantes, enquanto aperta meus cabelos. Ele geme descontroladamente. Eu gosto do que estamos fazendo pois acompanho o ritmo dele sempre tomando cuidado para não machuca-lo com os dentes. Sugo-o faminta. A sucção de minha boca provocando barulhos que chegam aos ouvidos de Michael junto com a música que ainda toca. Meus dedos brincam com as bolas de Michael, massageando-as deliciosamente, fazendo Michael ficar mais louco. Quando penso que ele não aguentará mais, sinto o membro latejar em minha boca, intensifico minha língua e lábios naquele membro maravilhoso. Quero sugar tudo o que posso dele, é tão gostoso... o chupo com mais fome ainda. Michael solta um alto gemido anunciando que está prestes a gozar.  Sinto o membro latejando, de repente seus jatos preenchem cada canto do interior da minha boca e descem escorrendo pela minha garganta. Tomo tudo com gosto sem parar um segundo de chupar Michael que sente minha língua passar em seu pênis enquanto ele goza deliciosamente em minha boca. Continuo a lambê-lo até não restar mais sêmen. Olho para cima. Michael está com a cabeça jogada para trás e seu peito subindo e descendo por conta de sua respiração pesada, alguns fios grudaram-se em sua testa suada. Ajeito o pênis de Michael dentro da calça e após fechar o zíper, levanto-me sentando-me do lado dele. Minha língua passeia por seu pescoço – Você é uma delícia Michael Jackson! – Sussurro sensualmente no ouvido do homem que ainda sente o torpor daquele orgasmo que eu lhe dei.

- Preciso te provocar mais vezes senhorita Molly! É uma delícia fazer isso. – Diz Michael sorrindo ainda de olhos fechados.

Nós dois rimos. Michael abre os olhos e vê que meu lábio ainda contem um pouco de seu sêmen, ele o recolhe com seu dedo e coloca em minha boca, chupo o dedo olhando provocantemente nos olhos de Michael, minha boca suga o dedo como sugou o pênis dele, momentos antes. Michael apenas morde os lábios e tira seu dedo dali, substituindo pela sua boca. Compartilhamos um beijo faminto, cheio de paixão, luxúria, desejo e tesão, muito tesão. 

- Ah Molly... como você é safada! – Michael disse suspirando e afagando meus cabelos. O penteado à uma hora dessas já estava todo desfeito.

- Você me fez ser assim! Eu não era assim quando te conheci. Foi você quem me ensinou tudo que sei.

- Então quer dizer que tirei sua inocência?

- Não, porque eu já não era tão inocente assim. O que quero dizer é que você despertou desejos em mim, muitos desejos... – Michael riu baixinho e aproximou os lábios dos meus, me beijando com desejo novamente.

É claro que a nossa noite não terminou por ali. Após chegarmos em casa, fizermos amor até nossos corpos não aguentarem e se renderem ao cansaço em nossa enorme cama.

Capítulo 45

Narradora

Os preparativos para o casamento começaram mas tiveram que ser pausados temporariamente, pois Michael havia começado um novo projeto, um novo álbum estava a caminho. Queriam curtir um tempo como noivos também, as coisas entre Michael e Molly não poderiam estar melhores, não se desgrudavam um minuto, a menos, claro, quando Michael estava trabalhando. Molly até acompanhou-o no estúdio algumas vezes mas foi expulsa por Michael, segundo ele, ela o distraía muito, e se ela ficasse ali, ele não trabalharia. Molly sempre falava com sua família do Brasil, com sua mãe principalmente, todos os dias se falavam, ela viria para o casamento. A relação com Molly e seu pai também havia progredido bastante. Eles se davam muito bem agora, algumas vezes Michael, Molly e Frank até faziam as refeições juntos na casa principal. Aquela dor que Molly sentia todas as vezes que se lembrava do que aconteceu com ela e Michael no passado, aos poucos cicatrizava e ela deixava aquela mágoa ir embora. Michael realmente se preocupou com ela, pois no começo ela ficava muito mal, mas conforme eles iam conversando sobre isso mais o coração de Molly se curava e um tempo depois ela já não falava do assunto com tanta tristeza, o que fez Michael ficar mais aliviado mesmo sabendo o quanto tudo que acontecera no passado foi traumático para ela. A verdade é que Molly e até mesmo Michael tinham medo que algo ou alguém os separasse de novo. Em uma noite enquanto eles dormiam na enorme cama agora do casal, Molly começou a ter um pesadelo, que separavam ela e Michael, ela estava revivendo aqueles momentos que a machucaram tanto. Ela gritava e chamava por Michael, o rosto dela se banhou em lágrimas, e após muito tentar, Michael conseguiu acordá-la e repetia o tempo todo que estava com ela e que não iria a lugar nenhum, foi preciso muito tempo para fazê-la dormir novamente. Quando faziam amor, sempre faziam como se fosse a ultima vez, com muita intensidade e paixão. Se entregavam de corpo e alma como se não houvesse amanhã, como de fato não houve um dia para eles. Era isso. Ainda guardavam alguns fantasmas do passado que aos poucos iam sumindo, dando lugar ao amor forte e nutrido que eles construíram nos últimos meses. Aos poucos os preparativos do casamento iam progredindo, com a ajuda de Dorothy e Elizabeth, Molly tinha quase tudo pronto. Algumas semanas mais tarde, finalmente Molly e Michael iriam se casar. Eles não estavam com muita pressa pois já estavam vivendo como marido e mulher, só faltava oficializarem a união.

Molly

Após mais uma maravilhosa noite de sono ao lado de Michael, sou a primeira a acordar, como na maioria das vezes. Abro os olhos e também um sorriso ao ver meu amor dormindo feito um anjo ao meu lado. Passo meus dedos pelo peito macio de Michael, no qual minha cabeça ainda está deitada. Levanto lentamente meu corpo com cuidado para não acordá-lo. Ele ainda dorme como um bebê. Me apoio sob o cotovelo e fico a admirá-lo. – Tão lindo, meu Deus... – Penso suspirando apaixonadamente enquanto observo as feições tranquilas de Michael. Um pequeno sorriso se forma nos lábios dele como se ele sonhasse algo bom. Resolvo sair da cama e ainda nua caminho até o banheiro. Após tomar meu banho e fazer minha higiene matinal, volto ao quarto e noto que estranhamente Michael ainda não acordou. Eu sempre acordava primeiro, isso era fato, mas sempre que eu estava tomando banho, ele aparecia para tomarmos banho juntos e agora ele está lá, exatamente como o deixei.

- Já sei o que fazer para acordá-lo. – Penso maliciosamente - Hoje ele irá acordar de uma forma... digamos, um pouco diferente – dando uma ultima olhada nele, coloco o robe e saio do quarto. Meu plano é ir até a cozinha, pegar um copo e colocar alguns cubos de gelo dentro. E assim o faço. De volta ao quarto, tudo está do mesmo jeito. Michael continua em seu sono profundo.

- Nossa, cansei mesmo ele ontem... – Digo maliciosamente rindo baixinho e logo colocando a mão na boca para que o som não saia e Michael acorde antes da “surpresa” que tenho pra ele.

Capturo um cubo de gelo do copo e começo a chupar, chupo um, dois, depois pego um cubo e esfrego em minhas mãos, até derreter. Repito o processo, até minha boca e mãos estarem bem geladas. Pronto, é agora! Desfaço o robe, deixando-o cair sob meus pés. Ando até a cama e subo na mesma. Removo cuidadosamente o lençol de cima de Michael e lá está ele, amolecido mas ainda sim grande. Sorrio e o pego, começando a masturbá-lo suavemente. Michael começa a mexer um pouquinho, minha mão gelada começa a ficar mais rápida no membro semi ereto. Algum tempo depois ele já está “pronto”. Lentamente me aproximo e toco minha língua nele, fazendo Michael grunhir baixinho. Michael abre seus olhos e se depara comigo masturbando-o e já pronta para abocanhá-lo. Nossos olhares se cruzam. Abro a boca para acomodar o membro de Michael. Minha boca o cobre, Michael joga a cabeça para trás.

 – Ahhh, por que está tão gelado? – Diz Michael sentindo espasmos, sinto seu corpo tremer. – Ahh Baby, sempre me surpreendendo! – Michael morde os lábios e posiciona as mãos em meus cabelos, prendendo os fios entre seus dedos, me impulsionando a engolir seu membro com mais velocidade, que o faço de bom grado. Minha língua começa a esquentar novamente, enquanto sugo-o com toda a fome que tenho de Michael. Me delicio com seus audíveis gemidos.

Michael

Estou cheio de tesão pela surpresa que Molly fez. Minha garota, sempre inovando comigo e eu também queria inovar, e agora! Enquanto fecho os olhos sentindo a sensação deliciosa de estar sendo sugado pela sua boca habilidosa, abro os olhos e avisto seus seios. Passo a língua em meus lábios, já imaginando o que fazer com eles. Rapidamente, levanto a cabeça de Molly, fazendo com que sua boca saia de meu membro, deixando ela sem entender nada. A pego pela cintura, jogando-a na cama, subindo em cima dela. Passo meus olhos por seus seios, eles parecem maiores ultimamente ou é apenas impressão minha? Minhas mãos voam até eles começando a massageá-los. Molly fecha os olhos soltando os primeiros gemidos. Observo aquilo tudo em minhas mãos. Eles costumavam caber perfeitamente em minhas mãos, estão mesmo maiores. Me preparo para fazer com Molly, algo que sempre desejei fazer com uma mulher. Monto Molly, fazendo com que meu pênis toque os seios dela, encaixo o membro no meio dos seios, Molly joga seu sorriso lascivo para mim – Faça comigo o que quiser, Michael! – Molly junta bem os seios com as mãos fazendo com que meu pênis fique apertado ali, a imagem o faz latejar. Lentamente começo os movimentos, de início apenas sentindo a sensação de estar no meio dos seios quentes de Molly, os quais sempre senti muito tesão, estava realizando uma fantasia que tinha com ela. Os movimentos começam a ficar mais rápidos, minha testa franze e gemo guturalmente. Molly morde os lábios e me olha com malícia o tempo todo, me provocando. Vez ou outra põe sua língua para fora e lambe minha glande alterada. Os seios de Molly já estão vermelhos, de tanto serem friccionados com tanta rapidez. Estoco cada vez mais rápido, o fogo começa a subir em meu corpo, emprego cada vez mais força, Molly começa a esfregar os seios em meu pênis, acompanhando o ritmo das investidas. Alguns segundos depois, o orgasmo se aproxima, pego rapidamente meu pênis empunhando-o, meu líquido jorra sobre os seios dela, até estarem cobertos pelo meu gozo. Meu peito sobe e desce buscando fôlego. Sorrio ao ver Molly sorrir para mim e pegar um pouco do líquido com o dedo, levar até sua boca e provar meu gosto. – Hmmm, muito gostoso! – Sorri maliciosamente para mim me olhando com seus olhos desejosos. “Como é difícil resistir a essa mulher” – Penso observando-a ainda ofegante.

– Bom dia Senhor Jackson – Molly sussurra me fazendo rir e atacar a barriga dela com cócegas.

Capítulo 46

- Que ideia mais maluca é essa garota? Me acordar assim? – Pergunto ouvindo as gargalhadas de Molly

- Já viu jeito melhor de acordar? – Molly diz tentando se acalmar. Sua voz some quando percebe algo molhado entre suas pernas. Desci discretamente para o meio de suas pernas e acabo de passar minha língua do final de sua intimidade até o começo, de uma vez só! Observo a intimidade rosada de Molly, tenho vontade de fazer tantas coisas com ela... Com os dedos, abro os grandes lábios aproximando a boca deles e começando a chupar um de cada vez, esticando a pele com a boca. Dou leves mordidinhas, ainda abrindo os grandes lábios, passo a língua dentro e começo a lamber Molly por todo canto de sua intimidade. Circulo minha língua em cada local sentindo a maciez da região. Os quadris de Molly não conseguem ficar parados e preciso colocar a mão na barriga dela algumas vezes. Meus dedos acariciam o interior das coxas de Molly enquanto brinco com a língua na intimidade dela, dando lambidinhas morninhas. Minha língua entra em contato com o clitóris pela primeira vez essa manhã. Circundo o clitóris com a língua e começo a brincar com minha língua nele, movimentando-o lentamente, fazendo sensações de prazer percorrer todo o corpo de Molly, que fechou os olhos para absorver mais do momento, enquanto agarra e aperta os lençóis da cama. Até que minha boca se fecha no clitóris e o chupo para dentro de meus lábios. Molly se contorce e geme alto pedindo mais. Repito a mesma coisa e sopro levemente o local onde minha boca quente estava. O corpo de Molly reage, se arrepia inteiro e treme. A partir daí minha boca começa incansável a chupar Molly cada vez mais rápido, ao mesmo tempo delicado para que ela não sinta dor, sabendo exatamente quando chupar, quando acariciar com a língua, quando apenas lamber.

- Ahh Michael, eu vou gozar, não para por favor...- Molly pede aos suspiros com a voz trêmula de prazer. Suas pernas tremem e aperto sua bunda, fincando os dedos em sua pele macia.

- Amo essa sua bucetinha gostosa Molly, adoro quando ela goza pra mim. – Digo lambendo-a, deixando minha saliva misturar-se a seu líquido – Goza meu amor, goza muito agora pra mim...

Colo minha boca em sua intimidade e sugo com vontade incontáveis vezes o clitóris. Dois de meus dedos encontram a entrada encharcada de Molly. Rapidamente os meto sem pausa dentro dela, eles deslizam facilmente tamanha é a lubrificação de Molly. E nesse ritmo, o orgasmo de Molly perpassa por seu corpo e com um grito ela libera seu orgasmo, tendo-me entre suas pernas, a lambendo como se ela fosse um pote de mel. Minha língua se delicia com seu líquido enquanto ela se acalma. Passo a língua em meus lábios e me aproximo de Molly, me deitando a seu lado, apoiando-me em meu cotovelo. Molly acorda de seu torpor ainda respirando com dificuldade, passa as mãos pelo rosto que tem um sorriso bobo. Fico observando-a com um sorriso em meus lábios. Ela desce as mãos do rosto, envergonhada e sorrindo, as bochechas coram graciosamente.

- Michael, não me olha! Eu tô com cara de pós foda – Ela diz e cobre os olhos novamente

- Com cara de quê? – Pergunto começando a rir da expressão que ela usou

- Com cara de que acabei de gozar! – Molly diz tirando as mãos do rosto e me encarando. - Não ri de mim, seu bobo! Você que fez isso comigo. – Diz emburrada virando-se de lado.

- Você não está com cara de pós foda, você não fodeu...

- Você me fodeu... Com sua língua! – Molly cospe as palavras e volta a sua posição anterior

Passo meus dedos em sua barriga, acariciando-a - Mas posso te foder com outra coisa ... – Sussurro no ouvido de Molly, fazendo-a fechar os olhos e sorrir

- Então me fode! – Molly sussurra de volta

Em meio à gargalhadas nos ajeitamos na cama. Espalho Molly nos lençóis e após pincelar a glande na bucetinha de Molly e me encaixar na sua entrada, entrelaço meus dedos nos dedos de Molly, exatamente como fizemos da primeira vez que nos amamos. Na noite em que tirei sua virgindade. Aperto as mãos dela e pegando impulso começo a me empurrar para dentro dela lentamente. Vou abrindo espaço, entrando no canal quente e apertado, lembrando-me de como foi difícil entrar ali da primeira vez. Quando me sinto todo acolhido pela vagina quente e apertada de Molly, dou início às investidas. Pego seus pés e os coloco sob meus ombros, fazendo a penetração se tornar mais funda. Gememos em uníssono com a sensação de estarmos unidos tão deliciosamente. Estoco-a cada vez mais rápido como um louco perseguindo meu orgasmo. Seguro na cabeceira da cama para pegar mais impulso, minhas arremetidas ficam mais vorazes, estoco selvagemente, enquanto sinto o suor escorrer em minha testa. Nunca fui tão fundo assim em Molly e tenho receio de estar machucando-a. Observo o rosto dela tomado pelo prazer enquanto ela grita pedindo mais. Arremeto mais e mais sem dó, dentro de Molly. Levo meu dedo até o lugar preferido de Molly, seu clitóris, que agora está super sensível, começo a pressiona-lo, estimulando-o rapidamente em círculos, fazendo Molly gritar de prazer, até sua voz começar a ficar rouca. Estoco com uma velocidade feroz, atingindo todos os lugares possíveis e impossíveis que ela nunca imaginou existir, enquanto bulino seu clitóris, o lugar mais sensível de seu corpo e que dá tanto prazer a ela. Sua intimidade começa a apertar meu pau de uma forma enlouquecedora, enquanto ele pulsa incontáveis vezes dentro dela, anunciando que não aguento mais me segurar e mais uma vez aquele mar de sensações toma meu corpo e me leva para outra dimensão, me sinto flutuar quando chego ao ápice do prazer. Molly joga seus quadris para frente enquanto o orgasmo também a toma, sinto sua intimidade latejar em torno do meu pênis, pulsando enquanto ela goza. Seus quadris se arquearam, suas costas formando um arco perfeito.

Me abaixei até seu rosto, meus lábios procurando os seus para compartilhar um beijo doce, minha língua encontrou a sua. Nos beijamos intensamente enquanto meu líquido a enchia, fazendo-nos gemer na boca um do outro. Continuei a penetrando para que a sensação maravilhosa durasse para nós dois, enquanto gemíamos baixinho, ainda trêmulos pelo forte orgasmo. Os corpos finalmente diminuem os movimentos até parar. Continuo dentro de Molly enquanto acaricio a testa molhada dela. Ela abre os olhos lentamente e sorri ao me ver observá-la com um sorriso bobo.

- Devo lhe adiantar, que está com a cara mais pós-foda que eu já vi. – Molly diz com a voz ainda rouca

Gargalho lembrando-me do que falávamos antes de nos entregarmos ao desejo intenso que sentimos um pelo outro.

Capítulo 47

Molly

Finalmente nos levantamos e entre risos e brincadeiras, vamos para o banheiro e tomamos um delicioso banho morninho enquanto conversamos amenidades. Após o banho, me seco com a toalha e me ponho a observar meu corpo no espelho. Meus seios estão maiores... os meus quadris parecem também mais largos. O que anda acontecendo com o meu corpo afinal? Será que é de tanto transar? Bom, presumo que sim. Enfim, pronta para começar a vestir minhas roupas, quando de repente, uma forte tontura toma minha cabeça, me fazendo quase cair com tudo no chão, mas Michael rapidamente corre em minha direção e me segura em seus braços.

- Molly, o que foi isso? – Pergunta preocupado alguns segundos depois de me amparar em seus braços.

Levo a mão a testa, tentando de alguma forma estabilizar as fortes náuseas que tomaram minha cabeça - Você me deixou até tonta de tanto fazer amor comigo, foi só isso. – Digo ainda suspirando e sorrio para Michael, tentando disfarçar o mau estar repentino.

- Ah, então se é assim, quero te deixar tonta todos os dias – Diz Michael começando a beijar meu pescoço e me apertar em seus braços fazendo seu pênis enrijecido roçar minha bunda.

- Amor, amanhã nos casamos, temos muita coisa para resolver, não podemos ficar aqui nos agarrando! – Digo tirando os braços de Michael de meu corpo e afastando-o de mim. – Eu já consigo andar, ok?! – Meu nível de estresse também estava mais aguçado. Algo acontecia comigo de fato porque eu não era de falar assim com Michael, o coitado estava apenas tentando ajudar.

- Tudo bem, mocinha teimosa – Michael levanta as mãos em rendição e se afasta para colocar a calça.

Começo a mexer na minha gaveta de calcinhas e olho novamente no espelho. Olho para minha barriga. Sinto um gosto estranho na boca e a ânsia de vomito vem com tudo, fazendo-me correr para o banheiro. Ao chegar lá, me ajoelho em frente ao vaso sanitário e vomito tudo o que não comi. Lágrimas saíram dos meus olhos tamanha força que empreguei. Nem havia percebido que Michael estava atrás de mim e que segurou os meus cabelos para que não se sujassem com o vômito.

- Que droga tá acontecendo?! – Pergunto emburrada ainda trêmula vendo tudo rodar.

Michael me ajuda a levantar. Lavo meu rosto ainda vermelho e escovo os dentes rapidamente. Michael me pega no colo cuidadosamente e me leva até a cama. O engraçado nisso tudo é que estou completamente nua enquanto Michael já está de cueca e calça. Ele me deita na cama e fica afagando os meus cabelos e dando beijinhos em meu rosto para me acalmar.

- O que você tem meu amor? – Michael pergunta com preocupação em sua doce voz

O olho preocupada também - Não sei. É a terceira vez que acontece essa semana. Será que estou doente Michael? –Pergunto com os olhinhos ainda marejados e os lábios trêmulos. – Nos casamos amanhã, não posso ficar doente agora.

Michael divaga um pouco em pensamentos e finalmente abre um sorriso - Você não está doente meu anjinho. – Michael desliza sua mão até o meu ventre e começa a acariciá-lo. – Estou começando a acreditar que possa haver aqui dentro um serzinho que está fazendo você sentir essas tonturas e ânsias.

Arregalo os olhos e apesar de ainda estar um pouco tonta, me levanto apressadamente. Firmo meus passos e caminho até o espelho. Observo minha barriga, passo as mãos em meu ventre e imagino que tem um bebê ali. Um bebê meu e de Michael. Um sorriso surge em minha face. Michael já está atrás de mim, acariciando junto comigo a minha barriga lisa.

- Não sei Michael, talvez possamos estar enganados... Pode ser só um mal estar passageiro. – Olho-o através do espelho

- Mas pode ser nosso filho ou filha. Seja lá o que for, ficarei muito feliz em ser pai, em ter nosso primeiro filho. - Michael fica de frente para mim e une nossas mãos, entrelaçando nossos dedos.

- Eu também vou ficar, mas tenho medo Michael. Não quero pensar nisso agora. Eu acho que tenho medo de ter um bebê. – Digo confusa. – Sabe, isso nunca passou pela minha cabeça. – Mordo os lábios nervosamente

Michael apenas ri, repousa um selinho em minha testa e me abraça daquele jeito que eu amo, como se em seus braços estivesse protegida. Fecho os olhos para aproveitar a sensação tão boa.

– Seja o que for, sempre estarei aqui para protegê-la, comigo estará segura meu amor. – Sorrio ao ouvir as palavras de Michael

Sinto tanta paz naquele abraço que desejo estar ali para sempre.

Algum tempo depois terminamos de nos arrumar. Me deito na cama para esperar Michael que demora um pouco mais que eu pois ele é muito perfeccionista e vaidoso. Quando fica pronto, está de tirar o fôlego como sempre e descemos de mãos dadas para tomar o café da manhã juntos. – Mas me prometa que fará um teste de gravidez, para que possamos confirmar o que estou imaginando. – Pede Michael após um gole em seu suco de laranja

 - Eu faço, amor. Não sei se dará tempo, mas vou tentar fazer sim.

Após o café da manhã, vamos cada um para um lado. Michael vai até o estúdio e passa apenas algumas horas trabalhando. Eu provo o vestido pela ultima vez e mais tarde encontro Michael para vermos os últimos detalhes do casamento. Foram poucos os convidados, optamos por nos casar em Neverland mesmo. Convidei minha mãe, meu padrasto e meus irmãos, vieram do Brasil. Frank também estaria lá e o meu amigo gay, chamado Brad, aquele que Lola inventou que eu tinha um caso, ele tem me ajudado bastante com os preparativos do casamento ultimamente. Michael chamou apenas algumas pessoas de sua família, Elizabeth e alguns poucos amigos que ele tinha feito durante sua vida. O dia chegava ao fim, Michael e eu nos deitamos na cama exaustos, após tomarmos banho e botarmos o pijama.

- Está ansiosa para amanhã? – Ouvi Michael perguntar enquanto se aconchegava em meu corpo

- E você não imagina o quanto! Mas estou muito feliz porque estou casando com o homem mais lindo e também gostoso... – Digo sensualmente deixando Michael envergonhado e também excitado

Após conversarmos mais um pouco, finalmente dormimos. Iriamos nos casar pelo fim da tarde, queríamos trocar as alianças tendo o pôr do sol como cenário perfeito para esse momento lindo.

Capítulo 48

Domingo, 09:15 da manhã

Sinto algo morninho tocar minha pele. São lábios, lábios de Michael Jackson. Devagar abro os olhos e vejo o homem mais lindo apenas de calça de pijama. Passo minha mão em seu peito sentindo sua pele quente.

- Está na hora de acordar mocinha, daqui a algumas horas você será oficialmente minha esposa. – Michael sussurra em meu ouvido me fazendo ter arrepios

- Isso é golpe baixo, não tem nem dois minutos que acordei e você já está me seduzindo. – Digo entre risos

- Feche os olhos – Michael pede, sua voz suave adentrando meus ouvidos

- O que está aprontando Sr. Jackson? – Pergunto curiosa

- Por favor, é uma surpresa . – Pede dando mais beijinhos gostosos em meu rosto

- Tudo bem amor – Falo já cobrindo os olhos com as mãos

Alguns segundos depois Michael pede para que eu abra os olhos.

- Michael... – O sorriso que estava em meu rosto sumindo para dar lugar a surpresa que senti quando o vi parado em minha frente com o buquê de rosas nas mãos. Mas o buquê de flores mais lindos que eu já vi! Com rosas vermelhas e bem cheias. Olhei para seu rosto com a boca aberta, Michael já estava maquiado a uma hora dessas. Ele sempre fazia questão de estar impecável não apenas para mim mas se tornou um hábito para ele por conta das manchas causadas por vitiligo desde que ele era muito jovem. Foi muito difícil para ele e continua sendo pelo fato de as pessoas não entenderem que se trata de um problema genético. Outras pessoas em sua família também já enfrentaram a doença. Nunca o vi sem estar maquiado, ele não deixa mas sempre digo a ele que o amo de todos os jeitos. Ele é o homem mais perfeito do mundo para mim.

Finamente saindo do torpor, me levantei e fui até ele.

- São pra mim? – Uma pergunta boba, eu sei. Claro que são pra mim.

- São para a mulher da minha vida. – Michael abriu um sorriso amplo - A garota mais linda por quem me apaixonei e por quem me apaixono mais a cada dia. A menina rebelde que sempre me mete em encrencas, que faz florescer um desejo tão grande de estar com você de todas as formas possíveis. Hoje nos casamos, mas eu sinto que sempre nos pertencemos, antes mesmo de nascermos já estávamos predestinados um ao outro. Tudo que passamos desde que nos conhecemos, a roda gigante, nosso primeiro beijo, eu tentei fugir do sentimento que começava a nascer ali. A briga com o Jermaine por sua causa. Quando te pedi em namoro, nossos encontros escondidos... Quando seu pai descobriu sobre a gente, o nosso fim que nem havia começado direito, a nossa noite de amor, a nossa entrega, a paixão, os nossos corpos em contato pela primeira vez. Você se tornando minh. Aquela madrugada nunca saiu da minha mente, Molly. A dor da sua partida, os momentos difíceis e sombrios que passei sem você. A sua chegada, a sua maravilhosa chegada! Você chegou mesmo chegando – Michael solta uma risadinha e eu o acompanho – A nossa segunda noite juntos... transamos com tanta raiva um do outro. Raiva da saudade, raiva da partida, raiva por terem nos separado, raiva pelo que a vida fez com a gente, raiva por não termos nos procurado. Mas a vida trouxe você pra mim de volta e eu nunca mais vou deixa-la escapar. Eu prometo. Eu amo você Molly, minha futura senhora Jackson. Essas flores são para você. – Michael estendeu as flores para mim com aquele sorriso incrível no rosto

Não deixei de me emocionar durante o discurso de Michael e sim algumas lágrimas acabaram escapando. Passou um filme de toda nossa história na minha cabeça enquanto ele falava e eu consegui ver todas as cenas que ele descrevia. Peguei as flores que Michael estendera para mim e fiquei olhando-as admirada.

- Eu nunca ganhei flores antes. E secretamente eu tinha esse desejo. Você acaba de realiza-lo Michael – Me aproximo e repouso um selinho em seus lábios, colando meu corpo no seu.

Michael fez menção de desfazer o abraço mas continuei agarrada a ele

– A partir de hoje só quero viver esse presente que a vida nos deu, de termos nos reencontrado. Eu te amo Michael, te amo! – Falo no ouvido de Michael que não aguenta e me puxa para um beijo caloroso. Ficamos nos beijando ali por não sei quantos minutos. Eu só queria sentir os lábios do meu futuro marido, do homem que me amava, do homem que lutava por mim, que me queria por perto, que queria dividir a vida dele comigo, que queria que eu fizesse parte do seu futuro.

Quando nossos lábios se afastam, nos olhamos apaixonadamente com sorrisos bobos e respirações ofegantes. Finalmente tomamos nosso banho de todas as manhãs juntos e tomamos café da manhã no quarto. Esqueci de mencionar que também tinha uma mesa posta, Michael também tinha preparado isso.

Minutos mais tarde, resolvemos começar a nos arrumar pois de cinco em cinco minutos alguém batia na porta. Os convidados que iam chegando podiam ir brincar no parque, ver os animais, andarem pelo rancho, fazerem o que quisessem enquanto a cerimônia não começava. Michael foi expulso de seu próprio quarto por Elizabeth, minha mãe e a dele, que foi se arrumar em uma casa de hóspedes que havia em Neverland. E a produção começou. Tinha tantas pessoas naquele quarto para me arrumar, não precisava disso tudo. Primeiro tomei um banho relaxante e tratei de ficar bem cheirosa e quando eu saí do banheiro vestida em meu robe, meu braço já foi puxado e meu corpo sentado em uma cadeira de cabeleireiro que nem vi quando a botaram ali no quarto e umas cinco pessoas vieram para cima de mim. Um ficou com minha cabeça, outro com o rosto, um nos pés, mais um nas mãos... acabei de lembrar, eram dois na cabeça. Aquele quarto estava uma bagunça. As mulheres falavam sem parar e estavam me deixando louca. Sério, nem eu estava assim. Era o dia do meu casamento e elas estavam me deixando nervosa. Mas decidi relevar. Não é todo dia que você vê sua filha, seu melhor amigo e seu filho se casando. E comecei a sentir um carinho por esse momento, pela preocupação delas com cada detalhe. Momentos que eu guardaria no meu coração desse dia tão especial. Antes de colocar o vestido, uma súbita vontade de fazer xixi me tomou, eu nem lembro quando foi a ultima vez que fiz. Vou ao banheiro e antes de me sentar no vaso sanitário, me lembro do teste de gravidez. Droga! Havia esquecido completamente e Michael havia me pedido para fazer. Por sorte, eu havia pedido a alguém que me trouxesse um, uma empregada, não minha mãe, ou alguma pessoa mais próxima a mim. Não queria que desconfiassem se eu realmente estivesse grávida. Peguei a caixinha e segui as instruções de como fazer o teste. Após um minuto eu tinha o resultado.

Estava com medo de abrir os olhos e ver o resultado. Tomei uma lufada de ar e tomando coragem, peguei o teste nas mãos e abri os olhos, que foram se arregalando conforme eu vi que dois pauzinhos haviam se formado indicando que eu estava grávida. Era real. Eu estava mesmo grávida! Era um simples teste de farmácia, claro que eu iria em uma clínica depois, mas ali indicava que havia um bebê, um pedacinho meu e de Michael crescendo dentro de mim. Isso era mágico, era incrível, nem tenho palavras para descrever. Apesar de estar um pouco assustada e não saber o que fazer, não podia dar essa notícia a Michael nesse momento pois não tinha tempo. Daria a notícia após o casamento e a festa. Quando estivéssemos sozinhos.

Capítulo 49

Todos estavam ocupados e apressados, não podia nem ao menos dar a notícia a Michael. Meu Deus, o que eu faria? Já sei. Esse vai ser um segredo só meu por enquanto e após a cerimônia, Michael saberá que vai ser papai. Sorri com o pensamento. Imagina a carinha dele quando souber! Após algumas horas, todos foram saindo e começando a se arrumar também e era a hora de subir no altar para ser a esposa de Michael Jackson. Um arrepio estranho perpassou meu corpo. Engraçado, não estava nem ventando hoje. Senti algo ruim, uma estranha sensação ruim. Balancei a cabeça para afastar os pensamentos e me olhei novamente no espelho. Eu nunca me senti tão linda, tão pronta, era agora ou nunca! Me sentei em uma enorme poltrona que havia no quarto de Michael no andar de baixo onde todos estavam reunidos e o fotógrafo tirou algumas fotos para Michael e eu guardarmos de lembrança do dia do nosso casamento.


- Querida, o noivo já está no altar, sabemos que é charme a noiva chegar atrasada mas levante-se e nos acompanhe, sim? – As três, minha mãe, Elizabeth e Katherine, mãe de Michael, vieram me apressar. Essas três estavam o tempo todo juntinhas em tão pouco tempo... Até que era bonitinho.

- Tudo bem mamãe. – Disse sorrindo e me levantando. Peguei na mão das três enquanto olhava seus rostos.

- Quero agradecer a dedicação de vocês meus amores e também o tempo que vocês estão dispondo para estar aqui comigo e com Michael, nos ajudando. Quero que saibam que eu tenho muito carinho por cada uma de vocês. – Digo olhando com sinceridade para as três mulheres a minha frente.

- Ohhh – As três murmuram

- Nunca vi o meu filho tão feliz, ele está com um brilho nos olhos que ninguém será capaz de tirar. Obrigada minha querida, por fazer meu filho feliz desse jeito. – Katherine diz emocionada. Meu coração se aquece com as palavras dela. É muito bom saber que faço Michael feliz, assim como ele também me faz e muito.

- É verdade Molly! Conheço Michael há muitos anos e ele está realmente radiante. Você é mesmo uma pessoa muito especial para ele. – Liz diz amorosamente com suas jóias balançando. Ela é uma senhora muito elegante, sempre bem vestida, maquiada e perfumada.

Liz é uma figura icônica. Michael me contou que ela já se casou muitas vezes e até que um de seus casamentos foi aqui mesmo, em Neverland no mesmo local que nos casaremos hoje.

- Não precisa agradecer querida, faria qualquer coisa por você – Minha mãe diz.

As três me abraçam uma de cada vez, desejando boa sorte e felicidades nessa nova fase da minha vida.

- Mas eu preciso de apenas mais um minuto sozinha, prometo que não demoro. Podem ir para a cerimônia, prometo que logo estarei lá.

Uma de cada vez vem me abraçar novamente e dizer mais palavras de carinho e que me passam confiança e eu me sinto mais forte para o que vai acontecer daqui a alguns minutos. Minha mãe demora mais e leva um tempo para me soltar. Acho que é coisa de mãe mesmo. Finalmente, elas deixam o quarto.

Respiro fundo pela quinta vez, olho pela décima vez para minha imagem no espelho, tomo uma lufada de ar e decido sair do quarto. Duas batidas na porta me despertam.

- Vieram me buscar de novo? – Sorrio abrindo a porta

Mas não me deparo com nenhuma das mulheres mas sim com uma criança, uma criança que nunca vi. Será algum parente ou filho de algum amigo de Michael? Bom, realmente não sei.

- Tia, estão te chamando nos fundos da casa, disseram que é urgente! – Quando termina de falar, o garoto sai correndo.

Pondero um pouco. Estão todos me esperando, meu futuro marido está lá parado ansioso pela minha chegada. Mas algo dentro de mim pede que eu vá. A menina curiosa que sempre existiu em mim, toma o lugar e eu decido ir atrás do garoto. Levanto meu vestido com as mãos para que não arraste no chão e deixo o quarto. Chego à porta dos fundos e não há ninguém ali.

- Não acredito que fui enganada por um garoto! – Bufo irritada ajeitando nervosamente os cabelos

- Ora ora, então a noivinha já está pronta? – Uma voz venenosa e tenebrosa invade meus ouvidos. - Pena que o noivo babaca que está te esperando lá no altar não vai te ver assim, não é mesmo? – A voz sombria fala e uma risada maldosa é dada. A dona da voz sai de trás de um arbusto, é Lisa!

- Do que está falando? – Pergunto confusa sem acreditar que Lisa conseguiu invadir Neverland. Michael havia dado uma ordem aos seguranças para que a proibissem de entrar no rancho.

- Nos deixe em paz! Como conseguiu entrar aqui? – Minha respiração começa a acelerar. Estou nervosa pelo o que essa louca pode fazer. Intenções boas ela não tem. Lembranças das ameaças que ela fez no dia que ela descobriu a traição de Michael no hotel, tomam minha mente.

- Ah, querida, eu entro onde eu quiser, tenho minhas influências. Você sabe – Diz ela calmamente andando em minha direção.

- Já chega! O que você quer? Se não percebeu eu preciso ir me casar, meu futuro marido está me esperando... – Faço menção de me virar para sair dali.

- Ah mas não vai mesmo! – Nesse momento, Lisa tira uma arma de trás da calça e aponta em minha direção. Meu mundo gira e mais uma tontura me toma. “Calma filho, agora não é uma boa hora pra você importunar a mamãe” – Penso e um suor frio começa a escorrer por meu corpo.

- Lisa, por favor! É o dia do meu casamento! – Peço. Minha respiração acelerada. Temo que o pior possa acontecer até o final dessa conversa.

- VOCÊ ACABOU COM O MEU CASAMENTO! ACABOU COM TUDO QUE EU SONHAVA! – Lisa grita ensandecida e completamente furiosa. Seu semblante mudou de repente e a expressão dela é de alguém totalmente transtornado. Ela parece uma louca!

- Não faça isso, por favor! Você vai acabar não só com a minha vida e de Michael, mas com a sua também – Peço na esperança de fazê-la desistir dessa loucura.

- Foda-se! A minha vida acabou desde que Michael me deixou pra ficar com você. – Ela segura com mais firmeza na arma começando a rir enquanto lágrimas escorrem de seus olhos. Louca. Totalmente louca! - A culpa é toda sua e agora você vai pagar por isso! – O dedo trêmulo de Lisa se prepara para apertar o gatilho.

- Não Lisa, eu estou grá... – Antes mesmo que eu pudesse terminar a frase, a arma é disparada em minha direção. Em uma fração de segundos sinto algo queimando a minha carne, rasgando-a por dentro, e dor, muita dor! Um grito dilacera a minha garganta enquanto desabo no chão. Não consigo enxergar nada, a escuridão me toma enquanto ouço gritos e pedidos de socorro.

Capítulo 50

Lisa

6 meses atrás.

“Querido Diário,

Após muita insistência de Michael, finalmente lhe dei o divórcio. Ah diário, você não sabe como tenho sofrido nessas ultimas semanas desde que peguei Michael me traindo com aquela ordinária da Molly! Mas eu juro, eu juro que ela vai pagar por isso e caro, muito caro

Escrevo com todo o ódio que tem me tomado ultimamente e começo a rasgar enfurecida todos os papéis do meu antigo diário enquanto grito liberando toda a raiva que tenho guardado em mim.

Me levanto da cadeira e jogo o diário em um canto qualquer. As folhas rasgadas se espalham pelo chão fazendo parte da bagunça que meu quarto está. Estou há dias em meu quarto na completa penumbra com as cortinas fechadas, roupas espalhadas por todos os cantos. Me alimentando mal. Algumas vezes nem me alimentando. Desde que assinei o maldito divórcio foi nisso que me transformei. Perdi Michael. Perdi tudo.

Me olho no espelho e observo o caos que meu rosto se transformou. O rímel escorreu borrando meu rosto. Passo as mãos para tentar melhorar a situação que só piora. Começo a rir da situação caótica que me encontro. Tendo que ir a vários programas de TV para difamar Michael e Molly, me remoendo de ódio por ela ter me tomado ele, enquanto que nada disso está me trazendo o homem que eu amo de volta. Merda! Mil vezes merda!

Tenho que fazer alguma coisa para separar aqueles dois e fazer Michael voltar para mim. Eu sei que ele me traiu, estava com outra enquanto estava comigo, mas eu o amo! O amo como nunca amei alguém antes e sou capaz de qualquer coisa para tê-lo de volta, passo por cima de qualquer coisa e qualquer pessoa para ter esse de novo homem pra mim.

O telefone toca me tirando dos devaneios. É minha mãe. Ela tem ligado todos os dias para saber como estou mas sinceramente estou sem paciência para atende-la. Deixei meus filhos com ela por alguns dias, até que esses problemas na minha vida se acalmem um pouco. Eu não tenho estruturas para cuidar deles agora. Minha mãe falou que cuidaria deles até eu estar melhor e eu estava feliz por isso.

Estranhamente o telefone não parou de tocar. Resolvi ir atender para que esse barulho chato cessasse de vez.

- Mãe, eu estava no banho. – Resmungo irritada

- Não sou sua mãe mas é um bom hábito tomar banho Lisa, meus parabéns. – Uma voz masculina soa do outro lado da linha. Não me recordo muito de quem possa ser mas me parece familiar.

- Quem fala?!

- Oras, Lisa! É claro que sou eu, seu agora ex cunhado, Jermaine! Mas não fique triste querida, sempre a considerarei da família.

- Jermaine, claro!! Sempre com suas gracinhas que no final não tem graça nenhuma. Anda, fale logo o que quer! – Digo sem paciência para esse embuste.

Jermaine ri ao telefone me deixando mais irritada

- Não querida, não fique assim comigo. Me conte, como você está? Imagino que deve estar devastada. Tenho acompanhado a repercussão do fim do casamento entre você e Michael nos noticiários. Você parece estar bem abalada nas entrevistas que tem dado.

- Pra você não vou mentir. – Digo após um suspiro. – Estou em frangalhos! – Levo as mãos ao rosto. – Tenho estado tão cansada esses últimos dias. Não durmo direito, não como direito, não consigo descansar, estou sobrecarregada com toda essa merda, Jermaine.

- Eu sei, eu sei como deve estar se sentindo. Fiquei preocupado com você. Posso ir até sua casa? Seria melhor nos falarmos pessoalmente.

- A minha casa está uma bagunça.

- Não importa, peça a alguma empregada que limpe tudo.

- Tudo bem. Mas venha só pela tarde. Preciso dormir um pouco. Passei a madrugada em claro, não conseguia dormir pensando em Michael.

- Não pense naquele babaca. Está tudo bem, nos vemos mais tarde.

Após conversarmos mais um pouco, desligo o telefone e me deito na cama. Consigo dormir por algumas breves horas até que ouço batidas na porta do quarto.

- O QUE FOI? – Grito sem paciência

- Dona Lisa, um homem chamado Jermaine está a sua espera na entrada principal.

- Entendi. Se manda da porta do meu quarto e o sirva do que ele quiser!

Levanto irritada me apressando para me arrumar. Pretendo parecer pelo menos apresentável para Jermaine. Tomo um banho rápido e me maquio, caprichando no corretivo para tentar amenizar as olheiras profundas que adquiri das noites mal dormidas e das crises de choro incessantes.

Saio do meu quarto quando estou pronta e desço as escadas apressadamente, quase tropeçando em meus saltos. Não é porque estou em casa que não posso estar elegante.

- Lisa! Você está linda – Jermaine se levanta da poltrona e vem em minha direção para me abraçar. Seu sorriso forçado some quando eu me esquivo dele.

- Não tenho tempo para bobeiras desnecessárias. Sente-se logo por favor! – Peço me sentando em uma poltrona em frente a lareira ao lado da poltrona de Jermaine. Capturo uma xícara de chá e levo aos lábios, saboreando o conteúdo da xícara.

- Como está azeda essa minha ex cunhadinha. – Jermaine diz com notória ironia.

- Foda-se Jermaine. Você sabe como está meu humor ultimamente.

Jermaine finalmente se senta ao meu lado. Ouço o barulho crepitante das chamas dançantes na lareira.

- Eu também estaria bravo se tivesse acontecido o mesmo comigo. Aquela Molly é mesmo uma vadia! – Viro meu rosto para Jermaine curiosa com sua afirmação.

- Como... como assim? Você a conhece? – Me atrapalho com a xícara quase deixando a mesma cair no chão. Repouso-a na mesinha de centro.

- Conheço sim – Jermaine diz com um sorriso safado de lado observando as chamas – Aquela Molly é mesmo muito gostosa. Meu irmãozinho teve mesmo muita sorte.

- Espera aí, que porra de história é essa? – Jermaine está falando como eles se conhecessem bem.

- Vou contar... Mas peça mais chá porque a história é longa.

E assim ficamos. Por quase duas horas, Jermaine me contou coisas que eu não sabia sobre Molly. Ele falou que tinha uma queda por ela, das grandes e que até tentou leva-la pra cama mas Michael apareceu na hora e quebrou a cara dele.

- Eu não consigo acreditar em tudo o que você me contou. – Gargalho alto

- Eu disse para eles que eles iriam me pagar. Principalmente Michael. Ele deixou meu rosto todo machucado para defender aquela garota.

Consigo notar um certo rancor na expressão do rosto de Jermaine. Uma brilhante ideia surge em minha mente.

- Eu quero me vingar... Você quer se vingar... – Olho na direção de Jermaine e ele me lança o mesmo olhar. – O que acha de planejarmos algo para separar esses dois? Seria uma vingança em tanto contra Michael. – Proponho tentando convencê-lo a se juntar a mim nessa empreitada.

- Acho uma ótima ideia! – Jermaine abre um sorriso maldoso e aperta a mão que estendi para ele.

Capítulo 51

Ficou combinado que Jermaine seria meu informante sobre tudo o que se passava na vida do casal. Ele sempre estava em Neverland sem que Michael ou Molly soubesse. Como ele era da família, nunca era impedido de entrar na casa do irmão. Ele me contava tudo o que sabia. Os meses foram se passando e a cada dia, a cada semana, eu ficava mais impaciente. Jermaine era um imprestável que não me dava nenhuma informação valiosa! Até que um dia Jermaine me ligou e me contou que Michael havia pedido a mão de Molly em casamento em uma festa.

Eu odiei saber disso, odiei! Eu quase quebrei minha casa inteira. Os empregados tiveram que me segurar. Minha mãe soube e veio ficar comigo alguns dias em minha casa me acalmando. Ela queria me internar alegando que eu não estava bem psicologicamente. Disse que esse comportamento era de uma pessoa obsessiva pois eu falava em Michael e Molly o tempo todo, ficava vendo as notícias deles na TV. Havia comprado pilhas de revista que continham matérias sobre o casalzinho. E dizia que iria me vingar, cheguei até mesmo a soltar sem perceber que queria matar Molly!

Minha mãe percebeu quanto ódio eu tinha daquela vagabunda, então tive que disfarçar. Procurei mostrar que estava melhorando da crise e alguns dias depois, minha mãe deixou minha casa.

Pronto. Agora eu tinha paz para planejar meus próximos passos. Eu iria sim matar Molly. Ela era a única coisa no caminho entre mim e Michael, não tinha outra saída. Se ela continuasse viva, eu e Michael nunca ficaríamos juntos. Ela tinha sim que morrer.

Jermaine e eu planejamos tudo. A vingança seria no dia do casamento. Não contei para Jermaine o quê exatamente eu iria fazer. Só disse que iria dar um susto em Molly no dia do casamento para ela ficar traumatizada e desistir do casamento mas que não ia fazer nada para machuca-la. O idiota caiu direitinho no meu papo. 

Os dias se passaram e o dia do casamento chegou. Eu estava nervosa mas ao mesmo tempo decidida. Posicionei a arma na parte de trás da minha calça e coloquei uma jaqueta fazendo com que ela ficasse escondida e Jermaine não a percebesse ali.

- Pronta para o casamento? – Sorri abertamente ao ouvir a pergunta de Jermaine.

- Sim, e ansiosa! – Sem espera-lo, caminhei para fora da casa, em direção ao carro que nos esperava. Jermaine entrou no carro na parte da frente já que ele mesmo ia guia-lo. Entrei na parte de trás e me escondi me posicionando no chão do carro para que não fosse vista quando chegássemos a Neverland. Algumas horas depois, já que o lugar era muito longe e afastado da cidade, finalmente estávamos em frente aos portões.

Jermaine entrou com facilidade, sem ser questionado. Ele não estava na lista de convidados mas mentiu que a mãe estava a sua espera lá dentro da casa de Michael.

- Pronto, estamos dentro Lisa. Vá! E se vingue por mim.

Apertei a mão de Jermaine e sorri para ele com os lábios pintados de vermelho sangue

- Você também se vingou dos dois me trazendo até aqui. O seu irmão nunca vai se esquecer desse dia e você fez parte disso, Jermaine. – Deixo no ar e não falo mais nada para não levantar suspeitas. 

Saio do carro olhando para os lados. Não posso ser vista. Vou em direção a um arbusto e me escondo nele. A primeira criança que vejo, chamo. O menininho se aproxima e eu faço uma proposta a ele. Pego um chocolate no bolso e peço para ele ir atrás da noiva no quarto onde a vi pela janela. O garoto pega o chocolate da minha mão e some das minhas vistas.

Minutos se passam e penso que o garoto me passou a perna pois nem ele, nem Molly apareceram. Até que a porta dos fundos da casa se abre e Molly aparece com um vestido de noiva. Ela está pronta pra casar com Michael. Mas ele é meu! Pensei em desistir do plano de dar fim nela por muitas vezes mas vendo-a assim, todo ódio que sinto dela se apossou de mim e eu decidi ir em frente com meu plano.

Eu me revelei para ela e soltei tudo o que estava preso por meses em minha garganta. Ela tentou falar algo mas não escutei. Só o que escutei foi o disparo alto da arma e a vi caindo ensanguentada na grama. Um buraco em sua barriga e muito sangue saindo dali. Ela podia não ter morrido com uma bala só, então eu queria me certificar de que essa vadia estaria morta de vez. Eu iria atirar mais vezes. Em sua cabeça para que ela morresse e deixasse que Michael e eu ficássemos juntos. Sorrindo com o pensamento, apontei para sua cabeça mas de repente meu corpo foi lançado no gramado e um homem começou a lutar pela arma comigo. Era o pai de Molly. Eu iria matar aquele desgraçado também mas ele conseguiu tirar a arma de minha mão e outro homem veio em minha direção me levantando. Logo o lugar estava lotado de pessoas que devem ter ouvido o barulho do tiro. Estava uma confusão. Ainda consegui ver Michael. Meu amado! Tomei forças e tentei me soltar do aperto dos homens que me carregavam para longe mas eles eram mais fortes que eu.

Molly morreu. Estava morta! Consegui mata-la. Pensei que tendo feito isso, Michael viria correndo para os meus braços, mas ele não me procurou nos dias que se seguiram. Eu ficava ansiosa esperando uma ligação sua mas não tinha notícias dele. Mas ele viria atrás de mim, eu sei. Ele me ama! Fiz um favor a ele porque agora podemos ficar juntos para sempre enquanto Molly foi pelos ares. Fui levada para a delegacia e me jogaram lá, sem dó, nem piedade. Por ser muito rica, consegui sair sem muita dificuldade mas a polícia estava na minha cola. Eu esperava ansiosa que Michael viesse e me tirasse logo desse pesadelo.

Capítulo 52

Michael

Eu estava em casa, na cama. O lado esquerdo da cama estava frio pois Molly não estava lá. Eu não tinha seu corpo quente e delicado para me aquecer. Eu não tinha seus lábios para me beijar, suas mãos para me acariciar. Ela tinha ido embora mas dessa vez para sempre. Lágrimas rolaram em meu rosto mais uma vez.

Eu estava pronto para ir ao velório de Molly essa manhã. Após Lisa ter atirado nela, me lembro claramente do momento que fui atrás das pessoas que corriam em direção aos fundos da casa. A vi baleada e pensei que ainda pudesse estar viva. Ela realmente estava mas não aguentou até chegar ao hospital. Molly se foi e deixou um buraco em meu peito.

Me apressei mesmo não querendo ir ao seu enterro. Eu teria que me despedir dela. Do amor da minha vida. Não posso acreditar que nunca mais a teria de volta, que nunca mais a veria. Nunca mais contemplaria seu sorriso lindo. Ela era tão feliz, tão viva, tão jovem!

Me lembro da ultima vez que a vi. Foi tudo muito rápido pois estávamos atrasados para nos arrumarmos para o casamento. Molly me deu um beijo e me prometeu que iria me encontrar no altar. Eu a esperei ansiosamente por longos minutos mas ela nunca apareceu.

Eu nem tinha tempo para sentir ódio do que Lisa fez. A tristeza sufocava todos os meus outros sentimentos. Eu só sentia a dor da partida de Molly.

Após chegarmos ao local do velório e várias pessoas falarem, incluindo a mãe de Molly, o padrasto dela, seus irmãos mais novos, seu pai, Frank, que estava desolado e alguns de nossos amigos, era a minha vez de dizer algumas palavras. Eu não consegui e todos entenderam que eu não tinha capacidade nem de falar naquele momento. A cerimônia passou com uma lentidão tremenda. O corpo de Molly estava no caixão e as pessoas ficavam olhando seu rosto sereno. Sua mãe a vestiu com seu vestido preferido. Ela parecia apenas estar dormindo. Eu queria mesmo que ela estivesse em um sono profundo e que acordasse, se levantasse daquele caixão e falasse que foi tudo uma brincadeira. Mas não era. Ela não se levantou do caixão. Fomos para fora do salão onde alguns homens haviam terminado de cavar uma cova que seria de Molly. Antes de o caixão descer, tivemos mais uma oportunidade de nos despedir. Os pais de Molly gritavam e choravam em desespero. Foi aí que tudo desabou, que a ficha realmente caiu. Eu estava em torpor, não acreditava que tudo aquilo estava mesmo acontecendo. Mas quando os vi chorar daquele jeito, tive noção de que Molly estava mesmo morta, era a minha ultima chance de me despedir. Caí em prantos assim como eles e corri até o caixão gritando para que os homens que cavaram a cova se afastassem. Eles me olharam amedrontados. Eu abracei o caixão como pude chorando compulsivamente e em um momento, tentei abri-lo mas fui afastado do caixão por mãos e arrastado dali.

Tive que ser levado para dentro do salão novamente enquanto observava o caixão descer para dentro da cova. Consegui correr até lá novamente e disse para todos que estava bem e que não iria fazer nenhuma loucura mas que precisava me despedir de Molly, era minha ultima chance.

Caminhei para perto do caixão preto e o abracei. As lágrimas desceram pelo meu rosto novamente. Meu corpo tremia pois eu sentia frio, não apenas pelo clima do dia, mas era um frio que vinha de dentro.

- Vamos nos encontrar meu amor. Vamos nos encontrar um dia! E eu vou esperar ansiosamente por isso. Você vai ver Molly. – Disse entre lágrimas e risos imaginando eu e Molly juntos em algum lugar verde e ensolarado, caminhando pela grama com os pés descalsos. - Eu vou ver seu rosto de novo, você vai sorrir para mim. Vamos dar as mãos e vamos dançar. Eu te amo. Te amo pra sempre. – Beijei o caixão incontáveis vezes e fui ordenado a me afastar.

Chorei o tempo todo junto com a família de Molly. Elizabeth e minha mãe, Katherine, me abraçaram e choraram junto comigo enquanto observávamos o caixão descer. Elas seguravam firmemente minhas mãos. Eu estava de óculos escuros o tempo todo. Mais tarde, depois que o enterro foi finalizado, as pessoas começaram a ir embora. As pessoas mais próximas ficaram comigo mas eu queria ser o ultimo a ir embora. Garanti a todos que estava bem e todos foram finalmente embora.

Me encaminhei para o local onde Molly estava enterrada e deixei uma rosa em cima da terra. Uma rosa do buquê que havia dado para ela no dia anterior. Ela havia ficado tão feliz por ter recebido flores. Minha menina. Fechei os olhos segurando uma outra rosa do buquê perto do meu peito e o senti aquecer. Algumas gotas começaram a cair do céu molhando meu terno. A chuva começou a cair lentamente e um vento forte passou e levou a rosa que eu havia deixado para Molly, junto com um arrepio estranho. Por um momento, pensei ter sentido a presença de Molly.

***

Eu havia entrado em um estado de inércia total. Não conseguia falar, o que se repetiu por dias. Minha mente se desligou do mundo, Molly me levou com ela quando a enterraram.

Capítulo 53

Molly

Algumas pessoas vem a esse mundo e vivem um grande amor, algumas não. Outras se apaixonam por muitos e tem vários amores, como é o caso da minha mãe. Mas eu posso dizer que vivi um grande amor, que aproveitei cada segundo que tive com Michael, vou deixar esse mundo sabendo que amei e fui amada. Desde meu nascimento até a hora da minha morte. Fui amada pelos meus pais quando nasci, pelas minhas professoras do balé, das aulas de teatro, canto e dança. Pelas minhas amigas loucas, pelo amor da minha vida e de alguma forma, pelo meu filho que eu nunca teria a oportunidade de ver o rostinho... Sei que deixarei um vazio na vida dessas pessoas mas quero que lembrem-se de mim como uma pessoa que sempre lutou pra viver o melhor dessa vida, por seus objetivos e pelo amor! Eu nunca desisti dele. Eu sonhei e realizei e não posso reclamar de nada. Sim, fiz e fui muito feliz. Mas já está frio de mais e já não pertenço mais a esse mundo. Olho para trás e vejo o rosto de cada pessoa especial que passou pela minha vida e começo a seguir por um caminho que não sei onde vai terminar... Mas eu não quero ir, eu ainda quero viver. – POR FAVOR ME DEIXE VIVER! – Grito para o nada em uma súplica. - Me deixe voltar para Michael, me deixe voltar para nosso filho, por favor! – Algum tempo depois, vozes começam a surgir em meus ouvidos e luzes muito fortes quase me cegam enquanto ouço o barulho de batimentos cardíacos acelerados. São os meus batimentos.

- Há sinais vitais! Acabei de encontrar, os batimentos estão sendo retomados – Eu ouço isso e não sei de onde vem. De repente, sinto algo me puxando e eu bato em meu corpo inerte em uma maca na sala de emergência de um hospital. Meus olhos se abrem de repente e ouço o som dos meus batimentos cardíacos em uma máquina ao meu lado. O médico limpa sua testa suada enquanto uns o abraçam e comemoram por terem conseguido me trazer de volta.

“Meu Deus, onde eu estava? De qualquer forma, obrigada por me trazer de volta!” – Minha mente formula tais pensamentos enquanto respiro aliviada.

Logo apago novamente com algum medicamento que injetaram em mim

***

Michael

Acordei dolorido em uma cadeira dura de hospital. Droga de pesadelo terrível! Eu fiquei tão exausto após toda a loucura que se tornou o casamento. Exausto pelas horas que passei sentado esperando notícias de Molly mas ninguém falava nada. Nem vi quando caí em sono profundo. Preferia ter me mantido com os olhos bem abertos para não ter corrido o risco de sonhar uma coisa horrível como essas. Molly morta seria o meu fim. Depois do tiro que Lisa disparou na barriga dela, ela foi levada as pressas para a emergência mais próxima. Quase não resistiu mas conseguiu sobreviver.

- Filho, tem certeza de que não vai comer nada? – Katherine se aproxima cautelosamente pela terceira vez em menos de meia hora.

- Já faz horas que estamos aqui e você não pôs nada na boca querido. Precisa comer... – Retruca Elizabeth


Permaneço em silêncio. Estou em frente à janela do hospital olhando o movimento dos carros e das pessoas lá fora. Meu olhar está tão perdido que nem ao menos me preocupo em piscar. Me ajeito na cadeira sentindo dores terríveis por estar a horas na mesma posição.

- Eu não vou fazer nada antes que veja Molly. – Respiro fundo e continuo - Por favor, não insistam mais. – Minha voz sai embargada na ultima frase.

- Tudo bem. Pelo menos sabemos que ela está a salvo. Enquanto aquela louca da Lisa, foi levada imediatamente para a delegacia! Nunca vou me cansar de agradecer a bendita hora que Frank sentiu um pressentimento estranho e foi procurar por Molly. Graças a Deus ele chegou a tempo que Lisa não disparasse mais tiros. – Disse a mãe de Molly que nos acompanhou ao hospital.

Era um cenário estranho. Um bando de pessoas com roupas de festa na sala de espera de um hospital.

- Olá, vocês são parentes da senhorita Molly? – O doutor quase cai para trás ao me ver, perde até mesmo a fala. Faço um esforço tremendo para não revirar os olhos. Não que esteja desdenhando mas a única coisa que quero desse sujeito é alguma notícia de Molly.

- Sim, somos. Notícias da minha filha? – Sara se prontifica a perguntar

- Não esperava que Michael Jackson estivesse aqui! Neste hospital! É algum tipo de pegadinha? Onde estão as câmeras? – O homem pergunta abobado.

- Não, não é. A mulher que chegou aqui ferida é minha futura esposa. – Digo explicando calmamente a situação.

- Me desculpem por estar sendo inoportuno. Sei que é um momento delicado, me desculpem. Apenas vim trazer a boa notícia de que a paciente está bem. – Meu coração bateu acelerado e aliviado ao ouvir a informação do médico e eu suspirei audivelmente. - Conseguimos retirar a bala. Por sorte, ela não foi muito fundo já que o espartilho que ela usava por baixo do vestido amorteceu o tiro! Mas se chegasse a adentrar profundamente, poderia ter perfurado algum órgão e uma cirurgia teria que ser feita, e no pior das hipóteses, Molly poderia ter falecido. O que foi estranho - O doutor coloca a mão no queixo com uma expressão de dúvida no rosto. - Por um momento, os batimentos de Molly foram perdidos, tivemos que reanimá-la com o desfibrilador. Depois de algumas tentativas, logo seu coração começou a bater novamente. Bom, nunca havia visto nada como isso. Meus parabéns, Senhor Jackson. – O médico me parabenizou sorrindo. – Tem uma noiva muito guerreira. A moça respondeu muito bem a todos os procedimentos. No caso, eles responderam bem.

Sorri aliviado ao ouvir todo seu relato e como Molly, lutou para viver e conseguiu. Nunca fiquei tão feliz e estava agradecendo até mesmo pelo espartilho que amorteceu a bala. Mas sua ultima frase me deixou curioso.

- Eles? Eles quem? A quem se refere doutor? – Pergunto me aproximando mais do senhor à minha frente. Meus olhos percorrem o papel que ele estende para mim e meu coração gela ao notar que seguro um teste de gravidez com o nome de Molly nele. Minha vista embaralha, não conseguindo mais ler nada que está escrito na folha.

- Ora filho, Molly e o bebê que está esperando! A senhorita Molly está grávida de 3 semanas. – O médico diz ajeitando os óculos

Minha boca se abre para falar algo mais nada sai, meus olhos se arregalam enquanto as mulheres vem abraçar-me e ficam comemorando animadas. Continuo sem reação enquanto sou abraçado e beijado. Sorrio e uma lágrima escorre em meu rosto.

- Deixe que eu a veja doutor!

- Claro, vim aqui para avisá-los que a paciente já pode receber visitas – O médico diz e me pede para acompanhá-lo até o quarto onde Molly está instalada.

Capítulo 54

Molly

Após tomar um banho e me alimentar, olho para fora pela janela enquanto os raios de sol começam a nascer no horizonte.

Já fazia algumas horas que eu havia acordado. Me disseram que eu havia levado um tiro e ficado inconsciente. Tão inconsciente a ponto de não haver sinais vitais em mim. Será que eu morri? Bom, isso é meio obvio, pelo menos por alguns segundos. A minha alma não estava habitando meu corpo, eu senti realmente que estava deixando esse mundo. Isso é assustador. Em um dia eu estou linda e feliz em um vestido de noiva pronta para casar com o amor da minha vida e agora estou aqui após algo trágico ter acontecido, bem no dia do meu casamento. Mas não posso reclamar, pelo menos estou viva! Eu poderia não ter escapado dessa, eu ainda não sei como tudo aconteceu, como eu sobrevivi, como Lisa não disparou mais tiros. Olho para baixo e levanto meu vestido de hospital até conseguir ver o curativo da bala, toco o local dolorido e gemo ao sentir uma pequena dor. Ainda quero saber detalhes do que aconteceu quando alguém da minha família puder me vir me ver.

Ouço a maçaneta da porta girar, abaixo o vestido apressadamente, ajeitando-o como estava. A porta se abre, é Michael! Meus olhos brilham de emoção ao vê-lo, parece que não nos vemos há muito tempo... Faço menção de tentar sair da cama mas ele caminha rapidamente até mim e me segura para que eu não me movimente.

- Vou deixá-los a sós – O médico fala da porta sorrindo, logo fechando-a.

- Meu amor! – Michael diz com uma voz bem baixa e embargada, ele se senta na cama.

Nós ficamos nos olhando por alguns segundos e algumas lágrimas turvam a minha visão. O quê? Eu não esperava chorar agora! As lágrimas descem pelo meu rosto, mas espera... Michael também está com os olhos marejados e sem eu esperar, ele se inclina e desce sua cabeça a repousando em minha barriga. – Eu tive tanto medo de perder você! – Michael começa a chorar... Muito, como eu nunca o vi chorando antes!  Fico sem reação e lentamente meus dedos vão até seus cachos macios e começam a acaricia-los.

- Era para estarmos felizes acordando agora em uma cama após nossa lua de mel incrível. – Sua voz saiu baixa e triste. - Não estou reclamando, mas era o dia do nosso casamento. – A voz de Michael sai embargada e sinto o fino pano da camisola de hospital molhar pelas lágrimas de Michael em minha barriga – Mas o pior não é isso Molly... – Ele limpa as lágrimas rapidamente e levanta a cabeça para me olhar - O pior é descobrir que vou ser pai quando meu filho correu perigo de vida antes mesmo de nascer!

- Oh! – emito um ruído de surpresa. Então ele sabe? Eu queria ter sido a primeira a dar essa notícia tão importante.

- M-michael... Como sabe disso? – Questiono confusa.

- O médico me contou tudo. Pelo que vejo, você sabia. – Michael se levanta, e caminha em direção à janela olhando para o nada. Permanece de costas, aparentando estar irritado.

- Eu sabia, mas não tive tempo de contar porque atiraram em mim! – Digo sem acreditar na reação de Michael. Ele está bravo comigo? Pôxa, eu fui baleada no dia do meu casamento, acho que mereço um pouco mais de compreensão, não é?!

- Michael, por que você está assim? Olha o que aconteceu comigo, eu podia ter morrido, sabia? – Pergunto ainda perplexa com sua reação inesperada.

- Eu sei, eu sei... Só estou confuso. – Ele diz apressadamente se virando e vindo em minha direção, sentando-se novamente na cama. – É muita coisa pra assimilar de uma vez! Me perdoe por estar sendo indelicado mas eu vou ser pai! Estou em choque – Michael diz nervosamente me fazendo sorrir. Ele está a coisa mais linda do mundo todo nervoso por saber que vai ser pai pela primeira vez. Ele desejou tanto isso. Imagino como deve estar eufórico por dentro. Sabendo disso, resolvo fazê-lo se acalmar.

- Venha cá... – Estendo minha mão pra ele

Michael se aproxima mais de mim e pega minha mão, eu peço para que ele se deite comigo. Ele tira os sapatos e se acomoda com cuidado ao meu lado na cama hospitalar, que é grande o suficiente para comportar a nós dois. Coloco a cabeça dele em meu peito enquanto faço carinhos em seus cabelos. Michael fecha os olhos aproveitando meu toque.

- Eu que deveria estar cuidando de você e você que está cuidando de mim? – Ele diz com a voz mais branda alguns minutos depois.

- Acho que no momento você está precisando mais que eu – Digo rindo baixinho. - Você vai ser papai, meu amor, seu filho está aqui dentro da minha barriga. Imagino como você está animado.

- Você não existe meu amor! – Michael diz alegremente pela primeira vez. Oh, então eu o fiz esboçar algum tipo de alegria? Está dando certo e espero que ele volte ao normal logo logo.

- Você está bem? – Michael levanta o rosto e fica bem próximo a mim, me olhando nos olhos e contornando meu queixo com os dedos.

- Vou ficar... Ainda estou um pouco confusa. Estava em Neverland prestes a me casar com você e do nada acordei aqui. Eu não vi ninguém, não vi você... Não sabia o que estava acontecendo.

- Não consigo descrever o tamanho do meu desespero quando eu ouvi aquele tiro – Michael para de falar por alguns segundos e depois continua – O meu primeiro pensamento foi você. – Ele respira fundo antes de continuar - E quando todos correram para onde aquele som veio, eu corri atrás e quando cheguei ao local vi você, caída na grama. Uma enorme mancha de sangue no seu vestido... Eu quase enlouqueci naquele momento, Molly! Eu fiquei descontrolado. Ninguém deixava eu me aproximar para te ver, eu não sabia o que estava acontecendo. Foi quando em meio a toda aquela loucura, avistei seu pai e mais uns dois homens escoltando Lisa, um deles estava com a arma que ela usou para atirar em você, na mão. Eu só queria matar aquela mulher! Quem ela pensa que é para fazer isso no dia do nosso casamento?

- Ela disse que iria se vingar de nós dois, Michael. Naquele dia que ela nos flagrou transando no hotel.

- É verdade meu amor. Mas eu achei que ela já tinha se vingado quando nos expôs para o mundo todo. Nunca imaginaria que eu estava dormindo ao lado de uma psicopata! – Michael diz cobrindo o rosto com as mãos.

- Antes de atirar em mim, ela disse que eu acabei com o casamento dela, com os sonhos dela e que iria me fazer pagar por isso. – Eu disse com o olhar perdido lembrando daquela cena.

- Louca! Insana! Atirar em uma mulher grávida! – Michael diz visivelmente indignado e revoltado.

- Eu não consegui dizer a tempo que estava grávida, quando eu comecei a falar, senti o disparo e só me lembro de cair no chão depois disso. – Recordei lamentando.

- O seu pai chegou a tempo meu amor... Eu nunca agradeci tanto por Frank existir! Se não fosse ele, você poderia estar morta agora – A voz de Michael falha nas duas ultimas palavras.

- Realmente ela é louca e talvez só descobriu agora que tem distúrbios mentais. Ela planejou isso. Se tivesse ficado furiosa e fosse uma coisa de momento, ela teria atirado em nós dois no dia do hotel. Mas ela maquinou isso por meses, planejou e esperou pelo dia do nosso casamento para tentar me matar! O que ela esperava? Que me matando você ia ficar com o caminho livre pra ela?

- Ela é doente meu amor. Não sabemos o que se passava na cabeça dela quando planejou tudo isso. Ela foi presa e com certeza vai fazer tratamentos psicológicos, exigirei isso! Não é possível... Uma pessoa normal não faria uma crueldade dessas.

Ficamos algum tempo em silêncio para nos acalmar.

- O que vamos fazer agora Michael? - Pergunto e Michael coloca dois dedos em meu queixo acariciando-o novamente.

- Agora vou cuidar de você, te proteger, te amar muito para que você sare logo desse machucado – Michael dá beijinhos em meu rosto me fazendo rir de seu discurso romântico.

- Michael, vai ficar cicatriz... – Digo manhosa me referindo ao ferimento da bala.

- Vai sim meu amor e eu lamento muito por tudo o que aconteceu com você, realmente lamento. Vamos tentar seguir em frente. Aos poucos tudo voltará ao normal. – Michael me envolve em seus braços, apoio minha cabeça em seu peito fechando os olhos e inalando seu delicioso perfume abaunilhado.

- E temos um bebezinho agora para nos preocupar – Susurro pra ele com um sorriso grande.

- Sim meu amor, um bebezinho que será muito amado por nós. Vamos cuidar muito bem dele e dos outros que virão...

- Michael, acha que vou parir quantas crianças?  - Levanto a cabeça para olhá-lo, rindo

- Quantas você conseguir meu amor, quero uma família grande! – Michael diz animadamente fazendo planos em sua mente extremamente criativa.

- Michael, você quer acabar comigo! – Digo empurrando-o delicadamente enquanto ele ri. - Não é você que vai carrega-los dentro da barriga, por isso fala tão tranquilamente assim! – Dou soquinhos no peito de Michael fazendo ele gargalhar e segurar minhas mãos.

- É brincadeira meu amor. O corpo é seu, você decide quantos teremos – Me olha com carinho e cola os lábios nos meus, em um selinho demorado.

- Bem melhor – Abro um sorriso e Michael repousa mais um selinho em meus lábios. Antes de Michael soltar os lábios dos meus, aprofundo o beijo, querendo sentir seus lábios, sua língua. Estava com saudade do seu beijo.

Capítulo 55

Ouvimos batidas na porta e eu dou um pulinho de susto. Michael se levanta da cama e pede para a pessoa entrar. Michael continua rindo do do susto que levei, faço uma careta para ele, logo rindo também. Éramos sempre assim, agíamos como duas crianças nos provocando com brincadeirinhas. Eu amava isso nele... esse senso de humor que só ele tinha. Sempre me fazia rir, sempre me divertia. Amo esse homem!

O doutor adentra o quarto dizendo que o horário de visitas de Michael havia terminado pois havia mais pessoas para me ver.

- Mas Doutor, quando poderei ir pra casa? – Questiono impaciente. Eu queria sair logo dali. Queria ficar com minha família e Michael. Eu já estava bem.

- Bom, precisará ficar de repouso mais um tempo, após mais alguns exames, você terá alta.

- Ok, mas quando será isso? – Perguntei novamente

- Pelos meus cálculos, será amanhã.

- Amanhã? – Michael e eu perguntamos em uníssono

- Doutor, por favor, eu quero ficar com minha família e não aqui no hospital.

- É para sua saúde e do seu filho, pense nele senhorita Molly. Agora você tem uma vida dentro de você e precisa cuidar bem do seu filho. – O doutor disse afável e com firmeza.

- É verdade meu amor, descanse, faça esses exames e logo estaremos todos juntos novamente. – Diz Michael fazendo carinho no meu rosto

Faço biquinho mas concordo com a cabeça.

- Mas não fique com essa carinha, sabe que não resisto a ela... – Michael dá aquele sorriso lindo pra mim me deixando derretida.

- Você não ajuda sorrindo assim pra mim – Murmuro o provocando.

O doutor pigarreia chamando nossa atenção.

- Com licença, meu amor. Devo ir agora – Michael repousa um selinho em meus lábios e caminha até a porta, soprando um beijo no ar quando chega à porta, logo saindo.

Depois da visita de Michael, minha mãe veio me ver e depois meu pai.

- Papai, nunca vou conseguir agradecer o que fez por mim. Me conte como tudo aconteceu. – Peço me ajeitando na cama para ouvir sua versão.

- Filha, eu não sei explicar. Eu tinha que levá-la ao altar, estava a esperando, já ia até seu quarto te buscar pois você estava demorando muito, mas antes de entrar na casa, algo me disse para ir para trás dela, foi uma intuição ... E então eu ouvi vozes. Ouvi sua voz e de outra mulher, eu reconheci a voz dela também e ao me aproximar, eu vi Lisa com a arma apontada pra você. Não deu tempo, mas antes de ela atirar eu corri na direção dela, porém não consegui evitar que a bala atingisse você. Eu caí com Lisa na grama e lutei com ela pela arma, até que consegui pegá-la. Em menos de dois segundos, o lugar já estava cheio de pessoas que vieram correndo ao ouvir o barulho do disparo. Eu olhei pra você caída no chão de relance. Eu senti uma dor tão grande no meu coração quando vi aquela cena! Eu senti que você estava morrendo Molly e eu não podia fazer nada – Meu pai diz com a voz triste e depois continuou.

- Foi tudo muito rápido, eu e mais dois homens carregamos Lisa para longe dali. Ela gritava para que a soltássemos enquanto se debatia, mas éramos mais fortes e logo a polícia chegou levando-a. Eu não sabia se vinha para o hospital ou para a delegacia denunciar aquela maldita! Foi desesperador o tempo todo, foi um pesadelo! Eu vim para o hospital com sua mãe, dona Katherine, Elizabeth e Michael... Esse então nem se fala. Michael não abriu a boca um minuto sequer, ele estava em choque, não sentou um minuto, por mais que insistíssemos, ele permanecia imóvel. Ele pensou que tinha te perdido filha... Logo após darem a notícia que você estava viva e haviam removido a bala, todos ficamos mais aliviados. Mais tarde irei à delegacia onde Lisa está para dar meu depoimento.

- Papai, precisa descansar, você não deve ter dormido nada. – Eu disse ao notar as olheiras fundas que se formaram embaixo dos olhos do meu pai.

- Não vou descansar enquanto não ver aquela mulher atrás das grades! Ela tentou tirar a única coisa que eu tenho, você minha filha.

- Mas eu estou aqui, eu sobrevivi, eu estou bem papai. E ela vai pagar sim pelo que ela fez, eu também tenho que depor contra ela.

Ficamos um tempo em silêncio.

- Papai, tenho uma coisa para te contar – Digo um pouco receosa de como dar início a essa conversa.

- O que foi? Aconteceu mais alguma coisa que eu não sei? – Meu pai perguntou confuso. Coitado, era coisa de mais para o coração dele.

- Calma papai. Aconteceu sim, mas é algo bom.- Disse alisando suas mãos para acalmá-lo.

- Estou ouvindo. – Ele respirou um pouco mais aliviado.

- Eu nem sei como começar... – Pondero um pouco - Eu descobri uma coisa ontem, antes de levar o tiro.

- Antes de levar o tiro? O quê? O que foi que descobriu?

- Eu fiz um teste de gravidez ontem e deu positivo. Eu estou grávida papai. Eu e Michael iremos ter um filho – Coloco as mãos no rosto para não ver a reação do meu pai.

Meu pai abre e fecha a boca, tenta falar algo mas nada sai.

- Filha... Eu nem sei o que dizer... Quer dizer, você é tão jovem, por que não esperou mais um pouco?

- Não sei papai, eu e Michael estamos tão apaixonados. Aconteceu. Nós também não estávamos esperando.

Meu pai se levanta da cama e com as mãos na cabeça anda pelo quarto, às vezes olhando pra cima, me deixando mais nervosa ainda.

- Eu queria o melhor pra você Molly, que você fizesse tantas coisas, que fosse feliz – Ele começa a falar

- Mas eu estou feliz papai! Minha vida não vai parar. Serei mãe mas farei muitas coisas também.

Ele não diz nada e ficamos apenas nos olhando.

Papai, venha aqui? – Bato a mão na cama para que ele se sente ao meu lado novamente.

- Eu sei que está decepcionado comigo. Estou vendo em seus olhos – Digo quando ele se senta de frente para mim – Eu não me tornei o que você queria que eu me tornasse. Você investiu em mim me dando a melhor educação, me fez estudar muito, me fez me apaixonar por muitas coisas e eu sei que você queria que eu seguisse uma carreira e não engravidasse aos 21 anos. Mas me deixe falar uma coisa. Eu estou tendo a chance que poucos nesse mundo tem. Eu conheci o homem da minha vida e você sabe bem disso, poucos tem a chance de viver um amor como esse, de encontrar alguém como eu encontrei. Eu quero apenas que fique feliz por mim, eu prometo que ainda lhe darei muito orgulho, papai. – Vejo os olhos do meu pai marejarem e ele se aproxima para me dar um abraço forte que dura uns 30 segundos. É raro fazer o meu pai chorar, então acho que realmente o meu discurso foi emocionante.

- Eu nem acredito que já vou ser avô! – Meu pai sorri pela primeira vez me deixando mais aliviada – Espera! Esse bebê podia não ter sobrevivido. Você disse que descobriu antes de levar aquele tiro, não foi?

- É verdade. Eu não contei pra ninguém, porque descobri no meio da correria de ontem, quando todos estavam se preparando para o casamento. E daí, eu levei aquele tiro. O bebê correu muito perigo, pai. – Abaixo a cabeça tristemente

- Mas Deus não quis que nada acontecesse a ele. Esse bebê vai ser muito cuidado por nós e vai ter pais maravilhosos, você e Michael. – Meu pai se senta ao meu lado e põe a mão no meu queixo para eu levantar a cabeça e eu sorrio pra ele

- Obrigada papai – Dou um abraço apertado no meu pai e ficamos alguns segundos assim

- Agora vou deixa-la descansar. Você e – meu pai aponta para minha barriga – e o bebê precisam de repouso

Começo a rir do gesto que meu pai fez

– Tudo bem papai

Antes de ele sair pela porta, o chamo

- Papai!

- Sim, filha?

- Te amo!

- Eu também te amo minha princesa! – E com um sorriso ele deixa meu quarto

Tombo minha cabeça no travesseiro. Eu sei que eu não tive o futuro que meu pai esperava pra mim. Talvez ele quisesse que depois de eu ter me formado na faculdade, arrumasse um bom emprego na área, fosse bem sucedida, fizesse uma boa carreira. Acho que ele nunca imaginou que eu ia me apaixonar perdidamente e antes mesmo de casar com esse homem, engravidaria dele. Talvez eu seja uma decepção para o meu pai. Mas eu estou feliz com a vida que eu tenho. Tudo bem, tenho apenas 21 anos e estou esperando um filho, não tenho uma carreira, não sou bem sucedida ...Mas tudo se resume a isso? Por que tem que ser assim? Eu não consegui, tá legal?! Eu não me tornei o que meu pai queria que eu me tornasse. Me desculpa. A minha vida não acabou, só começou (literalmente, porque praticamente nasci de novo) eu tenho 21 anos, tenho o amor da minha vida ao meu lado, estamos começando uma família linda, por que as pessoas não podem ficar felizes com isso? É lindo! É a minha história. Eu não vou parar, não vou morrer, eu vou fazer tudo o que tenho vontade nessa vida, como meu pai me ensinou. Eu prometo.

Capítulo 56

O dia inteiro se resumiu a isso: - A enfermeira veio ao meu quarto e me cedou, quando acordei já era noite. Fizeram os tais exames. Mais cedativos, dormi mais. Terça, 08:00 da manhã:

- Vejo que já está acordada – O mesmo médico que me atendeu o tempo todo dá duas batidinhas na porta e logo após eu permitir sua entrada ele abre a porta e já vai falando

- Sim, dormi demais! Veio me dar alta?

- Está ansiosa para ir embora não é? - Ele pergunta anotando algumas informações na prancheta que chegou segurando.

- Com certeza, mas eu quero saber de uma coisa, o meu bebê está bem não é doutor? Esse tiro que eu levei não o atingiu?

- Está tudo bem com ele. Quando você chegou e retiramos a bala, fizemos exames de sangue que apontaram sua gravidez. Fizemos a ultrassonografia e ele está bem, está evoluindo. Devo lhe informar que a senhorita está grávida de 3 semanas.

Respiro aliviada – Ah, obrigada doutor, era tudo o que eu queria saber.

- Já vieram busca-la.

- Michael está aí?

- Não, seu pai

Estranhei... Meu pai?

- Vou deixa-lo entrar agora e após isso, já está liberada

- Obrigada por tudo doutor – Agradeci sorrindo para o médico

- Não por isso. Venha dar início ao pre natal conosco senhorita Molly – Diz já deixando o quarto apressado.

Ah, ainda mais essa...

Meu pai entra no quarto com uma bolsa na mão. A minha bolsa. Devem ser minhas roupas. Nem acredito que vou sair daqui, finalmente!

- Bom dia papai. Pensei que Michael viria, está tudo bem?

- Bom dia filha – Meu pai me dá um beijo na testa – Eu pedi para Michael que eu viesse busca-la. Ele como sempre preocupado com você, me mandou com alguns seguranças.

- E por que essa decisão? O senhor tem alguma coisa para me falar?

- Essa é minha filha! Esperta como sempre – Meu pai abre um sorriso me fazendo abrir um também. – Tenho sim filha... Eu andei pensando muito no que você me disse ontem. Sobre eu ter incentivado você a estudar e querer uma boa carreira pra você. Eu nunca dei minha opinião sobre isso, posso não demonstrar mas estou feliz por você. Não vou mentir que eu queria sim que você tivesse tido uma vida maravilhosa, mas você está tendo. Não como eu imaginava, mas eu confio na filha que eu criei, na mulher que você se tornou. Sei que vai fazer as melhores escolhas para sua vida, quero que saiba que eu confio em você minha linda. – Pego a mão do meu pai e repouso um beijo na mesma.

- Vou sim papai, e eu vou ensinar tudo que você me ensinou para o meu filho.

Após ficarmos um tempo ali conversando, decidi ir me aprontar para deixar o hospital. Essa foi uma das conversas que eu estava precisando ter com meu pai. Eu sei que ele deu sua benção a mim e Michael, mas eu sentia que ele não estava totalmente convencido quanto a mim. Mas agora sim, eu sinto que meu pai está feliz por mim e por tudo o que está acontecendo na minha vida.

A nossa saída do hospital foi tranquila, saímos pela porta dos fundos como Michael orientou e o carro já nos aguardava, entramos rapidamente. Alguns paparazzi ainda conseguiram nos ver mas não desconfiaram de nada, pois nos disfarçamos.

Após algumas horas, chegamos em Neverland, na minha casa. Lar doce lar! Eu sentia mesmo que agora ali era meu lar, onde Michael e eu teríamos a nossa família.

Capítulo 57

9 meses depois ...

Esses 9 meses foram maravilhosos mas também difíceis em alguns momentos. O álbum de Michael havia ficado pronto no meu terceiro mês de gravidez e ele saiu em turnê mundial para divulgar o álbum HIStory. Eu o acompanhava em algumas viagens. 

E ah, nós nos casamos! Um mês depois do atentado a mim e antes de Michael sair em turnê, fizemos uma cerimônia simples em Neverland com poucos convidados e trocamos os votos. Foi lindo. Estávamos nervosos no dia e eu particularmente estava com medo do que aconteceu na primeira vez que tentamos nos casar mas no final deu tudo certo. Nada de ruim aconteceu, muito pelo contrário, foi o dia mais feliz e completo da minha vida. O dia que esperei tanto para acontecer. Nós dois não podíamos estar mais felizes.

Depois de todo um mês indo a delegacia prestar depoimentos para o caso de Lisa, que foi presa, julgada e condenada a prisão em um sanatório, ela passou o resto da vida sendo tratada por vários psicólogos e terapeutas, mas a situação dela foi de mal a pior. Ela ficou por anos a fio apenas balbuciando o nome de Michael. Enlouqueceu completamente.

Mas voltando a mim e Michael, no nono mês de gravidez, Michael pausou a agenda de shows e viajou para Neverland para ficar comigo, pois seu primeiro filho, estava prestes a nascer. O bebê se chamaria Prince, havíamos descoberto que era um menino e Michael estava torcendo mesmo para que fosse, ele sempre quis ter um menino para colocar esse nome. Quando não estava ensaiando e fazendo shows, Michael estava comigo e Prince “orbitando em volta da minha barriga”.Michael nunca ficou tão obcecado por uma barriga antes. Ele levantava meu vestido e começava a falar com o bebê, cantava pra ele e quando o bebê se mexia era uma festa. “Você viu? Ele já reconhece a voz do pai dele!” Michael falava todo animado. Ele fazia um show particular para o bebê, cantava todas as suas músicas. “Michael, preciso ir ao banheiro!” – Eu falava irritada tentando abaixar o vestido e me levantar da cama. “Espera amor, só mais uma, agora é Billie Jean, a preferida dele, você sabe”. “Desse jeito, o bebê já vai sair falando...” – Eu revirava os olhos.

E finalmente Prince nasceu. Em uma noite, antes de me deitar para dormir, as contrações começaram. Fui levada imediatamente para o hospital. Michael estava mais nervoso que eu, o homem nunca ficara tão inquieto, estava muito ansioso para ver seu filho. E finalmente ele o viu. Foi um parto tranquilo. Michael ficou apaixonado por Prince assim que o viu. Quando voltamos para nosso lar, Michael estava um grude com nosso filho. O mimava de todos os jeitos, andava com o pequeno embrulho pelos cômodos da casa mostrando onde era cada coisa.


- Prince, será aqui que tocaremos piano quando você crescer mais um pouco. – Ele dizia como se o bebê realmente fosse entender o que ele dizia, rs.

Quando Prince chorava, Michael logo sabia o que fazer. Começava a cantar e dançar e o bebê parava e prestava atenção em tudo. Eu agradecia mentalmente o talento que meu marido tinha.

- Michael, ele não é a coisa mais linda que você já viu? – Eu perguntei enquanto admirava Prince que dormia em meus braços depois de ser alimentado.

Michael parou atrás de mim e me abraçou por trás, envolvendo seus braços por meu corpo. Ele beijou minha bochecha.

- Ele é a segunda coisa mais linda que já vi, porque a primeira é a mãe dele. – Disse Michael olhando para mim e para Prince enquanto sorria orgulhoso.

Nós estávamos curtindo muito Prince. Era nosso primeiro filho e estávamos descobrindo juntos como ser pais de primeira viagem. Às vezes nos perdíamos, ficávamos confusos e não sabíamos o que fazer mas tínhamos muitas pessoas para nos ajudar. Estávamos felizes com um bebê apenas e ele era tão fofo que nossa vontade era encher Neverland de filhos.

Paris, França. 1997

Michael estava em turnê pelo mundo e hoje o show seria em Paris, onde estávamos hospedados há dois dias. Eu estava entediada pois passava o dia todo no hotel enquanto Michael saia para ensaiar por horas. O que fazia o tempo passar era ficar com Prince. Ele tinha apenas dois meses de vida. Era ainda muito novinho e já viajava comigo e seu pai.

- Estou exausto!! – Michael chegou falando e jogando suas coisas na poltrona da nossa suíte. Fui até ele e depositei um selinho em seus lábios.

- Que bom que chegou. Fiquei o dia todo te esperando querido. – Disse contornando seus lábios com a ponta do meu dedo.

- Molly... – Michael balbuciou meu nome. – Sabe que não gosto que fique ansiosa. Não gosto que fique aqui trancada o dia todo. Paris é uma cidade tão linda. Sabe que pode sair com o motorista à hora que quiser, tomando os devidos cuidados, claro.

- Eu não quero sair, tenho medo de algo acontecer. Prefiro sair com você estando junto. E fique tranquilo, eu e Prince passamos o dia juntos nos divertindo. Eu amo cuidar dele.

Michael me olha de lado – Sabe Molly... Você cuidou muito de Prince hoje. – As mãos de Michael deslizam pelo meu corpo. – Está na hora de cuidar de mim um pouco... – Michael desliza os lábios pelo meu pescoço e beija minha pele, me deixando arrepiada.

- Eu quero muito cuidar do papai agora... – Balbucio sensualmente. Levo uma mão até os botões de sua calça mas Michael me interrompe. – Espere mocinha apressada. – Mordo os lábios e sorrio

- Preciso de um banho. Quero estar irresistível pra você, assim como você sempre está pra mim. – Michael vai apressadamente para o banheiro após me dar um selinho demorado.

Capítulo 58

Eu o esperei na cama. Ele demorou muito como de costume e eu estava quase dormindo. Finalmente ele saiu do banheiro, lindo, irresistível e muito cheiroso. Sorri de canto e passei a língua em meus lábios. Me arrastei para fora da cama e fiquei de pé. Eu estava apenas de robe e Michael o abriu e afastou ele do meu corpo, deixando-o cair sob meus pés. Eu estava completamente nua para ele.

Michael demorou o olhar em cada parte do meu corpo, seu dedo indicador rodeou o bico do meu seio me causando arrepios. Ele puxou o bico fazendo um gemido escapar dos meus lábios. Minha intimidade já estava molhada para ele só pelo jeito que ele me olhava e me tocava.

- Amo ver as reações do seu corpo. Eu sei exatamente quando e o quanto está excitada. – Sua voz suave saiu carregada de luxúria.

- Então veja Michael, veja o quanto estou excitada pra você. – Michael prontamente escorregou a mão pelo meu corpo, descendo por meus seios, barriga e aproximou-a da minha intimidade. Seu dedo indicador tocou meu clitóris e ele começou a massageá-lo levemente em círculos.

Fechei os olhos me deleitando com seus toques naquele local tão íntimo. Era delicioso quando Michael me tocava assim. Minha intimidade estava tão molhada que Michael escorregou os dedos para dentro da minha intimidade e ficou os estocando ali enquanto dizia sacanagens no meu ouvido. Ele dizia que ia fazer amor comigo, dizia que ia me fazer gozar a noite toda, dizia que ia me amar de todos os jeitos até eu não aguentar mais. Ele dizia que ia entrar forte e rápido em mim e que eu ia gritar muito de prazer. Minhas pernas nesse momento já estavam moles e antes que eu me desequilibrasse, Michael me esparramou na cama e subiu em cima de mim, me beijando com seus lábios macios e sua língua habilidosa.

Nos livramos rapidamente da sua calça de pijama e não demorou muito para que ele me penetrasse. Estávamos com tanta pressa que não tivemos tempo para as preliminares. E ele fez como disse, me penetrou forte e rápido, atingindo pontos que eu não imaginava existir em minha intimidade. Michael realmente me fodeu. Ele não estava romântico como na maioria das vezes. Ele arremetia com estocadas certeiras, fortes, rápidas e precisas que me levavam a loucura. Eu realmente gritei muito, assim como ele quando chegamos juntos ao orgasmo.

Estávamos suados e ofegantes. Eu ainda gemia baixinho e tremia em seus braços. Ele me observou com seus olhos negros e profundos me dando um olhar safado.

- Você é demais garota! – Michael disse prendendo meu lábio inferior entre seus dentes.

- Eu? Michael, você passou o dia todo ensaiando e ainda tinha energia para fazer amor comigo desse jeito incrível! – Eu ri de forma desacreditada. – Você que é incrível.

Michael sorriu convencido - Tem algum tempo que temos conversado sobre nosso próximo filho. Concordamos que Prince terá um irmão ou irmã para crescer junto com ele. E nada melhor que Paris, uma cidade tão romântica para encomendarmos o irmãozinho ou irmãzinha dele! – Michael disse com fascínio. Seus olhos brilhavam de expectativa.

Eu ri e espalhei beijos por todo seu rosto. – Sim Michael, estamos na cidade certa e por isso quero fazer amor com você a noite toda, para que eu engravide e te dê mais um filho. – Cobri os lábios de Michael com os meus e beijei-o longamente.

- Mas lembre-se que amanhã é o dia do show...

Nós rimos

- Ah, amanhã o show vai ter que ser cancelado! – Após dizer isso, voltamos a nos amar. Não tenho certeza se foi naquela noite mas eu realmente fiquei grávida em nossa estadia em Paris. Michael e eu transamos todas as noites que estivemos por lá, para certificar que eu ficaria grávida, pois realmente queríamos mais um bebê logo. Descobri duas semanas depois após passar mal. Michael ficou preocupado e feliz ao mesmo tempo.

Mas durante essa gravidez, eu não me senti tão mal e todos os meses foram tranquilos até a chegada de nossa filha. Era uma menina. Dois meses depois de Prince fazer 1 aninho, nasce sua irmã, Paris Jackson. 


Nesse 1 ano, Michael terminava de fazer seus shows e decidiu que seriam os últimos por algum tempo, pois queria dedicar seu tempo a nossa família agora. Como Paris fora concebida em Paris na França, decidimos que seu nome seria esse pois foi um lugar muito especial para Michael e eu, quase uma segunda lua de mel onde não nos desgrudávamos.

 A bebê tinha olhinhos azuis como os meus. Prince tinha olhos negros como os do pai e ambos tinham fios loiros como os meus.




Eu nem podia acreditar que já era mãe de duas crianças. Eu e Michael estávamos dedicando integralmente nosso tempo aos dois. Mas amávamos isso! Mesmo que os pequenos tomassem a maior parte do nosso tempo, nós nunca fomos tão felizes. Nos sentíamos muito abençoados por termos uma família tão linda. Michael era um grude com os dois e quando Paris chorava de madrugada, ele é quem ia vê-la.

Capítulo 59

Michael

Esses últimos anos, tenho sido feliz como nunca! Os meus filhos e minha esposa são tudo pra mim. Todos os dias eu agradecia a Deus por ter conhecido Molly. Não podia imaginar que aquela garota inocente de 17 anos, iria um dia ser a mãe de meus filhos. Desde o momento que soube que Molly estava grávida de Prince, eu me tornei um homem diferente. Me sentia completo por estar me casando e tendo minha família com ela.

Depois de meus últimos shows e a turnê, tomei a decisão de me “aposentar” pelo menos por um tempo. Esse era um momento muito especial na minha vida. Depois de trabalhar arduamente, desde os 6 anos de idade, era a hora de aproveitar a vida com a família que eu tinha agora. Era uma grande benção ter Molly e os bebês, coisa que sempre sonhei em ter e meu sonho havia se realizado.

Eu não havia parado de trabalhar completamente. Sempre aparecia uma coisinha aqui e outra ali para resolver, é claro. Quando a inspiração vinha, também criava músicas e a maioria delas era sobre Molly, Prince e Paris.

- Você puxou a beleza da sua mãe, não é minha princesinha?  – Converso com a bebê enquanto a balanço em meus braços.

- E puxou a calma do pai – Olho para trás e vejo Molly nos observando com seu sorriso lindo, encostada na porta do quarto de Paris. Ela havia chegado sem fazer barulho. Ela sempre fazia isso, gostava de me observar ninando Paris e Prince.

– Nunca vi uma bebê tão boazinha. – Ela se aproxima e Paris direciona seus olhinhos azuis pra ela e faz um sonzinho fofo de bebê.

Ficamos mais um pouco ali ninando Paris, que logo adormece em meus braços.

- Está vendo? ela é muito calminha... – Molly diz vendo como Paris dormiu rápido.

- Ah, você sabe, tão pequena e já obediente ao pai. Só eu faço ela dormir rápido assim. – Digo colocando delicadamente o corpinho de Paris no berço.

- Ah Michael, pare de ser convencido! - Molly diz me dando um tapinha. Me viro para ela e iniciamos uma lutinha boba enquanto rimos. Molly tapa a minha boca se lembrando de Paris – Pare, vai acordá-la! - Fala baixinho tentado segurar o riso.

Seguro Molly pela cintura e a guio para fora do quarto. Fecho a porta devagar.

- Esses dois dão um pouquinho de trabalho não é meu amor? – Pergunto após encostar Molly na parede e dar um beijo cálido em seus lábios.

- Dão sim, mas é recompensador, porque os dois são os bebês mais lindos e fofos do mundo. Eu poderia cuidar deles o tempo todo. O bom é que temos as babás para nos ajudar.

- É sim meu amor. Bom, agora preciso ir até a biblioteca fazer algumas ligações. Fiquei de ligar para o produtor da Sony.

- Hmm, meu homem já está pensando em novos projetos? – Molly pergunta acariciando meus braços.

- Sim, mas projetos futuros. Por agora, quero aproveitar esse momento das nossas vidas com nossos filhos. – Contemplo Molly sorrir e deposito um selinho demorado em seus lábios.

Eu estava com saudade dela. Sempre fomos muito fogosos. Se fosse em outros tempos, já estaríamos em nosso quarto nos amando. Mas Molly estava de resguardo pois fazia apenas duas semanas que Paris havia nascido. Tínhamos que esperar um tempo até que Molly estivesse liberada para fazermos amor. Mas ela sempre estava me provocando. Depois de tomar banho, ela desfilava pelo quarto totalmente nua, sempre me lançando olhares lascivos. E o mais impressionante era que seu corpo quase não mudara nada depois de estar grávida por duas vezes, talvez por ela ser muito nova, ter tido dois partos normais e ser geneticamente magra, seu corpo voltou ao normal mais rapidamente.

Enlacei sua mão e a levei para a biblioteca. Quando entramos, fui em direção à mesa. Dei a volta e me sentei na poltrona.

- Venha amor, sente-se aqui. – Apontei para minha perna.

Molly veio em minha direção e sentou-se em meu colo.

 Alcancei o telefone e comecei a discar os números. Logo a voz de Tommy adentrou meus ouvidos.

- Estou escrevendo algumas músicas, Tommy. Sim... estarão no próximo álbum. – Começo a conversar com Tommy sobre novos projetos e fico absorto na conversa, fazendo planos com Tommy.

Molly continua no meu colo e atrevida como é, sinto seu olhar passar por meu corpo. Quando começa assim é porque vai aprontar.

Sinto os dedos de Molly deslizarem por minha perna, movendo os dedos em carícias até chegar na região da virilha. Quando penso que ela vai voltar seus dedos para onde estavam, seus dedos tocam meu membro, por cima da calça.

Me esforço para prestar atenção em algo importante que Tommy diz do outro lado da linha mas meus olhos não conseguem sair dos dedos de Molly me alisando. Ela começa a massagear meu membro por cima do tecido. Sorrio maliciosamente e mordo o lábio inferior já sentindo meu membro acordar com sua provocação. Aperto sua cintura com os dedos. Penso que só vamos ficar nisso, mas Molly me surpreende, como sempre, quando abre os botões da minha calça e infiltra a mão dentro da minha cueca, já tocando meu membro. Arregalo os olhos e tento tirar sua mão de lá. Molly ri e puxa meu membro para fora da cueca e começa a estimula-lo rapidamente, manipulando-o com sua mão pequena e habilidosa. Ela começa um vai e vem no pênis já enrijecido me fazendo arfar. Molly sai de meu colo e se ajoelha em minha frente. Ela abaixa minha calça e cueca. Meu membro já está pronto pra ela.

Tento me concentrar na conversa. Molly olha para mim empunhando meu membro em sua mão. Levo meus dedos até seu rosto e o acaricio.

- Minha garota safada. – Balbucio com os lábios para ela sem emitir som e ela entende sorrindo maliciosamente.

Molly segura o membro pela base, pincela sua língua quente lentamente da base até a glande olhando em meus olhos. Fico hipnotizado com a cena. Minha garota está de volta! Como havia dito anteriormente, não transávamos há algum tempo. Transamos muito durante a gravidez de Molly pois estávamos impacientes e não conseguíamos ficar longe um do outro. No começo, eu pensava que não podia, que poderia machucar o bebê, mas o médico falou que além de poder era até saudável. Então aproveitamos bastante até os últimos dois meses de cada gestação, que era quando a gravidez já estava em estágio avançado e Molly se sentia desconfortável até para dormir.

Molly lambia o membro inteirinho deixando ele bem molhado e sua saliva escorria por ele.

- Ohh.. – Solto o gemido sem conseguir controla-lo. – Não, não foi nada...desculpe. – Pigarreei para consertar a voz.

Molly se divertia rindo com os lábios próximos ao meu membro.

 - Só achei ter visto algo passando aqui na biblioteca. – Falo nervosamente para Tommy olhando fixamente nos olhos de Molly.

- Molly está aí? – Tommy pergunta em um tom irônico. Oh droga, será que ele havia percebido?!

- Desculpe Tommy, se não se importa, preciso desligar agora ... depois continuamos essa... conversa – Digo entre suspiros após sentir a sucção de Molly na glande de meu pênis.

Ponho o telefone no gancho de qualquer jeito e minhas mãos voam para a nuca de Molly. A boca dela começa a deslizar pela extensão do meu membro. Fecho os olhos enquanto minha respiração pesa. Molly fica alguns minutos entre lambidas, sugadas e leves mordidas. Depois o ritmo começa a ficar intenso e Molly me chupa como se estivesse chupando um pirulito. Ela o chupa com pressa, com fome. Nunca a vi me sugar assim, tão intenso e rápido. Ela estava gostando mesmo do que estava fazendo.

- Ahh... Como você é gulosa princesa – Molly sorri com a boca cheia de mim

- Vou te mostrar como posso ser gulosa... – Molly diz ao tirar a boca do pênis e sopra-lo levemente, me fazendo estremecer e sugar o ar entre os dentes.

Molly decide que vai até onde conseguir, ela começa a abocanhá-lo novamente, vai deslizando e deslizando sua boca no membro, até que a glande toca sua garganta. Ela fica ali alguns segundos me fazendo ficar louco. Meu pênis vibra na boca de Molly. O relance da ânsia de vomito a alerta e ela sobe sua cabeça buscando ar.

A pego pelos braços e a guio até o divã. Molly se senta e apoia as costas me olhando lascivamente. Subo em cima do divã e encosto a cabeça de Molly sobre ele, a apoiando. Começo a contornar os lábios de Molly com a glande molhada de meu membro lambuzado pela saliva dela, molhando seus lábios.

- Abra bem essa boquinha linda, minha gostosa...

Molly obedece e abre bem a boca para receber o membro. Começo a preencher aquela boca carnuda e conforme vou deslizando na quentura daquela boca, meu gemido fica mais áspero e minha face se contorce de prazer. Deslizo quase todo o membro para dentro, assim como Molly tentou fazer a alguns segundos atrás. Fico algum tempo parado ali, tenho medo de me mexer e gozar.

Tomo uma iniciativa e levemente começo a mexer o quadril em um leve vai e vem, apenas sentindo o interior quente e molhado da boca de Molly. Aos poucos o ritmo dos meus quadris começa a aumentar. Seguro nas laterais do divã, fodendo a boca de Molly que me suga de bom grado, pressionando seus lábios enquanto estoco sua boca numa velocidade impressionante. Gemo guturalmente e joga a cabeça para trás de tanto prazer. Molly começa a me sugar enquanto leva as mãos até minha bunda e aperta com as duas mãos, forçando cada vez mais meu membro a entrar em sua boca. Ela me suga com fome.

- Isso baby, me engole assim... – Gemo olhando Molly me chupar intensamente, ela devolve o olhar malicioso que dou pra ela.

Nosso ritmo acelera, estou cada vez mais perto... Aquela boca deliciosa de Molly não para um só segundo de chupar com maestria meu membro enquanto sua mão o masturba rapidamente. Meus olhos se fecham, anuncio com a voz áspera – É agora Molly, vou gozar pra você! – Dizendo isso, seguro com firmeza os cabelos de Molly firmando sua cabeça. Minha boca se abre inteira em um O enquanto gozo dentro da boca de Molly. Os jatos invadem sua boca e ela continua o chupando, sugando todo o líquido que é liberado. Ela engole com gosto como sempre faz. Minhas pernas ainda tremem. Viajo no torpor do prazer que Molly me proporcionou.

Capítulo 60

- Ah meu amor, você é demais... – Digo minutos após me acalmar.

Desci do divã e ajudei Molly a se levantar. Eu ainda suspirava pesadamente e Molly limpava os cantos dos seus lábios, lambendo os dedos molhados com meu gozo. Como era gostosa!

– Você é muito gostosa sabia?! Minha vontade é transar com você enlouquecidamente, como sempre fazemos. – Digo puxando-a pela cintura, deixando-a bem colada ao meu corpo.

- Eu sei que não podemos ainda amor, mas quero logo fazer amor com você. Não imagina a saudade que estou... – Molly diz aproximando seus lábios do meu ouvido... - De ter você dentro de mim me comendo bem gostoso – Molly sussurra me enlouquecendo. Fecho os olhos saboreando as palavras dela.

- Ah baby, não fala assim! Você sabe que fico louco – Digo mordendo os lábios. – Mas continue me provocando assim, pois quando você sair desse resguardo, eu pego você de jeito. – Falo ao abrir os olhos, prendendo Molly em meu olhar.

- Eu sei que sim! Sei o gostoso que tenho como marido. Isso que fizemos hoje foi só um aperitivo, tenho muito mais para te oferecer... – Molly arqueia uma sobrancelha e eu ataco os lábios dela em um beijo intenso, subo as mãos até seus seios e os aperto fazendo nós dois gemermos.

– Vamos parar mocinho... Não podemos ainda, lembre-se, não vai me deixar com tesão agora! – Diz Molly se livrando do meu aperto.

Pego-a por trás e a encosto na mesa. – Ahh Molly, qualquer dia desses você me faz enlouquecer de vez.

Aproximo meu nariz do seu pescoço e inalo seu perfume suave e doce. Minha mão passeia por sua coxa, sentindo a maciez da pele. – Não sabe quantas vezes queria amar você aqui nessa biblioteca, da primeira vez que você veio morar em Neverland. – Minha mão sobe por sua coxa, subindo também sua saia, em direção a seu bumbum empinado. – Eu adorava essas saias que você vestia. Me fazia ficar com tesão – Susurro em seu ouvido e ela se arrepia, roçando o traseiro em mim.

- Eu lembro que passávamos bastante tempo aqui. – Molly ri e me olha de canto. – Então era isso que pensava enquanto líamos aqueles livros? Queria me comer aqui, Senhor Jackson? – Ela diz o mais maliciosamente que consegue e eu fecho os olhos saboreando suas palavras, mordo meus lábios com força. É incrível o que ela consegue causar em mim apenas falando.

Apalpo sua bunda e a aperto. – Sim, era isso que eu pensava. – Digo entre sussurros em seu ouvido. – Queria tanto te pegar de jeito como agora. Queria tanto amar você. Sentir sua pele, seus seios, seu corpo, você inteira!

Começamos a suspirar mais aceleradamente mas infelizmente não podemos continuar.

- Uma pena que não podemos ainda, senhora Jackson! – Me afasto um pouco e olho para baixo. A saia de Molly está emaranhada em sua cintura e sua bunda está a mostra. A imagem me faz salivar e uma súbita vontade de estapear aquela bunda perfeita, me invade. Minha mão sobe e desce com força se chocando contra seu bumbum deixando sua pele alva, levemente avermelhada. Ela dá um gritinho de surpresa.

- Mais Michael, mais! – Ela pede em lamúrias. A safada estava era gostando.

Sorrio maliciosamente e repito o movimento. Estapeio com força e Molly geme alto. Dou mais três tapas e quando olho o local, consigo ver a marca dos meus dedos estampados em sua bunda. Devia estar dolorida. Acariciei sua bunda e desci meu corpo até meu rosto ficar próximo do bumbum avermelhado de Molly, espalhei beijos ali. Me levantei e ajeitei sua saia.

- Que delícia Michael! Adoro quando você faz assim comigo. – Diz Molly se virando e enlaçando meu pescoço. Ela reivindica meus lábios e me beija tirando meu fôlego.

Nossos lábios estão inchados após o beijo e sorrimos um para o outro.

– Agora vamos dormir, princesa. Lembre-se que Paris sempre chora durante as madrugadas. – Digo enlaçando sua mão e caminhando com ela para fora da biblioteca.

- É verdade. Esqueci completamente depois dessa coisa gostosa que fizemos aqui. – Molly diz me olhando com seus olhos penetrantes.  

Após chegarmos ao quarto, nos trocamos e nos deitamos na cama. Após algumas horas de sono, Paris começa a chorar. Seria impossível ouvi-la já que o quarto fica um pouco longe, mas graças à tecnologia, existe a babá eletrônica.

Me levanto para ir até seu quarto, acalmá-la. Esse dever era sempre meu e eu adorava ir ninar Paris apesar de estar sonolento. Eu conversava com ela e cantava até ela dormir como fiz com Prince quando ele era do tamanho dela. Agora ele já estava maior e já andava. Meu garotinho era muito esperto e gostava de correr. Tínhamos que ficar de olho nele o tempo todo para que não e caísse já que era muito pequeno.

Quem diria?! Antes eu corria pelos palcos, corria dos paparrazi pelas ruas, corria para os compromissos e agora tenho que correr atrás do meu filho. Ele parecia ter puxado esse gosto de mim. Eu amava correr também por Neverland e brincar com minha família e amigos de balões d’agua. Era meu passatempo favorito e Molly sempre se molhava, eu a acertava todas as vezes. Daqui há alguns anos, Prince e Paris estariam brincando conosco pelo rancho também.

Capítulo 61

Um mês depois

Molly

Por aqui está tudo na mesma. Paris acorda algumas vezes durante as madrugadas. Com Prince também foi assim no começo. Eles são muito mimados por Michael, já esse diz que vai mimá-los assim só agora, quando não podem se lembrar. Ele diz que seus filhos não vão ser folgados e ter tudo nas mãos como muitos filhos de famosos que ele conhece. Michael quer ensinar responsabilidades, respeito e caráter as crianças. Quer que sejam pessoas fortes e independentes, por isso vai dar a melhor educação que puder. Como eu admiro esse homem, aprendo tanto com ele. Ele é tão incrível que todos os dias me agradece por eu ter aparecido na vida dele.

Quando está brincando com Prince ou quando levamos Paris para o banho de sol nas manhãs, ele me olha tão docemente e fala que se não fosse eu, não teria esses bebês tão lindos e maravilhosos. Eu me derreto toda, claro! E não me vejo de outro jeito se não fosse assim, com esse homem perfeito e nossos filhos. Como Michael sempre diz, tudo que aconteceu na nossa história, estava escrito para acontecer exatamente assim! E como esse homem merece tudo de melhor, eu me cuido bastante. Esse ultimo mês que não fizemos amor, eu aproveitei para preparar uma surpresa para ele. Como meu corpo é acostumado com exercícios e sou magra, ele voltou bem rápido da gravidez de Prince e agora de Paris. Mas eu queria estar espetacular para o meu homem e malhei como uma louca nas ultimas semanas. Não tem como engordar com Michael sendo seu marido, pois além de ele ser vegetariano, aqui nessa casa só entra coisas saudáveis. É certo que há milhares de guloseimas no cinema e espalhadas por Nererland, mas Michael deixa tudo para quando abre os portões para crianças que vem de orfanatos, de hospitais, algumas muito doentes entrarem em Neverland para passarem um dia feliz, onde tudo é grátis para elas, eu amo isso também no meu marido e admiro demais essa atitude dele. Então agora que meu corpo está novamente lindo e já podemos nos amar, farei com que essa noite seja inesquecível para nós dois, assim como foi minha primeira vez com ele. Me lembro de cada detalhe até hoje.

Deixei as crianças sob os cuidados da babá essa noite para que não fossemos interrompidos. Decorei o quarto com algumas flores e velas. Logo após tomar meu banho, hidratar minha pele, me perfumar e vestir uma camisola sexy, Michael apareceu no quarto e já notou que algo estava rolando ali, ou ia rolar...

- O que está aprontando mocinha? – Michael perguntou com seu sorriso travesso após observar a “decoração” que fiz no quarto.

- Tome seu banho e descubra – Falo em tom de mistério deixando ele mais curioso.

- Eu sou o homem mais feliz do mundo! Tsc tsc...- Michael saiu dali rapidamente caminhando em direção ao banheiro.

Eu apenas me divertia com seu senso de humor. Ele já imaginava o que eu estava aprontando pra ele essa noite.

Apaguei as luzes e me deitei na cama a sua espera. Ele estava demorando um pouco, certamente estava se perfumando todo, ficando lindo e irresistível para mim, como sempre. E não é que eu estava mesmo certa? Quando ele apareceu, o pouco das luzes das velas que iluminavam seu corpo e seu rosto, dava para ver o quanto estava lindo, prendeu os cachos úmidos e deixou alguns fios soltos, se maquiou como sempre fazia, e eu achava isso sexy nele, como ele marcava os profundos olhos negros, o nariz afilado, a boca que parecia ter sido desenhada. Estava apenas de calça, eu presumo, deixando seu peito e sua barriga de fora, eu fiquei babando nele, enquanto esperava que ele babasse em mim. Eu já estava seduzida, aquele momento pareceu durar alguns minutos, no que eu fiquei só admirando ele parado na porta do banheiro, mas é que quando estamos apaixonados é assim, vemos a pessoa em câmera lenta. Mas ele realmente ficou parado ali me olhando como faz nos seus shows antes de começar a cantar. Ele fica parado por uns 2 minutos olhando para o publico onde as pessoas quase morrem de tanto gritar, algumas desmaiam mesmo. Que poder! E agora esse homem está na minha frente usando essa mesma técnica comigo, e meu coração acelera a cada vez que ele me olha assim, com tanto mistério, com tanto desejo e com tanta vontade...

- Venha querido – Bato com a mão no colchão da cama para que ele se aproxime e o chamo com uma voz doce

Ele nada diz e apenas caminha sensualmente em direção a cama, aquele andar sensual que ele tem... E quando chega a cama engatinha até mim como um felino em busca de sua caça... e eu sou a caça dele! Ele me hipnotiza com seu olhar penetrante, me esqueço até mesmo de respirar.

- Deite-se, tenho uma surpresa pra você essa noite – Falo baixo com a voz mais sensual possível.

Ele me obedece e se deita com as costas apoiadas no espaldar da cama. Eu me levanto e lentamente vou para a frente da cama, onde ele consegue ver bem o meu corpo e todos os meus movimentos. Levo minhas mãos até as alças da camisola e abaixo-as lentamente, deixando o tecido cair e revelar meu corpo totalmente nu, eu estava sem nada embaixo da camisola. 


Michael olha atentamente para cada parte do meu corpo. Eu sinto seu olhar lascivo passear pelos meus seios, pela minha barriga, até que pairam sob a minha intimidade, ele demora um certo tempo o olhar ali, vejo-o morder os lábios levemente e decido que é hora de “atacar”.

Caminho lentamente até a cama e subo nela, engatinhando lentamente até ele, assim como ele fez comigo minutos atrás. Ele está na mesma posição que o deixei e aproveito para subir em cima de seu corpo e aproximar meus lábios dos seus, mas sem beijá-lo ainda, fico observando todo seu rosto enquanto ele também observa o meu, sinto o cheiro gostoso de seu perfume abaunilhado, o preferido dele. Lentamente fecho os olhos e aproximo mais nossos lábios e começo a roçar meus lábios nos dele, apenas sentindo a maciez. Logo começo uma série de selinhos, logo depois leves mordiscadas, chegando a puxar com delicadeza seus lábios inferiores com meus dentes, passo minha língua no local e logo minha língua adentra a sua boca, procurando a sua e a encontro, quente e molhada para mim. Nossas línguas começam a se roçar, se sentir, se experimentar. Nossos lábios se colam de vez e começamos a nos beijar deliciosamente. As mãos de Michael estão apoiadas no lençol enquanto as minhas sobem lentamente para sua nuca e começam a puxar levemente seus fios da nuca, fazendo-o se arrepiar, nesse momento Michael agarra minha boca com a sua e começa a me beijar mais intensamente, nossas cabeças indo de um lado para o outro nesse beijo, era como se estivéssemos conhecendo a boca um do outro.

Ele sugava minha língua e eu a dele, queríamos tudo um do outro, chegávamos até a gemer em alguns momentos. Eu já sentia seu pênis crescendo em baixo de mim e tocando minha barriga. As mãos de Michael pareceram “acordar” e elas foram direto para o meu bumbum e enquanto me beijava intensamente suas mãos exploravam aquela parte do meu corpo, ele passava suas mãos pela pele quente e macia e chegava a apertar algumas vezes, fazendo com que eu sentisse seu pênis enrijecido e roçasse minha intimidade com força nele, comecei a rebolar em cima daquele membro endurecido ainda dentro da calça em busca de mais contato, fazendo Michael soltar um gemido dentro do beijo, nossas bocas ainda estavam coladas. Michael levou uma mão até minha intimidade e cobriu-a com ela, levou o indicador até meu clitóris e começou a movimentá-lo de um lado para o outro, fazendo meu corpo arder e o prazer se espalhar em meu baixo ventre. Nessa hora chupei sua língua com mais força.

Michael desceu seu dedo e encontrou minha entrada molhada pra ele. Seu dedo deslizou lentamente para dentro, ele começou a movimentá-lo em círculos em meu interior como no clipe de Remember the Time. Ele adicionou mais um dedo e começaram as estocadas apressadas, sem pausa, cada vez mais fundas, me fazendo quase chegar lá... Soltei minha boca da dele para soltar um alto gemido.

- Michael isso está muito gostoso! – Eu gemia mordendo os lábios, sentindo seus dedos me estocarem violentamente. Eu olhava para baixo e Michael também, para minha intimidade e para seus dedos que me fodiam rapidamente.

- Essa bocetinha gostosa me deixa louco Molly, louco!

Arfei. – Você é que me deixa louca, falando e fazendo isso.

Eu estava tão molhada que minha excitação escorria pela sua mão, ele não ligou, apenas metia bem fundo seus dedos, eu rebolava neles para sentir mais daquele prazer até que, até que... Eu gozei nos dedos dele, subitamente. Quando vi, estava me segurando nos seus ombros para me apoiar, enquanto minha boca estava aberta procurando ar, minha respiração estava totalmente descontrolada e eu me apertava no corpo de Michael. Os dedos dele estavam encharcados do meu orgasmo quando ele os tirou de dentro de mim, Michael os levou até seus lábios e chupou-os lentamente, sentindo meu gosto e falando o quanto eu era deliciosa.

- Eu adoro sentir seu gosto meu amor, adoro quando você goza assim pra mim... - Ele falava com sua voz baixa no meu ouvido me deixando novamente excitada, enquanto eu ainda me recuperava do forte orgasmo.

Michael começou a dar beijinhos morninhos em meu pescoço que logo se tornaram mais urgentes, quando eu percebi, ele chupava tão forte que certamente ficaria algumas marcas, isso me excitou, minha intimidade roçou novamente o pênis de Michael por cima da calça, sorri maliciosamente pensando no que faria com essa maravilha que Michael tem entre as pernas. Guiei a boca de Michael até a minha e comecei a beijá-lo novamente, enquanto descia minha mão pelo seu peito e sua barriga até chegar ao cós da calça, onde abaixei de uma vez só, fazendo o pênis pular para fora assim que estava liberto. Michael chutou a calça para fora da cama e eu já me preparei para montá-lo. Michael segurou a base do pênis e eu encaixei a glande na entrada da minha intimidade, comecei a deslizar com uma certa dificuldade pela extensão do membro, era muito grosso... Não sei como aquilo tudo cabia dentro de mim!

- Como sempre apertada... – A voz de Michael sai embargada de prazer

Michael me ajudava puxando a minha cintura para baixo, comecei a rebolar até o final e finalmente estava totalmente encaixada. Se eu não estivesse tão molhada, com certeza, ele não conseguiria entrar todo em mim. Subi de uma vez só e desci com tudo de novo fazendo Michael me apertar com mais força. Michael procurou meus lábios e começamos a nos beijar enlouquecidamente, um quase arrancando os lábios do outro, estávamos muito excitados com aquela transa. Eu sentava com força, subia, descia e quicava rapidamente em Michael que arranhava minha pele algumas vezes. Meus músculos vaginais começaram a apertar o pênis de Michael dentro de mim, sei que ele ficava louco quando eu fazia isso.

- Adoro quando essa bucetinha gulosa suga meu pau assim – Michael falava com a boca mais suja e eu amava esse palavreado que ele usava quando fazíamos amor.

Até que ele não aguentou mais quando comecei a espremê-lo dentro de mim. Michael se levantou comigo em seu colo. Ainda conectados, ele ficou de pé, me encostou em uma parede e começamos a transar assim. Ele me segurava com firmeza. Apesar de ser magro, Michael tinha muita força e podíamos ficar nessa posição por horas. Michael metia com força dentro de mim, as arremetidas certeiras, cada vez mais rápidas, mais fundas, mais urgentes, nossos corpos estavam suados e o som dos nossos sexos molhados se chocando preenchiam o quarto juntos com nossos gemidos de prazer .

- Você gosta quando eu meto assim em você, minha gostosa? – Ele perguntou com a respiração ofegante, me olhando com seu olhar sexy e safado que eu amo.

- Amo Michael, você me come tão gostoso! – Eu dizia de olhos fechados com a cabeça tombada para trás, meus quadris tentavam acompanhar o ritmo acelerado de Michael.

- Então goza pra mim! Deixa eu sentir essa bucetinha apertando meu pau de novo!

- Goza muito dentro de mim Michael, quero sentir seu gozo quente me preenchendo. Amo quando você começa a gozar dentro de mim, eu rebolo mais e sinto você gozando mais. Eu amo ficar cheia de você meu amor, amo quando você me enche toda...

Antes de eu terminar de falar, Michael me deitou na cama novamente, ficando por cima de mim, e o que veio por aí, não consigo explicar. Michael começou a me estocar furiosamente, as arremetidas eram tão rápidas que eu não conseguia raciocinar, só senti minha intimidade se contrair, nossos gemidos eram tão altos que chegávamos a gritar. Senti quando Michael começou a gozar dentro de mim, me levando junto com ele. Divaguei entre realidade e fantasia, fiquei uns 10 segundos aérea enquanto Michael ainda me penetrava, fazendo a sensação do orgasmo se estender por mais segundos. Os jatos de Michael preencheram meu interior, e eu senti seu líquido quente escorrer em abundância por entre minhas pernas. Nunca havia visto Michael liberar tanto sêmen. Essa noite fora realmente intensa. Ele ainda rebolava dentro de mim como se não conseguisse mais ter controle sob seus quadris. Nossas respirações descompassadas se misturaram enquanto nos olhamos e sorrimos satisfeitos.

- Michael, eu nunca gozei desse jeito... O que você fez comigo homem? – Perguntei rindo com a respiração pesada.

- Eu também não meu amor, eu gozei muito dentro de você hoje.

- Se eu não tiver ficado grávida depois dessa, acho que é um milagre – Michael e eu rimos

Ainda me sinto preenchida pelo gozo de Michael, ele olha pra baixo e enfia um dedo em mim e começa a girá-lo, fazendo seu líquido adentrar profundamente em meu interior. Meus olhos se fecham de prazer e meu quadril se move ao ritmo do dedo habilidoso de Michael. Michael tira o dedo e leva até minha boca, chupo-o enquanto ele me olha com seus intensos olhos negros. Puxo-o para nos beijarmos longamente. Passo as mãos por suas costas e seus ombros largos, sentindo a maciez de sua pele.

Após nos beijarmos, Michael me leva em seu colo até a banheira e lá continuamos a nos amar até não termos mais forças. Terminamos o banho e nos ajeitamos na cama para dormir. Nem nos demos ao trabalho de vestir alguma peça de roupa devido ao cansaço, resultado do sexo intenso que proporcionamos um ao outro esta noite. Michael coloca minha cabeça em seu peito e eu acaricio o local macio. Um sorriso de plena satisfação desponta em meu rosto. Felicidade de estar nos braços do homem que amo, sendo protegida por ele. Só consigo dormir bem quando estou em seus braços. Sensação de conforto inexplicável. Logo caímos no sono profundo.

Epílogo

- Mamãe, o Blanket vai demorar pra sair daí? – Ouvi a vozinha de Paris perguntar e soltei um riso. Ela sempre deitava comigo na cama e ficava olhando e passando suas mãozinhas em minha grande barriga de 9 meses. Minha menininha já tinha completado seu quarto ano de vida. Era a coisa mais linda desse mundo, loirinha de olhinhos azuis iguais aos meus. Prince havia puxado a mim também nos cabelos, mas tinha olhos negros como os de Michael.

- Não minha princesinha. Seu irmãozinho logo logo vai nascer. – Olhei-a com carinho, acariciando seu rostinho angelical.

Ouvi a porta do quarto se abrir e passos na escada. Logo vi o homem mais lindo do mundo e nosso primeiro filho, Prince.

- Mamãe... – O garotinho de 5 anos correu até a cama, após subir nela, deu um beijo estalado em meu rosto e depois repousou as mãozinhas em minha barriga como a irmã fez. Eles amavam ficar olhando minha barriga e davam gritinhos infantis quando o bebê se mexia.

Sorri com a preciosa cena. Mas meus olhos se desviaram e só encontraram uma coisa... Os de Michael. Era incrível como depois de anos ainda conseguíamos nos prender em nossos olhares. Assim como a primeira vez que nos vimos e uma conexão forte se criou e só se fortaleceu. Tudo em volta parece desaparecer e só restar a nós.

Estávamos muito felizes com Prince e Paris. Mas eles viviam pedindo um irmãozinho e falavam que iam ajudar a cuidar dele. Então resolvemos ter mais um filho. Nos primeiros anos dos nossos filhos, Michael foi ficando cada vez mais envolvido com nossa família e menos com sua carreira. Nós passávamos muito tempo juntos, desfrutando de tudo o que tínhamos. Michael me confessou que trabalhou muito a vida toda, e agora esse era seu momento de aproveitar de verdade a vida, agora que tinha uma família. E assim, ele lançou um ultimo álbum e resolveu dedicar a maior parte de seu tempo a nossa família. Claro que a musica nunca sairia de sua vida. Porque ele é o maior astro de todos os tempos, a pessoa que deixou sua marca no mundo através de sua música. Gerações e gerações de pessoas iriam se lembrar de toda a sua contribuição no meio artístico para sempre. Ele era um dos seres mais inovadores que passou por esta terra e vai ser lembrado para sempre.

Uma semana depois, Blanket havia nascido. Eu ficava admirando Michael cuidar tão bem dele, eram muito parecidos. Dessa vez, um bebê não puxou meus cabelos ou meus olhos. Blanket tinha cabelos e olhos negros como os do seu pai. Iria ser uma cópia exata dele.


Michael era o melhor pai que poderia existir. Ele passava horas com nossos filhos, ajudando nos deveres da escola, ele exigia que tivessem muito boa educação, fossem inteligentes e tirassem as melhores notas. Iriam ser pessoas incríveis quando crescessem, disso tenho certeza, pois não poderiam ter um pai mais perfeito, que os amava mais que tudo.

Michael se virou e me pegou sorrindo abobalhada. Ele lançou seus olhos espertos para mim enquanto balançava Blanket em seus braços que dormia tranquilamente. – O que foi?

Limpei uma lágrima que escorreu. – Nada, eu só... Só estou agradecendo a Deus, Michael.

Michael colocou o bebê no berço e caminhou até mim. Enlaçou minha cintura e procurou meus lábios, acariciou-os com os seus em um longo selinho.

- Lembra quando eu tinha 17 anos e nos conhecemos? – Michael assentiu com a cabeça, sorrindo. – Eu nunca poderia imaginar que te conheceria Michael... Você era meu ídolo e eu tinha várias de suas fotos espalhadas pela parede do meu quarto. – Rimos - Eu era apenas uma fã sua e quando eu te conheci, o meu sonho se tornou realidade. Mas além de te conhecer, eu também me apaixonei por você, e a nossa história começou... – Pousei meus dedos no rosto de Michael, acariciando sua pele macia e sentindo alguns pelos de sua barba por fazer espetarem minha pele – E hoje eu estou aqui e te dei três lindos filhos, meu amor...

Aquele sorriso lindo de dentes brancos e perfeitos surgiu no rosto de Michael. O sorriso mais lindo que eu já vi e nunca vi nenhum outro ao menos parecido e tinha a sorte de acordar e ver este mesmo sorriso todos os dias.

- Menina... – Michael beijou minha testa e desceu seus olhos para os meus depois. – Eu não poderia ter imaginado que contratar Frank como veterinário seria a melhor escolha que eu faria na vida. – Michael disse me fazendo sorrir - Ele me trouxe você... – Michael uniu nossas mãos - E meu mundo passou a ter cor. Tudo fez sentido quando você chegou em minha vida Molly. – Fechei os olhos ouvindo suas palavras e abaixei a cabeça para beijar o dedo de Michael que continha a aliança de casamento.

Abri os olhos e me perdi nos seus – Eu só quero uma coisa Michael...

- E o que é meu amor? – Michael juntou mais nossos corpos e apertou minha cintura

- Quero passar o resto da minha vida com você. – Passeei meus lábios em seu pescoço cheiroso, inalei-o. – Você é o amor da minha vida, sempre foi – Aproximei os lábios do ouvido de Michael – e sempre será... – Susurrei e lambi sua orelha mordendo-a delicadamente após. O aperto de Michael em minha cintura se tornou mais forte e logo senti algo duro crescendo entre nós. Comecei a me esfregar ali descaradamente. As mãos de Michael apalparam minha bunda, massageando-a.

- Ah Molly, sempre me deixando cheio de tesão... – Ele não me deu tempo para respirar quando atacou meus lábios em um beijo ardente, cheio de pressa, até mesmo rude, puxando meus lábios com força. Minhas mãos agarraram suas costas e arranharam ainda por cima da camisa. Nós sempre entrávamos em combustão. Michael apertava minha bunda com força e esfregava a ereção em minha intimidade. Eu sugava seus lábios e sua língua enquanto ele gemia gostosamente em minha boca. – Não vejo a hora de te ter de novo, garota. – Disse ao largar minha boca, estava com os lábios inchados e ofegantes. Uma de suas mãos agarrou meu seio, apertando-o. As expectativas quanto a nossa noite quente de sexo foram interrompidas quando ouvimos o chorinho de Blanket soar no quarto. Soltamos um suspiro e rimos indo até o bercinho, peguei o bebezinho no colo e ficamos o ninando até que voltasse a dormir.

Michael estava sentado na poltrona quando me virei e lhe lancei um olhar lascivo. Ele devolveu o mesmo olhar entendendo o recado. Sempre teríamos essa conexão, parecíamos saber até mesmo o que o outro pensava.

Michael não foi só umas das pessoas mais famosas do mundo, mas foi uma das pessoas mais inesquecíveis que se possa existir. Seu jeito é único, o jeito como anda, fala, dança, canta, age, como trata as pessoas. Sua presença tem um brilho especial que ilumina os lugares por onde passa. É uma das pessoas mais raras que já conheci em toda minha vida. Quando eu era apenas uma fã, não imaginava que sua presença era tão magnética a ponto de me deixar tão viciada nele. Não imaginava que viveríamos tudo o que vivemos e sempre vou ser grata por ter sido escolhida para ser sua esposa e mãe de seus filhos. Agradeço todos os dias antes de dormir pelas bênçãos em minha vida e até o fim de meus dias viverei para esse amor, para esse homem e para nossa família.

FIM